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Reiniciando o Início

  • Criador do tópico Mauricio
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Mauricio

Visitante
De tempo em tempo, pela entrada de novos membros no fórum, ressurge dúvidas sobre : Qual a melhor forma de iniciar um cultivo? Qual a melhor strain? Como fazer seringa, inocular, guardar, consumir? E por aí vai. Mesmo apontando para a busca e pesquisa no fórum, os iniciantes só querem a resposta para sua própria pergunta.

Iniciar e levar um cultivo não é tarefa para quem não tem paciência ou quer tudo de um dia para o outro. Uma vez um camarada, através do shout, queria saber qual o próximo passo, pois ele já estava fervendo o milho e quando teria os cogumelos para consumir.

Antes de tudo tenha um carimbo e saiba valorizar o que recebeu, pois ninguém tem obrigação de tirar bons carimbos para oferecer e ainda ser criticado. “pequeno, quase nada.” Um carimbo, por vezes, é muito difícil conseguir mesmo através de um cultivo todo certinho. O que faz um carimbo ser pequeno é o jeito como se usa, e quase todos, quando iniciam, usam de forma errada e perde um carimbo do tamanho de uma moeda de 1 centavo, ralinho, que forneceria incontáveis inoculações.

Se o seu carimbo for pequeno ou enorme, tenha em mente que se você usá-lo todo ou usá-lo de maneira errada não haverá diferença entre pequeno ou grande.
Então ao receber um carimbo use a técnica certa para obter o máximo do seu carimbo.

Uma coisa que me chama atenção, por vezes me irrita, é a pessoa querer iniciar um cultivo e não querer gastar nem R$10,00. “Quero o mais barato possível, pois não tenho como gastar.” Então não cultiva, ou você vai a um restaurante quando está duro ?.
Pra cultivar é preciso gastar algum dinheiro, e não é pouco, de inicio, depois com o material certo, os custos diminuem. Cultivar sem aparato e jogar tempo fora e invejar o cultivo do outro que está dando certo e o seu só contaminação.

Compre potes, copos (certos), seringas, agulhas, panela de pressão, caixa de isopor, caixa plástica, luvas, e por aí vai. Então leia, principalmente os diários de cultivo, que são, justamente, o passo à passo que todos querem. Procure um diário que seja bem explicativo e se apóie nele. Vá em frente e sucesso.

Respondendo algumas perguntas para não dizer que foi só papo.

Qual a melhor tek ?

A que você leu e entendeu

Qual a melhor raça ?

O carimbo que você recebeu, se foi de graça é a melhor de todas.

Por que o micélio não cresce, ou não pina ou contaminou ?

Porque você não observou algo importante.
 
Como o RR e o Roadkill ambos são micologistas, supõe-se que eles tenham tido umas aulas na faculdade sobre estas coisas. Apesar disso não ser garantia de nada, é algo que levo em consideração.

Não Sr. Genio_Lampada, isso não é verdade. O tipo de suposição que o senhorio tenta colocar para os demais como uma obviedade ou fato, não passa de um falácia, e já bastante conhecida na Filosofia. Trata-se do Argumentum ad verecundiam ou Argumento de autoridade.

Ao analisarmos um argumento onde se pretende deduzir ou induzir alguém/alguma coisa sobre algo, podemos nos utilizar de premissas falsas e ainda sim chegar a uma conclusão verdadeira ou o seu contrário. Veja um exemplo de indução falsa:

Todos metais são condutores — premissa 1 (em forma de postulado ou Lei).
Carvão é um condutor — premissa 2.
Carvão é um metal — conclusão.​

Podemos concluir que o argumento só terá validade quando for correta a utilização das regras inferenciais do silogismo. Veja outro exemplo:

Todo ser humano é mortal — premissa 1 (postulado ou Lei).
Ora, Miguel é um ser humano, — premissa 2
Logo, Miguel é mortal — conclusão.​

Dito isso, é necessário se compreender que o grande problema com as falácias não é localizá-las, mas entender que alguns argumentos podem nos persuadir, mas nem sempre a persuasão decorre da verdade.

Recomendo que estude Lógica e Falácias não formais para aumentar sua acuidade na hora de perceber essas coisas. Me ajudou e ainda ajuda bastante na hora de me orientar a respeito das coisas que eu leio pela internet afora.

Abraço!
 
Última edição:
Trata-se do Argumentum ad verecundiam ou Argumento de autoridade
Por isso coloquei a ressalva "Apesar disso não ser garantia de nada, é algo que levo em consideração"

Me ajudou e ainda ajuda bastante na hora de me orientar pelas coisas que eu leio pela internet afora
Concordo, são conhecimentos muito úteis.

As demais respostas do Salaam são bacanas mas neste fim de noite minha cabeça já deu o que tinha que dar rs. No apagar das luzes o bom senso e o resumo das experiências a que temos acesso vão contar tanto quanto qualquer outra coisa.
 
fiz os bolos pfs com acrescimo de coco de cavalo, pasteurizei da seguinte forma: agua ate a metade, dos copos aqueci a 80 graus, deixando esfriar e reaquecendo por tres vezes..fotos no meu cultivo de dometicaçao do gandarela.
 
É difícil suportar essas duas afirmações, a menos que você faça vários bolos "irmãos", uns pasteurizados e outros esterilizados, incube e aniversarie-os juntos em um mesmo terrário, para comparar o rendimento e a dita resistência a contaminantes de um e de outro. Ou pelo menos, use somente pasteurização e tenha sempre bons resultados.

Sucesso você pode ter. Daí a dizer que é melhor?

E ainda duvido que novatos tenham a mesma sorte.
veyo vc fala pra carvalho!!!!so posso rir...
 
Da série de dicas do RR (http://www.shroomery.org/forums/showflat.php/Number/8524923):

"Não misture cal ao seu grão. Cal, água sanitária, etc. nunca compensarão o desleixo no procedimento de esterilização. Seus frascos devem devem passar pela panela de pressão e então serem inoculados em um ambiente estéril. A utilidade do cal é para casings, composto ou palha. Quando eu pasteurizo palha eu ajusto a (temperatura da) água para 160 F (aprox, 71 C) e o pH em 11-13. Isso parece manter os contaminantes afastados, enquanto o micélio coloniza o substrato. O pH elevado, de fato, retarda um pouco o micélio, mas tem um efeito maior ainda sobre Thichoderma. Outra boa dica é polvilhar direto um pouco de calcário na superfície de sua camada de revestimento. Isso cria uma zona de de alto pH na parte superior da camada, onde os esporos de Thichoderma e de outros contaminantes esporos aterram. Espero que isto ajude." (pH / grãos / casing / palha)
 
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Da série de dicas do RR (http://www.shroomery.org/forums/showflat.php/Number/8524923):

Eu nunca fui capaz de fazer esporos germinarem em ágar com antibióticos. Descobri que se você colocar antibiótico suficiente no agar para matar as bactérias, então ele não vai deixar que os esporos germinam também. Eu também não recomendo o uso de quaisquer antibióticos como procedimento padrão. É provável que você desenvolva uma super cepa de bactérias que se tornaram resistentes ao antibiótico. O que é recomendado é germinar os esporos em agar habitual, em seguida transferí-los para agar de antibiótico, e em seguida usar um outro disco de agar antibiótico a partir de uma terceira placa de petri, e colocar o disco inteiro de ágar no topo do micélio, criando um sanduíche de micélio entre dois discos de placa de petri prato discos de agar com antibiótico. Aguarde até que o micélio crescer através da placa de agar superior e transfira algum micélio a partir deste ponto. Ele deverá ter deixado quaisquer bactérias para trás, visto que ele cresceu através do agar com antibiótico. Em seguida, embrulhe o resto do prato e jogue fora. Mais uma vez, eu só recomendo isso se você tiver certeza de que você tem um problema de bactérias. Esporos não germinam em agar com antibiótico para mim. Você os está rehidratando em primeiro lugar? Eu quero saber o que eu estou fazendo errado. Recebo agar com antibiótico da fungi.com, mas tenho que germinar em agar regular, em seguida, fazer uma transferência. Nada vai germinar no agar com antibiótico. Talvez isso seja uma coisa boa? (antibiótico / agar)
 
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Da série de dicas do RR (http://www.shroomery.org/forums/showflat.php/Number/8524923):

Sabe-se que chapéus secos começam a crescer novamente em agar. Vá em frente. Com todo o respeito àqueles que discordam ou nunca fizeram isso, você pode pegar micélio seco e fazê-lo crescer novamente em agar. Já fiz isso muitas vezes com cogumelos secos. O estipe funciona melhor do que o chapéu. Isto não é devido a esporos que germinam, mas devido à reidratação do tecido seco do cogumelo e crescimento novo. Prepare o agar um pouco mais úmido para ajudar a hidratar o tecido. Além disso, esteja com placas frescas prontas para transferências, porque toda contaminação do fruto seco também vai começar a crescer. Você vai ter que transferir micélio saudável, logo que o vir, para uma nova placa de Petri. Geralmente, leva dez dias a duas semanas, por vezes mais tempo, para os frutos secos começarem a crescer de novo. Infelizmente, a contaminação não precisa de tanto tempo, então você terá um pouco de trabalho a fazer para limpar a cultura, mas funciona. Você pode até mesmo pegar um pedaço do interior de uma haste seca e começar a crescer novamente em agar. De maneira nenhuma um esporo poderia estar no interior da haste, onde o micélio fica protegido. Micélio seco de muitas espécies podem ser hidratados e levados a crescer novamente. Entretanto você está correto. O chapéu seco ou a haste seca não são esclerótias. Cubies não formam esclerótias. No entanto, um cubie seco pode ser re-hidratado e crescer novamente em agar. Experimente. Você vai ver crescimento em muitas direções a partir do pedaço de caule que você colocar no agar. Você não terá nenhuma dúvida de que você terá 'clonado' aquele pedaço, se experimentar. (cogumelos secos)
 
"Salaam`aleik - Mesmo estando tampada, se não é uma panela fechada hermeticamente, o ar de fora será carregado para dentro. E com esse ar podem ir muitos contaminantes, já que qualquer fresta do ponto de vista de uma bactéria ou esporo é uma abertura muito, muito grande.

Agora vejamos: a panela de pressão não é hermeticamente fechada. Ela contém uma válvula que que permite sair o ar assim como entrar (já testei soprando o bico). Com essa conclusão eu mudei os métodos de esterilização e pasteurização e ainda não tive problemas de contaminação neste ultimo cultivo.

1° mudança para os grãos: ao desligar o fogo da pp, eu aguardo a pressão sair e logo resfrio a panela em água corrente na cuba da pia com o ralo fechado para não desperdiçar água. Após isso, abro a panela e fecho os potes (as tampas de potes de conserva ficam semi-rosqueadas durante a esterilização, uso luvas de latex por segurança) e mando água dentro da panela. Quando a temperatura dos potes não queimam minha mão, mando para geladeira por 15 min e depois freezer até resfriarem por completo a ponto de ficar gelado. Após isso, é só inocular.

2° mudança para o bulk: após a pasteurização, (eu faço no vapor de um cuscuzeiro) vai para um pote fechado e levo direto para o freezer por 12h e depois para geladeira por mais 12 (deverá descongelar em baixa temperatura para impedir a proliferação de bactérias) e está pronto para adicionar ao spawn.

Esse experimento eu fiz porque sei que o choque térmico dificulta a sobrevivência de bactérias ou fungos. Durante o processo de resfriamento ao natural ( de 5 a 8 horas), pode favorecer os "sobreviventes" do substrato que ainda não tem esporos de cubensis para competir e o lento resfriamento também favorece a proliferação de qualquer coisa viva (essa regra vale para armazenamento de alimentos cozidos).
Usei grãos de trigo (sem problemas na colonização) e já adicionei o substrato bulk ( borras de café, palhas de trigo germinado e cascas de ovo) que já está visualmente 70% colonizado em 8 dias. Até o momento sem contaminantes visíveis. Vamos esperar os flushs para ter ideia mais conclusiva. Foi um teste piloto com 80g de grãos com um final de aprox. 300g de massa com o bulk.
Para concluir, na próxima inoculação farei desta mesma maneira em uma panela comum para tirar essa dúvida que está assombrando esse tópico.
Paz à todos!
Abraços psicodélicos!


 
Agora vejamos: a panela de pressão não é hermeticamente fechada. Ela contém uma válvula que que permite sair o ar assim como entrar (já testei soprando o bico).
Você soprou o bico com a panela pressurizada? A válvula só fecha quando há o pino em cima (o pino é a válvula), e quando a panela está quente, a pressão de dentro não deixa o ar de fora entrar. Quando desliga o fogo, a panela esfria lentamente e o pino fecha a válvula, bem justo.
 
Você soprou o bico com a panela pressurizada? A válvula só fecha quando há o pino em cima (o pino é a válvula), e quando a panela está quente, a pressão de dentro não deixa o ar de fora entrar. Quando desliga o fogo, a panela esfria lentamente e o pino fecha a válvula, bem justo.
Nãaooooooo :roflmao::roflmao::roflmao:...Testei somente a tampa. Aquela válvula superior externa não limita a entrada de ar quando existe a pressão negativa do resfriamento. Testei em três modelos de panelas (experimente aspirar o bico interno da tampa da panela com a válvula externa acoplada).
 
Eu testei com a minha panela, e não consigo nem soprar nem aspirar através da válvula, com o pino no lugar.

A tampa precisa estar na horizontal, com o pino para cima, e você soprando/aspirando pelo lado de dentro (por baixo), naturalmente. (não deixe sua mulher ver você fazendo isso :LOL:)
 
Eu testei com a minha panela, e não consigo nem soprar nem aspirar através da válvula, com o pino no lugar.
Certamente as panelas que eu testei não tem essa característica, todas possuem mais de cinco anos de muito uso, acho que a válvula mal consegue exercer a função de pressurizar.
Valeu pelo teste!
 
No meu terrário usei uma estratégia que me parece incomum, não fiz furos nele em lugar nenhum, a única saída de ar fica nas pequenas frestas da tampa que está lascada tanto na extremidade esquerda quanto na extremidade direita. Quer dizer, acredito que com isso o compressor gere pressão dentro do terrário e o ar do interior vai sendo expulso com a entrada do ar novo, forçando uma renovação de ar diferente da que é feita com os furos. A frutificação começou em uma semana, e sem precisar abrir a tampa do terrário evito perda de umidade do ar - o que termina ressecando os bolos - e diminuo a exposição a contaminantes. Porém, de qualquer forma, minha conclusão como cultivador novato é que os cogumelos estão longe de precisar de tanta preocupação, meus casing velhos continuaram a frutificar mesmo com a ventilação desligada, temperatura alta, sem receber dunk ou rega e com a parte superior dos tijolos suja de esporos. Depois que o bonde partiu ninguém segura esses meninos! :D
 
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e diminuo a exposição a contaminantes
Discordo, vejo que muitos cultivadores são paranoicos em relação a isso, o micelio quando bem estabelecido e em condições favoraveis dificilmente cede aos contaminantes, além do mais compressor de ar (oxigenador de aguario), micropore, fibras sinteticas como perlon e acrilon não filtram contaminantes, exceto em casos em que se ultilize chumaços densos dessas fibras sinteticas sem entrada de fluxo de ar forçado como é o caso de sacos de spawn.
Faria sentido se fosse ultilizado algo parecido com Inalador/Nebulizador injetando ar apenas, no qual possui filtro HEPA, mas que talvez não possua vazão consideravel para justificar a ultilização no cultivo de cogumelos.
Não vejo como um simples compressor ou oxigenador filtraria contaminantes, então não faz sentido.
 
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Não vejo como um simples compressor ou oxigenador filtraria contaminantes
Jogando o ar dentro de um copo com água + água sanitária. Concordo que a contaminação deveria ser difícil de acontecer e eu próprio não tomo muitas precauções para que não aconteça, por exemplo uso água da torneira, não limpo a mão com álcool quando vou manusear os casing e não tive problemas, porém aqui na comunidade algumas pessoas perderam bolos colonizados para mofo e outros contaminantes, então eu acho que é necessário dar alguma atenção para isso também.
 
porém aqui na comunidade algumas pessoas perderam bolos colonizados para mofo e outros contaminante
Existem muitos fatores envovidos nessas contaminações que vão muito além de uma exposição ao ar. Pegar no bolo com as mãos, afogar em agua de torneira não esterilizada ou que possua residuos de materia organica, grãos triturados principalmente em pó pois liberam açucares soluveis na agua do dunk, condensação de agua nas paredes dos potes durante a colonização que impede a colonização de algum ponto pouco visivel, ressecamento do bolo por falta de umidade...

Acho que existem outros mitos como por exemplo achar que fazer uma seringa ao ar livre (sem glovebox) não apresenta contaminantes, não é bem assim, na minha opinião o que talvez aconteça é que no meio de tantos esporos de cubensis por exemplo os contaminates não tenham chances, ja que deva-se tratar de algo em torno de parte de contaminate por milhão de esporos de cubensis.
 
Obs: O interessante do tampão de alumínio é que funciona como dissipador de calor devido a ótima condução térmica. Tenho notado uma diferença considerável em meus experimentos com tampanensis, os potes de 1L com tampão de alumínio estão branco/bege, já os potes inteiramente de PP ficaram bege/marrom devido ao acumulo de calor proporcionado pelo PP que praticamente funciona como "isolante térmico". A minha conclusão/conselho é que se você mora em lugar quente use tampões de alumio.

Edit: Além do que o tampão de alumio cataliza a condensação de água que logo cai sobre o selo de vermiculita.
@Arcturus No caso esse tampao de aluminio que voce fala, seria no copo dos bolos??? Obrigado por espalhar informaçao!
 
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