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Completo Pf TEK com Refrigeração - Cultivo no NE

Diário de cultivo completo.
Olá galera,

Depois de muito pesquisar, avaliar as condições e planejar decidi que é hora de iniciar meu diário de cultivo. Essa jornada não começa com a montagem do bolo, mas sim com a resolução de um problema mais complexo:

a temperatura ambiente na minha cidade oscila de 28º a 32º, o que é um pouco acima do recomendado para todas as etapas de desenvolvimento da espécie que eu escolhi (cubensis).

Postarei o resultado das pesquisas para os colegas mais experientes me corrigirem no caso de algum equívoco. As melhores temperaturas em cada uma das etapas é:
- [Spawn] desenvolvimento do micélio é: 24º-27º
- [Primordia] desenvolvimento dos primeiros pinos: 20º-22º
- [Fruit Body Development] desenvolvimento dos frutos: 20º-22º
OBS: podem variar conforme o strain

1ª Tentativa - Sistema de resfriamento com fan de 120mm~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desmontei o velho pc, coletei os fans/coolers, pus dentro de uma caixa de madeira. Eu ainda não comprei a que se tornará o terrário, pois não decidi o material ao qual farei. Vou tomar essa decisão quando tiver elaborado melhor meu sistema de resfriamento, já que ela será um importante componente. Medi a temperatura em três condições dentro de um copo de água, na superfície da água dentro do copo e no ar externo da caixa. Todas as temperaturas foram medidas com a caixa fechada, aguardei a temperatura estabilizar durante cinco minutos e então registrei os resultados.

Temperatura Ambiente: 29.6º
- Ar da caixa: 29.0
- Superfície da água no copo: 27.4
- Fundo do copo: 28.3

Ou seja, nem arranhou a temperatura. O sistema acima é uma tentativa de simular um terrário. Algumas diferenças: o terrário provavelmente terá uma umidade maior o que pode derrubar a temperatura, mas ainda sim derrubaria muito pouco, correndo um risco enorme de em um dia quente eu ultrapassar os valores delimitados novamente. Além disso, eu nunca conseguiria alcançar uma temperatura de 22º com um sistema assim.

Depois de refletir, pensei que isto pode estar acontecendo porque não há troca de temperatura do ambiente interno para o externo. Daí caí em uma cadeia de ideias:

Ideia: Sistema de refrigeramento externo, onde um cooler + dissipador seria conectado a um conjunto de fios de cobre que seriam apoiados na parte superior da caixa, esfriando o ar de cima da caixa que cairia sobre nossa plantação.
Problema: Não testei, cheguei a conclusão que eu precisaria de vários coolers e muito fio de cobre pra conseguir chegar a temperatura adequada. O cobre talvez não seria um condutor de temperatura adequado para isso e a minha margem de erro ficaria muito próxima do limite. Ou seja, teria um trabalhão, sem garantia de que daria certo.

Ideia: pensei então de por a bomba de aquário que fica no copo dentro da geladeira, assim ela roubaria frio da geladeira e empurraria ele pela mangueira para dentro do sistema.
Problema: minha esposa nunca permitiria, pois além dos problemas óbvios, isso tenderia a prejudicar a borracha da geladeira, além gerar um vazamento ao redor da mangueira que daria muito trabalho de resolver e provavelmente prejudicaria a abertura da porta. Além disso, eu teria que explicar aquela arrumação pra toda visita da casa :facepalm:

Cheguei a conclusão que eu só ficaria satisfeito com um sistema de resfriamento potente o suficiente para gerar uma temperatura consistente. Logo, eu precisaria de um sistema mais complexo que envolve um controlador de temperatura.

Ideia: Meu primeiro pensamento foi comprar um motor velho de geladeira.
Problema: Imagina só, eu teria potência demais (leia-se gasto de energia) para uma caixa de 70 litros. Parte do frio teria de ser inclusive dissipado para outro lugar. Ou seja, potente demais. Muito desperdício, não rola.

Investiguei então outros dispositivos refrigeradores: ar-condicionado, ar-condicionado de mão... EUREKA

Depois de investigar o funcionamento de um ar-condicionado de mão e um refrigerador de água eu me esbarrei com as danadas das pastilhas peltier. QUE MARAVILHA DA CIÊNCIA!

Corri pro fórum, mas só encontrei tópicos muito antigos e vagos. Parecia ser uma boa direção, mas eu ainda precisaria entender como criar um sistema sólido.


[Continua....]
 
Última edição:
Galera, muito obrigado por participarem desse processo. Tem sido muito divertido fazer todo esse trabalho. Sei que a maioria vai considerar uma chatice, então fico muito feliz quando alguém participa perguntando ou dando ideias. Vocês me motivam ainda mais.

Considerando seu relato estou cogitando adquirir o mesmo controlador. Se entendi bem, com o aparelho citado poderia controlar/adaptar:
  • 2 temperaturas nativo (mínima/máxima),
  • 1 umidificador nativo (liga/desliga por X segundos),
  • 1 viragem de ovo esquerda c/ timer (adaptar p/ motor de cooler),
  • 1 viragem de ovo direita c/ timer (adaptar p/ motor de borbulhador),
  • e mais alguma coisa que perdi?
Na verdade, ele:
  • Controla uma faixa de temperatura a partir de um intervalo em modo resfriamento ou aquecimento.
No modo resfriador: na temperatura mais alta ele liga o resfriador, na temperatura mais baixa ele desliga o resfriador.
No modo aquecedor: na temperatura mais baixa ele liga o aquecedor, na temperatura mais alta ele desliga o aquecedor.
OBS: Ele só permanece em um dos modos por vez. Está em aquecimento OU está em resfriamento.​

  • Controla uma faixa de umidade a partir de um intervalo de umidificação ou desumidificação;
No modo umidificador: na umidade mais baixa ele liga o umidificador, na umidade mais alta ele desliga o umidificador.
No modo desumidificador: na umidade mais alta ele desliga o desumidificador, na umidade mais baixa ele desliga o desumidificador
OBS: Ele só permanece em um dos modos por vez. Está umidificando OU desumidificando.
OBS²: Ou seja, o aparelho vai umidificar o terrário de acordo com o que for necessário, isto faz com que ele faça um uso inteligente da energia, gastando o mínimo necessário para manter as condições adequadas.
  • Controla dois dispositivos simultaneamente a partir de 1 timer que alterna entre dois períodos de duração configurável infinitamente.
No período 1: o dispositivo 1 está ligado e o dispositivo 2 está desligado.
No período 2: o dispositivo 1 está desligado e o dispositivo 2 está ligado.
OBS: eu usaria esse sistema pra iluminação. Ligaria uma led 6500k como dispositivo 1 e simplesmente não ligaria nada no dispositivo 2.​
  • Mesma coisa que a função anterior, só que para um dispositivo 3 e um dispositivo 4.
As informações foram retiradas do manual do aparelho:
https://cdn.shopif.com/s/files/1/00...801D_en_V4.0_20180608.pdf?9379114894062414817

Só não entendi se seria possível deixar uma margem de temperatura...(acredito que sim)
Como exemplo: liga aquecedor em 23C e desliga em 25C, liga refrigeração em 28C e desliga em 24C, é assim que funciona?

É sim. Isso é um intervalo de histerese. :)

Quanto a refrigeração, vai usar a peltier, né?
Abusando de seu conhecimento, saberia responder se é viável/possível usar um sistema de refrigeração com bomba de circulação de água fria fazendo a água circular por serpentina de alumínio nas laterais do terrário? Se for viável, esse sistema de circulação daria certo? Ou você recomendaria algum diferente?

Obrigado por dividir conosco seu conhecimento.
.

Primeiro de tudo, man sou novo nisso tudo também. Se você me perguntasse sobre essas coisas a dois meses atrás eu não saberia p. nenhuma :D

É sim extremamente viável e possível usar um sistema de serpentinas circulando água fria. A questão é como você vai resfriar essa água. Você pode usar um repositório de água e ficar colocando gelo nela, ou você pode usar o lado frio da peltier. Se você for usar pf tek, então as serpentinas teriam de passar pelas paredes do terrário e por dentro da água (se for com argila expandida) ou da própria perlita. Se for um casing, então só pelas paredes do terrário.

Honestamente, eu cogitei essa possibilidade no começo, mas como eu tinhas os coolers prontos fui pelo caminho que eu avaliei, naquela altura, mais fácil. Se eu fosse recomeçar meu projeto hoje, com os conhecimentos que eu já aprendi, eu usaria um sistema de resfriamento por serpentina e transformaria o terrário num imenso casing ou até mesmo bulk, ao invés de ir na pf tek.

A serpentina evita um fluxo de ar desnecessário gerado pelo cooler. Esse fluxo de tem que ser estudado feito com muita cautela e talvez seja até mesmo necessário por uma barreira. Se ele toca os cogumelos, pode fazer com que eles ressequem, aumentando o número de abortos (isso é hipótese minha). É possível que no meu segundo cultivo, eu reforme minha gelatek. Diminuindo o tamanho do isopor de 33l para 8l e usando um sistema de serpentina.



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Não precisa de tudo isso, apenas injete um pouquinho da solução de esporos em cada furo, pouco mesmo.

Foi meio que acidental. :D

Não se atente tanto a isso, é apenas um detalhe que você pode dar mais atenção futuramente, mas não vai causar a perda dos teus cultivos.

Verdade. Honestamente depois fui entender um pouco melhor essa questão e acho que foi melhor assim. Prefiro ele ligeiramente mais aerado. Depois testo mais compacto. Talvez até usando outros grãos.

Isso não importa, sério, sempre colonizo meus substratos em uma estante, com luz ou sem, nunca percebi diferença.

Não importou mesmo. Mudei os copos de lugar colocando num local 100% escuro e nem sinal de micélio.

Isso não importa, sério, sempre colonizo meus substratos em uma estante, com luz ou sem, nunca percebi diferença.

Eu confesso que preciso concordar. Não recomendo a ninguém teimar como eu teimei. Eu acabei optando pela automação porque eu não teria tempo para fazer todos os procedimentos na mão. Eu saio muito cedo e volto muito tarde. Além disso, volto cansado. Seria um fardo que não conseguiria carregar e provavelmente acabaria me frustrando. Mexer com tudo isso acabou sendo divertido, mas confesso que é uma dificuldade adicional estar no primeiro cultivo e que isso resultou em muito desperdício tanto de material como de equipamento.

Eu já tive vários aparelhos, posso dizer que além de imprecisos são completamente dispensáveis. Com o tempo você vai aprendendo no "olhômetro" e também entende que o micélio não precisa de números exatos, quem precisa é nós mesmo pra nos satisfazer kkkkkk.
Mas se ainda assim quer ficar de olho no clima, procure por modelos analógicos, TODOS meus aparelhos digitais se mostraram porcaria, apenas os analógicos me passaram mais segurança.

Gosto de pensar que vou tentar domesticar outras espécies. Trazer coisas novas. Tenho um verdadeiro fetiche no Azurescens. Acredito que ele tenha potencial pra ser mais simples de cultivar que o cubensis. Acho que está faltando só uma pequena peça nesse quebra-cabeça.

Você poderia fazer uma cultura liquida com essa seringa também, ou algumas, assim você poderia fazer essa cultura render.
Com um pouquinho só (1ml ou menos) dessa seringa você poderia inocular uma cultura liquida, que se vingar, vai te render varias inoculações.

Eu vou fazer exatamente isso. Muito obrigado pela dica!!!
 
Última edição:
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DIÁRIO DE CULTIVO
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N0 20 ° dia:

  • Retirei o bolo (C1 e C2) da incubadora.
  • Deixei mergulhado (dunk) durante 8 horas em água anteriormente fervida por meia hora.
  • Durante este período, pus na geladeira (Cold Shock).

No 21° dia de cultivo, 1° dia de Formação de Primórdia:
  • Retirei os bolos mergulhados da geladeira.
  • Rolei-os em vermiculita esterilizada (fervida em água durante meia hora)
  • Pus vermiculita adicional em cima (estou sem controle de umidade, então quis exagerar nos esforços de segurar a umidade).
  • Pus o os bolos em uma bandeja de plástico no terrário. Adicionalmente, pus a vermiculita que eu havia preparado e sobrou nesta mesma bandeja, como esforço adicional para manutenção de umidade.
  • O terrário amplamente descrito anteriormente, possui:
    • uma bomba de ar funcionando 24 horas
    • Luz LED de 6W 6500k, com ciclo de 12 horas.
OBS: Pedras de Argila expandida foram deixadas de molho em solução com cloro durante 8 horas.
OBS²: A água que abasteceu o terrário foi fervida durante 30 minutos.

photo_2018_08_20_10_30_16.jpg

Resultado Final dentro da Gelatek. A mangueira solta que vocês estão vendo é onde irei conectar o umidificador que ainda não chegou.

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GELATEK
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No 24° dia, 3° dia de Primórdia,

  • Sem sinal de formação de primórdias.
Alterei o intervalo de resfriamento para 21° a 24°, colocando-os em condições ideias descritas pela literatura. Isso sacrifica todos os testes realizados até agora. Começarei a refazê-los.

Mudei o ciclo de luz de 12 para 8h.

Pinguei água na vermiculita que fica na bandeja onde estão os bolo. Infelizmente estava sem um borrifador para água e não tive coragem (ainda bem) de usar o mesmo do álcool que mesmo após lavado diversas vezes ainda apresentava um forte cheiro dessa substância.

OBS: comprei o multicontrolador descrito no post anterior. Acho que vai demorar uns 40 dias pra chegar, com sorte uso no meu segundo cultivo :)
OBS²: pus a bendita da pedra porosa.

OBS3: SURPRESA!
Sem_t_tulo.png

Bati essas fotos configurando o timer do celular em 10s, abrindo o terrário, pondo ele lá dentro e fechando. Ou seja, é uma forma de testar a iluminação interna com a luz desligada.

Parece que o isolamento da parte superior do isopor não é muito bom. Nas próximas GELATEKs vou fazer um isolamento adicional com papel alumínio e EVA grosso na parte externa. Me pergunto se a luz dessas frestinhas é suficiente para os cogus. Vamos observar os padrões de crescimento pra avaliar isso!
 
Última edição:
Show de bola, agora é só ter paciência que eles vão aparecer, já vai te preparando pra carimbá-los.

Ah e você poderia simplesmente tirar essa argila, deixar só um fio de água no fundo do terrário e se for necessário (até chegar seu umidificador) da uma esborrifada nas paredes do terrário.

Você falou que não tem muito tempo né, mas a manutenção é bem básica, sempre que puder, nem que seja de manhã e de noite só, da uma abanada e esborrifa água nas paredes.
Quando for abanar, abana com vontade, no sentido de trocar beeem o ar dentro do terrário e mantendo um pouco de água no fundo + esborrifo creio que vai ter umidade suficiente pra ter frutos lindos.
 
Não aguentei e dei uma espiada. Encontrei um pin de uns 4mm. Acho que o ajuste de temperatura fez muita diferença. Vou tentar criar uma sequência de fotos e trazer na próxima atualização.
 
Cara, não tô conseguindo de novo curtir seus posts, que coisa hein :morto:
Mas então, todo iniciante tem toda cautela para evitar contaminações e isso é o mais certo a se fazer, mas muita coisa pode ser simplificada, exemplo, faço dunk com água de torneira, no fundo do terrário uso água de torneira, só para borrifar diretamente nos bolos que uso água mineral e não tenho tido problemas com contaminações no terrário, nunca tive, meus bolos geralmente vão para o mato depois de bem feios de tanto flush que já deram hehe :contente:
Eu já cheguei até a borrifar álcool sem querer diretamente nos bolos (confundi o borrifador :hilario:) e nada de ruim aconteceu, não precisa ter tanta neurose quanto a isso saca. Uma dica que aprendi com um hermano mais experiente é borrifar água com água sanitária diluída as vezes nas paredes do terrário e diretamente nos bolos, tenho feito isso alternando de 3 em 3 dias só por garantia e não notei problema até então.

No mais tudo bem organizado e promissor, segue o cultivo :brincalhao:
 
Em primeiro lugar parabéns pela sua dedicação RS, antes de eu perder meu login quando o site ficou fora do ar, postei um tutorial bem legal TB com resfriamento a por Peltier e microcontrolado. Ficou legalzinho o meu terrário, mais desde o ano passado, só agora consegui testar efetivamente ele, agora que e inverno Aki em só, inverti os lados da Peltier para esquentar e os resultados estão ótimos, controla luz, umidade CO2 tudo automaticamente e com eficiência, porém , quando chegar o verão vou fazer novos testes pq pra resfriamento perde muita eficiência pelos testes passados, mais já dá pra reduzir alguns graus , o suficiente pra não ultrapassar os 27° sugeridos (a não ser que o calor passe dos 35° aí f... RS. Enfim, quando der vou compartilhar meus resultados do terrário.

Mais o mais importante que aprendi nesse cultivo e a simplicidade. Não controlei a temperatura em nada na fase da incubação, só demorou um pouco mais , mais enfim, no meu perfil tem uma foto de um lindo bolo bem branquinho .
Esse e meu projeto.
 

Anexos

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Obrigado @NANER , aqui eu também consegui fazer funcionar. O desafio está sendo gerar mais eficiência, diminuindo custos de energia.

E o terrário como você fez com a questão da luz? Usou LED?
Ainda não li seus posts mais acho que com suas pesquisas vc deve ter visto que uma das melhores alternativas eficientes e colocar as duas pastilhas em série, a corrente reduz a metade e e bastante eficiente pra resfriar.
 
Em primeiro lugar parabéns pela sua dedicação RS, antes de eu perder meu login quando o site ficou fora do ar, postei um tutorial bem legal TB com resfriamento a por Peltier e microcontrolado. Ficou legalzinho o meu terrário, mais desde o ano passado, só agora consegui testar efetivamente ele, agora que e inverno Aki em só, inverti os lados da Peltier para esquentar e os resultados estão ótimos, controla luz, umidade CO2 tudo automaticamente e com eficiência, porém , quando chegar o verão vou fazer novos testes pq pra resfriamento perde muita eficiência pelos testes passados, mais já dá pra reduzir alguns graus , o suficiente pra não ultrapassar os 27° sugeridos (a não ser que o calor passe dos 35° aí f... RS. Enfim, quando der vou compartilhar meus resultados do terrário.

Mais o mais importante que aprendi nesse cultivo e a simplicidade. Não controlei a temperatura em nada na fase da incubação, só demorou um pouco mais , mais enfim, no meu perfil tem uma foto de um lindo bolo bem branquinho .
Esse e meu projeto.

Que legal! Esse é um sistema de controle por arduíno, correto?

Eu vi muitas sugestões a colocar duas em série, mas me preocupo bastante com consumo de energia. Mesmo com o sistema atual, que eu considero algo como protótipo, uma só tá dando conta bastante bem.

Eu confesso que não vou mais mexer no atual, mas pro segundo cultivo vou tentar migrar pra um isopor menor com revestimento duplo, por revestimento a mais e por aí vai. Só isso já deve melhorar bastante a eficiência. Fazer um sistema de camadas (case) ao invés de pf tek, também deve melhorar a gestão de temperatura.

Pra você ter ideia de como estou perdendo temperatura pro ambiente, quando eu entro no cômodo onde o sistema fica eu sinto que ele está mais frio do que a temperatura ambiente.

Quando eu ligo o sistema fora do termostato a temperatura máxima de frio com 28° vai até 16°. Pelo manual do fabricante, deveria ir até -18° nas condições que eu estou trabalhando. No novo terrário quero ver se chego pelo menos a uns 5°. Que sabe frutificar uns woodlovers.

Deixa eu te perguntar:
  • Vi que teu sistema é num isopor bem grande. Você produz muito?
  • Se não produz, você nota perda de desempenho pelo volume vazio de ar que fica dentro do terrário?
  • Chegou a testar o consumo de energia do teu sistema?

Quando for fazer os testes, posta os resultados também. Adoraria ver.
Sou totalmente iniciante e não sei se os meus tão válidos, aceito sugestões em relação a eles também.
 
  • Vi que teu sistema é num isopor bem grande. Você produz muito?
  • Se não produz, você nota perda de desempenho pelo volume vazio de ar que fica dentro do terrário?
  • Chegou a testar o consumo de energia do teu sistema?
RS, TB sou iniciante, essa pelo jeito vai ser a primeira colheita, não testei o consumo do sistema pq de Arduino e sensores o consumo e mínimo, só a Peltier que consome mais mesmo. Mais se vc tá tendo toda essa eficiência em relação a temperatura não me há em nada mesmo não RS, e sobre perda de desempenho por produção, só tenho dois bolos que já tem alguns pins , outros dois que coloquei a uns 2 dias só , e tô usando o terrário como incubadora para um bulk, são três bolos grandes de bulk, um deles até ultiliza forma de bolo RS.
Mande para mim o seu sistema de resfriamento , como eu disse , ainda não vi como tá o seu mais acho que tá bem eficiente pelo que vc disse.
Tô voltando agora , logo mais posto algumas coisas pra compartilhar. Abç
 
serpentinas imersas na água do terrário e conectadas a um dissipador com a peltier
Meu projeto está assim, só com água no fundo sem argila expandida e a água circula pelo sistema onde a Peltier refrigera ou aquece a água, essa circulação está gerando bastante umidade e a temperatura necessária para o terrário a partir da água mesmo.
 
Meu projeto está assim, só com água no fundo sem argila expandida e a água circula pelo sistema onde a Peltier refrigera ou aquece a água, essa circulação está gerando bastante umidade e a temperatura necessária para o terrário a partir da água mesmo.

Como está o teu contato da serpentina com a Peltier? Conseguiria mandar uma foto dele?

Tá usando bomba de água? Com que potência? Se não estiver: tu só pôs as pontas da mangueira mergulhadas na água que fica dentro do terrario?

Isso seria uma forma bem inteligente de economizar com a bomba e garantir que a água de baixo ficasse sempre fria. Pra água se manter circulando, bastaria sugar com a boca pela primeira vez que diferença de altura e pressão da água, faria todo o trabalho. Se pusesse a ponta da mangueira acima do nivel da água gerando uma cascata, já aumentariamos bastante a umidade. Saca essa ideia. USER=21772]@novomapa[/USER]

Como o teu sistema produz umidade? Não entendi porque se a água circula dentro da serpentina, ela não vai afetar a umidade. No entanto, pela diferença de temperatura, muito provavelmente haverá muita água condensando sobre ela.

Sobre o meu sistema, checa os posts na página 1 e 2. Ele está extremamente bem descrito.

Principalmente aqui:

2ª Tentativa - Projeto de Sistema de Refrigeramento com Pastilha Peltier

  • Nesse post eu vou apresentar o projeto. O resultado será descrito nas postagens seguintes.

Quando investiguei sobre a pastilha peltier, eu vi que ela poderia chegar até -18º. Se eu apenas a ligasse dentro do terrário, provavelmente congelaria todo o sistema e ainda correria o risco de enfrentar pane elétrica. É que a pastilha tem um limite de operação de umidade, se esse limite for ultrapassado, teremos um curto.

I) Controlador de Temperatura
Então precisamos fazer o mesmo que o povo do sul faz com o termostato de aquário: conseguir um termômetro capaz de ligar a peltier quando a temperatura chegar a um determinado ponto e a desligar quando chegar em outro. Depois de pesquisar, descobri que o nome dessa peça é termostato de refrigeração, conhecido nas eletrônicas como controlador de temperatura para freezer pequeno. Para usar um dispositivo assim, teremos de montar montar um pequeno circuito elétrico. Fiquei assustado no começo, mas logo vi que não tinha mistério.

asdasd.png


O controlador de temperatura tem um relay (relé). Um relay é basicamente uma entrada de energia que é controlada por uma placa eletrônica em uma determinada condição. A nossa condição será especificada pela placa, com base na temperatura ambiente.

Na imagem acima, vemos um exemplo de um controlador desse tipo. A esquerda a fiação que será ligada na tomada. No meio o relay, que nesta figura está ligando uma lâmpada incandescente (ou seja, na imagem é um sistema de aquecimento ao invés de resfriamento, normalmente usado pra chocadeira). Do lado direito temos a sonda do sensor de temperatura. Comprei o meu por 140 porque não pesquisei. Depois vi em outros cantos por até 30 reais. A palavra-chave pro mercado livre é "termostato digital chocadeira" [Link para a pesquisa direta]. Você vai encontrar alguns kits já completos, inclusive. Vamos discuti-los a seguir.

II) Alimentação de Energia do Relay
O meu controlador entrega uma voltagem de 220 ou 110 no relay. Isto é muito mais do que nós precisamos. Os coolers e a pastilha de peltier trabalham todos em 12v, se nós o ligarmos em em 220 ou 110 eles vão explodir! Então se o relay do controlador entrega 220 ou 110, vamos ter de conseguir fonte que converta 220v ou 110v para 12v. Isso é facinho de encontrar em qualquer loja que venda carregadores para notebooks. Vale a pena checar aquela gaveta onde você deve guardar os carregadores e fontes velhos. Fontes de modem, por exemplo, costumam ser de 12v. Eu tive de fazer isto, então nesse projeto eu descrevei com uma fonte.

A amperagem também vai ser importante. Para o nossos sistema com a pastilha e os coolers, que veremos a seguir, vamos precisar de uma amperagem de no mínimo 8A: pastilha = 6, cada cooler por volta de 0,3a. Comprar mais do que isso, é desperdício.

Outra dica é comprar um controlador que já entregue 12v, assim você não precisará de fonte. O meu foi caro porque entrega 220 e é pra freezer. Quanto menor a potência, mais barato será.

II) Pastilha Peltier

A pastilha peltier é um troço do tamanho de uma bolacha com dois fiozinhos de alimentação de energia. Quando você liga, um lado da pastilha esquenta e o outro lado esfria. Só que não é tão simples quanto parece. Se você só liga ela, os dois lados trocam calor entre si e isso aumenta o esforço de troca de temperatura até o ponto que ela simplesmente queima. A pastilha precisa de resfriamento, pelo menos no lado que esquenta.

Imagens da Peltier no Google

Resfriando o lado quente da pastilha
Para aqueles que sacam de manutenção de computador, essa tarefa vai ser fácil. Basicamente o que precisamos fazer é colocar pasta térmica em cima do lado quente da pastilha, por um dissipador de alumínio e então um cooler. Se você tiver um computador antigo, com placa mãe queimada, você vai encontrar um cooler como esse já pronto em cima do processador. Se você não entendeu nada do que eu disse, pergunte pro seu amigo que entende que ele vai te ajudar rapidinho. Para a nossa felicidade, a pastilha tem quase o mesmo tamanho que um processador de computador, então qualquer cooler para processador vai servir bem. Se não tiver nenhum, sugiro ir no centro comercial da sua cidade e pesquisar em lojas que vendam sucata de computador. De qualquer forma, um novo vai custa entre 30 a 90 reais, dependendo da qualidade. Pasta térmica é vendida a menos de 5 reais o frasco. Recomendo poitar (pedir emprestado) a do colega que entende de manutenção de computador.

Isolando a troca de temperatura entre os lados da pastilha
Além de resfriar o lado quente da pastilha, você também vai precisar isolar os lados dela para evitar que a troca de temperatura aconteça por ali e ela perca efetividade. Eu comprei uma chapa de mdf fina, que tem mais ou menos uns 3mm de espessura. Perfurei e montei a peltier lá dentro preenchendo o espaço da placa com a madeira com EVA. A chapa de madeira também vai ajudar na fixação do cooler, pois para o resfriamento da placa ser eficiente você vai precisar apertar bem a placa contra o dissipador. Se tiver um espaço mínimo que for entre os dois, você vai perder eficiência.

Distribuindo a baixa temperatura do lado frio da pastilha
Até agora nós temos uma chapa de mdf pequena, com uma placa peltier encaixada. Do lado quente, nós temos um cooler acoplado fazendo a refrigeração. Do lado frio a placa está exposta. Se ela permanecer desta maneira, já vai esfriar o espaço, mas somente o lado ao qual está acoplada ao terrário. Então precisamos ventilar essa refrigeração no espaço interno para poder espalhar a temperatura. Para que isso aconteça, vamos repetir o processo já feito com o lado quente. Passei pasta térmica, pus um dissipador de alumínio e um cooler.

Alimentação de Energia Elétrica
Meu controlador de temperatura veio sem uma tomada. Então fui numa eletrônica e comprei uma tomada. Liguei o polo positivo no local indicado (fique atento para ligar em 220 ou 110, de acordo com a tomada que você pretende ligá-lo. Se você errar essa voltagem o controlador vai explodir). Depois liguei o neutro no local indicado.

Até agora nós temos nosso controlador de temperatura abastecido de energia (para verificar, ligue na tomada. A temperatura ambiente vai aparecer no controlador.​

Você vai precisar de um pequeno fio pequeno. Uma ponta vai no polo positivo que está alimentando o controlador de energia e a outra ponta vai no relay. Isso vai permitir que o relay seja alimentado. Se você não por esse fio pequeno, o dispositivo conectado no relay não vai funcionar.

Agora temos também nosso relay bem alimentado com energia​

Agora vamos pra alimentação dos cooler e pastilha: eu arranquei a tomada da fonte fora, descasquei o fio e liguei o fio vermelho no relay do controlador de temperatura (pode ser que sua fonte seja de outra cor. Não tem importância. Qualquer um dos dois vai servir) e conectei o outro fio no neutro da alimentação do controlador de temperatura. Quando eu digo ligar, é pegar a parte de cobre de um enrolar na parte do outro e passar fita isolante mesmo.

Nosso circuito de relay está alimentado agora com polo positivo e negativo ativados.
Cortei então o conector da fonte fora, o que iria no dispositivo alimentado. Mais uma vez, dois fios vão aparecer. Um deles é o de alimentação e o outro é o neutro. Conectes os fios de alimentação da pastilha e dos coolers, pode enrolar todos juntos. Não tem problema, mas não esqueça de isolar para impedir levar choque no futuro. Depois pegue o outro fio, o neutro da fonte e faça o mesmo com os dos coolers e da pastilha.

Sistema de resfriamento devidamente alimentado.
Configurando o controlador de temperatura
Não sei se posso ajudar muito nesse momento. Leia o manual do dispositivo que você comprou. Se você já tiver entendido o que é positivo, neutro e relay. Você vai ser capaz de entender o suficiente do que ele vai trazer. Há uma sessão que vai te explicar como configurar o relay.

Isto vai permitir que nós digamos para a placa em qual intervalo de temperatura que ela deve energizar o relay e assim ativar o resfriamento. No meu, eu ativei o modo resfriamento. Tem uma temperatura chamada setpoint (sp) que é como se fosse a temperatura inicial. E tem uma outra que é o intervalo de trabalho (no meu é dF).

Eu pus o sp em 24º e o dF em 3º. Basicamente eu disse para a minha placa: nossa temperatura mínima é 24º. Se o sistema estiver nessa temperatura ou menos, desligue o resfriador. Nossa intervalo de trabalho é de 3º, se o sistema ultrapassar ele (24º + 3º = 27º), ligue o resfriamento. Ou seja, quando alcançar 27º, o resfriamento é ativado. Quando cair para 24º, o resfriamento é desligado.

PFTEK.png




Quando eu testar tudo, trago imagens do circuito já feito.​
 
Última edição:
Como está o teu contato da serpentina com a Peltier? Conseguiria mandar uma foto dele?
Já tinha postado todo o projeto Aki, mais perdi o login e TB perdi as fotos, mais e algo nesse sentido, esse e um bloco de Walter cooler, com a Peltier resfriando ele uma bomba ligada nas saídas do bloco , coloquei a mangueira dentro tô terrário, com vários furos na parte que fica coberta pela água, a outra ponta da mangueira e ligada em uma bombinha submersa de 12 volts.
Sendo assim , a água vai captando o calor/ frio da Peltier e circulando no sistema, geralmente a água chega a uns 29 graus quando o ambiente chega a 27, aí desliga todo o sistema, depende da temperatura externa, as vezes se mantém por umas 5horas até que a temperatura do ambiente chaga em 25 quando o sistema e ligado de novo,
Obs, não tenho esse bloco, improvisei com tubos de cobre e chapa de alumínio , tudo dentro de uma caixinha que isola os lados da Peltier, pois vc deve ter percebido que qualquer influência na temperatura o sistema perde eficiência,
Enfim, a água que circula no terrário gera toda a umidade que precisamos, perco um pouquinho de umidade quando o cooler que retira o CO2 se liga, que e outra mangueira toda furada que fica no fundo do terrário em cima de um isopor que isola a água dos bolos, assim a cada quatro horas o cooler liga retirando o CO2 e um pouco de umidade que logo se eleva dinovo. A caixinha prata e onde está a peltier
 

Anexos

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Salve Wod!

Poderia me explicar por qual motivo vc decidiu deixar o cooler (DESTA IMAGEM) na vertical? Pelas imagens percebo que há alguns tubos de cobre e talz, mas não entendi muito bem!
Ah tenho uma dica que talvez seja útil e você consiga otimizar a eficiência energética. Pelo que entendi vc usa todo o sistema ligado no termostato digital correto? Quando a temperatura é alcançada, a fonte de alimentação desliga, ou, melhor, o relê abre, desligando o sistema, neste caso o que ocorre é o seguinte: você corta o sistema de resfriamento, o lado quente do dissipador acaba transferindo calor para parte interna do terrário, já pensou em desligar apenas a pastilha e o cooler interno, deixando o cooler de exaustão sempre ligado? Já que o cooler possui uma potência diminuta e baixo consumo, ele diretamente influenciaria na diminuição do calor remanescente nos dissipadores, e por conseguinte o calor residual não influenciaria na parte interna do terrário.

Abraços!
 
Salve Wod!

Poderia me explicar por qual motivo vc decidiu deixar o cooler (DESTA IMAGEM) na vertical? Pelas imagens percebo que há alguns tubos de cobre e talz, mas não entendi muito bem!

Abraços!

Uma foto do cooler inteiro pra você entender melhor.
Ele tem uma pequena chapa de alumínio que fica em contato com os tubos de cobre que, por sua vez, levam o calor para o dissipador grande lá me cima.
Tenho minhas dúvidas da eficiência dele. Por mim tacava um dissipador gigante, mas acabei usando as coisas que eu tinha disponíveis. Inclusive, eu avalio que seria mais interessante usar um cooler como esse dentro do terrário, porque aí facilitaria um pouco mais na hora de direcionar o fluxo de ar e planejar aonde a água que irá condensar cairá.

Ah tenho uma dica que talvez seja útil e você consiga otimizar a eficiência energética. Pelo que entendi vc usa todo o sistema ligado no termostato digital correto?
Isso.

Quando a temperatura é alcançada, a fonte de alimentação desliga, ou, melhor, o relê abre, desligando o sistema, neste caso o que ocorre é o seguinte: você corta o sistema de resfriamento, o lado quente do dissipador acaba transferindo calor para parte interna do terrário, já pensou em desligar apenas a pastilha e o cooler interno, deixando o cooler de exaustão sempre ligado? Já que o cooler possui uma potência diminuta e baixo consumo, ele diretamente influenciaria na diminuição do calor remanescente nos dissipadores, e por conseguinte o calor residual não influenciaria na parte interna do terrário.

Isso é brilhante @NANER ! Excelente ideia. Isso vai inclusive aumentar o tempo de vida da pastilha. Muito obrigado pela sugestão. Vou operacionalizá-la quando o controlador novo chegar e eu for mexer nos fios.

Estou pensando também em montar todo o circuito em cima de uma placa de MDF pra ficar mais elegante. Tá uma bagunça só. :whistle:

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DIÁRIO DE CULTIVO
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30° dia de Cultivo
20 dias de Incubação
9 dias de Primórdia
1° dia de Frutificação

Meu umidificador chegou e instalei-o no 27° dia de cultivo. Senti o impacto na formação dos primórdias imediatamente.
Compara_o.png

Errata: 3 dias com umidificador.

As fotos acima são de um mesmo bolo (C1). Não dá pra afirmar com 100% de precisão que foi por causa do umidificador porque o outro bolo não pinou ainda. Meu palpite é que esse daí, já tinha os primeiros primordias e se beneficiou do umidificador. O outro bolo ainda está criando os primeiros primordias.

No 27° dia, ao instalar o umidificador eu mudei a configuração interna. Mas não gostei muito da disposição e acabei alterando novamente no 29° dia. Eu fiz isso um pouco chateado, porque os bolos ficaram expostos a 28° por cerca de 10 minutos enquanto eu arrumava tudo. Mas tudo bem, já me conformei que esse é meu cultivo de protótipo kkkkkkk. Sim, sou paranoico.

O umidificador ficou trabalhando constantemente do dia 27° dia ao 30°. Depois disso, liguei ele em um timer analógico onde vai funcionar 15 minutos a cada 2 horas. Pra mim isso marcou o fim da etapa de primórdias e início do processo de frutificação. Os outros dois bolos ainda não pinaram, mas avancei a etapa mesmo assim para reduzir a possibilidade de abortos. Como vocês podem ver, são muuuuuuuuuuuuuuuuuitos pins.

Também aniversariei o último bolo que estava na incubadora (C3). Não o empapei (dunk) por falta de tempo. Mas o rolei em vermiculita.

O resultado ficou assim:
photo_2018_08_26_13_18_30.jpg


Ainda não estou muito satisfeito com a superfície em que o Bolo está, mas acredito que irá permanecer nessa até o final do cultivo. Basicamente é ponte de plástico da largura do isopor e em cima um outro deposito com a boca virado pra baixo.


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GELATEK
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Cara, cheguei a conclusão que umidificador é um acessório obrigatório pra cultivadores exigentes. Argila expandida nunca mais.
Comprei esse daqui, custou 45 reais e estava com frete grátis. Ele é basicamente uma tampa que na parte de baixo tem um filtro de algodão (trocável e extensível) que você pode pôr em qualquer copo/garrafa contendo água. Ele então transforma essa água em umidade.

Na imagem acima, dá pra ver que pus ele dentro de um copo de iorgute. Esse copo tem furo na parte debaixo, de forma que a água que está no terrário entra nele, toca o filtro de algodão e é então projetada para o ar.

Antes eu estava viajando na maionese, pensando em colocá-lo do lado de fora e usar uma mangueirinha pra jogar a umidade dentro, mas não deu certo. A água condensava na mangueira e nada chegava dentro do terrário. Além disso, se eu deixasse ele dessa forma eu teria que ficar abastecendo o recipiente com nova água, e acredite, rapidinho ele a evapora. Essa água iria pra dentro do terrário, aumentando o nível por lá e tomando espaço. Logo, logo, eu teria de tirar água de dentro e por aí vai. Ou seja, mais trabalho. Da forma atual, ele cria um ciclo de evaporação - condensação que torna o processo 100% automático e autossuficiente.

O abastecimento de energia dele é feito por uma entrada USB. Eu acabei comprando um filtro de linha com umas entradas desta porque estava sentindo necessidade de organizar melhor os fios. No final foi inútil porque conectei ele em um timer. Usei um carregador de celular antigo e deu tudo certo.

Essa linha de USB dentro do terrário, me preocupa um pouco. Há chance de pane elétrica. Mas por hora estou apenas observando e vejamos no que vai dar.

Estou atualmente estudando sobre umidade do ar e modelos de hygrometros. Como vi que essa é uma área que causa muita confusão, com muita gente dizendo que está com 100% de umidade, quando na verdade provavelmente só está usando um higrômetro ruim, em breve devo propôr um artigo explicando.

100% de umidade é névoa. Nas fotos abaixo, a névoa não está totalmente densa. No momento que eu abro o terrário, no período que o umidificador estava funcionando 100%, eu realmente não conseguia ver nada lá dentro.

Infelizmente meu higrômetro não presta e por isso não consigo dar dados mais concisos. Mas acredito que nessa foto a umidade deve estar entre 90 e 100%

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Muito diferente do que normalmente se vê em muitas outras fotos onde se diz que está com essa mesma umidade. Enfim, isso é achismo até meu higrômetro chegar ;)
 
Última edição:
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DIÁRIO DE CULTIVO
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Muitas novidades. Vamos lá:
Progress_o.jpg

As fotos são respectivamente da evolução no 31°, 32° e 33° dia. Atente para o aspecto molhado/gosmento na última foto.

Ansioso como sou, optei por acompanhar o crescimento diário e isso quase que matou, pois fez a minha rotina ficar ultra pesada. Lembrei porque estou optando por cultivo automático. :eek:

Os cogumelos vinham crescendo bem, mas eu cometi um erro de operação no 32° dia. Estamos na fase de frutificação, então a umidade precisaria circular em torno de 85%. Ainda estou sem higrômetro, então CHUTEI (não existe termo melhor), que colocar o umidificador ligado 15 minutos a cada 2h resolveria o problema. Fiz isso no 31° dia e foi tranquilo, mas paranoico como sou acabei reduzindo para 15min/1h no 32° dia. E o erro ainda não foi esse.

Sempre que eu abro o terrário, ativo manualmente o umidificador por pelo menos dez minutos depois de fechado para compensar a perca do ar lá dentro. Pois bem eu esqueci o diabo do umidificador ligado durante 6h horas. Isto umedeceu demais os cogumelos e parece que interrompeu o crescimento deles, de forma que acho que eles cresceriam mais, mas com o aumento abrupto da umidade, eles acabaram abrindo no 33° dia. Fiquei P. da vida, mas errando se aprende mais do que acertando as vezes. Uma evidência é as lamelas estavam pouco escurecidas, ou seja, com poucos esporos. Acabei optando por não produzir os carimbos nesse flush. Como pretendo trocá-los, quando for produzi-los espero que saiam da mais alta qualidade possível.

Fiz a colheita do C1 no 33° dia. O bolo C3, estava sem sinal de pins e no C2 estão aparecendo alguns poucos pins. Inclusive, estou suspeitando que o vendedor se equivocou e mandou algumas seringas de A+ junto com os TKSSS. Os pins que surgiram em C2 são totalmente brancos. Eu confesso que não acho ruim :D:D.

Esses pins em C2 estão concentrados na parte de baixo do bolo, onde há contato com a peça de plástico e logo, mais umidade. O processo começou de forma semelhante no C1. Então optei por fazer o seguinte:
  • Colhi C1 e não fiz dunk, mas fiz roll. O bolo já estava muuuuuito molhado.
  • Coloquei C3 em Dunk até o 34 dia, fiz o roll e devolvi pro terrário. Suspeito que ele esteja com uma camada de micélio grossa demais, fruto do Overlay.
  • Não mexi em C2.
Vou deixar o umidificador em 100% durante 3 dias (34°, 35° e 36°), alinhando os tempos de primórdia. No final do 36, vou ligá-lo 15m/2h, afinal é um ambiente quase que totalmente fechado, a perda de umidade é muito baixa. E então deixarei rolar a frutificação por uns 5 dias. Pegando primeiro flush de C2 e C3, e segundo de C1.

Secagem e Conservação

Não consegui pesar a colheita porque estou sem balança, a previsão é chegar no máximo segunda-feira.
Deixei 8h na frente do ventilador, improvisando um tunel de vento com uma camisa. Isso os deixou em uma consistência bem legal. Iguais a outros que eu havia tido contato para consumo. Depois peguei um pequeno depósito de lata, pus a toca com eles dentro e preenchi o resto com sílica laranja.

Não fiquei satisfeito com o resultado final da secagem no ventilador. Pô-los na toca, amassa-os bastante, fazendo com que azulem demais. Então acho que a construção de um túnel de vento seja mais adequada para machucá-los o mínimo possível. Os bixim pareciam que levaram foi uma surra. Inclusive estou até temeroso deles se vingarem e me darem uma também...

Eles também ficaram pequenos e muito molhados. A consistência estava quase gelatinosa, acredito que isto não o esperado. Adoraria ouvir os membros mais experientes sobre essa questão.

ERRATA
O umidificador não foi com frete grátis. Eu me equivoquei.
Ele é bem mais barato no aliexpress, se você tiver a paciência necessária de aguardar os 40 dias.
 
Que coisa hein, não consigo curtir nada!
Mas então, muita umidade no período de frutificação costuma dar ruim cara, é melhor se preocupar em manter uma boa taxa de O2. :)
Já para controle da umidade vai só observando as paredes do terrário, se tiver seco borrifa pra ficar as gotículas de água e borrifa água umas 2 à 3x por dia diretamente no bolo, mas, quando formar os pins, aí você para, se não da nisso aí que deu ou que nem o meu casing de Australian lá, todo feioso.
Seu cultivo foi bom, pinou bastante, rendeu bons frutos, se não tivesse tido esse contra-tempo com o umidificador e tivesse tido uma melhor troca dos gases, você ia ter um flush bem gratificante ;)
 
Umidificador por mais que você coloque na mínima intensidade, para o volume do terrário sempre vai saturar o ar o período de infusão de névoa deve ser bem, baixo, mas nada como um higrômetro, preferencialmente com sonda para vc ir testando empiricamente.
Meu umidificador eu modifiquei o sistema dele de modo que consigo gerar o mínimo de névoa, e no meu cultivo anterior atendeu perfeitamente!
Parabéns pelo cultivo!
 
Umidificador por mais que você coloque na mínima intensidade, para o volume do terrário sempre vai saturar o ar o período de infusão de névoa deve ser bem, baixo, mas nada como um higrômetro, preferencialmente com sonda para vc ir testando empiricamente.

Okay... Isso aqui me assustou. Estou com medo dos 15 minutos serem tempo demais porque com o sistema atual esse é o tempo mínimo que consigo fazer. Restrição do timer.

Pois é. Meu controlador de umidade/temperatura automático está a caminho cruzando o pacífico. Quando ele chegar todos os problemas estarão resolvidos.

Como o isopor está muito grande, eu estou viajando na maionese aqui pensando em separá-lo em duas câmaras. Uma seria de primordia, onde o umidificador ficaria ligado 100% do tempo e a outra a de frutificação. Daí eu faria uma pequena portinhola a partir de um motor simples que se abriria de uma câmara para outra quando a umidificação da frutificação estivesse inadequada.

Viagem né? Mas daí eu não teria problema que tive acima, causado principalmente por ter um bolo mais avançado do que outro e também nem precisaria elaborar dois sistemas.

@Mitopilubare eu ainda acho que o problema foi especificamente a umidade, que por conseguinte lascou minha oxigenação. Vou tentar reparar essa umidade e ver se só isso resolve o problema das distorções no chapéu. Digo isso porque tem a bomba de ar né. Teoricamente, eu tenho um fluxo de ar que renova todo o ar do terrário em menos de 22 minutos (vazão de ar da bomba = 1,5l. Volume interno bruto do isopor 33l).

Eu tenho um palpite pra tua dificuldade em curtir. Eu acho que todo post que contém anexos de fotos de sites de hospedagem externos apresentam esse problema. Aposto que você vai conseguir interagir com este, por exemplo, que não tem imagens. Tu poderia fazer o teste? Se isso for verdade, vou reportar pro administrador.
 
Eu tenho um palpite pra tua dificuldade em curtir. Eu acho que todo post que contém anexos de fotos de sites de hospedagem externos apresentam esse problema. Aposto que você vai conseguir interagir com este, por exemplo, que não tem imagens. Tu poderia fazer o teste? Se isso for verdade, vou reportar pro administrador.
Verídicooooooooooo :LOL:
Segue o fluxo que da próxima você acerta !!! :roflmao::roflmao::roflmao:
 
Como o isopor está muito grande, eu estou viajando na maionese aqui pensando em separá-lo em duas câmaras. Uma seria de primordia, onde o umidificador ficaria ligado 100% do tempo e a outra a de frutificação. Daí eu faria uma pequena portinhola a partir de um motor simples que se abriria de uma câmara para outra quando a umidificação da frutificação estivesse inadequada.
Saturar a câmara de frutificação com ar eu acho meio complicado, ainda que seja por um intervalo de 15 minutos, o ideal seria diminuir a produção de névoa do umidificador mesmo, ou então proceder com a umidificação sob supervisão!
Torço para que dê tudo certo aí !
 
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