Seguindo a mesma linha do Diário da Esperança #1, resolvi iniciar um cultivo utilizando uma seringa de MDK que fez 6 meses de vida hoje, a fim de testar a viabilidade de seus esporos devido ao tempo desde a confecção daquela.
Preparação do Substrato
No dia 17/03/2016, seguindo o Guia de Cultivo Ilustrado, fiz o substrato padrão da PF Tek com farinha de arroz integral, água e vermiculita (300 ml + 300 ml + 600 ml). Um detalhe é que descobri que meu moedor de café deixa o arroz literalmente como farinha, e fica ideal se deixar ele moer até o detector do próprio moedor parar a hélice de acordo com a grossura escolhida para o pó, e não eu no olhômetro. :!: Desta vez no entanto adiantei um dos passos e coloquei os copos nas panelas de pressão já com os alumínios colados com fita isolante, além dos dois tradicionais furos em cima para permitir a saída do vapor e não rasgar o alumínio. A inovação foi adaptada (pois não colei micropore antes de ir pra PP) de algumas postagens nos diários da nobre @Malahov, e funcionou muito bem, pois me adiantou um cado de trabalho na hora da inoculação. Como já tenho o nível de água das PP bem estabelecido, não tive problema de secar lá dentro antes de terminar a autoclavagem e com isso derreter as fitas isolantes.
O último copo a ser preenchido ficou com uma quantidade de substrato menor que o normal, então resolvi aproveitar a oportunidade pra tentar um in vitro na cara e na coragem - e aqui também um pouco mais de esperança nesse diário.
Pois bem, as panelas ficaram no banheiro dos cultivos por 72 horas até a inoculação, na data de hoje, 20/03/2016.
Inoculação dos Substratos
Há poucas horas atrás, preparei todo o banheiro. Para facilitar a visualização do procedimento, tirei foto de todos os materiais que utilizei na inoculação:
Na primeira foto, as panelas de pressão com os substratos esterilizados dentro, canela marcadora, vela para flambar a ponta da seringa, guardanapos, luvas de látex, máscara cirúrgica, um pano limpo para botar os copos em cima, a seringa ainda dentro do papel alumínio e também o espargidor com álcool 70%. Na segunda foto, os micropores usados primeiro pra selar os furos antes da inoculação, e depois para tapar os furos novamente após a inoculação.
Só faltou na primeira foto acima um pano descartável utilizado para esfregar a panela de pressão antes de abrir.
Bem, borrifei todo o ambiente do banheiro com álcool 70%, fui pro quarto do meu filho cantar canções pra ele dormir (duas sertanejas da década de 80 e uma do Legião kkkk) e depois tomar banho. Isso deu tempo suficiente pro álcool baixar quando voltei.
Fiz a inoculação. Antes da primeira, limpei a agulha da seringa com guardanapo com álcool 70% e depois flambei. Mas para as seguintes até o último copo utilizei apenas o fogo antes de cada nova inoculação.
Inoculei apenas em dois pontos cada copo, numa quantidade de cerca de 0,5 ml a 1 ml para cada furo, mas em média deu 1,25 ml para cada substrato. Com isso, da seringa que inicialmente tinha 18 ml de solução multi-esporos, sobraram ainda fartos 10 ml.
Por fim, acertei os bolsões de ar dos micropores, para reduzir os caminhos de possíveis contaminantes da fase de colonização e os nomeei:
Copos com substratos inoculados. No canto superior da esquerda, o in vitro. Os seguintes estão numerados de MDK #1 a MDK #5...
... e todos eles foram juntos para a geladeira-incubadora.
Basicamente, é toda essa a informação até o momento.
Resolvi, no entanto, tirar umas fotos extras da minha primeira tentativa de in vitro semi-proposital:
In vitro MDK --> na foto da direita, o detalhe do substrato baixo, pouco acima do meio do copo.
Não posso deixar de comentar que, baseado em minhas experiências anteriores com os cultivos tirados deste carimbo de MDK (4º e 5º cultivos), que tá o capeta :devil: de sinistro, e também com o sucesso do Diário da Esperança #1 com seringas com mais de 6 meses, acho que vai dar muito certo. Inclusive, desta vez não super-inoculei os substratos.
No mais, agora é só aguardar a galera brotar.
O Sexo dos Cogumelos
Um adendo. Eu viajo muito nisso :fumar:, mas pra mim faz sentido. Na minha interpretação, os micélios vivem 99% de suas vidas em sexo constante:
Ou seja, apenas no tempo entre o esporo eclodir até antes de encontrar outra hifa é que os micélios não estão transando , pois a partir de quando se juntam dois em um, até o momento da esporulação, não houve ainda o orgasmo do micélio, que é quando ele libera os esporos. Ou seja: até o micélio dicariótico morrer, é só curtição, e sem tirar de dentro!
Então, primos e primas, vão lá se preparar pra fazer cogumelos!
Preparação do Substrato
No dia 17/03/2016, seguindo o Guia de Cultivo Ilustrado, fiz o substrato padrão da PF Tek com farinha de arroz integral, água e vermiculita (300 ml + 300 ml + 600 ml). Um detalhe é que descobri que meu moedor de café deixa o arroz literalmente como farinha, e fica ideal se deixar ele moer até o detector do próprio moedor parar a hélice de acordo com a grossura escolhida para o pó, e não eu no olhômetro. :!: Desta vez no entanto adiantei um dos passos e coloquei os copos nas panelas de pressão já com os alumínios colados com fita isolante, além dos dois tradicionais furos em cima para permitir a saída do vapor e não rasgar o alumínio. A inovação foi adaptada (pois não colei micropore antes de ir pra PP) de algumas postagens nos diários da nobre @Malahov, e funcionou muito bem, pois me adiantou um cado de trabalho na hora da inoculação. Como já tenho o nível de água das PP bem estabelecido, não tive problema de secar lá dentro antes de terminar a autoclavagem e com isso derreter as fitas isolantes.
O último copo a ser preenchido ficou com uma quantidade de substrato menor que o normal, então resolvi aproveitar a oportunidade pra tentar um in vitro na cara e na coragem - e aqui também um pouco mais de esperança nesse diário.
Pois bem, as panelas ficaram no banheiro dos cultivos por 72 horas até a inoculação, na data de hoje, 20/03/2016.
Inoculação dos Substratos
Há poucas horas atrás, preparei todo o banheiro. Para facilitar a visualização do procedimento, tirei foto de todos os materiais que utilizei na inoculação:
Na primeira foto, as panelas de pressão com os substratos esterilizados dentro, canela marcadora, vela para flambar a ponta da seringa, guardanapos, luvas de látex, máscara cirúrgica, um pano limpo para botar os copos em cima, a seringa ainda dentro do papel alumínio e também o espargidor com álcool 70%. Na segunda foto, os micropores usados primeiro pra selar os furos antes da inoculação, e depois para tapar os furos novamente após a inoculação.
Só faltou na primeira foto acima um pano descartável utilizado para esfregar a panela de pressão antes de abrir.
Bem, borrifei todo o ambiente do banheiro com álcool 70%, fui pro quarto do meu filho cantar canções pra ele dormir (duas sertanejas da década de 80 e uma do Legião kkkk) e depois tomar banho. Isso deu tempo suficiente pro álcool baixar quando voltei.
Fiz a inoculação. Antes da primeira, limpei a agulha da seringa com guardanapo com álcool 70% e depois flambei. Mas para as seguintes até o último copo utilizei apenas o fogo antes de cada nova inoculação.
Inoculei apenas em dois pontos cada copo, numa quantidade de cerca de 0,5 ml a 1 ml para cada furo, mas em média deu 1,25 ml para cada substrato. Com isso, da seringa que inicialmente tinha 18 ml de solução multi-esporos, sobraram ainda fartos 10 ml.
Por fim, acertei os bolsões de ar dos micropores, para reduzir os caminhos de possíveis contaminantes da fase de colonização e os nomeei:
Copos com substratos inoculados. No canto superior da esquerda, o in vitro. Os seguintes estão numerados de MDK #1 a MDK #5...
... e todos eles foram juntos para a geladeira-incubadora.
Basicamente, é toda essa a informação até o momento.
Resolvi, no entanto, tirar umas fotos extras da minha primeira tentativa de in vitro semi-proposital:
In vitro MDK --> na foto da direita, o detalhe do substrato baixo, pouco acima do meio do copo.
Não posso deixar de comentar que, baseado em minhas experiências anteriores com os cultivos tirados deste carimbo de MDK (4º e 5º cultivos), que tá o capeta :devil: de sinistro, e também com o sucesso do Diário da Esperança #1 com seringas com mais de 6 meses, acho que vai dar muito certo. Inclusive, desta vez não super-inoculei os substratos.
No mais, agora é só aguardar a galera brotar.
O Sexo dos Cogumelos
Um adendo. Eu viajo muito nisso :fumar:, mas pra mim faz sentido. Na minha interpretação, os micélios vivem 99% de suas vidas em sexo constante:
O poro de germinação, uma depressão circular em um dos finais do esporo, é o local de germinação de um micélio haplóide chamado de hifa primordial. Essa hifa continua a crescer, criar novos “galhos” e começa a virar uma rede micelial. Quando duas redes de hifas sexualmente complementares fazem contato, a parede celular que separa os dois sistemas hifais se dissolve e o material citoplasmático e genético são trocados. Erótico ou não, esse é o “sexo dos cogumelos”. Como consequência, todo micélio resultante é binucleado e dicariótico. Isso significa que cada célula e um conjunto completo de cromossomos. Com poucas exceções, somente o micélio “fecundado” (dicariótico) é fértil e capaz de produzir corpos de frutificação. Normalmente, o micélio dicariótico é rápido e mais vigoroso que o “não fecundado” (micélio monocariótico).
Ou seja, apenas no tempo entre o esporo eclodir até antes de encontrar outra hifa é que os micélios não estão transando , pois a partir de quando se juntam dois em um, até o momento da esporulação, não houve ainda o orgasmo do micélio, que é quando ele libera os esporos. Ou seja: até o micélio dicariótico morrer, é só curtição, e sem tirar de dentro!
Então, primos e primas, vão lá se preparar pra fazer cogumelos!
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