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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Budismo

Acho muito sedutor toda essa trama transcendental da mente através da doutrina budista
auto controle, exploração do poder oculto,paz consigo mesmo,novas pesperquitivas...
ainda estou no processo de construção da minha própria filosofia de vida.
vamos tentar mesclar alguma coisa do oriente junto pra ver...
 
eu acho que somos selvagens e indomesticaveis , porem nao temos escolha senao aceitar a domesticação , eu sou um buda e muitos aqui tambem são , mas eu me frustro quando não posso usar o lado selvagem! Adoeço ! morro um pouco !

deve ser bom torturar o estuprador de sua irmã (minha)

eu mataria com prazer e sadismo um filho da puta desses !

mas não , voce deve ser "superior" (dizem ) , deve dar um abarço nele e perdoá-lo !

acho que vou oferecer-lhe meu anus também !
 
eu acho que somos selvagens e indomesticaveis , porem nao temos escolha senao aceitar a domesticação , eu sou um buda e muitos aqui tambem são , mas eu me frustro quando não posso usar o lado selvagem! Adoeço ! morro um pouco !

deve ser bom torturar o estuprador de sua irmã (minha)

eu mataria com prazer e sadismo um filho da puta desses !

mas não , voce deve ser "superior" (dizem ) , deve dar um abarço nele e perdoá-lo !

acho que vou oferecer-lhe meu anus também !
PQP... como negar nosso lado animal?????

Post perturbador!!!

Desejo paz pra todos!!

Lembro me desses dias que ia receber uma grana e acabei comprando uma faca!!
 
Acho que se deve tomar muito cuidado com o relacionamento entre alteradores de consciência e samadhi, mas, por acaso na mensagem de hoje do enteógenos.org:

http://feedproxy.google.com/~r/ente...amadhi?utm_source=feedburner&utm_medium=email

==================================================================

A flor que gera samadhi

Posted: 18 Aug 2010 09:09 AM PDT
(...)
(Lion of Siddhas - The Life and Teachings of Padampa Sangye)

Não li todas as mensagens do tópico, mas de onde você tirou a ideia de que "se deve tomar muito cuidado com o relacionamento entre alteradores de consciência e samadhi"?
 
"se deve tomar muito cuidado com o relacionamento entre alteradores de consciência e samadhi"?


Da minha cabeça.

Para mim os alteradores de consciência, por mais que permitam um vislumbrem da transcedência, estão ligados a este mundo dual, do que nasce e que portanto vai morrer.

Mas é claro que é uma opinião pessoal. O que você acha?
 
Expandir a esfera do amor

Dalai Lama (Tibete, 6 de julho de 1935 ~):

Nas grandes cidades, fazendas, lugares remotos, por todo o interior, as pessoas se movem ocupadas. Por quê? Todos somos motivados pelo desejo de nos tornarmos felizes. Fazer isso é correto.
Contudo, temos que ter em mente que muito envolvimento com os aspectos superficiais da vida não irá resolver nossos problemas maiores de descontentamento. Amor, compaixão e preocupação pelos outros são as verdadeiras fontes de felicidade.
Com isso em abundância, você não será perturbado nem pelas circunstâncias mais desconfortáveis. No entanto, se você nutrir o ódio, não será feliz nem no colo do luxo. Assim, se realmente desejamos felicidade, precisamos expandir a esfera do amor. Isso é tanto um modo de pensar religioso quanto senso comum básico.

“How to Expand Love”, 1
24 de fevereiro de 2012

http://samsara.blog.br/2012/02/expandir-a-esfera-do-amor/
 
Verdade vacuidade

Sutra Guirlanda de Flores:

Então, o bodisatva Floresta da Vitória, saturado com o poder do Buda, olhou para as dez direções e disse em versos:
Como nos meses de verão
De céu limpo sem nuvens,
O sol radiante resplandece em luz
Preenchendo as dez direções,
Uma luz sem limitações,
Impossível de medir
Até pelos capazes de ver,
Muito menos pelos cegos;
Assim são os Budas,
Virtude sem limitações,
Mesmo por eras inconcebíveis
Ninguém pode conhecê-los em detalhes.
As coisas não têm nenhuma procedência
E ninguém pode criá-las:
Assim, não há nenhum lugar onde nasceram e
Não podem ser discriminadas.
As coisas não têm nenhuma procedência,
Portanto não têm nenhum nascimento,
Sem nascimento,
Também não pode haver extinção.
As coisas são não-nascidas
E também não-extinguíveis,
Aqueles que entendem dessa maneira
Verão o Buda.
Como as coisas não têm nascimento,
Sua existência inerente é não-existente,
Aquele que analisar e souber disso
Chegará à verdade profunda.
Como as coisas não têm existência inerente
Ninguém pode compreendê-las,
Ao compreender as coisas assim,
Em nível absoluto, nada é compreendido.
Aquilo que dizemos que nasce
Pode manifestar mundos,
Se alguém puder conhecer a natureza dos mundos,
Em sua mente, não haverá confusão,
Examinando conforme a verdade
A natureza dos mundos e terras,
Se alguém for capaz de saber isso,
Pode explicar todas as coisas.
“Elegias no palácio do Paraíso Suyama”
Sutra Guirlanda de Flores (Avatamsaka), livro 20
“Flower Ornament Scripture”
27 de fevereiro de 2012

http://samsara.blog.br/2012/02/verdade-vacuidade/
 
Yoga do sonho


Saber que a nossa realidade não representa toda a verdade da existência nos liberta do sofrimento. Deixamos de estar controlados por nossos medos ou apegos. No entanto, a mente facilmente cai de volta em suas velhas suposições, com o próximo movimento deste sonho do dia. [...]
Precisamos de um método para nos lembrar que estamos apenas sonhando, para verdadeiramente atravessar nossa confusão — não apenas vislumbrarmos a verdade em um momento, para esquecê-la no nomento seguinte. [...]
No método de meditação chamado “ioga do sonho”, a primeira tarefa é nos darmos conta, durante o sonho, de que estamos sonhando. A próxima tarefa é conservarmos essa compreensão, sendo que a partir desse ponto adquirimos uma capacidade criativa no sonho.
Por exemplo, você está sonhando com um único balão de ar. Se você fosse capaz de manter plenamente sua compreensão da natureza do sonho, poderia fazer com que muitos outros balões aparecessem. Ou uma única pessoa poderia se transformar em muitas; este mundo poderia se transformar em um mundo diferente.
Em suma, ganhamos a capacidade de aumentar, multiplicar ou viajar nos sonhos, porque a falsidade do sonho deixa de nos comandar. Com o reconhecimento da sua natureza, nós comandamos o sonho.
É exatamente a mesma coisa com a nossa realidade do estado de vigília, do momento que nascemos até morrermos.
Muitas pessoas alcançaram a compreensão da natureza verdadeira da experiência desta vida. Na tradição budista, elas são chamadas mahasidas. Em outras tradições, também, pessoas atingiram um grau de sabedoria tão grande que as regras comuns da realidade deixaram de tolhê-las. Por exemplo, Jesus caminhou sobre a água.
Seres dotados de grande realização podem deixar as marcas dos pés sobre a rocha sólida ou voar pelo céu. O que é quente para nós não é quente para eles, o que é frio, não é frio, nem o que é sólido é sólido. Eles comandam a realidade; ela não os comanda.

http://samsara.blog.br/2008/03/yoga-do-sonho/
 
O problema é o seguinte.

Você acredita em ciclos de reencarnação?

Então você pode ter sido o cara que colocou Jesus na cruz, que estuprou alguém a 5000 anos atrás, matou dezenas de pessoas. Você pode ter sido um rei miserável ou um discíplo bondoso, um mendigo enfim...

Como saber????

Acredito nas leis do universo. Lei Kármica. Todos nós estamos aqui para evoluir e não adianta dissipar sua raiva nos outros, pois todos somos uno, iguais perantes ao universo.

Sabendo disso o infeliz sofrerá as consequências por si só, não adianta gastar sua energia para piorar a situação da criatura. A vida mostrará através da lei dos homens e de Deus.

Quando morremos e reencarnamos nós não nos lembramos nem dos entes passados. A vida é meramente um sonho, uma matrix que passamos para evoluir, não para se apegar.
 
15 - CAÇANDO E MATANDO O EGO
INTRODUÇÃO AO BUDISMO
Uma visão da doutrina budista através dos textos
Este é um trabalho de seleção e ordenação de textos
de vários autores e mestres budistas por
Karma Tenpa Darghye.

"Em nosso estado mental normal, nosso ego parece enorme e concreto; ele parece ser justamente nosso melhor amigo, protetor e benfeitor. Mas na verdade, ele é o nosso pior inimigo, uma fraude que nos engana, fazendo-nos sentir que não podemos existir ou viver sem ele. Como um monstro morando em nosso coração, ele está sempre pronto para fazer coisas ruins e causar problemas a nós e aos outros. Nosso ego tem monte de truques para se manter na ativa. Por isso, devemos prestar atenção quando começarmos a nos dizer: "Se eu não cuidar do número um (nós mesmos), não vou trabalhar e vou acabar passando fome"; "Se eu ficar me distraindo com esse assunto de espaço, vou acabar virando um vegetal. Posso até morrer!" O ego tem mais defesas que a OTAN. Cuidado!
Não há dúvidas de que é do nosso próprio interesse nos livrarmos desse demônio interior o mais rápido possível (a menos que sejamos masoquistas e gostemos da eterna dor física e mental). Ao recolher e responsabilizar nosso ego de apego a si mesmo por todos os nossos problemas, com certeza geraremos o desejo de cuidar de nosso mundo interno e de nos livrar desse ego o mais rápido possível. Para isso, precisamos enxergá-lo como um mentiroso, examinando se de fato existe como parece ou não.
Isso significa dizer a nós mesmos: "Pela lógica, se eu existo tal como parece, devo ser ou um com todo meu corpo e mente, ou separado e diferente deles". Se, quando busco o meu ego, não consigo encontrá-lo nem em minha mente nem em meu corpo, e nem tampouco como algo separado deles, não tenho outra opção senão aceitar que o que estou percebendo é o meu falso senso de individualidade. Precisamos expulsar esse fantasma da máquina.
Pensando dessa forma, começamos a caçar nosso ego aparentemente vivo, nosso verdadeiro inimigo, e isso nos força a confrontar nossas suposições nunca examinadas sobre como existimos de fato. Eis um desafio bastante significativo do ponto de vista emocional: descobrir que nossa percepção básica da realidade é uma grande bobagem. Essa é a autocura absoluta, e por isso devemos prosseguir, cheios de alegria, nesse nível grosseiro do treinamento espacial.
Se sentirmos que o eu, ou nosso ego, é realmente nosso corpo (como as indústrias de cosméticos adorariam que nós acreditássemos), então:
1. Qual parte do corpo somos? A cabeça, o coração, os membros?
2. Como tenho muitas partes, devo ter muitos "eus" e muitos "egos".
3. Se sou o meu corpo, então, mesmo que minha mente não esteja nele, eu estarei existindo. Quando meu corpo morrer, deixarei de existir. (Essa visão materialista e niilista tem sido desafiada por muitos relatos de experiência pós-morte, além de testemunhos de tulkus nascidos no Ocidente e no Oriente, terapeutas de vidas passadas etc.)
4. Se alguém corta fora nossa perna com um machado, ficamos histéricos e gritamos, "Ele cortou minha perna", mostrando assim que sentimos que somos os proprietários de nosso corpo, e não o corpo em si.
5. Se sentimos que nosso ego é a nossa mente, precisamos examinar o que nossa mente é. Temos muitos fatores ou aspectos maiores ou menores da mente: seis sentidos e consciências mentais e cinqüenta e um fatores composicionais (todos os aspectos misturados de clareza e escuridão em nossa mente). Ora, se tenho tantas mentes diferentes, devo ter muitos egos diferentes (uma personalidade múltipla esquizofrênica com cinqüenta e sete identidades).
6. Quando alguém nos insulta, pensamos, "Ele machucou meus sentimentos", mostrando assim que nos sentimos os proprietários de nossa mente, e não a mente em si.
7. "Penso, logo existo" — "Se sou minha mente, posso viver sem meu corpo".
8. Se sentimos que somos a combinação de nosso corpo e mente, devemos tentar seguir o seguinte raciocínio:
Não sou meu corpo.
Não sou minha mente.
Mesmo assim, quando eles estão juntos, chamo-os de "eu". Mas como é possível que dois "não sou" tornam-se um "eu sou"? Pense nisso! Esse é um enigma profundo e cheio de sentido, não uma piada.
É o mesmo que chamar de "foguete" a uma combinação de todas as partes de um foguete. Na verdade, nenhuma delas separadamente é o foguete, mas à união de todas as partes damos o nome de "foguete". Enquanto estamos satisfeitos com o simples nome das coisas e não investigamos nosso mundo com mais profundidade, tudo parece estar certo. Os carros, as pessoas, os computadores, tudo trabalha e funciona. Mas se verificamos o que há por trás das ilusões, perceberemos que não há qualquer foguete que exista independentemente, mas apenas um objeto surgido interdependentemente, dependendo de suas partes, causas, condições etc. Esse é o misterioso milagre da realidade.
Quando buscamos as coisas em si, elas desaparecem. Mas quando as aceitamos elas funcionam maravilhosamente bem, até o momento em que se quebram, adoecem e morrem.
9. Se sentimos que nosso eu é diferente de nosso corpo e mente, devemos tentar imaginar então que nosso corpo foi totalmente destruído por uma bomba atômica e que nossa mente foi, de alguma forma, desligada, totalmente aniquilada. Onde estaríamos então? Obviamente, em lugar nenhum.
10. Portanto: Certamente não sou meu corpo, não sou minha mente, nem a combinação de meu corpo e mente; Então, onde estou? Em lugar nenhum. O que percebemos nesse momento, se tivermos feito o jogo da forma adequada, é nada, exceto o espaço absoluto.
Esse nada não é o frio vácuo morto do espaço externo ou a completa negação da vida que nos ensinaram nas aulas de filosofia. A experiência da vacuidade, ou do espaço absoluto, é preenchida por uma sensação de extrema bem-aventurança e uma profunda paz. Sem dúvida, segundo os nossos sentidos, não há nada lá, mas de alguma forma encontramos a sensação de arrebatadora alegria de tocarmos a essência da vida e o tecido fundamental da realidade. Ainda assim, não há nada lá. É fascinante e maravilhoso. Então, compreendemos de verdade o monstro que é o nosso ego, nos impedindo completamente de ter essa arrebatadora experiência. O eu é realmente muito egoísta.
Todas as vezes que "caçamos o ego", devemos tentar manter a mente ingênua como a mente de uma criança. Não é bom começar o jogo pensando, "Já sei a resposta" ou "Que tédio!", pois assim não poderemos ter o impacto emocional do inacreditável fato de que de repente nosso ego desapareceu, fugiu envergonhado. Quando nosso inimigo interior tiver sido exposto como uma fraude, um mentiroso e um traidor, a fantasia de sua existência se desintegrará no nada. Mas não se preocupe: ele voltará para nos assombrar por muitos e muitos anos. Está apegado a nós tanto quanto nós estamos apegados a ele. Matar o ego é um processo difícil e demorado. Mas é absolutamente benéfico e, por isso, devemos persistir com alegria. Nossa porcentagem de vitória crescerá passo a passo e, um dia, teremos vencido completamente.
Assim, tendo exposto nosso ego como uma fraude, usando a luz de nossa sabedoria, tudo que nos resta é uma negação, um vasto espaço ou vacuidade que não implica em nada mais, mas prova apenas que nosso ego independente nunca existiu. O vasto espaço da vacuidade não prova nem confirma mais nada.
As pessoas comuns, em geral, necessitam de muito espaço individual e sempre se sentem desconfortáveis em espaços pequenos e em multidões. O antídoto para essa sensação e para o "ser comum" é familiarizar a mente com o vasto espaço interior do não-ego, não-eu, não-meu! A auto-cura não é desenvolver o ego, mas dissolvê-lo no espaço. Assim, sempre nos sentiremos muito confortáveis e relaxados, mesmo se estivermos rodeados por trinta pessoas gritando todas ao mesmo tempo.
Algumas pessoas sentem medo quando entram em contato com esse imenso espaço interior, sentindo que fizeram desaparecer a si mesmas. Mas não há motivo para se preocupar: apenas fizemos desaparecer temporariamente nossa alucinação ou fantasia do ego. A energia do apego ao ego é tão forte nas pessoas comuns que certamente reaparecerá logo. Quando chegar o momento de você entrar em contato com o espaço interior, não se preocupe, seu corpo e mente e seu eu, surgidos interdependentemente, ainda estão aqui".

GELSO – AUTOCURA III –Lama Ganchen Rinpoche


Que em mim suma a maldita alma lama (depois de 40 dias).​
A língua, que é o veículo da mentira.​
O eu ordinário, que só é acúmulo de experiências funestas.​
E que a casa fique vazia​
para o Eu transcendental, o Vazio, o Ain-soph, o Espírito Santo.​
Que somente a imagem e semelhança se reflita no espelho​
e que até mesmo​
não haja mais espelho​
só imagem
e semelhança.​

"O sentir do Amor universal deve se tornar tão intenso de maneira que devore para sempre a mente inferior, permanecendo tão somente a Consciência Suprema."

"Quando se ama verdadeiramente a tudo, a nada se está ligado."

"O amor que corta uma fração do todo não é verdadeiramente amor."
 
Vamos voltar ao Budismo?


Insight e capacidade de ajudar os outros

Walker Blaine:
[...] Ausência de ego é um conceito não familiar na maior parte do mundo ocidental. Não estamos acostumados a alimentar a ideia de que — ali por trás de nossos pensamentos cotidianos e atividades — a premissa subjacente de haver um “eu” é uma adição desnecessária. Contudo, não é que absolutamente nada esteja acontecendo, de que não há absolutamente nada nem ninguém ali.
Ausência de ego significa que a nossa presunção de um “eu” (ou, na outra ponta, algo externo chamado de “outro”) como algo imutável e permanente, separado de tudo mais no mundo, é uma forma de confusão.
O ensinamento sobre ausência de ego aponta que o que nós imaginamos ser o “eu” não está lá. Mas, embora o “eu” não possa ser encontrado, nós funcionamos de qualquer modo. Não precisamos depender da ideia de um “eu” para funcionar na vida. No final, a causa de nosso sofrimento são as ações e pensamentos apegados à ideia de um “eu” como sendo algo real, que temos que defender.
Se essa ideia for expandida para incluir tanto o “eu” quanto o restante da nossa experiência, o insight e a capacidade de ajudar os outros vão arder como uma grande fogueira.
“The Great River of Blessings”
(disponível para download gratuito)

28 de março de 2012
http://samsara.blog.br/2012/03/insight-e-capacidade-de-ajudar-os-outros/
 
Vamos voltar ao Budismo?


Insight e capacidade de ajudar os outros

Walker Blaine:
[...] Ausência de ego é um conceito não familiar na maior parte do mundo ocidental. Não estamos acostumados a alimentar a ideia de que — ali por trás de nossos pensamentos cotidianos e atividades — a premissa subjacente de haver um “eu” é uma adição desnecessária. Contudo, não é que absolutamente nada esteja acontecendo, de que não há absolutamente nada nem ninguém ali.
Ausência de ego significa que a nossa presunção de um “eu” (ou, na outra ponta, algo externo chamado de “outro”) como algo imutável e permanente, separado de tudo mais no mundo, é uma forma de confusão.
O ensinamento sobre ausência de ego aponta que o que nós imaginamos ser o “eu” não está lá. Mas, embora o “eu” não possa ser encontrado, nós funcionamos de qualquer modo. Não precisamos depender da ideia de um “eu” para funcionar na vida. No final, a causa de nosso sofrimento são as ações e pensamentos apegados à ideia de um “eu” como sendo algo real, que temos que defender.
Se essa ideia for expandida para incluir tanto o “eu” quanto o restante da nossa experiência, o insight e a capacidade de ajudar os outros vão arder como uma grande fogueira.
“The Great River of Blessings”
(disponível para download gratuito)

28 de março de 2012
http://samsara.blog.br/2012/03/insight-e-capacidade-de-ajudar-os-outros/

Concordo plenamente e acrescento mais:

O desprendimento e a compreesão do "eu" é essencial mas a negação deste pode gerar um caos dentro de ti, pois ao negar o ego negamos algo que existe e que é impossível de se desfazer, pois nós somos o ego.

Compreensão do ego significa compreender sua existência. O "não" e o "sim" geram dúvidas quanto a nossa existências.

Compreender que o "eu" existe, os problemas existem, o mal existe, o bem existe, o universo existe gera a compreensão de que Deus existe, o estar uno. O observar a dança do universo, contemplar.

Contemplação das situações vividas, dos problemas, dos medos da sua existência. Compreensão é a essência.

Negar, anular, afirmar, questionar, duvidar quanto ao ego irá gerar outro ego, pois nossa mente é automática, temos pensamentos e sentimentos que são incontroláveis e não devem ser controlados e sim, entendidos.

Queimar no fogo sem ser queimado.
Agir sem esforço.
Compreender que somos além deste corpo, algo melhor que nosso ego e estamos no simples aprendizado que é a vida.
 
Muito bons os dois posts, tanto o sobre Budismo como esses dois que fundi em um, das palavras de Krishnamurti, kodark

Mas se for o caso abra um tópico para Krishnamurti.

(Já aberto o novo tópico, com as mensagens do assunto movidas para lá- Krishnamurti - Ecuador).
 
acabei desviando do assunto com algumas postagens sobre o Krishnamurti (Já aberto o novo tópico, com as mensagens do assunto movidas para lá- Krishnamurti - Ecuador).

voltando ao Budismo :)
 
O resultado da verdadeira realização

Nyoshul Khen Rinpoche (Tibete, 1932 – França, 1999):

Alguns podem não compreender e se perguntar: então por que se preocupar com ações virtuosas e acumulação de mérito ou ajudar os outros? Por que gerar bondade amorosa e compaixão? Outros podem pensar: por que não continuar realizando ações negativas, já que na vacuidade tudo é igual? Essa é uma incompreensão grave. É um perigo, um desvio da visão. Isso é niilismo, onde o abismo engolfante da pseudo-vacuidade acena.
Quando alguém realiza o estado natural, a verdadeira natureza de todos os seres, há naturalmente uma inundação de compaixão espontânea inconcebível, bondade amorosa, consideração e empatia, porque a pessoa tem a realização de que não há um eu separado dos outros.
A pessoa então trata os outros exatamente como a si mesma. Não há motivo para aversão, apego ou exploração. A realização espiritual autêntica é naturalmente dotada de qualidades inconcebíveis como compaixão, bondade amorosa e disponibilidade para ajudar. Cada um é visto como a si mesmo, não uma entidade permanente independente, mas uma reunião de forças interdependente, condicionada pelo karma.
Então, a pessoa alivia o sofrimento e a angústia, onde quer que elas surjam, dentro ou fora, tanto faz se para si ou para os outros. Por que você não faria isso? Ninguém quer sofrer, certo?
Quando você realiza a verdadeira natureza das coisas, como pode não ter uma compaixão espontânea incrível por todos aqueles que não compreendem isso? Todos os seres querem felicidade, mas, devido à ignorância, continuamente criam mais sofrimento para si mesmos. Que ótimo motivo para compaixão! Os seres se enganam ao tomar o que é ilusório, irreal e impermanente como sendo real e permanente. Que ótimo motivo para compaixão! Os seres vêem o que é benéfico como sendo inútil, e ignoram isso. Que ótimo motivo para compaixão! Em todo lugar onde o sofrimento e a ilusão surgem, a compaixão aparece para libertar e aliviar os seres sofrendo com essa ilusão. Esse é o jorro espontâneo da genuína realização da verdadeira natureza.
É como uma pessoa que vê crianças correndo perigosamente na rua e, naturalmente, vai até elas para salvá-las de um atropelamento. Não é uma questão de refletir sobre isso. Não é uma questão sobre quem são essas crianças. A pessoa apenas age naturalmente. Isso é chamado de compaixão; e não é, na verdade, uma compaixão conceitual. É apenas a ação adequada, sanidade básica. Esse é o comportamento iluminado espontâneo, a compaixão natural — esse é o resultado da verdadeira realização.
“Natural Great Perfection” (loc. 1282)
30 de março de 2012

http://samsara.blog.br/2012/03/o-resultado-da-verdadeira-realizacao/
 
Valor absoluto das coisas mundanas

B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~):

O que é “consciência intensa da morte”, e qual seu valor? Essa virtude é colocada em prática convivendo com a morte por trás de sua mente, e às vezes na frente da sua mente, e passando a ficar bem confortável com isso.
Esse reconhecimento dá um foco nítido às coisas, nos dá “a convicção de que todos os fenômenos compostos são impermanentes, para que você tenha pouca atração por atividades mundanas”. Sob a luz da sua morte, os desejos mundanos são vistos pelo que são.
Por exemplo, tenho desejo de comer meu pão favorito, então compro algum e como. Em circunstâncias normais e convencionais, isso seria significativo. Diante da morte, é completamente irrelevante. Quantos pães do tipo sourdough eu comi nesta vida não vai ser algo com que vou me preocupar quanto estiver morrendo. Nessa perspectiva, todas as preocupações mundanas são igualmente sem valor.
Se nossos desejos por bens, luxo, boa comida, elogios, reputação, afeto e aceitação por outras pessoas e tudo mais não valem nada diante da morte, então esse é exatamente seu valor absoluto. Além disso, qualquer coisa inadequada que tenhamos feito ao perseguir preocupações mundanas terá um impacto negativo. Mantenha essa perspectiva.
“Stilling The Mind – Shamatha Teachings From Dudjom Linpa’s Vajra Essence”, loc. 886
2 de abril de 2012

http://samsara.blog.br/2012/04/valor-absoluto-das-coisas-mundanas/
 
Sabedoria penetrante

Sem uma consciência aguda de nosso sofrimento pessoal e uma determinação profunda no coração para se livrar completamente tanto desse sofrimento quanto de suas causas, não há maneira de começar a jornada espiritual verdadeiramente. Pois assim como as visões repentinas e inesperadas do príncipe Sidarta sobre velhice, doença e morte o chocaram para fora do engano de ver o mundo como um lugar prazeroso, assim também todos buscadores espirituais se confrontam com a natureza insatisfatória de suas vidas tão diretamente que se tornam completamente desencantados com a condição ordinária humana.
Se não olharmos longa e duramente as verdades desconfortáveis de nossa existência impermanente, podemos facilmente desperdiçar o tempo — entre hoje e nossa morte inevitável — em buscas essencialmente inúteis, jamais se beneficiando desta preciosa oportunidade de fazer algo verdadeiramente significativo com nossa vida.
Como o tolo prisioneiro tão acostumado com sua cela que fica cego diante de todas as oportunidades de escapar, podemos estar nos condenando à estagnação espiritual e às angústias recorrentes sem fim da existência cíclica.
Ainda assim, não basta apenas ficar descontente com nossa condição atual; todos vivenciam descontentamento uma hora ou outra, mas muito poucos fazem qualquer coisa realmente significativa sobre isso. Na verdade, os modos usuais de lidar com problemas e desapontamento — culpar alguém por isso ou afogá-los no esquecimento — apenas aperta mais as amarras da roda do sofrimento.
O que devemos fazer é reconhecer que as verdadeiras causas de toda nossa miséria residem enraizadas em nossas próprias concepções enganadas, e que elas só podem ser erradicadas através de um insight claro e penetrante sobre a natureza da realidade. Apenas através do cultivo de tal sabedoria penetrante será eventualmente possível alcançar liberação de todos os estados de existência condicionados pela ignorância e estar livre do sofrimento.
Jonathan Landaw & Andy Weber
“Images of Enlightenment: Tibetan Art in Practice”
(Dharma Quote of The Week – Snow Lion, 23/02/2012)
4 de abril de 2012

http://samsara.blog.br/2012/04/sabedoria-penetrante/
 
Se nossos desejos por bens, luxo, boa comida, elogios, reputação, afeto e aceitação por outras pessoas e tudo mais não valem nada diante da morte, então esse é exatamente seu valor absoluto.
NENHUM. eu nao sou o personagem sou a PERSONA.
ANATMAN, nao sendo nada alguma coisa brota do branco, flutuacoes quanticas criando universos povoados de sonhos.
 
Em face da morte, pode até ser... mas seria esse um valor absoluto?
E em relação ao contexto desta vida? Ou de outra vida, em outro plano, outro contexto? São diferentes, + uma vez, contextos:D ...

:question:
 
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