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Budismo

Em face da morte, pode até ser... mas seria esse um valor absoluto?
E em relação ao contexto desta vida? Ou de outra vida, em outro plano, outro contexto? São diferentes, + uma vez, contextos:D ...

:question:
a morte aparentemente eh somente uma passagem, uma DELIMITACAO de realidades.
deixa de ser uno para ser pluri.
pelo menos foi isso que eu vi la fora.
 
A morte... Do ponto de vista céltico mais uma fase, de recolhimento/inverno, para um recomeço, na eterna espiral de fim e começo e recomeço e fim mesmo sem ser Fim.
Assim também é no Universo.
Até mesmo o Universo um dia vai parar de se expandir pra encolher-se e por um instante sumir... e depois... uma nova explosão, um recomeço. Quem sabe até estaremos todos de novo aí e todos os detalhes e no mesmo lugar???
A morte: "a única maneira de de não não deixar uma gota secar é derramá-la no oceano".

Ao moderador: desculpe off, mas ao mesmo tempo ON!:)
 
Um pelo de sobrancelha fofocando sobre um cílio soberbo:
- Ele se acha muito importante, mas na "empelação" passada ele foi um pentelho. :cautious:

Esta questão do ego é controversa, porque (caretas) não conseguimos perceber que somos a manifestação parcial de um corpo maior.

De tudo que a psicodelia me ensinou, o mais precioso e que mais transformou minha visão da vida, foi compreender que eu não sou um humano. Eu sou um planeta. Mas por hoje estou atuando como macaco. (Minha carne são os dedos de Gaia.)

Consigo ver claramente que os meus pensamentos são na verdade pensamentos de Deus. Todas as nossas mentes (minha e sua) são uma única mente. Quando você passa a se ver como o planeta inteiro, a carne perde muito da importância que damos a ela. (Algo me diz que talvez isso seja a morte do ego.)

Isso também explica porque é importante agir com amor. O que faço pelo outro, na realidade estou fazendo por mim mesmo. E se buscamos somente os nosso interesses egoístas nos tornamos células cancerosas.

Desviando um pouquinho do assunto (mas não muito), recentemente foi divulgada pela Nasa uma foto de uma estrutura geológica muito interessante chamada de o Olho da África.

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Já imaginou que barato se conseguíssemos provar que na verdade somos pulgas no casco de uma tartaruga com um olho de 50km de diâmetro?
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Motivo de adquirir coisas

Kangyur Rinpoche

Kangyur Rinpoche (Tibete, 1898 – Índia, 1975):

De todos os bens da prosperidade, o contentamento é supremo,
Disse aquele que ensinou e guiou deuses e homens.
Então esteja sempre contente; se você sabe isso
E não tem bens, a verdadeira riqueza encontrou.
Nagarjuna (Índia, séc. II), “Carta a um amigo”
De todas as coisas valiosas que existem, como ouro e prata, exatamente a maior riqueza é estar contente e ter pouco desejo por tais coisas, como o mestre dos deuses e humanos, o Buda Bhagavan, declarou no “Sutra requisitado por Surata”:
Para aqueles que são sempre generosos
Embora não tenham um único punhado de comida,
A maior riqueza na terra é verdadeiramente deles,
Assim foi ensinado por aqueles de visão perfeita.
Então, em todas as circunstâncias, esteja contente. Quando você vivencia o contentamento, mesmo se não possui um pouco de ouro ou outras coisas valiosas, será rico de verdade, porque, uma vez contente, você chegou exatamente ao motivo de adquirir coisas.
“Letter to a Friend”, v.34
11 de abril de 2012

http://samsara.blog.br/2012/04/motivo-de-adquirir-coisas/
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mas por que me sinto tão só ?
Porque você é único.

O que é “consciência intensa da morte”, e qual seu valor?
Lembrando da morte, valorizo o agora.

A presença da morte me lembra que pode não haver outra chance para dar o beijo, declarar o amor, pedir desculpas ou reparar o dano. Amanhã restará somente a lembrança.

Que a consciência da morte nos traga o presente.
---
Toca Raul!
 
Última edição:
O Buda / The Buddha (2010)

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Sinopse:
Esse documentário do premiado diretor David Grubin, e narrado por Richard Gere, conta a história da vida do Buda, uma jornada especialmente relevante para os nossos próprios tempos difíceis de mudanças violentas e confusão mental. Ele apresenta o trabalho de alguns dos maiores artistas e escultores do mundo, que nos últimos dois mil anos vem retratando a vida do Buda em obras de arte ricas em beleza e complexidade. Budistas contemporâneos, como o poeta ganhador do prêmio Pulitzer W.S. Merwin e sua santidade o Dalai Lama, revelam insights que tiveram a partir da antiga narrativa sobre a vida do príncipe indiano Sidarta Gautama, que abandou todo o luxo, conforto e ilusão da vida palaciana e partiu numa busca espiritual que o levaria à iluminação.
Página oficial
IMDb
Dados do Arquivo:
Direção: David Grubin
Qualidade: DVDRip
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 1.40 GB
Duração: 02:14:00
Formato: AVI
Servidor: 1Fichier (1F) | MediaFire (MF)
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Download (1F):
Parte 1 | Parte 2
Download (MF):
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Legenda

http://docsprimus.blogspot.com.br/2012/02/o-buda-buddha-2010.html
 
Há uma história sobre o Buda em que se conta como ele, de uma feita, transmitiu ensinamento a um famoso tocador de citara que desejava estudar meditação. Perguntou o músico: "Devo controlar minha mente ou devo deixá-la completamente solta?" O Buda respondeu: "Visto que você é um grande músico, diga-me como afinaria as cordas do seu instrumento." Disse o músico: "Eu não as deixaria ficar nem demasiado retesadas nem demasiado frouxas." "Da mesma forma," acudiu o Buda, "na sua prática da meditação você não deve impor nada com demasiada força à sua mente, nem deve permitir que fique ao leu." Eis aí o ensinamento de como deixar a mente ser de um modo bastante aberto, de como sentir o fluxo da energia sem tentar sujeitá-lo e sem deixar que ele se descontrole, de como acompanhar o padrão da energia da mente. Essa é a prática da meditação.

Tal prática se faz necessária, via de regra, porque o padrão do nosso pensamento, o nosso modo conceitualizado de conduzir a vida, ou é demasiado manipulativo, impondo-se ao mundo, ou completamente desgovernado e sem controle. Por conseguinte, nossa prática da meditação precisa começar com a camada mais superficial do ego, com os pensamentos discursivos que estão sempre a atravessar-nos a mente, com a nossa tagarelice mental. Os Senhores [.Gabiru: 3 senhores da mente, leia o livro pra entender] empregam o pensamento discursivo como a sua primeira linha de defesa, como peões, em seu esforço para iludir-nos. Quanto mais geramos pensamentos, tanto mais ocupados nos tornamos mentalmente e tanto mais nos convencemos da nossa existência. Desse modo, os Senhores estão constantemente tentando ativar esses pensamentos, tentando criar uma constante sobreposição de pensamentos, para que nada mais se possa ver além deles. Na verdadeira meditação não existe a ambição de suscitar pensamentos, e tampouco existe a ambição de suprimi-los. Permite-se apenas que ocorram espontaneamente e se tomem a expressão de uma sanidade básica. Eles se tomam a expressão da precisão e da clareza do estado desperto da mente.

Se for vazada a sua estratégia de estar sempre criando pensamentos sobrepostos, os Senhores, então, agitam emoções para distrair-nos. A qualidade excitante, colorida e dramática das emoções nos prende a atenção como se estivéssemos assistindo a um filme absorvente. Na prática da meditação não encorajamos as emoções nem as reprimimos. Vendo-as com clareza, deixando que sejam como são, não mais permitimos que sirvam de meios para nos entreter e distrair. Dessa maneira, elas se tomam a energia inexaurível que executa a ação sem ego.
Na ausência de pensamentos e emoções, os Senhores introduzem uma arma ainda mais poderosa, os conceitos. A rotulação dos fenômenos cria a sensação de um mundo sólido e definido de "coisas". Um mundo estável reassegura que somos, igualmente, uma coisa sólida e contínua. O mundo existe e, portanto, eu, que o percebo, também existo. A meditação implica ver a transparência dos conceitos, de sorte que a rotulação já não serve como meio de solidificar o nosso mundo e a nossa imagem do eu. A rotulação passa a ser, simples mente, ato de discriminação. Os Senhores ainda têm outros mecanismos de defesa, mas seria por demais complicado discuti-los no presente contexto.

Mediante o exame dos seus próprios pensamentos, emoções, conceitos e demais atividades mentais, o Buda descobriu que não precisamos lutar para provar nessa existência, não precisamos ficar sujeitos ao jugo dos Três Senhores do Materialismo. Não há necessidade de lutar para sermos livres; a ausência de luta, em si mesma, é liberdade. Este estado desprovido de ego é a realização da Natureza Búdica. O processo de transformar o material da mente para que deixe de ser expressão da ambição do ego e passe a ser, por meio da prática da meditação, expressão da sanidade
básica e da iluminação — eis o que poderíamos chamar de verdadeiro caminho espiritual.



trecho de ALÉM DO MATERIALISMO ESPIRITUAL
Chögyam Trungpa
 
Egoísmo inteligente

25 de abril de 2012

Dalai Lama (Tibete, 6 de julho de 1935 ~):

[...] Agora, não há nada inerentemente errado em perseguir os próprios objetivos. Pelo contrário, fazer isso é a expressão natural de nossa disposição fundamental de buscar felicidade e evitar o sofrimento. Na verdade, devido ao fato de cuidarmos de nossas próprias necessidades é que temos a capacidade natural de apreciar a bondade e o amor dos outros.
Esse instinto do interesse próprio só se torna negativo quando estamos excessivamente focados em nós. Quando isso acontece, nossa visão estreita, arruinando nossa habilidade de ver as coisas em seu contexto mais amplo. E, dentro dessa perspectiva estreita, mesmo pequenos problemas podem criar frustração enorme, aparentando ser insuportáveis.
Em tal estado, se mudanças grandes realmente surgirem, o perigo é que perderemos toda esperança, nos sentindo desesperados e sozinhos, sendo consumidos pela auto-piedade.
O importante é que, ao perseguir nosso interesse próprio, devemos ter um “egoísmo inteligente” e não um “egoísmo tolo”. Egoísmo tolo significa satisfazer nossos próprios interesses com uma visão estreita, de curto alcance. Egoísmo inteligente é ter uma visão ampla e reconhecer que nosso próprio interesse individual a longo prazo depende do bem estar de todos. Ter um egoísmo inteligente significa ser compassivo.

“Beyond Religion”, loc. 599

http://darma.info/trechos/2012/04/egoismo-inteligente/
 
Última edição:
Acabei de assistir o Zen Mind, obrigado por compartilhar Ecuador.
Quem ainda não viu, vale a pena. Sempre que vejo esses lances de mosteiro fico imaginando como seria passar um tempo em um.

Edit: Obrigado por achar outro link disponível @.Gabiru, o assunto me interessa muito.
 
Última edição:
Acabei de assistir o Zen Mind, obrigado por compartilhar Ecuador.

Agradeça ao @.Gabiru, que achou um link para download ainda válido.
 
O amor está associado à fealdade, à dor e à agressão, bem como à beleza do mundo; o amor não é a recriação do céu. Amor ou compaixão, o caminho aberto, está associado ao "que é". A fim de desenvolver o amor — o amor universal, o amor cósmico, seja como for que vocês gostariam de chamá-lo —, é necessário aceitar toda a situação da vida como ela é, tanto a luz como as trevas, tanto o bom como o mau. Precisamos abrir-nos para a vida, comunicar-nos com ela. Talvez vocês estejam lutando para desenvolver o amor e a paz, lutando por realizá-los: "Vamos realizá-lo, vamos gastar milhares de dólares a fim de transmitir a doutrina do amor para toda a parte, vamos proclamar o amor." Certo, proclamem-no, façam isso, gastem o seu dinheiro, mas que dizer da pressa e da agressão por trás do que estarão fazendo? Por que vocês têm de empurrar-nos para que aceitemos o seu amor? Por que há tanta pressa e tanta força envolvidas nisso? Se o seu amor se move com a mesma precipitação e ímpeto com os quais outras pessoas odeiam, alguma coisa deve estar errada. Seria o mesmo que chamar a luz de escuridão. Há muita ambição envolvida nisso, tomando a forma de proselitismo. Não é uma situação aberta de comunicação com as coisas como elas são. Em última análise, o sentido das palavras "paz na terra" é afastar de vez as idéias de paz e guerra, para que nós nos abramos igual e completamente para os aspectos positivos e negativos do mundo. É como ver o mundo de um ponto no espaço: há luz e há escuridão; ambas são aceitas. Não estamos tentando defender a luz contra a escuridão.

A ação do Bodhisattva é como a Lua que brilha em uma centena de tigelas de água, de modo que há uma centena de luas, uma em cada tigela. Isso não é intenção da Lua nem projeto de alguém mais. Por alguma estranha razão, porém, há uma centena de luas refletidas numa centena de tigelas de água. A abertura exprime esse tipo de convicção absoluta e de autoconfiança. A situação aberta da compaixão funciona mais desse jeito do que tentando deliberadamente criar uma centena de luas, uma em cada tigela.

O problema básico que parecemos enfrentar é estarmos envolvidos demais com a tentativa de provar alguma coisa, a qual está ligada à paranóia e ao sentimento de pobreza. Quando tentamos provar ou obter algo, já não estamos abertos, temos de verificar tudo, temos de arranjar as coisas "corretamente". É um jeito muito paranóide de viver e, realmente, não prova coisa alguma. Podemos estabelecer recordes em relação a números e quantidades — construímos o maior, o mais avantajado, coligimos o mais numeroso, o mais comprido, o mais gigantesco. Mas quem se lembrará do recorde quando estivermos mortos? Ou daqui a cem anos? Ou daqui a dez anos? Ou daqui a dez minutos? Os recordes que valem são os do momento, os de agora — quer estejam ou No ocorrendo agora a comunicação e a abertura.

Essa é a via aberta, o caminho do Bodhisattva. Um Bodhisattva não daria importância ao fato de receber, de todos os Budas, uma medalha em que fosse proclamado o mais corajoso Bodhisattva do universo inteiro; não daria a menor importância. Nunca lemos nos escritos sagrados histórias de Bodhisattvas que tivessem recebido medalhas. O que, diga- se de passagem, está muito certo, porque eles não têm necessidade alguma de provar o que quer que seja. A ação do Bodhisattva é espontânea, é a vida aberta, a comunicação aberta que não envolve luta nem pressa.

trecho de ALÉM DO MATERIALISMO ESPIRITUAL
Chögyam Trungpa
 
Confundir prazer com felicidade

Matthieu Ricard (França, 1946 ~):

O erro mais comum é confundir o prazer com a felicidade. O prazer, diz um provérbio hindu, “é somente a sombra da felicidade”. É o resultado direto dos estímulos prazerosos no âmbito sensual, estético ou intelectual. A fugaz experiência do prazer depende de circunstâncias, de um lugar específico ou de um momento no tempo. É instável por natureza e a sensação evocada logo se torna neutra ou até desagradável. Da mesma maneira, se for repetida, pode tornar-se insípida ou até levar à repulsa. Saborear uma refeição deliciosa é uma fonte de prazer genuíno, mas ficaremos indiferentes a ela assim que estivermos satisfeitos e poderemos até nos sentir mal se continuarmos a comer. [...]
O prazer se exaure com a rotina, como uma vela que consome a si mesma. Ele quase sempre está ligado a uma ação, uma atividade e leva ao tédio pelo simples fato de repetir-se. Ouvir em êxtase um prelúdio de Bach requer uma atenção que, por menor que seja, não pode ser mantida indefinidamente. Depois de um tempo, o cansaço entra em cena e a música perde seu encanto. Se fôssemos forçados a ouvi-la por dias e dias, iria tornar-se intolerável.
Além disso, o prazer é uma experiência individual, centrada no eu, que pode com facilidade deteriorar-se em egoísmo e entrar em conflito com o bem-estar dos outros. Na intimidade sexual é claro que pode haver prazer mútuo no dar e receber sensações prazerosas, mas esse prazer só pode transcender o eu e contribuir para a felicidade genuína se a natureza da mutualidade e do altruísmo generoso estiver no seu âmago. É possível sentir prazer à custa de outra pessoa, mas isso não traz felicidade. O prazer pode estar associado à crueldade, à violência, ao orgulho, à ganância e a outras condições mentais que são incompatíveis com a verdadeira felicidade. “O prazer é a felicidade dos loucos, enquanto a felicidade é o prazer dos sábios”, escreveu o romancista e crítico francês Jules Barbey d’Aurevilly. [...]
Diferentemente do prazer, o florescer genuíno de sukha [sânscrito: felicidade ou bem-aventurança] pode ser influenciado pelas circunstâncias, mas não depende delas. Ele perdura e aumenta com a experiência. Gera um sentimento de plenitude que, no tempo devido, se torna uma segunda natureza.
A felicidade autêntica não está ligada a uma ação, a uma atividade, mas é um estado de ser, um profundo equilíbrio emocional decorrente de uma sutil compreensão do funcionamento da mente. Enquanto os prazeres ordinários se produzem no contato com objetos agradáveis e terminam quando esse contato se interrompe, sukha — o bem-estar duradouro — é sentido ao longo de todo o tempo em que permanecemos em harmonia com nossa natureza interior. Um aspecto intrínseco desse bem-estar é o seu altruísmo, que irradia do interior do ser, em vez de focalizar-se no eu. Quem está em paz consigo mesmo contribui espontaneamente para estabelecer a paz em sua família, em sua vizinhança e, se as circunstâncias permitirem, na sociedade como um todo.
Em resumo, não há relação direta entre o prazer e a felicidade. Essa distinção não significa que não se deva buscar sensações agradáveis. Não há razão para nos privarmos do deleite diante de uma paisagem magnífica, da sensação de nadar no mar, do perfume de uma rosa, da doçura de uma carícia ou da beleza de uma melodia. Os prazeres tornam-se obstáculos somente quando perturbam o equilíbrio da mente e nos levam à obsessão por gratificações ou a uma aversão a tudo que possa impedi-las.
“Felicidade”, cap. 4

http://darma.info/trechos/2012/05/confundir-prazer-com-felicidade/
 
Mente clara, apenas assim



Seung Sahn (Coréia do Sul, 1924 ~ 2004):

A natureza original não tem opostos. Discurso e palavras não são necessárias. Sem pensamento, todas as coisas são exatamente como são. A verdade é bem assim.
Então por que usamos palavras? Por que fizemos este livro?
Segundo a medicina oriental, quando você tem uma doença quente, deve tomar um remédio quente. A maioria das pessoas é muito apegada a palavras e à fala. Então curamos essa doença com remédio de palavras e fala.
A maioria das pessoas tem uma visão iludida do mundo. Elas não o vêm como ele é; não compreendem a verdade. O que é bom, o que é ruim? Quem faz o bom, quem faz o ruim? Eles se agarram a suas opiniões com toda força. Mas a opinião de cada um é diferente. Como você pode dizer que sua opinião é correta e a de outra pessoa, errada? Isso é ilusão.
Se quiser compreender a verdade, deve deixar ir sua situação, sua condição e todas suas opiniões. Então sua mente estará antes dos pensamentos. “Antes dos pensamentos” é a mente clara. A mente clara não tem nenhum dentro e nenhum fora. É apenas assim. “Apenas assim” é a verdade.
“Dropping Ashes on The Buddha”, introdução

http://darma.info/trechos/2012/05/mente-clara-apenas-assim/
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Última edição:
isso tudo me confirma o que eu sempre disse- simples como um ponto, complicado como um .alias, esse sorrizo do Seung Sahn diz:
AHHHH MULHEEEK.
 
Prontidão para estar exposto

Chogyam Trungpa (Tibete, 1939 – Canadá, 1987):

Fé é a prontidão para revelar o que quer que esteja escondido. Você não precisa cobrir as dúvidas com remendos de auto-afirmação. Estar pronto para ser exposto parece fazer a diferença entre a abordagem do ego para a espiritualidade e uma abordagem iluminada.

“The Collected Works of Chogyam Trungpa”, vol. 2, “Dharmas without blame”
(Ocean of Dharma Quotes of the Week, 06/03/12)

http://darma.info/trechos/2012/05/revelacao-do-oculto/
 
Da mesma forma que o tronco de uma árvore comum
que jaz no solo das florestas das montanhas Malaya
absorve o perfume de sândalo das folhas úmidas e dos galhos,
você também se assemelhará a quem você seguir.
 
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