Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

Destaque Entenda e faça o seu Monotub

Tópico em destaque.
Vi em outras fontes sobre o uso do carbonato de cálcio como opção, e até comprei 1 kg para experimentar (é barato, paguei 11 Reais)
No fim das contas, qual o melhor adicional?
Gesso, calcário, pó de concha ou carbonato?
Não quero ser eu a dar a palavra final nesse assunto pq nem sei o bastante, só repasso o que ouvi dizerem.

Em essência os 4 oferecem cálcio, na forma de carbonato, para o substrato.
O carbonado de cálcio fracionado é o mais puro e, possivelmente, mais eficiente em alcalinizar o substrato.
O pó de concha vem na sequência, pois também é carbonato de cálcio mas com impurezas mineirais.

O gesso contém enxofre que é um nutriente absorvido pelo micélio e potencialmente benéfico, porém muito já foi debatido na agricultura que as propriedades alcalinizantes do gesso são irrelevantes.

Já o calcário eu evitaria (apesar de estar usando no momento kkk), pois ele contém magnésio que atrasa a frutificação. A versão dolomítica é a mais pesada nesse sentido e a calcítica a mais ideal, mas mesmo ela contém o minério em menores proporcões.

Dito tudo isso, todas essas substância são muito legais pra botar na horta. Vão ficar lá por muito tempo sendo absorvidas e misturadas com a terra. Mas em sei lá, 1-2 meses de colonização e frutificação de cubensis o impacto tende a ser pequeno.
 
Pode ser pó de concha sim mano! Discutimos um pouco sobre ele recentemente aqui.
Idealmente a variação de pH que ele (e o gesso e o calcário) provocam seria positiva, mas é que essa sedimentação leva muito mais tempo pra acontecer do que o tempo de frutificação. A conclusão é que provavelmente o efeito não é tão expressivo, mas considerando o preço, acaba valendo a pena tentar.

Sobre o termômetro, com certeza vale a pena mano! Depois que peguei um daqueles de espeto nunca mais queimei o substrato (fazer no forno elétrico é difícil demais) kkk

Maravilha. Comprei o pó de concha já por isso a dúvida. Mas vou fazer o teste. Agora só me falta o termômetro.
 
Não quero ser eu a dar a palavra final nesse assunto pq nem sei o bastante, só repasso o que ouvi dizerem.

Em essência os 4 oferecem cálcio, na forma de carbonato, para o substrato.
O carbonado de cálcio fracionado é o mais puro e, possivelmente, mais eficiente em alcalinizar o substrato.
O pó de concha vem na sequência, pois também é carbonato de cálcio mas com impurezas mineirais.

O gesso contém enxofre que é um nutriente absorvido pelo micélio e potencialmente benéfico, porém muito já foi debatido na agricultura que as propriedades alcalinizantes do gesso são irrelevantes.

Já o calcário eu evitaria (apesar de estar usando no momento kkk), pois ele contém magnésio que atrasa a frutificação. A versão dolomítica é a mais pesada nesse sentido e a calcítica a mais ideal, mas mesmo ela contém o minério em menores proporcões.

Dito tudo isso, todas essas substância são muito legais pra botar na horta. Vão ficar lá por muito tempo sendo absorvidas e misturadas com a terra. Mas em sei lá, 1-2 meses de colonização e frutificação de cubensis o impacto tende a ser pequeno.
Vou fazer um teste também e não usar. Será que vai dar muita diferença ? Vou usar o estrume, pó de fibra de coco e vermiculita.
 
Vou fazer um teste também e não usar. Será que vai dar muita diferença ? Vou usar o estrume, pó de fibra de coco e vermiculita.
Aí sim, fico muito empolgado com experimentação de técnicas!
Na teoria a diferença deve ser nula, mas estou ansioso pra ver no que vai dar.

Em relação ao estrume, a chance de contaminar é tão alta que eu nunca me aventurei. Só sei que o de cavalo é preferível ao de vaca e ambos devem estar completamente secos antes de serem usados.

Como substituto, ainda que gere um onus financeiro, gosto muito da turfa. Ela, assim como o esterco, tbm é matéria orgânica decomposta e fermentada. É bem porosa, boa pra reter umidade e o micélio desenvolve rapidão.
 
Aí sim, fico muito empolgado com experimentação de técnicas!
Na teoria a diferença deve ser nula, mas estou ansioso pra ver no que vai dar.

Em relação ao estrume, a chance de contaminar é tão alta que eu nunca me aventurei. Só sei que o de cavalo é preferível ao de vaca e ambos devem estar completamente secos antes de serem usados.

Como substituto, ainda que gere um onus financeiro, gosto muito da turfa. Ela, assim como o esterco, tbm é matéria orgânica decomposta e fermentada. É bem porosa, boa pra reter umidade e o micélio desenvolve rapidão.
Muito bom saber sobre o estrume.

Aqui também tem o húmus. Seria mais indicado que o estrume nesse caso?

Pois a turfa não tem aqui perto
 
Em relação ao estrume, a chance de contaminar é tão alta que eu nunca me aventurei. Só sei que o de cavalo é preferível ao de vaca e ambos devem estar completamente secos antes de serem usados.

Eu passei a pasteurizar o esterco no microondas, e tem funcionado bem.
Na Pasteurização, tem que ter uma temperatura de 70-80 por aproximadamente 2 horas.
Coloco o esterco por 10 minutos no MO, tiro e deixo esfriar numa caixa de isopor, dessas de insulina que as farmácias jogam fora.
Já testei com cronômetro, o susbtrato sai com 98-100 graus, aproximadamente, e vai perdendo 1 grau a cada 5 minutos, mais ou menos. Leva até umas 2:30 horas para chegar nos 70. Espero esfriar e repito o processo mais duas vezes, pra garantir.
Já fiz com cal e com gesso, não notei diferença significativa.
Esse semana vou usar carbonato, e informo se deu algo diferente.
 
Eu passei a pasteurizar o esterco no microondas, e tem funcionado bem.
Na Pasteurização, tem que ter uma temperatura de 70-80 por aproximadamente 2 horas.
Coloco o esterco por 10 minutos no MO, tiro e deixo esfriar numa caixa de isopor, dessas de insulina que as farmácias jogam fora.
Já testei com cronômetro, o susbtrato sai com 98-100 graus, aproximadamente, e vai perdendo 1 grau a cada 5 minutos, mais ou menos. Leva até umas 2:30 horas para chegar nos 70. Espero esfriar e repito o processo mais duas vezes, pra garantir.
Já fiz com cal e com gesso, não notei diferença significativa.
Esse semana vou usar carbonato, e informo se deu algo diferente.
Eu não tenho micro. Será que rola fazer aquele de por todo o substrato na fronha por em uma panela e ir cozinhando por 70-80 graus ?

vi uma tek também usando aqueles baldes herméticos pra pasteurizar. Deixar dentro por 24horas.

Mas amanhã vou atrás desse termômetro.
 
tenho como filosofia de vida nao cozinhar merda.
tanto esterco quanto humus sao facilmente substituidos por papelao de caixa de ovos batida a seco no liquidificador, e esterelizada facilmente a seco num forno a gas comum por 60 minutos a 160 graus.
 
tenho como filosofia de vida nao cozinhar merda.
tanto esterco quanto humus sao facilmente substituidos por papelao de caixa de ovos batida a seco no liquidificador, e esterelizada facilmente a seco num forno a gas comum por 60 minutos a 160 graus.
Ótima filosofia @Mortandello kkkkk Faz total sentido jkkkkkkk

Vou fazer esse teste das caixas então. Não precisa pasteurizar então a caixa?
No forno elétrico não funcionaria essa esterilização? Não tenho forno a gás. O fogão aqui é sem o forno.

Mas a fibra de coco e a vermiculita pasteuriza pra fazer o bulk ?
 
Ótima filosofia @Mortandello kkkkk Faz total sentido jkkkkkkk

Vou fazer esse teste das caixas então. Não precisa pasteurizar então a caixa?
No forno elétrico não funcionaria essa esterilização? Não tenho forno a gás. O fogão aqui é sem o forno.

Mas a fibra de coco e a vermiculita pasteuriza pra fazer o bulk ?
Enquanto a gente espera a resposta do Mortandello,

Uma inquietação que eu tenho com forno elétrico é que ele fica desligando a resistência quando o termostato atinge a temperatura desejada, daí nos minutos seguintes ele acaba ficando mais frio do que deveria. É muito difícil ter controle real do que tá acontecendo.

De qualquer forma, esterilizar as caixas de papelão no elétrico é tranquilo. Pela teoria a gente só precisa manter a temperatura acima de 120°, então botando nos 160° como foi recomendado dá tempo da temperatura interna subir antes de bater o "piso".

O restante do substrato, por outro lado, já é bem mais difícil de acertar o preparo no forno elétrico. Temperatura de pasteurização é 75° estourando.
Daí se fica frio demais não tá matando o que deveria e se bate os 100° já matando quem não deveria.

Mas é possível sim apesar do trabalho. Não dá pra esquecer o substrato no forno e ir fazer outra coisa, tem que acompanhar o ponteiro do termômetro espeto e ir brincando de DJ com o potenciômetro da temperatura kkk

edit: por restante do substrato me referi à fibra de coco, vermiculita, turfa e tudo mais que for compor o bulk. Que precisam sim da pasteurização.
 
Vou aproveitar o tópico pra mostrar minha gambiarra para pasteurização do substrato. Estou longe de casa então desenhei pra tentar ilustrar:

DESENHOS 01-Sketches-1.jpg

Materiais:
Panela 19 litros
Peso para manter o substrato imerso
Substrato embalado e selado.
Fundo falso pra panela (esqueci de indicar no desenho)
Água pre aquecida
Fogão elétrico 1500w
Termostato

Método:
Aqueço a água no fogão para agilizar o processo, assim que atinge a temperatura desejada eu coloco no fogão elétrico então monto a gambiarra. Coloco um fundo falso pra embalagem do substrato não ficar em contato direto com o fundo da panela, coloco a bag selada com o substrato com um peso em cima para não flutuar; da para substituir o saco por vidros de conserva (ideia retirada de um tópico do Shroomery). Ligo o fogão no termostato digital, ajusto a temperatura para ligar em 64 graus e desligar em 70, a sonda está em contato com a água então é como um "Sous Vide", no método com o pote de vidro pode fazer um furo na tampa e colocar a sonda dentro do substrato e assim medindo a temperatura do mesmo. Deixo entre 3 e 4 horas ligado, como tem o termostato, o fogão não fica gastando energia atoa. Depois desligo e uso o substrato no outro dia. Geralmente faço de tarde e monto de uso de manhã. Até momento está sendo efetivo
 
Enquanto a gente espera a resposta do Mortandello,

Uma inquietação que eu tenho com forno elétrico é que ele fica desligando a resistência quando o termostato atinge a temperatura desejada, daí nos minutos seguintes ele acaba ficando mais frio do que deveria. É muito difícil ter controle real do que tá acontecendo.

De qualquer forma, esterilizar as caixas de papelão no elétrico é tranquilo. Pela teoria a gente só precisa manter a temperatura acima de 120°, então botando nos 160° como foi recomendado dá tempo da temperatura interna subir antes de bater o "piso".

O restante do substrato, por outro lado, já é bem mais difícil de acertar o preparo no forno elétrico. Temperatura de pasteurização é 75° estourando.
Daí se fica frio demais não tá matando o que deveria e se bate os 100° já matando quem não deveria.

Mas é possível sim apesar do trabalho. Não dá pra esquecer o substrato no forno e ir fazer outra coisa, tem que acompanhar o ponteiro do termômetro espeto e ir brincando de DJ com o potenciômetro da temperatura kkk

edit: por restante do substrato me referi à fibra de coco, vermiculita, turfa e tudo mais que for compor o bulk. Que precisam sim da pasteurização.
Também penso nisso em questão do forno elétrico. Essa mudança da temperatura quando desliga a resistência.

e se colocar as caixas moídas juntos com os outros materiais na panela pasteurizando todo o material ?
 
Vou aproveitar o tópico pra mostrar minha gambiarra para pasteurização do substrato. Estou longe de casa então desenhei pra tentar ilustrar:

View attachment 204447

Materiais:
Panela 19 litros
Peso para manter o substrato imerso
Substrato embalado e selado.
Fundo falso pra panela (esqueci de indicar no desenho)
Água pre aquecida
Fogão elétrico 1500w
Termostato

Método:
Aqueço a água no fogão para agilizar o processo, assim que atinge a temperatura desejada eu coloco no fogão elétrico então monto a gambiarra. Coloco um fundo falso pra embalagem do substrato não ficar em contato direto com o fundo da panela, coloco a bag selada com o substrato com um peso em cima para não flutuar; da para substituir o saco por vidros de conserva (ideia retirada de um tópico do Shroomery). Ligo o fogão no termostato digital, ajusto a temperatura para ligar em 64 graus e desligar em 70, a sonda está em contato com a água então é como um "Sous Vide", no método com o pote de vidro pode fazer um furo na tampa e colocar a sonda dentro do substrato e assim medindo a temperatura do mesmo. Deixo entre 3 e 4 horas ligado, como tem o termostato, o fogão não fica gastando energia atoa. Depois desligo e uso o substrato no outro dia. Geralmente faço de tarde e monto de uso de manhã. Até momento está sendo efetivo
Legal o desenho haha. Entendi o processo. Penso em
Fazer dessa maneira mesmo.

é preciso tanto tempo assim ? 3 a 4 hrs?

ou apenas 2hrs pasteurizando já é o suficiente ?
 
Legal o desenho haha. Entendi o processo. Penso em
Fazer dessa maneira mesmo.

é preciso tanto tempo assim ? 3 a 4 hrs?

ou apenas 2hrs pasteurizando já é o suficiente ?
Sobre o tempo, eu deixo esse pq é tipo minha tarde, entre iniciar uma tarefa e começar outra eu deixo lá "marinando". Sei que tem um limite de tempo, o mínimo e o máximo. O mínimo sei que respeito, agora o máximo posso estar negligenciando 😅
IMG_20220422_164304.jpgIMG_20220422_164235.jpg
Não lembro bem de onde tirei a tabela acima, por isso não consigo colocar a referência. Pelo que me lembro, o método de pasteurização era por vapor e grande escala.
 
Ótima filosofia @Mortandello kkkkk Faz total sentido jkkkkkkk

Vou fazer esse teste das caixas então. Não precisa pasteurizar então a caixa?
No forno elétrico não funcionaria essa esterilização? Não tenho forno a gás. O fogão aqui é sem o forno.

Mas a fibra de coco e a vermiculita pasteuriza pra fazer o bulk ?
vermiculita e papelao bastam, a fibra nao uso.
 

Monotub basicamente é misturar micélio (spawn) com substrato nutritivo (bulk) numa caixa que servirá de terrário para o mesmo.


Mono - do Grego, monos, significa único.
Tub - do Inglês, significa banheira, o que faz referencia à caixa organizadora.​

Não há restrições quanto ao tamanho da caixa, uma altura boa para o crescimento dos cogumelos já é o suficiente, porém é comum e mais rentável se utilizado em grande escala, ou seja, em grandes caixas.

A vantagem do monotub é a alta produção e exigir poucos cuidados, é proveitoso abanar e borrifar, mas teoricamente ele consegue tomar conta de si mesmo.

Normalmente os monotubs são feitos com caixas organizadoras transparentes, contendo 6 furos, sendo 4 nas laterais o mais perto do substrato possível, e 2 em cima no topo.
Pode ser feito de diversas maneiras que funciona, desde uma caixa sem furos, com dois furões ou com vários furinhos espalhados, o importante é que mantenha a umidade alta e tenha troca gasosa, nada que você não possa controlar com abanadas e borrifando água.

Todo bulk geralmente é pasteurizado, e segundo a biblioteca do fórum

Sendo assim, você pode até montar o monotub na sua varanda, que dificilmente irá contaminar, um exemplo é o cultivo outdoor onde o material tem que ser pasteurizado para funcionar, mas é claro que tomar os devidos cuidados para trabalhar em um ambiente limpo, usando luvas e mascara é sempre bom.

A proporção recomendada de substrato para spawn é de 2:1, ou seja, 2 partes de substrato para 1 parte de spawn. Porém até 4:1 é aceitável, tendo em mente que demorará mais para colonizar.

Montagem do tub

Primeiramente escolha o recipiente, usaremos de exemplo uma caixa de 20l.
View attachment 118133

Para fazer os furos a melhor forma é com metal aquecido, se tiver algo como um ferro de solda, ótimo, mas pode ser feito até com uma tesoura esquentando a ponta no fogão. Você também pode usar uma furadeira, mas dependendo da broca utilizada tem chances de rachar o plástico.

View attachment 118134

6 furos sendo 2(dois) furos em cada lateral mais longa, perto de onde acabará o substrato e 1(um) furo em cada lateral mais curta, perto da tampa.

É recomendado escurecer a base da caixa, pintando o plástico de preto ou utilizando um saco de lixo preto por fora do plástico ou por dentro embaixo do substrato.

Como nesse exemplo:
View attachment 118163

Os furos devem ser tampados, na gringa, o pessoal costuma usar muito Polyfil (como na foto acima), que nada mais é do que fibra de poliéster para enchimento.

Porém podemos usar fita micropore tranquilamente, mais fácil e pratico. Deve se observar se perto dos furos o substrato estará com um aspecto normal ou de seco, caso esteja seco, deve-se diminuir o fluxo de ar do furo (mais fita ou poliéster).

Na hora de aniversariar, é recomendado remover a fita dos furos superiores, perto da tampa, para maior troca de ar.


Preparo do Substrato
Existem diversas receitas de substratos, acredito que cada um deve se moldar de acordo com o que lhe convém, faça testes, pesquise, experimente!

A mais básica e comum é 50/50 esterco e vermiculita ou pó/fibra de coco.

Você pode alterar essas proporções, como 70% verm/pó e 30% esterco
View attachment 118203
Também pode-se adicionar café e gesso, ou outros compostos como palhas, bagaço de cana, etc, caso deseje, pesquise sobre.

Após calcular a quantidade desejada, misture tudo e vá adicionando água até chegar naquele momento em que você aperta com as mãos e escorrem poucas gotas.



Pasteurização
Existem diversas formas de pasteurizar seu substrato, aqui será feito no banho-maria, porém se você conseguir outra forma de manter o substrato com temperatura interna entre 60-80°C por 2 horas, também serve.

Você precisará de um termômetro culinário, não existe outra forma de medir a temperatura interna do substrato.
View attachment 118166
O meu é igual este da foto, uma rápida busca na internet, o achei por 15 reais na americanas, então alto custo não é desculpa.

Coloque todo o seu substrato dentro de uma panela ou pote (que aguente calor) e bote dentro de outra panela, maior, cheia de água.
View attachment 118168

Vai demorar um pouco pro substrato atingir a temperatura desejada, a água vai levantar fervura e ferver por alguns minutos, caso abaixe o nível de água tem que repor.

Após atingir a temperatura desejada, você pode desligar o fogo, a temperatura se manterá próxima por uns 20m-30m, após isso ligue novamente o fogo, espere subir e continue nesse processo de babá, tomando conta do seu substrato, mantendo sempre entre 60-80ºC por 2h.

O calor não será distribuído por igual no seu substrato, quanto mais perto do fundo da panela, será mais quente, e quanto mais longe, mais frio consequentemente.
Então você pode deixar a ponta do termômetro bem no meio, marcando 70ºC, assim você tem uma média, no fundo estará 80ºC e no topo 60ºC.

Caso você se descuide e passe da temperatura é só retirar o pote de dentro da panela que logo ele descerá. É necessário prestar uma atenção, mas não tem necessidade de ficar as 2h em pé na frente do fogão, de 15 em 15m vá dar uma olhada, ou se programe para fazer enquanto cozinha, assim já estará na cozinha em frente ao fogão ;)

Após esfriar naturalmente para temperatura ambiente de 25ºC, você já pode confeccionar o monotub.


Confecção

Você pode tanto misturar todo o substrato com o spawn de forma uniforme, como também pode fazer camadas, como um sanduíche (substrato-spawn-substrato).

Aqui nós iremos misturar tudo.

Como spawn, o mais indicado sãos os grãos, pela maior área de contato, porém bolos pftek funcionam perfeitamente.

Caso deseje, o spawn pode ser dunkado antes da confecção.

View attachment 118202View attachment 118201View attachment 118197View attachment 118198View attachment 118196View attachment 118199View attachment 118200

Primeiro despeje metade do seu substrato e adicione o spawn, adicione o resto do substrato e misture muito bem. Não tem problema deixar grãos expostos na superfície, mas é aconselhável cobrir com substrato, ao final tente dar uma nivelada com a palma da mão e está pronto para tampar.


Colonização e Frutificação

Após a confecção, você deve deixar ele colonizar quietinho, num ambiente escuro e com pouca ventilação de preferência, um armário é o ideal, não tem necessidade de controlar a temperatura pois o monotub gera calor e aquece a si mesmo, mas o ideal é que o ambiente esteja entre 20-25ºC.

O tempo de colonização pode variar de 7 a 21 dias, dependendo da sua proporção de substrato:spawn, em média são necessários 10 dias.

O momento certo de frutificar é quando o substrato estiver totalmente colonizado, nesse momento você deve retirar do armário, retirar as fitas dos buracos superiores e caso queira, iniciar a troca gasosa (abrir para abanar e se estiver seco, borrifar água)

Um exemplo do substrato totalmente colonizado, pronto para frutificação, esse estava com 8 dias, na proporção 2:1.
View attachment 118174

Não é necessário cobrir o monotub colonizado com uma camada seca de vermiculita, há quem defende e quem não, vá do seu gosto, novamente, experimente!

Agora é so esperar e seu monotub renderá cogumelos lindos!

View attachment 118176View attachment 118175View attachment 118178View attachment 118177

Bom, acredito que é isso, qualquer coisa eu edito e adiciono depois.
O crédito do tutorial é meu, mas as fotos a maioria são do google.

Espero que ajude quem não conhece a técnica, qualquer duvida só perguntar :)
Olá, gostaria de saber se o monotube só pode ser feito em caixa transparente. Tenho uma caixa organizadora grande, mas ela é preta.
 
Olá, gostaria de saber se o monotube só pode ser feito em caixa transparente. Tenho uma caixa organizadora grande, mas ela é preta.
É possível, mas você teria que instalar leds internos ou deixar a luz entrar de alguma forma.
Não precisa de muita luminosidade, apenas o suficiente pra guiar a direção do crescimenro.
 
Olá, gostaria de saber se o monotube só pode ser feito em caixa transparente. Tenho uma caixa organizadora grande, mas ela é preta.
É sim, só frutificar ela sem a tampa (caso seja preta), usa com um plástico filme no lugar, e deixar em um ambiente que tenha iluminação, ambiente ou artificial.
 
Back
Top