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Problemático Cultivo multi-strains. Ecuador, Mazatapec & Thai na Muang em FAI

Diário de cultivo problemático.
Olá.

Este é o segundo cultivo que eu faço na vida, mas o primeiro que eu faço o diário aqui no CM. Na época do meu primeiro cultivo, a quase 3 anos atrás, eu era menos participativo, embora eu deva o parcial sucesso da primeira tentativa à tudo que eu aprendi aqui.

Bem. Começando.
O cultivo na verdade já está em andamento. Pode-se dizer que eu "trapaceei" por apenas ter criado o tópico depois de ver que as coisas estavam dando certo. Na realidade é que como eu já havia cultivado antes, eu já sabia bem o que esperar. Então achei que seria melhor abrir o diário ao ver os primeiros sinais de micélio do que criar um tópico que poderia logo ser abandonado caso o cultivo fracassasse no início.

Estou cultivando as strains Ecuador e Mazatapec, mas tenho ainda um carimbo fechadinho de Thai Na Muang, que estou decidindo se já meto de uma vez ou se deixo pra próxima.
Acho que vou metê-lhe.
Hahahaha

Os substratos são:
3 copos com milho de pipoca, mais 1, fruto de uma ideia que eu tive e resolvi testar (antes de ver que já havia no forum).
Este é uma mistura de:
1/2 copo de vermiculita
Quase 1/2 de milho quebrado (daqueles de dar pras galinhas)
Mais um punhado de quirela de arroz
Mais uma pitada de niger e semente de linhaça.
Mais água fervida até a mistura ficar úmida, mas sem pingar água quando apertada na mão.

Os quatro copos:
P9280029_1144x856.jpg

Nada de café nem estabilizantes de PH.
De todos os 4 copos serão feitos casings. Eu não tenho certeza se este substrato de vermiculita e milho quebrado frutificaria sem o casing, mas pelo sim pelo não, vou fazer casing, pq nunca me dei muito bem só com o bolo.

No próximo post colocarei os passos para este não ficar muito longo. Tenho mania de me empolgar falando.
 
Sim. Eu iria fazer a camada do casing com 50/50 de vermiculita e pó de coco, e acrescentar 10% de humus e 5% de carbonato de cálcio. Achei essa receita no próprio fórum (vou ter procurar o link).

EDITANDO PORQUE ENCONTREI O LINK:

https://teonanacatl.org/threads/eu-quero-saber.5930/

A segunda postagem diz:
Material para cobertura de casing deve ser:
1 - Não fonte de carbohidrato, ou seja nada de alto valor nutritivo.
2 - Não compactador, senão asfalta os grãos, areia não serve.
3 - Deve então ser:
3.1- poroso- para permitir aeração, ou seja circulação do ar, que é necessario para formação de primórdias e pins. Ex.: pó de coco, sphagnum, pó de pinha, fibra de coco
3.2 - acumulador de água- para ser um reservatório de água para os pins que se desenvolvem, já que 99% do cogumelo é água.Ex.: vermiculita
3.3 - seletor/isolante microbiano - para ser uma 1ª barreira a impedir a invasão de microorganismos inconvenientes. Ex.: vermiculita, sphagnum
3.4 - fonte de sais minerais e indutor de pinagem - esse material é um gatilho de pinagem, ele possui sais minerais e mais importante, um colônia de microorganismos bons para o micélio.Ex.: esterco, turfa, substrato, para planta, húmus

Aí mais pra baixo fala outras coisas sobre proporção, etc. Foi aí que eu li e me pareceu bem confiável.
 
opa! acompanhando estas informações me interessam e muito também eu nunca avancei em meus cultivos para um bulk ou case, será a primeira vez quanto mais teorias e informações tiver melhor. E isso ae DAn estou acompanhando.... boa sorte e boas trips, pois elas virão
 
Valeu Basidio.

Estou contando esse como o meu primeiro cultivo ainda, embora eu já tenha cultivado em 2007 ou 2008, e consegui alguns cogus, embora não tenha sido muito.

A C.L que eu fiz ainda nem iniciei diário nenhum porque acho que o micélio ficou fraco. A água ficou bem amarelada, e eu acho que me passei na dose de Karo. Eu inoculei dois potões de milho usando ela, mas não está se desenvolvendo bem. Estou pensando em inocular esporos hidratados do mesmo carimbo da C.L nesses mesmos potes pra ver no que dá.

Fiz mais duas C.L.s ante-ontem e inoculei ontem com esporos pré-hidratados em uma seringa na geladeira. Dessa vez usei uma balança de precisão para fazer as medidas.

Acho que eu só vou conseguir alguns poucos frutos talvez ainda esse mês por causa do pote ressuscitado de Ecuador em milho lá do início deste diário. Ele vai render um único casing. Vou fazer o melhor possível para acertar na camada. Mas se ele produzir bem, para a frequencia com que eu sei que vou usa-los (não muito), vai render pelo menos uma boa trip.

Me surpreendi com essa ressurreição e vou até isolar um pedacinho em papelão pra inocular outro pote de milho depois. Pode não ter nada a ver, e essa retomada inesperada de crescimento pode ser a coisa mais normal do mundo. Mas vale pela experiência.

Abraço!
 
Fica de olho na temperatura, já tive dificuldades por causa disso.
O micélio pode ter dificuldades para colonizar devido a baixas temperaturas, e falta de aeração, não sei se foi o caso, mas fica de olho sempre.
 
Valeu, Mexicano.

Agora está fazendo uns dias bem quentes aqui na minha terra. Até desliguei o aquecedor da incubadora, pq com ele ligado chegava a passar dos 30º. É melhor que ela fique um pouco abaixo do ideal do que acima, eu acho. Com o aquecimento desligado, tem variado de 28 graus de dia, até 24 ou 25 à noite.

O pote de milho que ressuscitou está com aeração constante. Tem um furo na tampa coberto com uma máscara descartável esticada. Ficou assim o tempo inteiro exposto ao ambiente externo em uma sala nada higiênica e não contaminou. Me impressionei com a eficácia dessas máscaras. Pode não ser tão prático quanto micropore para tapar pequenos furos. Mas para tapar, por exemplo, uma abertura no terrário, acho perfeito.

Eu usei uma dessas no lugar de micropore para ventilação dos copos porque eu tenho um sério problema de umidade. Os resíduos de desinfetantes na parte externa me atrapalha muito na hora de colar fitas. Elas sempre ficam descolando. Com a máscara, eu posso esticar por cima e prender nas laterias com muitas voltas de durex. Só tem que cortar as bordas da mesma.
 
Alguém já tentou uma transferência de uma C.L para papelão para ver se desenvolve?

Eu estou numa fase meio parada nos cultivos (quando só o que se tem pra fazer é esperar colonizar), e resolvi fazer a experiência só pra ver.

Usei uma placa de petri de acrílico. O papelão ficou bem molhado. Eu já havia fervido ele um pouco com água mineral e levei ele de molho numa tigela com água destilada para dentro da glover. Antes de transferir para a placa de petri, fisguei ele com a ponta da agulha e deixei escorrendo um pouco.
Com mais a água extra da inoculação da C.L, ficou até um pouco saturado. Mas acho que ainda está num nível seguro. Usei dois pedaços, duas placas.

Na mesma feita, fiz uma seringa de C.L. (suguei água com micélio quebrado até encher). Vou deixar ela guardada em temperatura de incubação até amanhã e depois deixar na geladeira, para testar em um substrato FAI+cremofé.
No milho não deu muito certo. Mas da uma pena de descartar assim a minha primeira C.L, sem testar mais uma vez, hahahha. Na verdade é pura curiosidade de iniciante.

Eu tenho também algumas gotas de esporos hidratados dentro de uma seringa.
Li num tópico antigo que o Mortandello germinava esporos em uma FITA DUREX, (ele depositava uma gota de esporos hidratados e dobrava a fita por cima)!!
Depois ele grudava o durex em um pedaço de papelão.
Acho que vou fazer essa experiência para não desperdiçar essas gotinhas de solução de esporos.
 
Naquele copo de Ecuador em milho, o único que sobreviveu da primeira tentativa, o micélio segue crescendo lentamente. Não falta muito para colonizar, mas parece que ele não ta muito afim de comer esse milho velho, hehe.

Hoje fui olhar bem pra ele, e percebi dois pequenos cogumelos lá dentro, espremidos contra o vidro.
O que achei interessante é que eu sempre ouvi dizer que cubensis não frutifica em milho inteiro.

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Não tenho certeza de como proceder agora. Não sei se deixo assim mesmo e espero colonizar mais, ou se faço de uma vez o casing e descarto o milho não colonizado. De qualquer maneira vou isolar um pouco do micélio em papelão.
Dois fatores que eu acho que podem ter induzido este copo a pinar é a troca gasosa constante (ta a mais de dois meses com um respirador), e umas quedas de temperatura que ele andou sofrendo, e ficou algumas horas, mais de uma vez, em torno de 24º na última semana. O tempo anda louco aqui...

Abraço!

Alguma luz do que fazer daqueles que mais macaco véio em cultivos?
hehe.

Bora pro aniversário ou espero mais?
Vou postar umas fotos de quanto falta colonizar (não postei antes pq tirei duas fotos e a pilha morreu; tive que carregar um pouco).

P1010106_1144x856.jpg P1010107_1144x856.jpg P1010109_1144x856.jpg P1010110_1144x856.jpg

De brinde umas fotos de uma cultura líquida de mazatapec que eu fiz à duas semanas. Fiz outra usando exatamente os mesmos parâmetros (inclusive os esporos da mesma seringa) e não vingou. Vai saber...

P1010111_1144x856.jpg P1010112_1144x856.jpg P1010115_1144x856.jpg
 
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Meus posts se fundiram. Tudo que vem depois do "Abraço!" eu fiz numa postagem separada. É normal eles se unirem assim?? Nunca tinha visto.
 
É normal sim, principalmente quando há uma regra que diz:
Artigo 12 - Edite as suas mensagens disse:
§ Único Não poste uma nova mensagem se você puder utilizar a que já postou para corrigir ou adicionar algo.
 
legal dan a sua CL vingou ficou bem bunitaaaaa :p

as minhas foram descartadas, estagnaram e contaminaram....
 
Valeu Basidio. A outra que eu fiz ficou fraca. Inoculei um potão de milho e o micélio mal cresceu.
Vamos ver como a coisa sai com essa.

Se vc poder, tenta fazer uma glover como a que eu fiz. Não é tão difícil.
Eu coloquei aquelas luvas de faxina mesmo e não sinto tanta necessidade de usar as cirúrgicas, já que dentro da glover hermeticamente fechada vc pode fazer tudo com mais calma. São muito mais resistentes também.
Garanto que aí não vai mais contaminar. ;)

Eu compro as compressas de gaze esterilizada em qualquer farmácia baratinho e jogo pra dentro da glover. Assim seco sem medo de contaminantes qualquer excesso de umidade (dos desinfectantes) que ficar nas luvas e nos instrumentos.

Não da pra cultivar cogumelos sem gastar dinheiro. Pelo menos as gazes são baratinhas e vem umas 10 em cada pacotinho.
 
Então.

Aniversariei o bolo hoje de manhã. Todos os passos foram dados dentro da glover com a maior assepsia possível.

Descartei todo o milho não colonizado dentro de um saquinho limpo, que usei também para guardar o lixo (pedaços de fita adesiva e papel alumínio).

Retirei os dois pins, um que devia ter uns 3 cm de comprimento e o outro uns 4,5 e após passar uma gaze úmida de álcool, os reservei enrolados dentro de um papel alumínio.

Quebrei o bolo em cima de um pratinho e o distribui em cima de uma fina caminha de vermiculita e pó de coco (esterilizada no micro) que eu fiz no fundo de uma CANECA.
Vou deixar descansando até amanhã, enquanto hoje faço a segunda fase da pasteurização da camada de cima.
Vai ser um mini-casing do tamanho de uma caneca. Se sair UM cogumelo, já vai ser lucro. Vou tirar carimbo e colher material para clonagem para continuar tentando cultivar esta linda strain (ecuador, no caso).

Após retirar o que não precisava mais estar dentro da glover, fui para a clonagem.
Peguei as duas placas petri e os dois pedaços de papelão esterilizados que eu tinha de molho em água destilada dês de ontem.
Sequei o excesso de água dos papelões usando uma gaze estéril.
Tentei "descascar" os pins, deixando exposto só o micélio interno. Feito isso, piquei com uma tesourinha de unha (estéril) cada pin em quatro pedaços. Depositei os pedaços nos papelões e fechei as placas.

Agora ta tudo na incubadora. Vamos ver no que dá.

Good vibes para todos!
Casing caneca 2.jpgCasing caneca..jpgClone1.jpgClone1-b.jpgClone2.jpgPasteo2.jpgPasteurização.jpg
 
Que camada de cima é essa que você está pasteurizando?
 
Do casing (é que o meu casing tem camada encima e embaixo). Tem uma pequena quantidade de húmus.

Ainda ta na função. Só vou colocar a camada amanhã.

Se tiver muito errado da tempo de fazer uma esterilização ainda.

Mas leio tanto no forum gente que pasteuriza ao invés de esterilizar.

Aproveitando.
Quanto à umidade dos pedaços de papelão?
Eles devem ficar bem hidratados, mas com uma aparência "seca" por fora, sem excessos, ou ele deve ficar mais pra molhado mesmo?

Eu preferi tirar o excesso de água dos meus usando uma gaze, mas sem ter muita certeza se eu estava fazendo bem.
 
A função da camada de casing não é ser nutritiva, esta função é do substrato. Quanto mais nutritiva maior a chance de contaminar nos seus flushs. Aquela camada de vermiculita e pó de coco 50/50 que você preparou no microondas é mais recomendada para o casing.(Talvez eu não tenha respondido a tempo?)

O papelão é bom que fique umido mas não molhado.
 
Entendo.

Sou bem cuidadoso com a assepsia. Só preciso de um cogumelo. hauhaua.

Uma vez eu e uns amigos fizemos um casing de terra vegetal, dessas que tem em qualquer floricultura e ainda misturei uns pedaços de musgo que eu coletei de cima de umas telhas, em um terrario coberto apenas com um plástico filme colado com durex.
Frutificou bem. Não foi um espetáculo. Contaminou depois do 3º ou 4º flush.

Acho que deu certo por que sem querer acabamos pasteurizando a camada mais do que esterilizando.
..

Eu resolvi botar este material nitrogenado por que eu li em uma postagem do Mauricio dizendo que este elemento é útil para a indução da pinagem. Mas depois (agora a pouco) li que o próprio pó de coco tem bastante nitrogênio e fósforo.
Se bem que tem gente que faz só com vermiculita e também da certo.


***

Vou aproveitar a postagem para comentar a minha técnica de pasteurização. É a primeira vez que eu pasteurizo (intencionalmente) um substrato.
Me baseei na técnica que o Cosmik me passou.
https://teonanacatl.org/threads/eu-quero-saber.5930/page-21#post-97407
postagem #409

Comprei um termômetro que você crava no que vc quer medir a temperatra, e ele vai de -50º té 300º.

Coloquei o substrato em um vidro de café, e tive que preparar muito mais do que o necessário para que a ponta do termômetro chegasse até o meio do mesmo.
Coloquei o pote de vidro em dentro de uma panela com água até o nível do subs.
Tampei com papel alumínio e cravei o termômetro. Inicialmente posicionei a ponta de modo que ficasse encostada no vidro.
Ligava em fogo médio (mais pra alto mesmo) até o termômetro marcar 76º (uma vez chegou a 80). Aí eu passava a ponta do termômetro para o centro do substrato pra ver quando o calor penetrou.
Desligava o fogo e esperava a temperatura baixar até 62º.
Repeti o processo, mantendo essa temperatura entre 62º e 76º em média por mais de três horas.
No dia seguinte fiz tudo de novo e deixei esfriar até o outro dia.
E é isso.
 
Bacana o seu método de pasteurização, depois poste alguma foto e/ou conte como ficou o resultado.

Mudei o status do seu diário para "Em andamento".
 
E ai DanBlotter, cultivo bem interessante hein meu chapa!
Legal os pins frutificando dentro do pote de milho também, e ai, eles já colonizaram todo o papelão?

E o casing, como está, já frutificando?
Valeu!
 
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