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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Budismo

Difícil responder isso.

Talvez a princípio sim, mas depois facilite. Não me considero qualificado para dar uma resposta esclarecedora.


E como já mencionei aqui antes, os budistas ortodoxos, ou a grande maioria dos budistas ortodoxos, não gostam dos psicoativos. Pode ter algo a ver com essa questão.

Vc conhece ou já ouviu falar de algumas tradições budistas que aceitam o uso dos psicoativos?
Seria bacana.
 
Vc conhece ou já ouviu falar de algumas tradições budistas que aceitam o uso dos psicoativos?


Já ouvi falar de linhas budistas e de grupos alternativos que usariam psicoativos.

Mas as referências são esparsas. Tem que pesquisar bastante. E muitas vezes são reprimidas pelos ortodoxos, conforme a história do primeiro post desse tópico.
 
Ecuador, bacana cara, de qualquer forma obrigado por abrir na minha mente essa possibilidade da união desses dois caminhos, mesmo sabendo que o destino é único. Vou pesquisar e se encontrar algo, postarei aqui pra galera.

abç
 
DMT é uma molécula relativamente comum no cérebro e no corpo humano (além de diversos animais e plantas). Seu efeito é ativado somente em circunstâncias especiais. Não há efeito porque algumas enzimas quebram a molécula antes de ela interagir com o cérebro. O DMT é parte fundamental da ayahuasca (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayahuasca), bebida sacramental de efeito enteógeno (http://pt.wikipedia.org/wiki/Enteógeno). Além disso, há no chá componentes inibidores da enzima que anula o DMT. Assim, eles "ativam" e prolongam o efeito do DMT, além de conterem seus próprios efeitos.

aquelas pessoas que passam por situacoes de quase morte em uma mesa de cirurgia, relatam que viram um filme de suas vidas passando muito rapido e uma sensacao de estar mudando de plano, como se tivessem em contato de deus. e quando elas conseguem voltar, normalmente voltam muito mais fortes mentalmente.

seria entao essa substancia produzida no corpo em quande quantidade quando a pessoa esta perto de morrer?
 
Última edição por um moderador:
aquelas pessoas que passam por situacoes de quase morte em uma mesa de cirurgia, relatam que viram um filme de suas vidas passando muito rapido e uma sensacao de estar mudando de plano, como se tivessem em contato de deus. e quando elas conseguem voltar, normalmente voltam muito mais fortes mentalmente.

seria entao essa substancia produzida no corpo em quande quantidade quando a pessoa esta perto de morrer?


Pelo que já li sobre os episódios e quase morte acho que eles não têm muito a ver com o DMT endógeno, phmr. Do que lembro inclusive são melhor mimetizados por outras substâncias.
 


Experiências de quase morte é um nome ou conceito que tanto serve para designar experiências de quase morte física, com paradas cardíacas, por exemplo, como também experiências psicológicas muito fortes que compartilham várias características das quase-mortes físicas, como sensações de estar fora do corpo, de estar se movendo por um túnel ou passagem, de estar "fora do mundo", encontro com entidades e outros.

Nesses casos geralmente estão associados a psicodélicos como LSD e cetamina, mas não especificamente a DMT (por exemplo: http://www.near-death.com/lsd.html). Então o DMT não parece ser um bom candidato a mimetizar experiências de quase morte nem, por tabela, ser responsável pelos efeitos observados nas quase mortes físicas.

Mas a discussão detalhada dos efeitos dessas substâncias e das experiências de quase morte em geral fogem ao escopo do tópico e também do fórum. Se quiser depois discutimos por PM.
 
Experiências de quase morte é um nome ou conceito que tanto serve para designar experiências de quase morte física, com paradas cardíacas, por exemplo, como também experiências psicológicas muito fortes que compartilham várias características das quase-mortes físicas, como sensações de estar fora do corpo, de estar se movendo por um túnel ou passagem, de estar "fora do mundo", encontro com entidades e outros.

Nesses casos geralmente estão associados a psicodélicos como LSD e cetamina, mas não especificamente a DMT (por exemplo: http://www.near-death.com/lsd.html). Então o DMT não parece ser um bom candidato a mimetizar experiências de quase morte nem, por tabela, ser responsável pelos efeitos observados nas quase mortes físicas.

Mas a discussão detalhada dos efeitos dessas substâncias e das experiências de quase morte em geral fogem ao escopo do tópico e também do fórum. Se quiser depois discutimos por PM.

hmmmmmm, interessante. sei muito pouco sobre bioquimica, mas vou pesquisar mais sobre isso. vlw
 
Do livro "A Prática do Zen na Cura da Depressão", de Philip Martin (The Zen Path Through Depression), no capítulo "Exigência e Intransigência":

A mente discriminativa examina cada experiência e determina se é agradável ou desagradável. Em seguida, determina se deve ser buscada ou evitada. Ela compara e agrupa tudo aquilo com que entramos em contato. Procura descobrir se algo se parece com outras coisas que conhecemos, a classifica e a compara com tudo que já vimos.

Essa mente discriminativa é indispensável a muitas da atividades de nossa vida. Já se disse que ela pode ser a causa de boa parte do que sofremos, mas sem dúvida nos ajuda quando queremos pegar um ônibus. A dificuldade é que não sabemos quando dar-lhe ouvidos e quando tratá-la como uma criança birrenta - ou seja, delicada, porém firmemente.

Nossa exigência e intransigência por fim nos impedem de vivenciar a própria vida. Estamos quase sempre ocupados em decidir o que pensar a respeito de nossas experiências, em vez de vê-las na intimidade, com mente aberta. Quando consideramos todas as coisas, avaliando-as e ordenando-as, deixamos de lado as suas inter-relações.
 
Espaço aberto sempre presente

Pema Chodron:

Em vez de lutar contra a força da confusão, podemos nos encontrar com ela e relaxar. Quando fazemos isso, gradualmente descobrimos que a claridade está sempre lá. No meio do pior cenário da pior pessoa do mundo, no meio de todo o pesado diálogo com nós mesmos, o espaço aberto está sempre lá.
“When Things Fall Apart” (“Quando tudo se desfaz”)
(Weekly quote from Pema Chodron)

http://darma.info/trechos/2012/06/espaco-aberto-sempre-presente/
 
Mal-entendido sobre a natureza da realidade

Matthieu Ricard (França, 1946 ~):

Mudar o modo de ver o mundo não é ter um otimismo ingênuo ou uma euforia artificial com intenção de contrabalançar a adversidade. Enquanto formos escravos da insatisfação e da frustração que surgem da desordem que domina a nossa mente, será tão inútil dizer a si mesmo “Sou feliz! Sou feliz!”, muitas e muitas vezes, quanto seria repintar um muro em ruínas.
Buscar a felicidade não é olhar para a vida através de óculos cor-de-rosa ou cegar-se para a dor e as imperfeições do mundo. Nem é a felicidade, tampouco, um estado de exaltação que deva ser perpetuado a qualquer custo; mas, sim, um processo de purgar as toxinas mentais, como o ódio e a obsessão, que envenenam a mente. É também aprender como colocar as coisas em perspectiva e reduzir a distância entre as aparências e a realidade.
Para esse fim, devemos adquirir um conhecimento melhor sobre como a mente funciona e ter uma percepção mais precisa sobre a natureza das coisas, pois, no sentido mais profundo, o sofrimento está intimamente ligado a um mal-entendido sobre a natureza da realidade.
“Felicidade”, cap. 6

http://darma.info/trechos/2012/06/mal-entendido-sobre-a-natureza-da-realidade/

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Última edição:
História Zen

Um homem saiu à procura de uma mulher famosa por sua sabedoria e pediu-lhe um conselho. Ela lhe disse: "Independentemente do que me aconteça, sempre digo: 'Obrigada por tudo. Não tenho queixas'.". O homem foi embora mas voltou algum tempo depois. "Fiz o que você me aconselhou, mas não sinto nenhuma diferença", disse ele. Ela respondeu: "Obrigada por tudo. Não tenho queixas". Com isso, o homem se iluminou.
 
A Canção-Vajra de Reconhecer a Mente como o Guru

awww.unfetteredmind.org_wp_content_uploads_2010_09_kyergongpa.jpg
por Kyer-gong-pa
(sKyer.sgang.pa, 1154-1217)



Guru bodhicitta namami

Os gurus que apontam a mente em si mesma são como ninguém mais: Eles abandonaram suas próprias necessidades e se ocuparam das necessidades dos outros. Sua consciência é ilimitada, sua compaixão, universal.
Aos meus gentis e graciosos gurus eu me prostro.

Sim, gurus apontam como as coisas são, mas o guru que é um ser natural está dentro. Mente, você que é meu guru, assim você é:
Você não teve gênese: está apenas naturalmente presente. As desventuras não te ferem; corretivos não te afetam; Você não vem nem vai; você não muda com o tempo; e não posso dizer que você exista ou não exista.
Não posso te ver, ouvir, saborear, sentir o cheiro ou te tocar: Você não é uma coisa e, no entanto, é a fonte de toda a experiência. Tente como eu tento, não há nada que se possa apontar e dizer “Isso é você!”.
Mas quando sento e não te procuro, você está presente em todas as coisas.

Você não está sujeito ao condicionamento bom ou mau. Mais refinado que tudo, você não se apega a nada. Não sendo uma coisa, você é a base de todas as coisas. Livre da lógica, você surge claramente quando eu não raciocino.
Porque você não está em lugar algum, você surge como qualquer coisa em qualquer lugar. Ainda assim, você não pertence a nenhum destes lugares.
Assim, embora você não seja nada que eu possa apontar, você é meu guru!

Qual é a tua história espiritual?
Aqui está:
Porque a distância não se aplica a você, que está presente em cada ser. Por causa de suas puras intenções, cada ser pertence à tua família.
Por conta de sua grande compaixão, cada ser é originalmente colocado em pleno despertar. Por causa de suas poderosas ações, você se engaja e obtém maestria sobre todas as coisas no samsara e no nirvana.
Porque a mudança não se aplica a você, mesmo quando eu olho para as coisas do modo errado, o que é verdade ainda está bem ali.
Você nunca se foi nem por um momento sequer. Assim, embora seja uma companhia antiga, todos têm dificuldade de vê-lo.
Porque a morte não te toca, você sempre foi o vigilante constante: que espantoso!

Oh, mente que é meu guru, te encontro por reconhecer o que eu sou. Oro a ti ao deixar passar a dúvida e a hesitação. Reverencio-te ao deixar estar e aquietar-me naturalmente. Sirvo-te ao descansar continuamente na natureza das coisas. Entrego-lhe comida ao descansar sem cessar na claridade vazia.
Entrego-lhe bebida ao saber que atenção e distração não têm diferença. Entrego-lhe vestes ao saber que a aparência e o som são como encantamentos.
Eu lhe sento na almofada do êxtase não-reativo. Eu o coroo com o que sempre esteve ali mas não pode ser encontrado. Eu lhe dou oferendas ao não fazer nada com o que surge.
Passado, presente e futuro -- você sempre vive. No santuário do saber total que não sustenta nenhuma identidade.
Atendido pela não-preferência por samsara ou nirvana, você está constantemente dando instruções elevadas na experiência.

Quão incrível você é, mente que é meu guru!
De novo, quão gentil você é, apoiando-me com compaixão!
Quanta energia você tem advinda da prática de um treinamento prévio!
Quão incrível você é -- sua compaixão nunca cessa!

Quando eu me viro a ti deste modo, ondas de energia lavam-me, atravessando-me.
Sem correr do samsara, eu paro de ir ao mesmo. Sem ir a qualquer lugar, eu chego à buditude.
Entendo que nenhuma experiência é boa ou ruim. A diferença entre budas e seres ordinários é o saber direto.
Quando sei exatamente como a mente é.
E o saber direta e exatamente como a mente é de forma plena e presente, isto é buda.
O que se pode fazer, então, não pode ser descrito por palavras.
Quando olho para fora, o guru pode ensinar, mas é isto o que acontece: por eu não conhecer a própria mente diretamente, eu tomo o que é não pelo que é.
Buscando o passado, caio em velhos hábitos e dor. Isso é chamado de ser ordinário.

Agora, deixe-me ser meu próprio vigia.
Quanto ao samsara, não persigo o que passou, não deixo o que aconteceu me perturbar.
Já um grande esforço existe para não gerar um nirvana: descanso na própria mente e nada faço.
Não posso identificar a mente em si mesma como sendo isso ou aquilo. Ela surge conforme refino esse maravilhoso não-saber. E este entendimento é o preenchimento.
Eis como sei que é preenchimento.
A vacuidade somente está ali: não preciso caçar a dimensão da verdade.
O que quer que apareça apenas surge: não preciso bloquear a dimensão da forma.
A mente em si mesma é livre como ela é: não preciso controlar as três dimensões do ser.
O samsara é destruído em sua raíz: não preciso descartar qualquer coisa. Minha mente é buda: não preciso esperar nada. Sempre foi desse jeito: não preciso cultivar nada. Não é esse um melhor jeito de trabalhar?
Se contemplativos olham para a mente sem distração, livram-se da mente que olha, qual o problema?
Se meditadores que continuamente meditam sobre a não-separação, largam sobre o que meditam, qual o problema?
Se praticantes que constantemente praticam com energia desperta, entendem a presença natural da não-prática, qual o problema?
Se mestres da verdade que cuidadosamente vigiam e coordenam a mente, livram-se da própria mente, qual o problema?

Estudei com muitos gurus capazes: cada guru me deu seu próprio conselho. Todo conselho se resume a uma mente unidirecional. Assim, a mente é o meu guru. Olho para ti, te ouço e busco sua instrução vez após vez.
Eu oro para os sete gentis e graciosos gurus, Agrado-os, lhes dou oferendas e suplico por sua energia. Ao fazê-lo, sei exatamente que a mente é o meu guru.
Porque esse saber surge internamente, quando eu vejo escritos que contradizem ou conflitam com minha experiência: eu considero o significado, não as palavras.

Essa canção é o balbuciar de um homem louco.
Não peço a ninguém que me desculpe por ela.
Sem perdões e também não me ofereçam nada por ela.
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Oportunidade única para felicidade duradoura


Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö (Tibete, 1893 – Sikkim, 1959):

[...] Você descuidado, coloque suas mãos no coração e pense:
Esses planos para o futuro, baseados em uma negação da morte,
Arruinam o propósito verdadeiro desta vida e das futuras,
E o inimigo, Yama, apenas irá tê-lo debaixo de suas narinas — pense bem!
Quando for pego na passagem desta vida,
Não haverá como suportar a dor e a tristeza,
E tudo será um rio sem fim de lágrimas
Traga isso à mente e seu coração certamente irá hesitar.
Agora, com estas liberdades e vantagens, você tem um suporte para a prática — uma oportunidade única!
Em vez de desperdiçar tal momento inestimável,
Por que não se esforçar para realizar o objetivo da felicidade duradoura? Considere!
“Advice to myself”

http://darma.info/trechos/2012/06/oportunidade-unica-para-felicidade-duradoura/,
jamyang_khyentse_chokyi_lodro.jpeg
 
Última edição:
Nada do que se arrepender



Dilgo Khyentse Rinpoche (Tibete, 1910 – Butão, 1991):

Milarepa disse: “Minha religião é não ter nada do que se arrepender quando morrer”. Mas a maioria das pessoas não dá nenhuma importância a essa maneira de pensar. Fingimos ser muito calmos e controlados, cheios de palavras doces, para que as pessoas comuns — que não conhecem nossos pensamentos — digam: “Esse é um verdadeiro bodisatva”. Mas é apenas nosso comportamento externo que elas veem.
A coisa importante a fazer é não realizar qualquer coisa que possamos nos arrepender depois. Portanto, precisamos nos examinar honestamente.
Infelizmente, nosso apego ao ego é tão grosseiro que, mesmo se tivermos sim alguma pequena qualidade, pensamos que somos maravilhosos. Por outro lado, se temos algum grande defeito, nem mesmo percebemos. Há um ditado que diz: “No pico do orgulho, a água das boas qualidades não permanece”.
Então, devemos ser muito meticulosos. Se, após examinarnos completamente a nós mesmos, pudermos colocar as mãos no coração e honestamente pensar: “Minhas ações estão todas corretas”, então isso é um sinal de que estamos ganhando alguma experiência no treinamento da mente.
Devemos então ficar contentes que nossa prática tem ido bem e nos determinar a fazer ainda melhor no futuro, assim como fizeram os bodisatvas de outros tempos. Com todos os meios devemos gerar antídotos cada vez mais, agindo de modo a estar em paz com nós mesmos.

“Enlightened Courage”, cap. 5

http://darma.info/trechos/2012/06/nada-do-que-se-arrepender/
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Daisetsu Teitaro Suzuki



Daisetsu Teitaro Suzuki ( Suzuki Daisetsu, Outubro 18, 1870 – Julho 22, 1966) foi um famoso autor japonês de livros sobre Budismo, Zen e Jodo Shinshu responsável em grande parte pela introdução destas filosofias no ocidente. Suzuki também foi um prolífico tradutor de literatura chinesa, japonesa e sânscrita. Suzuki passou vários períodos longos ensinando ou dando palestras em universidades do ocidente e devotou vários anos a seu professorado numa universidade budista japonesa, Otani.

Escolhendo a crença sobre a dúvida tem profundas consequências eternas para a prática de os cristãos, enquanto que para os religiosos judeus e muçulmanos a fé em Deus é a pedra angular da justiça. No entanto, no resto do mundo, reverenciadas tradições espirituais existem em que a luta entre a crença e a descrença é de pouca importância. Daisetz Teitaro Suzuki é um porta-voz eloquente internacional por uma destas tradições: a variante japonesa do budismo conhecido como zen.

Mas apesar de sua grande produção literária, ele sempre sublinhou a importância de experimentar satori (Iluminação).

Daisetz Suzuki atraiu muitos ocidentais para a prática do Budismo Zen, demonstrando que a meditação Zazen era um instrumento útil em tempos modernos.

Como veremos, esta iluminação indescritível não é um “estado” sublime de ser, mas um “forma” de ser verdadeiramente livre.

D.T Suzuki achava que os ocidentais, que vêem a realidade baseada na dicotomia e oposição, deveria aprender com o Oriente, onde não há “dualidade”.

Zen insiste que não há um todo-poderoso – você deve entender o final da vida a si mesmo e viver plenamente.

Shin (Terra Pura) budismo, como o cristianismo, acreditam que se deve olhar para um poder maior para ser “salvo”.

Suzuki percebeu que essas formas de pensamento aparentemente contraditórias são, na verdade uma e mesma coisa.

Nunca houve necessidade de uma palavra como “religião” em japonês, até a tradução do conceito ocidental era necessário.

Para Suzuki, tanto o intelecto e o espírito são aspectos da expressão humana.

Ele era um budista leigo, alguns sacerdotes Zen achavam que ele era muito intelectual, académicos achavam que ele era muito espiritual, o fato é que ele era muito respeitado pelos teólogos e agnósticos, intelectuais e gente simples também.

Na verdade, os psicólogos foram fortemente atraídos pelo pensamento Zen, principalmente por influência da Suzuki, e sua forma de lidar com o “eu” e do inconsciente

O produto final do Zen é a liberdade do espírito, que é a base da criatividade.

Os textos do mestre Suzuki e ensinamentos tiveram um efeito cascata em toda a cultura ocidental, influenciado fortemente artistas contemporâneos ocidentais.

Um dos conceitos mais difíceis de compreender no Zen é que a vida e morte são uma e a mesma coisa.

Filósofos ocidentais desde os tempos antigos têm se confrontado com o mesmo problema.

Se você vive o momento absoluto, não há vida nem morte.

Conforme Suzuki explicou, a questão não é “ser ou não ser.”

“É para ser e não ser.”
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