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Budismo

OS QUATRO SELOS DO DHARMA
Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche

http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=11

O Terceiro Selo

"Todos os fenômenos são desprovidos de existência intrínseca. Aqui estamos falando de shunyata, vacuidade. Quando dizemos todos os fenômenos, isso inclui todas as coisas, até mesmo o Buddha, a iluminação ou o caminho. Os buddhistas definem fenômeno como algo que possui características e que seja um objeto percebido por um sujeito. É a ignorância que toma o objeto como algo externo e faz com que ignoremos a verdade daquele fenômeno. A verdade do fenômeno é o que denominamos shunyata, vacuidade, o que dá a entender que ele não possui uma essência que exista verdadeiramente."

"Quando um sujeito enganado vê um objeto, este é interpretado como algo que existe verdadeiramente. No entanto, a existência que o sujeito imputa ao objeto é uma suposição equivocada que aparece apoiada em diferentes condições. Como no caso de alguém que vê uma miragem, a pessoa não tem diante dos olhos uma miragem dotada de existência verdadeira. Ao falar em vacuidade, o Buddha queria dizer que as coisas de fato não existem como equivocadamente acreditamos que elas existam, e que as coisas são, em realidade, vazias dessa existência falsamente imputada."

"Por que acreditam no que é, na realidade, apenas projeções confusas, os seres sencientes sofrem, e para corrigir isso o Buddha ensinou o Dharma."

"A vacuidade é, às vezes, denominada dharmakaya e, em um contexto diferente, poderíamos estar descrevendo como o dharmakaya é permanente, imutável, permeia tudo - todas essas palavras poéticas e belas. Essas são palavras místicas que dizem respeito ao caminho. Agora, porém, estamos tratando do terreno, da base, estamos nos esforçando para adquirir uma compreensão intelectual. No caminho é possível retratar o Buddha Vajradhara* como um símbolo do dharmakaya ou da vacuidade, mas do ponto de vista acadêmico até mesmo pensar em pintar o dharmakaya é um erro."

* Vajradhara é o Buddha primodial, a "essência" de todos os Buddhas homens, ainda que falar em essência em uma doutrina em que até mesmo o Buddha é desprovido de existência intrínseca parece um contrasenso.
 
OS QUATRO SELOS DO DHARMA
Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche

http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=11

O Terceiro Selo (continuação)

"Pergunta: Se nós próprios somos dualistas, podemos chegar a compreender a vacuidade, que é algo que está além de qualquer descrição?"

"Os buddhistas são muito escorregadios. Você tem razão: não podemos nunca falar da vacuidade absoluta, mas podemos falar de uma "imagem" da vacuidade. Então, você pode avaliá-la, contemplá-la e, por fim, chegar à verdadeira vacuidade. E se você dissesse, "Mas isso é facilitar as coisas demais, isso é uma embromação", os buddhistas diriam, "Mas é assim que as coisas funcionam". Se você precisa encontrar alguém com quem nunca tenha estado antes, eu posso descrever essa pessoa para você, mostrar-lhe uma fotografia dela e, com a ajuda dessa imagem, você pode ir e achar a verdadeira pessoa. O caminho, em última instância, é irracional mas, do ponto de vista relativo, é muito racional, pois se casa com as convenções relativas do nosso mundo. Quando estou falando da vacuidade, tudo que estou apresentando é uma "imagem" da vacuidade. Não posso lhe mostrar a verdadeira vacuidade, mas posso lhe contar porque as coisas não são dotadas de existência intrínseca."

"O Buddha ensinou três caminhos diferentes em três momentos separados, conhecidos como Os Três Giros da Roda. Porém, ele resumiu esses três caminhos em uma única frase: "Mente; não há mente; a mente é luminosa".

Aqui "Mente" se refere ao "primeiro giro da roda", o primeiro conjunto de ensinamentos. Indica que o Buddha ensinou que há uma "mente", e isso serve para afastar a visão niilista de nenhum céu, nenhum inferno, nenhuma causa e efeito. Quando ele disse, "Não há mente, isso reflete o ponto de vista de que a mente é apenas um conceito e que não existe algo como uma mente dotada de existência verdadeira. A terceira afirmação, "A mente é luminosa," aponta para a natureza búddhica, a sabedoria sem equívocos nem ilusões que existe deste o começo."

"Como buddhistas, praticamos compaixão, mas, se nos falta a compreensão deste terceiro selo, a compaixão pode ser um tiro que sai pela culatra. Se você fica apegado à meta da sua compaixão, ao solucionar um problema é possível que você passe por cima do fato de que a sua idéia de solução está inteiramente baseada na sua interpretação, e você pode acabar vítima da esperança e do medo, vítima da decepção. "

"Um outro tipo de problema que também vem da falta de compreensão da vacuidade e que ocorre com buddhistas mais superficiais ou enfastiados, tem a ver com a questão de que, nos círculos buddhistas, se você não aceita a vacuidade, então você não está por dentro. Assim, fingimos que apreciamos a vacuidade e fingimos meditar sobre ela. No entanto, quando não a compreendemos adequadamente, pode surgir um efeito colateral nocivo."

"Dizemos, "Ah, tudo é vacuidade. Posso fazer tudo o que eu quiser". Ignoramos e violamos os detalhes do karma, a responsabilidade sobre nossos atos. Você se torna deselegante e também uma fonte que leva os outros a perder inspiração."

"As filosofias ou religiões podem dizer "as coisas são ilusórias", "o mundo é maya, ilusão", mas há sempre uma ou duas coisas que ficam de fora por serem tidas como verdadeiramente existentes - como Deus, a energia cósmica, seja lá o que for. No buddhismo, não é isso que acontece. Tudo no samsara e no nirvana, da cabeça do Buddha até um pedaço de pão, tudo é vacuidade. Não há nada que não esteja incluído na verdade última."
 
Na luta contra as emoções negativas, se você perder sua vigilância mesmo que por um momento, você precisa reativá-la rapidamente — assim como um cavaleiro em batalha que deixou escorregar sua espada deve pegá-la imediatamente.

No mesmo instante que uma emoção surgir, o pensamento de usar um antídoto deve lhe ocorrer. Para que mais serve o Dharma, se não para evitar que você dê livre passagem para suas emoções negativas?

Como Drom Tonpa disse:

O que quer que funcione para contra-atacar emoções, é Dharma;
O que quer que não funcione não é Dharma.

Dilgo Khyentse Rinpoche(Tibete, 1910 – Butão, 1991)
“The Heart of Compassion”, v. 35

darma.info/trechos/2009/08/guarda-contra-emocoes-negativas/
 
OS QUATRO SELOS DO DHARMA - final
Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche

http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=11

O Quarto Selo

"Com a explicação dada sobre a vacuidade acho que de algum modo já descobrimos que o nirvana está além dos extremos. Esse último selo também é um ponto de vista único ao buddhismo. Em muitas filosofias ou religiões a meta final é alguma coisa na qual podemos nos firmar, a qual podemos conservar: "a meta final é a única coisa verdadeira que existe". No buddhismo, porém, a meta não é fabricada; por isso não pode ser guardada. Por isso dizemos: ela está "além dos extremos". Talvez imaginemos que, de algum modo, poderíamos ir para um lugar onde houvesse um sofá melhor, um chuveiro melhor, uma rede de esgotos melhor, algum tipo de nirvana onde você não precisa nem mesmo de controle remoto, onde todas as coisas aparecem no momento em que você pensa nelas. No entanto, como disse antes, nós não introduzimos alguma coisa que não estava presente antes. A meta é alcançada quando removemos o que havia de artificial e obscurecedor. Não ficamos apegados a uma verdade última dotada de existência real, a um nirvana que realmente existe.

Quer você seja um monge ou monja que tenha renunciado à vida mundana, quer seja um yogi que pratique métodos tântricos profundos, quando você busca abandonar ou transformar o apego às suas próprias experiências, se você não tem familiaridade com esses quatro selos você estará encarando suas experiências como manifestação de alguma coisa má, satânica, ruim. Isso quer dizer que você estará longe da verdade. Todo o buddhismo tem por objetivo levar à compreensão da verdade. Se houvesse alguma permanência verdadeira nas coisas compostas, se houvesse prazer verdadeiro nas emoções, o Buddha teria sido o primeiro a recomendá-las, dizendo: "Por favor, guardem e prezem essas coisas", porque o que ele queria, em sua grande compaixão, era que tivéssemos o que é verdadeiro, real.

Quando você tiver uma clara compreensão desses quatro selos como a base da sua prática, você se sentirá confortável, independentemente das experiências que surgirem. Desde que você mantenha esses quatro selos como a sua visão, nada pode sair errado. A pessoa que mantém esses quatro selos no coração ou na mente, a pessoa que os contempla, é buddhista. Ainda que não ostente o rótulo de buddhista, ela será uma seguidora do Buddha."
 
(...) Prajnatara pediu a Bodhidharma para que levasse a luz do Dharma (da Índia) até a China. Depois de uma longa viagem de barco, ele chegou lá e se encontrou com o imperador Wu, do reino de Liao.

Wu: Eu construí templos e monastérios para os monges, dei dinheiro para os pobres. Quantos méritos eu consegui?
Bodhidharma: Mérito nenhum.
Wu: Então, o que é o ensinamento sagrado do Buddha?
Bodhidharma: É vazio e nada tem de sagrado.
Wu: Mas afinal, quem é você?
Bodhidharma: Não sei.

Depois disso, Bodhidharma se retirou para o norte e se instalou no monastério Shao-lin, onde se iniciaria a luminosa linhagem chinesa do Zen.

http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=147
 
Transmissão

33. De Hung-jen para Hui-neng

Desde pequeno, Hui-neng trabalhava como lenhador, para sustentar a si mesmo e à sua mãe doente. Certa vez, quando estava vendendo lenha na cidade, ouviu um homem recitando um livro em voz alta. Hui-neng ficou muito impressionado com aquelas palavras e foi perguntar àquele homem:

Hui-neng: Que livro é esse?
Homem: É um sutra.
Hui-neng: Que sutra?
Homem: O Sutra do Diamante.
Hui-neng: Onde o conseguiu, e por que você está o recitando?
Homem: Consegui este texto no monastério Tung-ch'an, no distrito Huang-mei de Ch'i-chou. O abade deste monastério é Hung-jen, o quinto mestre, que tem cerca de mil discípulos. Quando fui prestar reverência a ele, falou-me deste sutra. O mestre costuma encorajar tanto os leigos quantos os monges a lerem este sutra, para que realizem a natureza da mente e alcancem diretamente a iluminação.
Hui-neng: Gostaria de conhecer este mestre.
Homem: Quer mesmo ir ao monastério Tung-ch'an? Fica bem longe...
Hui-neng: Por mais longe que seja, gostaria de ir.
Homem: Então, vá até ele!
Hui-neng: Infelizmente não posso, preciso cuidar de minha velha mãe.
Homem: Isso não é problema, pegue estas dez moedas e leve para ela. É o suficiente para o sustento dela.

Muito comovido, Hui-neng levou as moedas à sua mãe, despediu-se e foi para a província de Huang-mei, no norte, onde chegou depois de um mês de caminhada. Ao encontrar o mestre Hung-jen, ele lhe disse:

Hui-neng: Sou um lenhador da província Hsin-chou de Kuang-tung. Viajei desde longe para prestar reverência ao senhor e para pedir apenas a iluminação.
Hung-jen: Você é nativo de Kuang-tung, um bárbaro? Como espera se tornar um buddha?
Hui-neng: Apesar de existirem homens do norte e homens do sul, norte e sul não fazem diferença na natureza búddhica. Um bárbaro é fisicamente diferente do senhor, mas não em natureza búddhica.

Hui-neng foi admitido no monastério como cozinheiro. Oito meses depois, o mestre pediu aos monges para que escrevessem um gatha, um breve poema sobre o despertar. O único a escrever o poema foi Sheng-hsiu, o mais estudioso dos monges. Muito preocupado, ele hesitou por quatro dias, mas finalmente escreveu o seu poema, em uma das paredes do monastério:

O corpo é a árvore da iluminação,
A mente é um espelho brilhante
Que devemos limpar continuamente
Para que a poeira não grude.

O mestre Hung-jen descobriu a autoria do poema e pediu a Sheng-hsiu para que escrevesse outro. Hui-neng, que estava trabalhando na cozinha, ouviu um jovem noviço recitar aqueles versos e perguntou do que se tratava. Então, Hui-neng decidiu compor um poema também; como não sabia ler ou escrever, pediu ao noviço para que o anotasse na parede:

O corpo não é uma árvore,
A mente não é um espelho;
Já que tudo é vazio,
Como a poeira pode grudar?

Depois de ler o poema, o mestre Hung-jen apagou-o com a sandália e, durante a noite, foi à cozinha, onde estava Hui-neng.

Hung-jen: O arroz já está branco?
Hui-neng: Sim, perfeitamente branco! Mas as cascas ainda não foram peneiradas.

Com sua bengala, o mestre deu três batidas em um pilão de pedra, o que significava que Hui-neng deveria ir aos seus aposentos depois de três horas. Hui-neng respondeu, sacudindo três vezes a sua peneira.

Então, três horas depois, o mestre recitou o Sutra do Diamante para Hui-neng. Ao ouvir o trecho

... deve-se usar a mente de tal modo que ela esteja livre de todo apego...

Hui-neng subitamente despertou. O mestre Hung-jen deu a ele o pote e o manto, símbolos da transmissão, e pediu para que se retirasse do monastério, temendo a inveja dos outros monges. Hui-neng partiu para as montanhas do sul da China, onde viveu por 15 anos como caçador e só então se tornou monge, atraindo muitos discípulos.

http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=229
 
 
"Nós seres humanos podemos ficar deslumbrados — ou no mínimo nos distrair — com a cerimônia e as cores das práticas culturais budistas. Velas e incenso são coisas exóticas e atrativas; impermanência e ausência de ego não são.
O próprio Sidarta disse que a melhor maneira de cultuar é simplesmente lembrar os princípios sobre a impermanência, o sofrimento das emoções, o fato de que os fenômenos não têm existência inerente e de que o nirvana está além dos conceitos.
Em um nível superficial, o budismo pode parecer ritualista e religioso. Disciplinas budistas como mantos bordôs, rituais, implementos, incenso, flores e até monastérios têm forma — elas podem ser observadas e fotografadas. Nós esquecemos que elas são um meio para um fim. Esquecemos que uma pessoa não se torna um seguidor do Buda executando rituais ou adotando disciplinas como vegetarianismo ou uso de mantos.
Mas a mente humana adora tanto os símbolos e rituais que eles são quase inevitáveis e indispensáveis. Mandalas de areia tibetanas ou jardins zen japoneses são lindos; isso pode nos inspirar e até ser um meio para compreender a verdade. Mas a verdade em si mesma não é nem bonita nem não-bonita.

http://darma.info/trechos/2011/05/simbolos-e-rituais/
 
Impurezas

Fáceis de serem vistos são os defeitos dos outros,
difíceis mesmo de ver são os nossos;
os defeitos dos outros são revelados
como no ato de separar a casca do grão,
mas os seus próprios defeitos você esconde
como o trapaceiro esconde a jogada perdida.
Dhp 252

Quem sempre busca defeitos nos outros,
constantemente criticando,
as suas impurezas se incrementam,
estando distante da destruição das impurezas.
Dhp 253

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp18.8.php


O caminho

'Todas as formações são impermanentes' -
Quando alguém vê isso com discernimento
e se desencanta do sofrimento,
esse é o caminho para a purificação.
Dhp 277

'Todas as formações são insatisfatórias' -
Quando alguém vê isso com discernimento
e se desencanta do sofrimento,
esse é o caminho para a purificação.
Dhp 278

'Todos os dhammas (*) são não-eu' -
Quando alguém vê isso com discernimento
e se desencanta do sofrimento,
esse é o caminho para a purificação.
Dhp 279


O Desejo

Abandone o passado, abandone o futuro,
abandone o presente, cruze para a outra margem.
Com a mente liberta de tudo
não regresse ao nascimento e decrepitude.
Dhp 348

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp24.6.php


Flores

Conhecendo este corpo como espuma,
despertando para sua natureza quimérica,
destruindo as flechas floridas de Mara,
vá para além da visão do Rei da Morte.
Dhp 46

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp4.php
 
Última edição:
"Aconteceu que um dia, quando uma bandeira estava se movendo ao sabor dos ventos, dois Bhikkus entraram em debate sobre o que estava realmente se movendo, o vento ou a bandeira. Como eles não conseguiram chegar a um acordo eu lhes declarei que nem uma nem outra coisa se movia, o que realmente estava em movimento eram as suas próprias mentes."

Trecho de: http://hsuyun.blogspot.com.br/2011/01/sutra-de-hui-neng-sutra-da-plataforma.html
 
Mente

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Percebendo que esse corpo é como um pote de barro,
fortalecendo essa mente tal como uma cidade fortificada,
combata Mara com a arma da sabedoria,
enquanto, sem apegos, proteja aquilo que já foi conquistado.

Dhp 40

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp3.40.php


Miscelânea

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Difícil seguir a vida santa, nela encontrar o deleite.
Difícil e sofrida é a vida em família.
Sofrimento é a companhia daqueles que são diferentes.
O sofrimento acompanha a perambulação no samsara.
Portanto, não perambule sem rumo
em busca do sofrimento.

Dhp 302

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp21.5.php
 
Divindades Iradas

Yama
De acordo com a versão popular das origens mitológicas de Yama, um homem santo foi dito que se ele passou 50 anos vivendo em profunda meditação em uma caverna, ele se alcançar a iluminação. Na noite do dia vinte nove do décimo primeiro mês do ano quadragésimo nono, dois assaltantes entraram em sua caverna com um touro roubado cuja cabeça passaram a cortar.Quando perceberam que o eremita havia testemunhado seu ato, eles decidiram matá-lo. Ele implorou para poupar sua vida, explicando que em poucos minutos ele iria alcançar a iluminação e que todos os seus esforços seriam perdidos se matou antes da expiração do 50 anos. Os ladrões ignoraram seu pedido e cortaram a cabeça. Imediatamente, ele assumiu a forma feroz de Yama e colocar a cabeça touros em seu próprio corpo sem cabeça. Ele, então, matou os dois assaltantes e bebeu seu sangue em copos feitos de seus crânios. Em sua fúria, ele ameaçou destruir toda a população do Tibete. O povo tibetano apelou à Manjushri divindade (o Bodhisattva da sabedoria), para protegê-los de Yama. Manjushri, em seguida, assumiu a forma de Yamantaka (vencedor da morte), derrotado Yama, e transformou-o em um protetor do budismo, a fim de salvar as pessoas.
Na imagem visual que ele é frequentemente mostrado acompanhado de sua consorte, Chamundi, que oferece Yama tigela um crânio cheio de sangue de demônio elixir. Ele é representado nu, vestindo uma guirlanda de cabeças humanas. De cor azul escura, ele tem uma cabeça búfalos, e é mostrado em uma posição dinâmica sobre esse animal.
Yamantaka.jpg



PALDEM LLHAMO

Palden Lhamo é a única mulher entre os oito dharampalas grande. Ela é a protetora dos governos em todos os lugares budistas, incluindo o Dalai Lamas e seu governo em Lhasa. Ela também foi uma protetora da China imperial da dinastia Yuan no século XIII até o fim da dinastia Qing no século XX.Na Índia, Palden Lhamo é também conhecida como Shri Devi. Ela é considerada uma manifestação irada de Saraswati, a deusa da aprendizagem, o discurso eloqüente, e música.Outro de sua manifestação é Chamundi, a consorte de Yama.Sendo o defensor deusa só do dharma, ela disse ter sido armado pelos próprios deuses. Hevajra deu-lhe dois dados para determinar a vida dos homens, Brahma deu-lhe um leque de penas de pavão, e de Vishnu, ela recebeu dois objetos luminosos, dos quais ela usa um no seu cocar., Enquanto o outro paira sobre seu umbigo. Kubera, o deus da riqueza, deu-lhe um leão, que ela usa em sua orelha direita, e Nanda, o deus serpente, deu-lhe uma serpente, que pende de sua orelha esquerda. De Vajrapani ela recebeu um martelo. Outros deuses deu-lhe uma mula, cuja cobertura é a pele de um Yaksha ou demônio, e as rédeas são serpentes venenosas. Ela é sempre mostrado sentado de lado nesta mula.Além disso, tem um séquito Lhamo extensa de apoiantes feroz cuja atuação resultou em alguns dos mais complexos, pinturas densamente composto em toda a arte tibetana. Estas representações grotescas de Lhamo são visões de um tipo de atividade compassiva, como sua história deixa claro: Ela disse ter sido casada com um rei sanguinário conflito que se recusou todas as suas súplicas para parar a sua matança desenfreada. Ela finalmente lançou um ultimato: se ele não ia parar a matança, ela pessoalmente matar seu filho de modo que o rei iria experimentar por si mesmo a dor que seus rivais causados a terceiros. Ele não parou, ela realizou sua ameaça, e sua perda de finalmente trazê-lo a um impasse. Ela é muitas vezes representado carregando o seu corpo morto filhos com ela em seu mula, mostrando que ela vai parar em nada para alcançar a paz.
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VAJRAPANI

Vajrapani Vajrapani é a personificação do poder infinito do Buda e é sempre representado na forma irada. Ele é mostrado aqui em pé. Ele é profundo na cor azul e veste uma pele de tigre, enrolado em sua cintura simbolizando destemor. Suas mãos exibir o Mudra ameaçando, ele detém uma Vajra na mão direita e um sino na mão esquerda. Ele é adornado com uma guirlanda de serpentes, a personificação da raiva, que ele se transforma, pela força de sua grande compaixão. Ele possui um terceiro olho da sabedoria, no centro de sua testa. O artista colocou este bodhisattva feroz contra o fundo de auras em chamas. Ele usa uma coroa de cinco crânios, simbolizando seu domínio de cinco sabedoria dos Budas e um Vajra é incorporado em seu topete simbolizando sua ligação com a linhagem Vajrayana.No painel inferior são as figuras de seis figuras dharmapala. No painel superior da pintura é mandala dos Cinco Budas em um pequeno círculo. No registo superior são os seis Bodhisattvas e abaixo deste são 26 Guru da linhagem Vajrayana. Bodhisattva Vjrapani é visto pisando em seus próprios corpos emanavam. São inúmeras as histórias sobre o poder deste bodhisattva. No sutra Ambattha contidos no Nlkaya Dirgha, um certo Brahman repreende Senhor Buddha longamente, mas o Buda silenciosamente escuta todos os seus insultos. O Buda, então, perguntas a ele sobre sua família. Quando ele não responde a perguntas de Buda cabeça está em perigo de explodir. Nesse meio tempo, Bodhisattva Vajrapani aparece à Brahman que percebe que por xingar o Buda, ele irá destruir a si mesmo. Através do poder compassivo do Bodhisattva Vajrapani, ele confessa erro, e refugia-se no Triplo Jewels. Ao discípulo Bodhisattva do Buda Sakyamuni, muitas histórias são contadas dos poderosos meios que ele usou para promover e proteger os ensinamentos. Em uma ocasião famosa Shakyamuni estava sentado Gridhakuta Hill perto de Rajagriha, o local onde ele entregou o Sutras Perfeição de Sabedoria. Naquele momento, seu primo Devadatta ciúmes roled uma grande pedra morro abaixo em uma tentativa de assassiná-lo. Assim como a pedra enorme estava prestes a esmagar Buda, Vajrapani usou seu imenso poder para dividi-lo em dois, para que pedaços da pedra caíram sem causar danos para ambos os lados. Em reconhecimento de habilidades poderosas Vajrapani, confiado Shakyamuni-lo com a proteção dos tantras. Como protetor desses ensinamentos preciosos e esotérico, Vajrapani é por vezes referido pelo título''Lord of Secrets "
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Fonte:http://budismobrasil.blogspot.com.br/
 
Alguem aqui ja conseguiu atingir a iluminaçao? Alguem consegue parar de pensar? Pelo que dizem nao faz sentido buscar a iluminaçao, porque ela ja esta na nossa cara. Mas se eh tao facil assim, por que tao poucas pessoas conseguem? Eh possivel despertar levando esse estilo de vida que a gente leva, ou para isso seria preciso se isolar numa montanha no Tibet e passar anos meditando?
 
Alguem aqui ja conseguiu atingir a iluminaçao?
Boa noite, @morpheu. Primeiramente, a palavra "iluminação" é usada para traduzir vários termos indianos distintos, pois nos faltam palavras que expressem adequadamente os termos. Bodhi (acordar, despertar), prajna (insight), Nirvana (transcendência) e o ato de atingir o estado de Buda, entre outros. Então resta saber qual o seu conceito de iluminação e além disso, se atingir algum nível de iluminação através de psicodélicos é válido, se nos leva a algum lugar. Acho inegável que cogumelos possam nos "acordar" para a realidade que vai muito além de nossos egos mesquinhos, ele pode ser o pontapé. Mas a questão mesmo é o que você faz depois de acordar, de vislumbrar a realidade? Você pode decidir não fazer nada, pode achar que isso foi mera ilusão ou pode decidir começar uma série de mudanças na sua vida. Quando isso ocorre num estado induzido por uma substância psicoativa e não como parte de um processo de estudos, conduta ética e meditação, pode ser mais confuso. Talvez quando voltar a si, embora saiba o que viu e onde esteve, perca-se os links, você naquele momento compreendia tudo, era parte do todo e embora de lembre disso, não consegue mais ter acesso àquele entendimento. Onde eu quero chegar é que existe uma distância entre perceber a realidade e agir de acordo com essa realidade.
Alguem consegue parar de pensar?
O que você quer dizer com isso? Se está se referindo a meditação, ela não é o simples ato de parar de pensar. Primeiro que existem muitas modalidades de meditação e segundo que embora atingir um alto nível de concentração seja necessário para atingir outros estados de consciência, o iniciante deve se focar mais em tornar a mente menos discursiva, perceber o surgimento do fluxo de pensamentos e deixá-los irem, um atrás do outro, sem analisá-los, mas sem tentar fugir. Não funciona assim. Lembrando também que a sua conduta, suas ações, os pensamentos e sentimentos que cultiva, influencia diretamente sua prática e vice-versa.
Pelo que dizem nao faz sentido buscar a iluminaçao, porque ela ja esta na nossa cara.
Quem diz isso? Realmente a iluminação está ao alcance de todos nós, mas é tão fácil assim se livrar do ego, dos nossos apegos, da nossa individualidade, disso que chamamos de realidade? Quantos de nós nessa existência vamos conseguir atingir isso?
Eh possivel despertar levando esse estilo de vida que a gente leva, ou para isso seria preciso se isolar numa montanha no Tibet e passar anos meditando?
Há muitos questionamentos se a vida monástica e o isolamento é realmente o único ou melhor caminho para a iluminação. Provavelmente não seja o único, mas você precisa rever qual é esse estilo de vida a que se refere. Ter um trabalho e uma família não é um problema (muitos monges são casados e têm uma família, embora ser monge não significa que você é iluminado), mas como você conduz essa vida é a questão. Além disso, você precisa fazer o que acredita que está ao seu alcance, nenhum progresso será perdido.
:)
 
Da introdução do livro "Como Solucionar Nossos Problemas Humanos", de Geshe Kelsang Gyatso:

"Quando as coisas vão mal em nossa vida e encontramos situações difíceis, tendemos a considerar que a situação em si é o problema, mas, de fato, os problemas que experienciamos vêm do lado da mente. Se reagíssemos às situações difíceis com uma mente positiva e serena, elas não seriam difíceis para nós; poderiam até ser vistas como desafios ou oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Problemas surgem apenas se reagirmos às dificuldades com um estado mental negativo. Portanto, se quisermos nos livrarmos dos problemas, temos que transformar nossas mentes.

Buda ensinou que a mente tem o poder de criar todos os objetos agradáveis e desagradáveis. O mundo é o resultado do carma, ou ações, dos serem que o habitam. Um mundo puro é o resultado de ações puras e um mundo impuro é o resultado de ações impuras. Já que todas as ações são criadas pela mente, tudo, em última instância, inclusive o próprio mundo, é criado pela mente. Não há outro criador que não a mente."
 
Última edição:
"Carma é geralmente confundido com a noção de um destino fixo. Mas é mais como uma acumulação de tendências que podem nos travar em certos padrões de comportamento, que por si só resultam em mais acumulações de tendências de natureza similar. [...]

Ser um prisioneiro de carma antigo não é necessário. [...] Aqui está como o estado desperto muda o carma. Quando você medita, está tirando a permissão para que seus impulsos se transformem em ação. Nesse intervalo, pelo menos, você está apenas observando-os. Olhando para eles, você rapidamente vê que todos os impulsos na mente surgem e passam, que eles possuem sua própria vida, que não são você — mas apenas pensamentos –, e que você não precisa ser comandado por eles. Não alimentando ou reagindo aos impulsos, você passa a compreender diretamente a natureza deles como pensamentos.

Esse processo realmente queima impulsos destrutivos nas chamas da concentração, equanimidade e não-ação. Ao mesmo tempo, insights e impulsos criadores não mais ficam tão espremidos pelos mais turbulentos e destrutivos. Eles são nutridos do modo como são percebidos, mantidos no estado desperto."

darma.info/trechos/2007/05/carma-no-destino-fixo/
 
Seja vitorioso sobre o inimigo, as suas delusões.

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O Precioso Estandarte da Vitória



Do capítulo “A paciência de Pensar definitivamente sobre o Dharma”, do livro "Como Solucionar Nossos Problemas Humanos", de Geshe Kelsang Gyatso.


Sempre que praticarmos o Dharma com uma mente paciente e alegre, estaremos praticando a paciência de pensar definitivamente sobre o Dharma. Essa paciência é necessária, porque praticar com insatisfação obstrui nosso progresso espiritual e nos impede de cultivar sabedoria. Mesmo que certos aspectos da prática nos pareçam difíceis, ainda assim devemos praticar com alegria.

No Guia do Estilo de Vida do Bodhisattva, Shantideva explica esse tipo de paciência de um ponto de vista ligeiramente diferente. Segundo sua explicação, praticamos essa paciência sempre que usamos as instruções do Dharma profundo, como a vacuidade e a relação-dependente, para aprofundar nossa experiência de paciência.

Esse tipo de paciência é importante, porque a sabedoria que realiza a vacuidade é o único método direto para erradicar delusões e sofrimento. Se usarmos a experiência de sofrimento físico e mental como uma oportunidade para aperfeiçoar nossa compreensão da vacuidade, não apenas a dor se tornará mais tolerável como nossa experiência da vacuidade se aprofundará consideravelmente. Em geral, quando sofremos, nosso agarramento ao em-si se manifesta mais intensamente que o normal. Isso o torna mais facilmente identificável e, desse modo, faz com que a meditação sobre a vacuidade produza um impacto mais profundo em nossa mente. Nosso sofrimento também nos força a olhar com mais atenção para a natureza e as causas efetivas da dor, aproximando-nos cada vez mais profundamente da experiência da vacuidade.
 
Última edição:
De “Budismo Moderno - vol 1”, de Geshe Kelsang Gyatso:

"Devemos nos perguntar o que consideramos mais importante – o que desejamos, pelo que nos dedicamos ou com o que sonhamos? Para algumas pessoas são as posses materiais, como uma casa grande com os últimos requintes de conforto, um carro veloz ou um emprego bem remunerado. Para outros é reputação, boa aparência, poder, excitação ou aventura. Muitos tentam encontrar o sentido de suas vidas em relacionamentos familiares e círculo de amigos. Todas essas coisas podem nos fazer superficialmente felizes por pouco tempo, mas elas também causam muita preocupação e sofrimento. Elas nunca nos darão a verdadeira felicidade que todos nós, em nossos corações, buscamos. Já que não podemos levá-las conosco quando morrermos, se tivermos feito delas o principal sentido da nossa vida, elas com certeza vão nos decepcionar. As aquisições mundanas, tomadas como um fim em si mesmas, são ocas: elas não são o verdadeiro sentido da vida humana."
 
De “Budismo Moderno - vol 1”, de Geshe Kelsang Gyatso:

Em nossa vida diária, vemos muitos seres vivos diferentes, tanto humanos quanto não-humanos. Consideramos alguns como amigos, outros como inimigos e a maioria como estranhos. Essas distinções são feitas por nossas mentes equivocadas: elas não são confirmadas por mentes válidas. Em vez de seguir tais mentes equivocadas, devemos considerar e acreditar que todos os seres vivos são nossas mães. Quem quer que encontremos, devemos pensar “essa pessoa é minha mãe”. Desse modo, iremos gerar um coração caloroso e um sentimento de sermos igualmente próximos de todos os seres vivos. Nossa crença de que todos os seres vivos são as nossas mães é sabedoria porque compreende um objeto significativo, qual seja: que todos os seres vivos são as nossas mães. Por meio dessa compreensão, experienciaremos um grande significado nesta vida e nas incontáveis vidas futuras. Nunca devemos abandonar essa crença ou visão benéfica.

Devemos contemplar como se segue:

Já que é impossível encontrar um início para o meu continuum mental, segue-se que eu tive incontáveis renascimentos no passado e, se eu tive incontáveis renascimentos, devo ter tido incontáveis mães. Onde estão todas essas mães agora? Elas são todos os seres vivos que vivem hoje.
 
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