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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Budismo

Para ser mais esperto que seus hábitos


Dzigar Kongtrül Rinpoche (Índia, 1964 ~):

O estudo e prática do darma referem-se a realmente compreender nossos próprios hábitos, ter insight sobre eles a partir de um ponto de vista muito claro e objetivo, e depois encontrar os meios hábeis para trabalhar com esses hábitos. [...]

Estude os problemas primeiro, depois faça uma ponte com as práticas budistas [...]. A mente precisa ser abraçada com sabedoria. Dê à mente algo para fazer que seja o oposto de como ela normalmente reage. Use a energia da mente positivamente. Se você não fizer isso, o hábito pode ficar muito mais explosível e difícil.

Para ser mais esperto que seus hábitos, você precisa conhecê-los. Quando está inconsciente, os hábitos podem te controlar. Se estiver consciente deles, eles não têm como te fisgar.

(citado em “Confessions of a Gipsy Dakini“)

http://darma.info/trechos/2013/04/para-ser-mais-esperto-que-seus-habitos/
 


Kongtrul Rinpoche sugeriu que rezemos ao guru, budas e bodisatvas para pedir que concedam suas bênçãos, “para que eu faça nascer o coração de tristeza”. Mas o que é um “coração de tristeza”?
Imagine que você tem um sonho. Embora seja um bom sonho, lá no fundo você sabe que eventualmente terá que acordar e tudo vai acabar. Na vida também, cedo ou tarde, qualquer que seja o estado de nossos relacionamentos, nossa saúde, nossos empregos e qualquer aspecto de nossas vidas, tudo, absolutamente tudo irá mudar. E o pequeno sino batendo ao fundo em sua cabeça para lembrá-lo dessa inevitabilidade é o que se chama “coração de tristeza”.
A vida, você compreende, é uma corrida contra o tempo, e você não deve nunca adiar a prática do darma para o ano que vem, mês que vem ou amanhã, porque o futuro pode nunca chegar.
Essa atitude de corrida contra o tempo é muito importante, especialmente quando se trata de prática. Minha própria experiência já me mostrou que prometer para mim que vou começar a praticar semana que vem, isso praticamente garante que eu nunca chegue a fazer. E não acho que eu esteja sozinho.
Então, uma vez que você entenda que a verdadeira prática do darma não é apenas sentar em meditação formal — mas um confronto sem fim de oposição ao orgulho e o ego, assim como uma lição sobre como aceitar a mudança — você será capaz de começar a praticar imediatamente.
Por exemplo, imagine que você está sentado em uma praia admirando o pôr do sol. Nada de terrível aconteceu e você está contente, até feliz. Então, subitamente aquele pequeno sino começa a soar em sua cabeça, lembrando que esse pode ser o último pôr do sol da sua vida, você pode renascer sem a habilidade de apreciar um pôr do sol — sem nem falar na capacidade de entender o que é isso — e esse pensamento por si só te ajuda a focar a mente na prática.

 
Desarmonia e paciência


Pema Chodron:

A paciência não é aprendida quando há segurança. Não é aprendida quando todas as coisas estão harmoniosas e indo bem. Quando tudo corre bem, quem precisa de paciência? Se você fica em seu quarto com a porta trancada e as cortinas puxadas, tudo pode parecer harmonioso, mas no minuto em que algo não acontece do seu jeito, você explode.

Não há nenhum cultivo da paciência quando seu padrão é apenas procurar harmonia e deixar tudo calmo. A paciência implica vontade de estar vivo em vez de tentar buscar harmonia.

“The Pocket Pema Chodron”
(Weekly quotes from Pema Chodron, 2012-07-04)


http://darma.info/trechos/2013/05/desarmonia-e-paciencia/
 
o budismo não prega a adoração de imagens, certo?

porque que em países de tradição budista ou em templos budistas existem tantas imagens sendo veneradas?
 
o budismo não prega a adoração de imagens, certo?

porque que em países de tradição budista ou em templos budistas existem tantas imagens sendo veneradas?



Sugiro que comece lendo esta mensagem cujo início quotei abaixo:

Significado do culto a Buda

Observadores superficiais tentam apontar o paradoxo de que o Buda, que quis libertar a humanidade da dependência de deuses e da crença em um Deus criador arbitrário, acabou ele mesmo endeusado nas formas posteriores de budismo.
 
Sugiro que comece lendo esta mensagem cujo início quotei abaixo:

as vezes eu fico pensando, será que essa visão que temos do budismo aqui como algo mais puro, não seria a mesma visão que essas nações tem sobre o cristianismo?
 
as vezes eu fico pensando, será que essa visão que temos do budismo aqui como algo mais puro, não seria a mesma visão que essas nações tem sobre o cristianismo?



Pode ser.
 
Ecuador obrigado pelas excelentes portagens. Aprendi coisas interessantíssimas nesse tópico. Vou inclusive estudar budismo, pois achei intrigante.
 
Notar como a mente reage

A atitude correta permite a você aceitar, reconhecer e observar o que quer que aconteça — tanto coisas agradáveis quanto desagradáveis — de um modo relaxado e alerta. Você precisa aceitar e observar tanto as experiências boas quanto as ruins. Cada experiência, boa ou ruim, te dá uma oportunidade de aprendizado para notar se a mente aceita as coisas como elas são ou se ela gosta, não gosta, reage ou julga.

Gostar de algo significa que você deseja, não gostar significa que você tem uma aversão. Desejo e aversão são obscurecimentos que surgem da ignorância — a ignorância ou ilusão também é um obscurecimento.
Então não tente criar nada; tentar criar algo é cobiça. Não rejeite nada do que está acontecendo; rejeitar o que acontece é aversão. Não saber que alguma coisa está acontecendo ou que parou de acontecer é ilusão.

Você não está tentando fazer as coisas se transformarem naquilo que você gostaria que acontecesse. Você está tentando saber o que está acontecendo do modo como é. Pensar que as coisas deveriam ser desse ou daquele jeito, querer que isso ou aquilo aconteça, é expectativa. Expectativas criam ansiedade e podem levar à aversão. É importante que você se torne consciente de suas atitudes.
 
Alternativa ao centro no eu


Joseph Goldstein:

“Vacuidade” (“shunyata” em sânscrito) tem muitos significados sutis no budismo, mas talvez isso possa ser compreendido de modo mais simples como a ausência de centramento no eu. Geralmente consideramos o centramento no eu como um problema de personalidade, algo que faria nossos amigos nos recomendar terapia. Mas “centramento no eu” tem um significado mais fundamental.

Isso ocorre quando criamos ou mantemos a ideia de um eu no centro de nossas vidas, um ponto de referência para tudo que pensamos e sentimos. O centro no eu é uma ideia ou sentimento de alguém por trás de todas as experiências, alguém a quem isso está acontecendo.

A maioria de nós vive no campo gravitacional desse centro em si, circulando em volta das esperanças e medos, planos e preocupações, nosso trabalho e relacionamentos. Nossas vidas parecem girar em torno do desejo por experiências sempre novas, mesmo que as vejamos mudando constantemente.

Mas com atenção inteligente sustentada, através do poder da consciência plena e investigação, começamos a deixar essa familiar órbita auto-referencial. Começamos e ter vislumbres do centro zero da vacuidade, em vez do auto-centramento do ego ansiando, e isso se torna a nova força gravitacional de nossas vidas. Podemos ver insinuações disso em nossas vidas ordinárias quando entramos em um estado de fluxo sem esforço, ou talvez com música, arte ou esporte. As coisas parecem continuar sem nós mesmos — e são muito melhores assim.

“One Dharma” (loc. 2774)
(traduzido no Brasil como “Dharma – O caminho da libertação”)


http://darma.info/trechos/2013/06/alternativa-ao-centro-no-eu/
 
Insight da frustração

Dzongsar Khyentse Rinpoche (Butão, 1961 ~):

Uma irritante falta de concentração, devoção ou inspiração pode ser exatamente o que você precisa para fazer o esforço extra necessário para se afinar com sua prática plenamente.

Alternativamente, claro, isso pode te jogar no sentido oposto e fazer você parar de praticar completamente — uma tentação que você deve resistir a todo custo.

Sempre se lembre, contudo, que a frustração com seu caminho espiritual frequentemente é uma indicação de que você está se tornando um genuíno praticante do darma.

“Tortoise steps”
(Tricycle – Daily Dharma, 2012-11-13)


http://darma.info/trechos/2013/06/insight-da-frustracao/
 
Quando tomamos um banho ou uma chuveirada, podemos olhar para o nosso corpo e ver que ele foi um presente dos nossos pais e dos pais deles. Ainda que muitos não queiram ter grande ligação com seus pais - estes podem ter-lhes causado muito dano -, quando se olha profundamente é impossível não ver certa identificação com eles. À medida que lavamos cada parte do nosso corpo, podemos perguntar a nós mesmos: "A quem pertence este corpo? Quem me transmitiu este corpo? O que foi transmitido?" Meditando desta forma, descobriremos que há três componentes: o transmissor, aquilo que é transmitido e aquele que recebe a transmissão. O transmissor são nossos pais. Nós somos a continuação de nossos pais e de seus ancestrais. O Objeto de transmissão é o nosso próprio corpo. E aquele que recebe a transmissão somos nós. Se continuarmos a meditar sobre isso, veremos claramente que o transmissor, o objeto transmitido e o receptor são uma coisa só. Todos os três estão presentes no nosso corpo. Quando estamos profundamente em contato com o momento presente, podemos ver que todos os nossos ancestrais e todas as gerações futuras estão presentes em nós. Vendo isto, saberemos o que fazer e o que não fazer - para nós mesmos, pelos nossos ancestrais, pelos nossos filhos e pelos filhos destes.

Thich Nhât Hanh
 
Como bloqueamos o estado desperto


Charlotte Joko Beck (EUA, 1917 ~ 2011):

Estado desperto é a nossa verdadeira identidade; é o que somos. Então não temos que tentar desenvolver estado desperto; simplesmente temos que notar como bloqueamos o estado desperto, com nossos pensamentos, nossas fantasias, nossas opiniões e nossos julgamentos.

Estamos ou despertos, nosso estado natural, ou estamos fazendo alguma outra coisa. A marca dos alunos maduros é que na maior parte do tempo eles não estão fazendo alguma outra coisa. Estão simplesmente aqui, vivendo suas vidas. Nada de especial.

Quando nos tornamos estado desperto aberto, nossa habilidade de pensar algo necessário fica mais afiada, e tudo o que entra pelos sentidos fica mais brilhante, mais claro.

Após uma certa quantidade de tempo sentado [meditação], o mundo parece mais brilhante, sons têm melhor definição, e há uma riqueza de entrada sensorial — é apenas nosso estado natural, se não estivermos bloqueando a experiência com nossas mentes tensas e preocupadas.

“Nothing Special”, loc. 1242

http://darma.info/trechos/2013/07/como-bloqueamos-o-estado-desperto/
 
Ser humano por excelência


Walpola Rahula (Sri Lanka, 1907 ~ 1997):

Entre os fundadores de religiões, o Buda (se é que podemos considerá-lo o fundador de uma religião, no sentido popular da palavra) foi o único professor que não alegou ser outra coisa além de um ser humano, pura e simplesmente.

Outros professores eram ou Deus, ou suas reencarnações em diferentes formas, ou foram inspirados por ele. O Buda foi não apenas um ser humano; ele também alegou não ter inspiração de nenhum deus ou poder externo.

Ele atribuiu toda sua realização e feitos ao esforço e inteligência humanas. Um ser humano, somente um ser humano pode se tornar um buda. Todo ser humano tem dentro de si o potencial para se tornar um buda, se assim quiser e se esforçar.

Podemos chamar o Buda de um ser humano “por excelência”. Ele foi tão perfeito em sua humanidade que depois chegou a ser considerado, na religião popular, quase como um super-homem.

A posição humana, segundo o budismo, é suprema. O ser humano é seu próprio mestre, e não há nenhum ser ou poder superior que senta e julga o destino de cada um.

“A pessoa é seu próprio refúgio, quem mais poderia ser o refúgio?”, disse o Buda. Ele aconselhou seus discípulos a serem “um refúgio em si mesmos”, e jamais buscar refúgio ou amparo de qualquer outra pessoa.

Ele ensinou, encorajou e estimulou cada pessoa a desenvolver-se e trabalhar ela mesma por sua emancipação, porque seres humanos têm o poder de liberar-se de todas as amarras através do esforço e inteligência pessoais. O Buda disse: “Vocês devem fazer seu trabalho, porque os Tathagatas [budas] apenas ensinam o caminho”.

Se o Buda pudesse de fato ser chamado de “salvador”, seria apenas no sentido de que ele descobriu e demonstrou o caminho para a liberação, Nirvana.

Mas temos que trilhar o caminho nós mesmos.

“What the Buddha Taught”, cap. 1

Feliz Chokkor Düchen (feriado que festeja o 1º giro da roda do darma) para todos!

http://darma.info/trechos/2013/07/ser-humano-por-excelencia/
 
Acredito que todas as religiões tenham por base os enteógenos, vide a Inquisição Farmcrática, e por aí com certeza tem muito mais...

Nem todas, mas possuem em comum a experiencia mística (facilmente alcançada com enteógenos) muitos profetas e sábios antigos não usaram enteógenos mas também conseguiam estados elevados de consciência, existem inúmeras técnicas de segregação endógena (do próprio corpo) de químicos que despertam estes estados, mas atualmente por desconhecermos isso buscamos as plantas.

Creio que a base de todas as religiões é vivenciar o REAL com a CONSCIÊNCIA, para tanto a mesma deve estar mais desperta e sensibilizada, isso se consegue de várias formas, uma dela é o uso de psicoativos, as outras formas envolvem disciplinas mais rígidas e longos anos de estudos e práticas.
 
Se continuarmos caminhando…

Tai Situ Rinpoche (Tibete, 1954 ~ ):

Se continuarmos caminhando, eventualmente chegará a hora em que estaremos tão inspirados que não teremos escolha a não ser ir atrás. Acho que outras religiões chamam isso de “vocação”. Não tenho certeza se essa palavra pode ser aplicada no budismo, mas há algo similar.

Iremos nos comportar exatamente como o negociante que quebrou sua arma, deixou tudo para trás e foi atrás sem pensar duas vezes. Enquanto não estivermos nesse ponto, não podemos fingir que somos assim e forjar um caminho, sendo ingênuos e abocanhando mais do que podemos engolir. Isso não ajuda.

Penso que devagar e firme é o melhor para a maioria de nós, na maior parte do tempo. O que me ajuda a lembrar isso, que pessoalmente me faz continuar, é lembrar-me que tenho a natureza buda. Lembrando disso, estou bem. Espero que ajude vocês também.

“Ground, Path and Fruition”, loc. 6294

http://darma.info/trechos/2013/08/se-continuarmos-caminhando-2/
 
Garantir nossa proteção



Chagdud Tulku Rinpoche (Tibete, 12 de agosto de 1930 – Brasil, 17 de novembro de 2002):

A palavra “refúgio” denota um lugar seguro ou protegido. Em essência, o voto de refúgio envolve fazer um compromisso para seguir no caminho de não prejudicar.

Não é que, após tomarmos refúgio, o Buda ou outro ser iluminado aponta uma vara mágica e subitamente estamos além da dor ou insatisfação. Em vez disso, nós garantimos nossa própria proteção ao focar na raiz do sofrimento, que está em nossos próprios pensamentos e ações prejudiciais.

Se reduzirmos isso através do uso disciplinado de corpo, fala e mente, nós evitamos suas consequências cármicas negativas e, assim, eliminamos as causas do sofrimento.

“Portões da prática budista”

།འཆི་མེད་སྐུ་རྙེད་པདྨ་སམྦྷ་ཝ།
།རྩ་གསུམ་རབ་འབྱམ་མཁྱེན་བརྩེ་ནུས་པ་ཡིས།
།གར་གྱི་དབང་ཕྱུག་མཆོག་གི་སྤྲུལ་པའི་སྐུ།
།སྐུ་ཚེ་བརྟན་ཅིང་མཛད་ཕྲིན་མཐར་ཕྱིན་ཤོག།



http://darma.info/trechos/2013/08/garantir-nossa-protecao/
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Título original: “The fast way to Chan”
Escrito por: Chuan Zhi Shakya, www.hsuyun.org
Tradução: Fa Jing


Muitos buscadores espirituais ficam frustrados à medida em que se perdem no emaranhado de métodos para se “alcançar” a iluminação apresentados na literatura budista por diversos mestres espirituais: “Tome este caminho...” “ou aquele caminho...”; “Estude este sutra, depois aquele...”; “Faça estas coisas, não faça aquelas.” Há também muita discussão sobre psicologia, filosofia, ciências, um bilhão de coisas para ocupar a mente e nos distrair da simples e direta questão da auto-realização. Enquanto todas estas coisas são, em si mesmas, boas e úteis, não é de surpreender que poucos vem a perceber a natureza iluminada em si próprios através de tais métodos. A mente descuidada naturalmente se apega ao efêmero como se este fosse permanente. Aí é quando nós paramos de perseguir nossas próprias caudas, já tontos, e nos encontramos totalmente desorientados.

Se você é uma das raras pessoas que deseja apenas por mãos à obra, aqui vão as ferramentas:

1) Adivinhe: nós já somos todos iluminados. O objetivo da prática espiritual é, simplesmente, nos fazer perceber isso.
2) Todos os caminhos para a Iluminação são, na verdade, simulações e todos eles levam à mesma Verdade.
3) Os caminhos são simulações porque, na verdade, não há caminho algum. Não há nenhum destino diferente de onde estamos neste exato momento, assim, não há o que se trilhar. Apenas estar.
4) Os caminhos apenas nos ajudam a nos prepararmos para Sermos, mas eles não nos levam a tal estado. À medida em que alguém está trilhando um caminho, esta pessoa está em uma viagem e, se ela está em uma viagem ela não está onde gostaria de estar. O lugar onde desejamos tanto chegar é exatamente onde estamos agora. Não pense que a viagem deva resultar em um destino!
5) Sentir-se perdido no trajeto e pedir que lhe digam aonde ir é como estar em sua própria casa e perguntar a alguém como ir para casa!
6) Quando nós lutamos com a prática somos como ladrões fingindo ser policiais, e assim prendemos a nós mesmos.

Mas isto não enfoca o tópico desta nossa conversa: o meio rápido para o Zen. Aqui vai: tudo o que precisamos fazer é questionar profundamente a natureza do “Eu”. Onde está o “Eu”? Quem sou “Eu”? Quem é este que está lendo este texto agora? Quem pensa estes pensamentos?

Koans, Hua Tous, cânticos, recitações dos nomes de Buddha, disciplinas religiosas de todo tipo não tem outro propósito senão o de nos trazer diretamente a encarar esse “Eu”. Não há nenhum caminho a percorrer para alcançar isso. O único esforço necessário é o de manter tal questionamento. E é aí que está a dificuldade, pois não pode haver fingimento. Nós temos que ser excruciantemente honestos com nós mesmos. Temos que ter a coragem de confrontar a natureza fundamental da vida e da morte e isso significa abandonar nossas criações mentais sobre nós mesmos e sobre tudo mais. Imparcialidade é essencial.

Assim, se você está cansado e frustrado da batalha, apenas pare e pergunte-se: “Quem é este que está cansado e frustrado?” Com o estalo de um trovão o véu desvanecerá.

E esse é o meio rápido para o Chan!

http://hsuyun.blogspot.com.br/2011/02/o-meio-rapido-para-o-chan.html
 
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