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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Budismo

Qualquer confusão que você experiencia contém em si a essência da sabedoria automaticamente.
Assim, logo que você detectar a confusão, é o início de algum tipo de mensagem.
Pelo menos você é capaz de ver a sua confusão, o que é muito difícil.
Pessoas comuns não vêem a sua confusão de jeito algum, por isso, e por reconhecer a sua confusão, você já está em um nível bastante avançado.
Então, você não deveria se sentir mal por isso, você deve se sentir bem com isso.

 
É melhor não fingir ser o que você não é. Seja honesto no caminho espiritual porque é o SEU caminho e a SUA iluminação. Fingir não irá levá-lo a lugar nenhum. Seja um praticante honesto, a qualidade que você progressivamente desenvolver irá fazê-lo brilhar naturalmente, sem a necessidade de qualquer fabricação.

 
O satori eh a libertação do nosso habitual estado de tensão, ansiedade, de apego a falsas idéias de posse. Toda a rígida estrutura, que é a ordinária interpretação humana da vida, cai por terra, daí surge o sentido de uma liberdade ilimitada. Para testar se o satori eh verdadeiro basta se perguntar se existe alguma sombra de dúvida em relação à totalidade da sua libertação. Caso haja alguma incerteza, o menor sentimento de "isto eh bom demais para ser verdadeiro", então o Satori eh apenas parcial, pois ainda implica um desejo de se apegar à experiência, senão ela seria perdida, e até que esse desejo seja ultrapassado, a experiência nunca será plena. O desejo de conseguir rapidamente o Satori, de ter certeza que ele existe, ou de retê-lo, o destrói, da mesma forma que destrói qualquer outra experiência, pois o universo eh fluido. Mas o sentimento de certeza não é o único teste de satori.. um mestre experiente pode dizer imediatamente se o discípulo tem algum dúvida: primeiro, por sua intuição, segundo, ao testar o discípulo com um Koan. Enquanto, portanto, Satori é a medida do zen, o koan é a medida do satori.
 
Por quê? faz parte da filosofia Zen..


Isso mesmo.

Zen é uma linha do Budismo, não do Taoísmo, embora haja evidências que sofreu influência do mesmo.



Zen é o nome japonês da tradição ch'an surgida na República Popular da China e associada ao budismo do ramo maaiana[1]. Foi cultivada, inicialmente, sobretudo na China, Japão, Vietnã e Coreia. A prática básica do Zen na versão japonesa e monástica é o zazen, tipo de meditação contemplativa que visa a levar o praticante à "experiência direta da realidade".
O zen, tal como o conhecemos hoje, só foi possível devido à forte influência que o budismo sofreu do taoísmo. Para alguns estudiosos, o zen nada mais é que a síntese dessas duas correntes de pensamento. Outros concluem que o zen deveria ser considerado à parte do budismo, pois sua natureza e tradição tão peculiares só foram possíveis e criadas devido ao pensamento chinês.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zen


Outros textos associados à tradição Zen ou Ch´an já foram postados aqui no tópico. Veja como exemplo as mensagens 221 e 225, acima.
 
Última edição:
Quando alguém nos culpa, como reagimos? Quando perdemos algo, como reagimos? Quando sentimos que ganhamos algo, como reagimos? Quando sentimos prazer ou dor, é simples assim? Sentimos apenas o prazer ou a dor, ou há todo um encarte que vem junto?
Quando ficar curioso sobre essas coisas, olhe para elas, veja quem somos e o que fazemos, com a curiosidade de uma criança nova: o que parecia um problema se torna uma fonte de sabedoria. De modo bem único, essa curiosidade começa a desenraizar o que chamamos de dor do ego ou centramento egoísta, e vemos mais claramente.​
“When Things Fall Apart”
(Weekly quote from Pema Chodron, 2012-06-13)
 
Por que alguém entra em retiro? A pessoa entra em retiro para compreender quem ela é de verdade e qual é verdadeiramente a situação. Quando ela começa a compreender a si, então pode verdadeiramente compreender os outros, porque somos todos interligados. É muito difícil entender os outros enquanto ainda somos capturados pelo turbilhão do envolvimento emocional — estamos sempre interpretando os outros do ponto de vista de nossas próprias necessidades.

É por isso que quando você encontra eremitas que realmente fizeram bastante retiro, digamos 25 anos, eles não são pessoas frias e distantes. Pelo contrário. São pessoas absolutamente amorosas. Você percebe que o amor delas por você é totalmente sem julgamento porque não depende de quem é você ou do que você está fazendo, ou de como você as trata.

É totalmente imparcial. Apenas amor. Como o sol — brilha para cada pessoa. O que quer que você faça, elas ainda te amariam porque compreendem sua situação difícil, e nesse entendimento, naturalmente surgem amor e compaixão. Isso não se baseia em sentimentos. Não se baseia em emoção. O amor sentimental é muito instável, porque se baseia em retorno e em quão bem você se sente com ele. Isso jamais é amor de verdade.

 
Reconhecer samsara


Dzongsar Khyentse Rinpoche (Butão, 1961 ~):
Somos continuamente espancados pelas circunstâncias e lutas. Temos que reconhecer o samsara* como perigoso. Se aceitarmos que o samsara é como um terrível despenhadeiro onde estamos despencando, mudaremos nosso sistema de valores. Mas são poucas as pessoas que realmente querem a iluminação, elas só querem ter uma vida melhor.

(citado por Marcia Dechen Wangmo, em “Confessions of a Gipsy Dakini“)

* O que é samsara

http://darma.info/trechos/2013/02/reconhecer-samsara/
 
Instruções que desanimam

Práticas budistas são técnicas que usamos para lidar com nosso auto-acariciamento habitual. Cada uma é projetada para atacar hábitos individuais até que a compulsão de se agarrar a um “eu” seja completamente erradicada.​
Então, embora uma prática possa parecer budista, se ela reforça o apego a si, na verdade é muito mais perigosa que qualquer prática abertamente não-budista.​
O objetivo de um número excessivo de ensinamentos hoje em dia é fazer as pessoas “se sentirem bem”; alguns mestres budistas estão até começando a soar como apóstolos New Age. Suas palestras são inteiramente voltadas para validar as manifestações do ego e apoiar a “nobreza” de nossos sentimentos, coisas que não têm nada a ver com os ensinamentos que encontramos nas instruções essenciais.​
Então, se você está preocupado apenas em sentir-se bem, será muito melhor receber uma massagem corporal completa ou ouvir alguma música enaltecedora, ou do tipo “viva a vida!”, do que receber ensinamentos do darma — que definitivamente não foram projetados para te animar. Pelo contrário, o darma foi tramado especificamente para expor suas falhas e fazer você sentir-se horrível.​
Experimente ler “As palavras de meu professor perfeito”. Se achar depressivo, se as verdades desconcertantes de Patrul Rinpoche balançarem sua autoconfiança mundana, fique contente. Esse é um sinal de que finalmente você está começando a compreender algo sobre o darma.​
Falando nisso, ficar deprimido não é sempre uma coisa ruim. É completamente compreensível alguém ficar deprimido e desanimado quando sua falha mais humilhante é exposta. Quem não se sentiria meio nu em um situação assim? Mas não é melhor estar dolorosamente consciente de uma falha do que totalmente inconsciente dela? Se uma falha em sua personalidade permanece escondida, como você pode fazer qualquer coisa a respeito?​
Então, embora instruções essenciais possam temporariamente te deprimir, elas também vão ajudar a desenraizar suas deficiências ao trazê-las para a luz do dia. Isso é o que quer dizer a frase “o darma penetrando em sua mente”, ou como Kongtrul Rinpoche coloca: “a prática do darma dando frutos”, em vez das tais boas experiências que muitos de nós almejamos, como bons sonhos, sensações de bem-aventurança, êxtase, clarividência ou aperfeiçoamento da intuição.​
Para Kongtrul Rinpoche, quando um praticante para de achar grande coisa sobre o que costumava dar muito importância o tempo todo, esse é um sinal de que a prática do darma está dando frutos. Por exemplo, antes de se tornar um genuíno praticante, receber um elogio sobre seu cabelo iria te intoxicar de deleite, enquanto a mera sugestão de que ele estava um pouco menos que perfeito imediatamente te jogaria na espiral descendente da depressão.​
Nem chegar a reagir em qualquer uma das situações é um sinal de que a prática está dando frutos e que você está se tornando um praticante autêntico do darma, e isso é muito melhor do que ter um milhão de elogios, sonhos encorajadores ou sensações de êxtase.​
 
Empenho e alegria


Já foi dito nos ensinamentos budistas que sem empenho, você não tem como trilhar o caminho. Quando está de férias ou em um feriado, você fica bem inspirado para acordar de manhã, já que espera ter uma experiência ótima.
Empenho é como no minuto antes de levantar da cama em uma viagem de feriado: você confia que tudo será bom, mas é preciso colocar algum esforço ali. Então o verdadeiro empenho é um tipo de celebração e alegria, livre de preguiça.

Training the Mind” (Ocean of Dharma Quotes of the Week, 2012-06-12)​

 
Já foi dito nos ensinamentos budistas que sem empenho, você não tem como trilhar o caminho. Quando está de férias ou em um feriado, você fica bem inspirado para acordar de manhã, já que espera ter uma experiência ótima.​
Empenho é como no minuto antes de levantar da cama em uma viagem de feriado: você confia que tudo será bom, mas é preciso colocar algum esforço ali. Então o verdadeiro empenho é um tipo de celebração e alegria, livre de preguiça.​
Training the Mind” (Ocean of Dharma Quotes of the Week, 2012-06-12)​


meus parabéns!!!
 
'Para alguns, o conceito de uma mãe ou um pai amoroso é muito difícil, ainda mais quando foram criados em situações muito violentas ou abusivas. Para outros, mesmo que em geral seus pais tenham sido bondosos, há a tendência de se fixar em pequenos erros que eles tenham cometido, transformando-os em um problema gigantesco. Todos nós precisamos ter em mente que nossos pais não são iluminados nem perfeitos; eles são seres sencientes. Eles não tiveram filhos com a intenção de serem cruéis. Os pais dão o melhor de si de acordo com sua habilidade e nível de compreensão, e precisamos ver as ações deles com compaixão, dando-nos conta de que, se fizeram algo de errado, foi porque eles, assim como nós, não são perfeitos.'

Jigme Tromge Rinpoche
Mudança de Perspectiva - Ensinamentos budistas sobre a bondade
 
Pare e reduza

Como praticante, como um iogue — você poderia dizer “iogue de fim de semana” ou “iogue de meio-período” — ou do modo como quiser chamar, enfim, como uma pessoa que está sinceramente interessada e aspira a ser um verdadeiro iogue um dia — embora não possamos fazer isso agora mesmo todos desejamos ser verdadeiros iogues — então pelo menos uma coisa que podemos fazer é não ficar tão distraídos como de costume.
Por exemplo, vi isso com meus próprios olhos — não em um documentário ou filme, mas em carne e osso: uma pessoa com fones de ouvido, tocando música e assistindo televisão — também tinha um controle remoto para mudar de canal, uma lata de cerveja e um cigarro queimando. Vi isso!

É demais, vocês nao acham? Pelo menos, se estiver bebendo, então não fume, e se estiver fumando, então não beba ao mesmo tempo. Se estiver vendo televisão, não escute o som portátil — deixe-o de lado e veja o que está na televisão.

Essa pessoa não era louca ou insana, era capaz de fazer isso tudo, uma pessoa bem normal, mas desse jeito. Então pelo menos não devemos ficar assim sem rumo, não precisamos ficar perdidos. O motivo porque as pessoas fazem todas essas coisas é porque elas querem ficar perdidas; e um é pouco, três é pouco, precisa haver algo mais — mesmo cinco é insuficiente, precisa de mais. Vocês sabem, depois de um tempo não basta um cigarro, talvez seja preciso uma bebida.

Todas essas coisas estão acontecendo, estão acontecendo bem aqui! Então, como um meditador, como um praticante de algum modo, mesmo se tiver uma família, mesmo se tiver um emprego, um negócio, e muitos planos para sua vida, tudo bem, você não é um iogue 100%, mas você é um aspirante a iogue, então pare e reduza tudo que irá fazer você ficar perdido e vagando sem rumo. Desse modo, seu tempo e energia, todas as coisas serão eficientes e ficarão focadas em seu objetivo

 
Apenas sentar está OK


Charlotte Joko Beck (EUA, 1917 ~ 2011):

[...] alguma coisa ou alguém pode nos machucar? Vamos pegar alguns desastres de verdade. Suponha que perdi meu emprego e estou seriamente doente. Suponha que todos meus amigos me deixaram. Suponha que um terremoto destruiu minha casa. Posso ser machucada por tudo isso? Claro que penso que sim. E seria terrível que tais coisas acontecessem. Mas podemos ser realmente machucados por tais eventos? A prática nos ajuda a ver que a resposta é não.
Não que o ponto da prática seja evitar sentir-se machucado. O que dizemos que nos “machuca” ainda acontece: posso perder meu emprego; um terremoto pode destruir minha casa. Mas a prática me ajuda a lidar com as crises, a passar por isso sem dificuldades. Enquanto estivermos imersos em nosso machucado, seremos um saco de aflição de pouca utilidade para qualquer um. Se não estivermos embrulhados em nosso melodrama de dor, por outro lado, mesmo durante uma crise, podemos ser úteis.
Então o que acontece quando realmente praticamos? Por que o sentimento de que a vida pode nos machucar começa a enfraquecer com o tempo? O que se passa?
Apenas um eu voltado para si mesmo, um eu apegado a mente e corpo, pode ser machucado. Esse eu na verdade é um conceito formado por pensamentos em que acreditamos; por exemplo, “se eu não conseguir isso, serei miserável”, ou “se isso não funcionar comigo, será horrível”, ou “se eu não tiver uma casa para morar, isso é realmente terrível”.
O que chamamos de eu nada mais é que uma série de pensamentos aos quais estamos apegados. Quando estamos absorvidos em nossos pequenos eus, a realidade — a energia básica do universo — praticamente nem é percebida.
Suponha que eu sinta que não tenho amigos, e que sou muito solitária. O que acontece quando sento e medito com isso? Começo a ver que meus sentimentos de solidão na verdade são apenas pensamentos. De fato, estou simplesmente sentada aqui. Talvez esteja sentada sozinha em minha sala, sem alguém com quem combinei um encontro. Ninguém me ligou e sinto-me solitária.
Na verdade, contudo, estou apenas sentada. A solidão e a angústia são simplesmente meus pensamentos, meus julgamentos de que as coisas deveriam ser diferentes do que são. Não enxerguei através deles; não reconheci que minha angústia é fabricada por mim. A verdade factual é que estou simplesmente sentada em minha sala.
Leva algum tempo antes de vermos que apenas sentar lá está OK, está tudo bem. Apego-me ao pensamento de que se não tiver uma companhia prazerosa que me apóie, sou miserável.
“Nothing Special”, loc. 1096

http://darma.info/trechos/2013/04/apenas-sentar-esta-ok/
 
Dissolver a auto-importância


Pema Chodron:
A ideia fixa que temos de nós mesmos como sólidos e separados uns dos outros é dolorosamente limitadora. É possível se mover dentro do drama de nossas vidas sem acreditar tão fervorosamente no papel que desempenhamos.
Levar-nos tão a sério, e nos dar tanta importância em nossas próprias mentes, é um problema para nós; nos sentimos justificados em ficar irritados com tudo, nos sentimos justificados em nos autodenegrir ou em achar que somos mais espertos que as outras pessoas.
A auto-importância nos machuca, limitando-nos ao estreito mundo de nossos gostos e desgostos. Terminamos morrendo de tédio com nós mesmos e nosso mundo. Terminamos nunca satisfeitos.
Temos duas alternativas: ou questionamos nossas crenças ou não. Ou aceitamos nossas versões fixas sobre a realidade, ou começamos a desafiá-las. Na opinião do Buda, treinar em permanecer aberto e curioso — treinar em dissolver nossas suposições e crenças — é o melhor uso para nossas vidas humanas.

“The Pocket Pema Chodron
(Weekly quotes from Pema Chodron, 2012-12-19)

http://darma.info/trechos/2013/04/dissolver-a-auto-importancia/
 
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