Informação geral
- Raça(s)
- Mdk
- Inoculação
- 06/12/2021
- Inoculação via
- Seringa ME
- Assepsia (Inoculação)
- Tampa do Forno de Fogão
- Aniversário
- 03/01/2022
- Terrário
- Garrafa PET, Caixa de Leite
- Técnica(s)
- PF Pet Tek
- Substratos
- PF Tek
E advindos do cultivo anterior (Completo - Clonegu #2, o Fim de um Isolamento via CL - MDK PF Tek), dois carimbos pequeninos geraram duas seringas de 20 ml.
Bolos inoculados dia 6/12 e aniversariados juntos (total de 7, 100% de sucesso) em 3/1/2022.
Eis como estão os filhos do super-MDK no calor do verão do RJ:
- durante noite fresca ou com chuva tenho experimentado deixar aberta a Pet, já que estão numa janela.
Um teste com caixa de leite + bolo pf está ok até agora. Contudo, o bolo já tinha começado a pinar quando foi aniversariado.
Nas Garrafas PET, duas já se estão perto da colheita.
E dessa forma simples inicio o diário de verão de 2022. Atualizarei até o fim, claro.
- dos 7 bolos, 3 foram os que frutificaram primeiroem conjunto. O da caixa de leite foi o mais adiantado.
Observem que todos os cogus estão em condição de colheita, e cada bolo em um momento diferente. À esquerda, rasgou o véu e já fica quase plano (bom momento pra carimbo). No centro, os cogus estão acabando se soltar o véu. E na direita, em poucas horas os véus estariam saindo. Não existe de fato um momento de pico de concentração de psilocibina a depender da hora da colheita, basta estar adulto e não estar quase pra apodrecer de velho. A vantagem real que vejo em colher cogus mais jovens aos mais velhos é a tendência à robustez pra manipular.
- como sempre, depositados num pratinho para serem limpos de excessos de vermiculita antes de irem pro...
- ... túnel de vento. Detalhe que coloquei uma touca cirúrgica pra tapar a entrada do túnel pra evitar que insetos mordam meus meninos santos.
- por fim, como tenho feito desde o cultivo anterior, bolos em Garrafas PET ficam em dunk na própria garrafa. A parte superior fica de cabeça pra baixo e faz a pressão pro bolo descer na garrafa cheia de água.
E é isso, por hora.
Matei todos meus bolos e os perdi pra mofos. A razão não podia ser mais simples: não se pode deixar os terrários expostos diretamente ao sol quente de verão que o calor com a umidade irá (1º) matar o micélio e então (2º) abrir a festa dos mofos. Agora eu sei.
Vamos lá. É importante notar aqui que primeiro eu matei meus micélios de calor de 6 horas direto expostos todo dia a sol de verão do RJ. Antes do período de calor chegar forte, no intermeio de chuvas e dias mais frios, consegui as frutificações, que até terminaram em dias quentes. Mas notei que alguns cogumelos simplesmente pararam de evoluir: os micélios morreram e os cogumelos que ainda estavam crescendo ficaram ali parados sem ir nem vir até começarem a apodrecer, e claro, não eram abortos.
Então, temos uma resposta para uma pergunta jamais feita. Se o micélio morrer de calor (pra poder ser morte coletiva de cada célula e assim não restar vida) no meio do crescimento do cogumelo, o cogumelo para onde tá e ali fica até começar apodrecer.
Existem alguma conclusões a que chego também: o micélio não foi feito pra estar na atmosfera, mas calor excessivo mata enquanto secura excessiva endurece. Assim, dentro do meu plano de simplificação da in vitro tek o importante é não ter calor demais. Lidar com umidade e transmitir ao micélio é possível de diversas formas que possam ser muito simples, e que permitam terrários abertos. Mas calor... não.
Bem, infelizmente as fotos ficaram dando problema pra botar no diário, e como é coisa de contaminante, não ache indispensável trazê-las aqui.
Por fim, o que irei fazer?
Existe o resto da seringa e mais uma seringa inteira dos mesmos dois carimbinhos de que falei. Irei repetir o cultivo desta genética no calor deste verão mas sem os expor na janela com sol (que é boa pra usar fora do verão porque sempre venta, até no verão, mas não compensa o calor com umidade nos terrários). O objetivo é avaliar como vai lidar com o calor nas condições normais de meus cultivos de verão com Ecuadores.
E, quem sabe, ainda dê tempo de fazer também esse ano o cultivo de verão de Ecuadores a partir de carimbos tirados de Ecuadores cultivos sucessivamente a cada verão por 2 anos seguidos até agora. Esse seria o terceiro. Mas preferi testar a MDK. Pode ser bom pra dar controle em relação à seleção artifical multiesporo da genética Ecuador pro calor que comecei a fazer.
Bem, vamo que vamo. Vou repetir esse cultivo e volto em algumas semanas com novidades.
Bem, terminou a colonização dos copos tem até uma semana, mas a preguiça reina kkk. Eu vejo a consolidação como uma etapa desnecessária, então foi preguiça mesmo.
Bora pras fotos:
--> foram 7 inoculações de 2 pontos e uma de 1 ponto central. A média de 100% colonizada foi a mesma. Sem nenhuma contaminação, de novo.
--> uma nova observação que tenho feito é sobre as 3 possibilidades saudáveis de micélios em fase de aniversariar: úmido, normal e seco. Há também variações no encolhimento do bolo, o que não observei nessa leva de colonização.
Importa aqui dizer que bolos úmidos dentro de um copo, com condensação, não querem água, tanto que não absorvem o que está nas paredes do copo. Isso talvez torne improdutivo o dunk, apenas estressando o micélio com excesso de água.
Eu sei que cogumelo = 90% água. Mas o que queremos deles são os 10% restantes. Hiperumidificar o bolo já saturado por si de água, se isso for possível (tenho que fazer testes futuros com pesagem antes/depois de um dunk de 48h), talvez não seja bom ou não ajude em nada, sequer na pinagem. Talvez seja um raciocínio simplista e ainda não testado, quando se tratam de bolos que são aniversariados já totalmente molhados.
Sobre os normais (que absorveram a umidade da parede do copo, ou que mesmo não as absorvendo possuem áreas secas) e secos (inicio de amarelamento claro que não é excremento micelial), acredito que seja de bom a necessário, a depender do grau de secura.
Bem, então testei com os dedos os bolos na hora do aniversário, e confirmei pelo tato que os bolos 100% úmidos possuem a textura lodosa em todas as partes, ou na maior parte delas. Há também os bolos mais ou menos úmidos, com pontos de lodo e pontos secos. E os bolos prestem a secarem, em que quase nenhuma parte deles tem o tato do micélio lodoso, mas sim áspero. A partir dessa informação, determinei quais precisavam de dunk, e foram dois:
--> apenas dois dos bolos tinham pelo menos 80% da área áspera ao toque, indicando alta secura relativa. Os demais estavam 100% lodosos, ou em sua maior parte ainda com boa superfície com sensação lodosa ao toque.
Bem, então os aniversariei:
--> um foi pra lata de milho. A ideia é ter uma simulação melhor do que um micélio tem na natureza, com um recipiente totalmente escuro, e uma parte dele pra fora, pra livre circulação de ar. Encharquei relativamente bem as vermiculitas, que coloquei nos cantos polvilhando até o bolo ficar em pé no meio. Não sei no que vai dar, mas caso a lata enferruje por dentro, se tornará nutritiva pro micélio, sem nenhum tipo de bactéria ou fungo concorrente - eis que até agora só o Cubensis come ferrugem, pelo que sei.
--> os outros em condição de serem postos pra frutificar de uma vez foram pra suas garrafas Pets. Um diferencial adicionado na etapa de feitura do terrário na hora da colocação dos bolos está abaixo...
--> fixei os perlons usando 4 tipos de materiais diferentes. Por que os fixei? Porque fica muito melhor pra bombear o ar 2 a 3x ao dia sem o perlon voar com a pressão.
Na foto da esquerda, usei:
Com isso, minha preguiça em ventilar 2 a 3x ao dia será reduzida, porque terei menos trabalho em fazer isso!
Agora o ponto mais importante dessa segunda leva, o novo local dos terrários, para que os micélios não morram com uma exposição de horas a fio sob o sol de verão (porque no inverno eles aguentam de boa):
--> estão de volta na velha prateleira do meu quarto. Aqui é quente, local mais quente da casa, mas a incidência do sol será apenas no fim da tarde, caso tenha. A ideia, lembrem, é que o cultivo seja no calor do verão, então não quis o local mais fresco da casa (aquele banheiro dos meus primeiros cultivos).
Minha única questão em relação a essa prateleira é sobre a circulação de ar total que ela permite em relação às bocas das garrafas. Mas, bem, fazer o que, não tem outro lugar melhor.
Ah, e finalmente, lhes apresento como ficam os micélios de cubensis que comem ferrugem:
--> aqui estão os micélios densos, retirados de todos os copos ao comerem a ferrugem das tampas. Coloquei na foto um dos bolos pra visualizarem melhor o que rola.
Botei pra secar, mas não sei se tenho coragem de ingerir e testar se faz efeito de microdosagem ou dose pequena.......
E observei também outra coisa desde que comecei a dar ferrugem sem querer pros micélios: parece que eles vão atrás dela, mesmo que a camada de vermiculita esteja pouco ou nada colonizada. O que pode significar que o movimento das hifas pode não ser apenas acidental em uma ou outra direção, com alguma capacidade química de buscar alimento fora de seu alcance num crescimento que não seja de irradiação, como vemos nos substratos. Vai saber... seria legal, mas ainda tem muita coisa prática pra testar sobre cultivo, e isso é por enquanto irrelevante na simplificação dos cultivos. Mas é legal pensar nisso, que é bem possível.
Esse cultivo apresentou um grande avanço em relação à pergunta: "precisa de dunk? Faz diferença?". Pretendo testar no cultivo de inverno, pois o de verão já é bem estressante e o objetivo é de longo prazo (décadas) na selação multiesporos sob verão do Rio de Janeiro.
Por hora é isso, volto se tiver novidades, ou nas primeiras frutificações.
Bem, retirei os 2 bolos após 48h de dunk. Um tempo exagerado pra um dunk de bolos que não estavam secos, mas em processo avançado de secagem, mas é que eu fiquei com preguiça ontem. E de hoje não queria passar. Sei que eles não morrem nem se ficarem 1 ano debaixo de água, mas após 48h acho que fica muito agressivo pra um micélio mais complexo como o de um bolo, ao contrário de hifas isoladas em CL.
Já fiquei impressionado que eles não ficaram molengas, me deixando curioso sobre o inchasso com moleza nos dunks após os primeiros flushes, em meu novo questionamento acerca da efetividade do dunk quando feito a torto e a direito. Sugiro aos iniciantes que todos prossigam com seus dunks como fazem, apenas relato aqui um início de pergunta "quando e como é efetivo ou mais efetivo", mas nada que deva afetar a dúvida que um dunk é bom pra ajudar nos flushes posteriores.
Bem, então às fotos e seus detalhes:
--> decidi encher bem de água, deixando apenas uma camada de argila expandida no ar, que é suficiente pra suar a água. Isso se deu porque estou querendo testar novas formas de permitir que um terrário seja aberto ou, como chamo, de livre ventilação. Mas como não achei a p**** do tecido especial que tinha comprado ano passado ou retrasado...
--> coloquei isso daqui. Ampla ventilação, com algum tipo de "teto". É tão provisório que pretendo trocar por algo melhor quando alguma ideia melhor vier, se for o caso de gerar secura nos bolos.
--> e agora sim, toda a família dos 8 bolos reunida.
Ah, o dunk de 48h gerou um estresse em um dos bolos. Ambos estavam com cheiro característico da luta contra bactérias, e um deles em especial tinha criado uma faixa amarela de secreção do aparente combate. Isso deve ter se dado devido à alta temperatura do verão, em que as bactérias na água devem ter se reproduzido com os nutrientes do micélio a ponto de ele ter que se defender de forma perceptível aos sentidos.
Bem, detectei logo nas primeiras horas em que surgiu, e devido ao fato de usar garrafas Pet e por já manejar com o duende verde há 2 anos, fiz um procedimento de recuperação, sem riscos para os demais bolos em caso de falha:
-->olha ali o malandrinho. Muito calor + umidade dentro da garrafa, deu nisso. Interessante de ventilar 3x ao dia é estar mais atento para pegar algumas contaminações quando ainda há tempo de retirá-las.
Vamos ao procedimento?
--> primeiro, apertar todo o bolo para detectar se há partes macias ou se está bem firminho (em especial antes do primeiro flush, eles estão bem vigorosos, ou então estarão mortos/contaminados). Não havia nada à volta, confirmando que o mofo já esverdeou sem antes ir muito fundo.
--> chega a hora então de pegar uma faca e, lavando-a após retirar a parte com mofo já esporulante (colorido), fazer a retirada de uma grossa camada de micélio. Setores do cubensis dominados por micélio de mofos ficam totalmente molengas, porque são digeridos pelo mofo. Após o corte, tendo certeza com a faca que não há mais parte mole e indo um pouco mais adentro e pra baixo, verifiquei com os dedos a consistência da área de "cicatriz" cortada, e estava tudo durinho, 100% cubensis de novo.
--> por fim, coloquei o bolo com a parte que foi cortada "deitado" (lembrem que bolos não tem cima, baixo nem lado) pra cima. Adicionei uma relativamente grossa camada de vermiculita para que os pedaços de arroz do interior do bolo, agora exposto, não ficassem à mercê dos contaminantes. De quebra, o micélio vai colonizar a vermiculita, interiorizando novamente a parte nutritiva do substrato que tantas bactérias e outros fungos anseiam por botar suas mãos imundas kkk.
Mas, no fim esqueci de lavar a Garrafa Pet... bem, agora foi, vou deixar assim e observar. Se até o primeiro flush não houver setor do bolo enfraquecido pro mofo se estabelecer, então irei lavar o terrário após a colheita.
E é isso.
Até a colheita. Ah, 6 dias desde o aniversário sem pinagem = normal.
Atenção cultivadores iniciantes: NÃO tentem recuperar bolos com mofo, pois a maior probabilidade será que não dará certo, e capaz de piorar a contaminação pra outros bolos. Joga fora e fica com os que sobraram. Aprenda primeiro a cultivar sem problemas, e só depois pense em lidar com contaminantes de extrema agressividade. Apenas muito excepcionalmente o mofo verde pode ser extirpado com uma intervenção cirúrgica. Por vezes com perda de até 60% da massa do bolo, e nem assim garante que não voltem. Então, não arrisquem.
Ok, primeiro, os contaminantes venceram em todas as garrafas Pet. Mesmo com 3x ventilações e pulverizações de água fria ao dia, a umidade com calor foi suficiente para desenvolver o duende verde em todas as garrafas. As interveções de salvamento não deram certo. Em algumas notei que por dentro o micélio já começava a morrer. É melhor desistir de salvar de duende verde no calor, talvez tentar no inverno dê mais certo.
Então, quais bolos que chegaram lá?
--> esses 3 bolos, que estavam em modelos de terrário sem restrições à ventilação em detrimento de não ter tanta umidade, foram os que se deram bem no verão e chegaram ao primeiro flush. No primeiro caso, o galão de 5 litros que podem ver nas fotos anteriores como era semi-aberto em cima; no segundo caso, um in vitro em lata de milho.
A característica marcante dos dois bolos no garrafão é que desenvolveram o micélio enrijecido em cima, mas a umidade foi suficiente pra não os deixar "de rachar" e em baixo manter uma superfície apta a frutificar. Com maior quantidade na base de vermiculita, mas também no corpo interior do bolo. Me parece que neste experimento de garrafão consegui encontrar um ponto ideal entre umidade com livre troca gasosa. Como resultado, sem abafamento, os duendes verdes não tiveram chance, malgrado com 10000% de certeza seus esporos estão ali sobre os bolos - como sobre em todas as coisas em nossas casas.
O milho me surpreendeu pela quantidade de cogumelos que nasceram. Acho que um recipiente 100% escuro de fabricação metálico favorece isso, mas não tem como eu confirmar por enquanto que não nasceu cogumelo lá pra baixo. O que eu fiz foi umidecer todo dia em cima, e sentir que a água era o suficiente pra ir enxarcando lá pra baixo. Os primeiros pinos foram nas laterais, mas logo até no topo surgiram.
--> colhi os que considerei maduros, e amanhã ou depois pego o restante do milho e confiro se teve pinagem embaixo. E na esquerda da foto, os dois bolos devolvidos ao garrafão, com alguns pinos promissores.
Observei também que a frutificação nas condições do garrafão gera uma quantidade maior de cogumelos, ao invés de cogumelos grandes. Já na lata de milho, os frutos chegam a ser gandes e grossos. Não se trata de genética, mas das condições de frutificação.
--> e eis aqui a primeira colheita de um cultivo feito num calor de 40º do Rio de Janeiro, no local mais quente da casa, em que apenas 3 bolos venceram por estarem em terrários simples mas favoráveis à vitória sobre o duende verde sem impedir a frutificação.
Pretendo na próxima adaptar minhas garrafas Pet de 3 litros para o verão.
É isso. Se tiver alguma dúvida ou um "por que você conclui isso?", só perguntarem que eu respondo.
Considero esse cultivo um sucesso, com boas descobertas sobre condições favoráveis (ou ao menos viáveis) de frutificação sem uso de termostatos para redução da temperatura mediante aparelhos. Lembrando, gente, que meus cultivos não visam a maior produtividade possível, mas alguma produtividade aceitável pra uso individual, com o menor esforço possível, em busca do aperfeiçoamento da "neglect tek" - pois preguiça é a minha cara kkk.
Parece fácil, mas já tô há 3 anos nessa pesquisa sucessiva de cultivos com o mesmo substrato testando condições diferentes, enfim... é preciso se esforçar em busca de não ter esforço...
Em breve vou decidir se declaro este diário concluído, ou se introduzo uma terceira leva de inoculações, agora dando continuidade à seleção artifical ME que venho fazendo dos Ecuadores nos diários de verão anteriores.
Até a próxima atualização!
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--> eu achava que era o "parece glacê", mas quando fui jogar fora detectei as rugosidades e a base ficando verde.
Igualmente, a lata de milho mofou, debaixo pra cima. Nesse caso, acho que foi pq exagerei muito na umidificação.
É isso. Acho que nunca tive uma taxa tão alta de contaminação em um cultivo bem-sucedido (tive colheitas, afinal).
Esse diário servirá para indicação de erros e acertos em cultivos sob calor alto. Mas talvez esse verão não tenha dado chances, com 40 graus, diferente dos verões anteriores. Ainda assim, tive colheitas. Em boas intenções de cultivo no calor, para não-experimentação, eles teriam ficado em local mais fresco da casa, e não propositadamente sob sol direto de verão (primeira leva) ou no quarto infernal da casa (segunda leva).
Em tais condições (exceto o sol direto, q n tem salvação), sem termostato-condensador pra reduzir temperaturas, a melhor opção é o uso de terrários com livre circulação de ar. E, adiciono, um casing nesse terrário livre terá maiores chances de mais colheitas, pois a camada de casing retem a água.
E também me questiono como a Ecuador que venho selecionando nos verões anteriores teria produzido e acho que seria um pouco mais. Elas n venceriam o sol direto nem o mofo, mas acho que frutificariam pelo menos uma vez mais ou duas...
E é isso!
Obrigado a todos por acompanharem.
E aos que vivem no paraíso do verão eterno (norte-nordeste), espero que esse diário dê idéias novas de como facilitar a produção, e do que evitar.
Fui!!!
Bolos inoculados dia 6/12 e aniversariados juntos (total de 7, 100% de sucesso) em 3/1/2022.
Eis como estão os filhos do super-MDK no calor do verão do RJ:
- durante noite fresca ou com chuva tenho experimentado deixar aberta a Pet, já que estão numa janela.
Um teste com caixa de leite + bolo pf está ok até agora. Contudo, o bolo já tinha começado a pinar quando foi aniversariado.
Nas Garrafas PET, duas já se estão perto da colheita.
E dessa forma simples inicio o diário de verão de 2022. Atualizarei até o fim, claro.
Atualização 1 (8/1/22)
- dos 7 bolos, 3 foram os que frutificaram primeiroem conjunto. O da caixa de leite foi o mais adiantado.
Observem que todos os cogus estão em condição de colheita, e cada bolo em um momento diferente. À esquerda, rasgou o véu e já fica quase plano (bom momento pra carimbo). No centro, os cogus estão acabando se soltar o véu. E na direita, em poucas horas os véus estariam saindo. Não existe de fato um momento de pico de concentração de psilocibina a depender da hora da colheita, basta estar adulto e não estar quase pra apodrecer de velho. A vantagem real que vejo em colher cogus mais jovens aos mais velhos é a tendência à robustez pra manipular.
- como sempre, depositados num pratinho para serem limpos de excessos de vermiculita antes de irem pro...
- ... túnel de vento. Detalhe que coloquei uma touca cirúrgica pra tapar a entrada do túnel pra evitar que insetos mordam meus meninos santos.
- por fim, como tenho feito desde o cultivo anterior, bolos em Garrafas PET ficam em dunk na própria garrafa. A parte superior fica de cabeça pra baixo e faz a pressão pro bolo descer na garrafa cheia de água.
E é isso, por hora.
Atualização 2 (23/1/22) - Morreram Todos e o Recomeço
Matei todos meus bolos e os perdi pra mofos. A razão não podia ser mais simples: não se pode deixar os terrários expostos diretamente ao sol quente de verão que o calor com a umidade irá (1º) matar o micélio e então (2º) abrir a festa dos mofos. Agora eu sei.
Vamos lá. É importante notar aqui que primeiro eu matei meus micélios de calor de 6 horas direto expostos todo dia a sol de verão do RJ. Antes do período de calor chegar forte, no intermeio de chuvas e dias mais frios, consegui as frutificações, que até terminaram em dias quentes. Mas notei que alguns cogumelos simplesmente pararam de evoluir: os micélios morreram e os cogumelos que ainda estavam crescendo ficaram ali parados sem ir nem vir até começarem a apodrecer, e claro, não eram abortos.
Então, temos uma resposta para uma pergunta jamais feita. Se o micélio morrer de calor (pra poder ser morte coletiva de cada célula e assim não restar vida) no meio do crescimento do cogumelo, o cogumelo para onde tá e ali fica até começar apodrecer.
Existem alguma conclusões a que chego também: o micélio não foi feito pra estar na atmosfera, mas calor excessivo mata enquanto secura excessiva endurece. Assim, dentro do meu plano de simplificação da in vitro tek o importante é não ter calor demais. Lidar com umidade e transmitir ao micélio é possível de diversas formas que possam ser muito simples, e que permitam terrários abertos. Mas calor... não.
Bem, infelizmente as fotos ficaram dando problema pra botar no diário, e como é coisa de contaminante, não ache indispensável trazê-las aqui.
Por fim, o que irei fazer?
Existe o resto da seringa e mais uma seringa inteira dos mesmos dois carimbinhos de que falei. Irei repetir o cultivo desta genética no calor deste verão mas sem os expor na janela com sol (que é boa pra usar fora do verão porque sempre venta, até no verão, mas não compensa o calor com umidade nos terrários). O objetivo é avaliar como vai lidar com o calor nas condições normais de meus cultivos de verão com Ecuadores.
E, quem sabe, ainda dê tempo de fazer também esse ano o cultivo de verão de Ecuadores a partir de carimbos tirados de Ecuadores cultivos sucessivamente a cada verão por 2 anos seguidos até agora. Esse seria o terceiro. Mas preferi testar a MDK. Pode ser bom pra dar controle em relação à seleção artifical multiesporo da genética Ecuador pro calor que comecei a fazer.
Bem, vamo que vamo. Vou repetir esse cultivo e volto em algumas semanas com novidades.
Atualização 3 (2/3/22) - A Segunda Colonização termina com 100% de sucesso!!!
Bem, terminou a colonização dos copos tem até uma semana, mas a preguiça reina kkk. Eu vejo a consolidação como uma etapa desnecessária, então foi preguiça mesmo.
Bora pras fotos:
--> foram 7 inoculações de 2 pontos e uma de 1 ponto central. A média de 100% colonizada foi a mesma. Sem nenhuma contaminação, de novo.
--> uma nova observação que tenho feito é sobre as 3 possibilidades saudáveis de micélios em fase de aniversariar: úmido, normal e seco. Há também variações no encolhimento do bolo, o que não observei nessa leva de colonização.
Importa aqui dizer que bolos úmidos dentro de um copo, com condensação, não querem água, tanto que não absorvem o que está nas paredes do copo. Isso talvez torne improdutivo o dunk, apenas estressando o micélio com excesso de água.
Eu sei que cogumelo = 90% água. Mas o que queremos deles são os 10% restantes. Hiperumidificar o bolo já saturado por si de água, se isso for possível (tenho que fazer testes futuros com pesagem antes/depois de um dunk de 48h), talvez não seja bom ou não ajude em nada, sequer na pinagem. Talvez seja um raciocínio simplista e ainda não testado, quando se tratam de bolos que são aniversariados já totalmente molhados.
Sobre os normais (que absorveram a umidade da parede do copo, ou que mesmo não as absorvendo possuem áreas secas) e secos (inicio de amarelamento claro que não é excremento micelial), acredito que seja de bom a necessário, a depender do grau de secura.
Bem, então testei com os dedos os bolos na hora do aniversário, e confirmei pelo tato que os bolos 100% úmidos possuem a textura lodosa em todas as partes, ou na maior parte delas. Há também os bolos mais ou menos úmidos, com pontos de lodo e pontos secos. E os bolos prestem a secarem, em que quase nenhuma parte deles tem o tato do micélio lodoso, mas sim áspero. A partir dessa informação, determinei quais precisavam de dunk, e foram dois:
--> apenas dois dos bolos tinham pelo menos 80% da área áspera ao toque, indicando alta secura relativa. Os demais estavam 100% lodosos, ou em sua maior parte ainda com boa superfície com sensação lodosa ao toque.
Bem, então os aniversariei:
--> um foi pra lata de milho. A ideia é ter uma simulação melhor do que um micélio tem na natureza, com um recipiente totalmente escuro, e uma parte dele pra fora, pra livre circulação de ar. Encharquei relativamente bem as vermiculitas, que coloquei nos cantos polvilhando até o bolo ficar em pé no meio. Não sei no que vai dar, mas caso a lata enferruje por dentro, se tornará nutritiva pro micélio, sem nenhum tipo de bactéria ou fungo concorrente - eis que até agora só o Cubensis come ferrugem, pelo que sei.
--> os outros em condição de serem postos pra frutificar de uma vez foram pra suas garrafas Pets. Um diferencial adicionado na etapa de feitura do terrário na hora da colocação dos bolos está abaixo...
--> fixei os perlons usando 4 tipos de materiais diferentes. Por que os fixei? Porque fica muito melhor pra bombear o ar 2 a 3x ao dia sem o perlon voar com a pressão.
Na foto da esquerda, usei:
- o miolo de um durex retirado o excesso do meio até encaixar no buraco da tampa; e
- a própria tampa de uma garrafa Pet cortada em cima para ficar apenas o anel de rosca, fixando o perlon então. Esta é a melhor opção em termos de acessibilidade, já que a garrafa Pet que forma o terrário terá uma tampa, que não será usada pra regulagem de ar em caso de perlon, e poderá ser assim utilizada então.
- Elástico comum, também muito acessível e barato;
- Anel de alumínio, que não é nada acessível e prático de usar, mas funciona. Esse veio numa compra que fiz de alguma coisa que não lembro agora, e usava pra fixar página de livro, por isso o tinha guardado.
Com isso, minha preguiça em ventilar 2 a 3x ao dia será reduzida, porque terei menos trabalho em fazer isso!
Agora o ponto mais importante dessa segunda leva, o novo local dos terrários, para que os micélios não morram com uma exposição de horas a fio sob o sol de verão (porque no inverno eles aguentam de boa):
--> estão de volta na velha prateleira do meu quarto. Aqui é quente, local mais quente da casa, mas a incidência do sol será apenas no fim da tarde, caso tenha. A ideia, lembrem, é que o cultivo seja no calor do verão, então não quis o local mais fresco da casa (aquele banheiro dos meus primeiros cultivos).
Minha única questão em relação a essa prateleira é sobre a circulação de ar total que ela permite em relação às bocas das garrafas. Mas, bem, fazer o que, não tem outro lugar melhor.
Ah, e finalmente, lhes apresento como ficam os micélios de cubensis que comem ferrugem:
--> aqui estão os micélios densos, retirados de todos os copos ao comerem a ferrugem das tampas. Coloquei na foto um dos bolos pra visualizarem melhor o que rola.
Botei pra secar, mas não sei se tenho coragem de ingerir e testar se faz efeito de microdosagem ou dose pequena.......
E observei também outra coisa desde que comecei a dar ferrugem sem querer pros micélios: parece que eles vão atrás dela, mesmo que a camada de vermiculita esteja pouco ou nada colonizada. O que pode significar que o movimento das hifas pode não ser apenas acidental em uma ou outra direção, com alguma capacidade química de buscar alimento fora de seu alcance num crescimento que não seja de irradiação, como vemos nos substratos. Vai saber... seria legal, mas ainda tem muita coisa prática pra testar sobre cultivo, e isso é por enquanto irrelevante na simplificação dos cultivos. Mas é legal pensar nisso, que é bem possível.
Esse cultivo apresentou um grande avanço em relação à pergunta: "precisa de dunk? Faz diferença?". Pretendo testar no cultivo de inverno, pois o de verão já é bem estressante e o objetivo é de longo prazo (décadas) na selação multiesporos sob verão do Rio de Janeiro.
Por hora é isso, volto se tiver novidades, ou nas primeiras frutificações.
Atualização 4 (5/3/22) - Retirada das 48h de Dunk de dois dos bolos e colocação no terrário de Garrafão Pet de 5 litros
Bem, retirei os 2 bolos após 48h de dunk. Um tempo exagerado pra um dunk de bolos que não estavam secos, mas em processo avançado de secagem, mas é que eu fiquei com preguiça ontem. E de hoje não queria passar. Sei que eles não morrem nem se ficarem 1 ano debaixo de água, mas após 48h acho que fica muito agressivo pra um micélio mais complexo como o de um bolo, ao contrário de hifas isoladas em CL.
Já fiquei impressionado que eles não ficaram molengas, me deixando curioso sobre o inchasso com moleza nos dunks após os primeiros flushes, em meu novo questionamento acerca da efetividade do dunk quando feito a torto e a direito. Sugiro aos iniciantes que todos prossigam com seus dunks como fazem, apenas relato aqui um início de pergunta "quando e como é efetivo ou mais efetivo", mas nada que deva afetar a dúvida que um dunk é bom pra ajudar nos flushes posteriores.
Bem, então às fotos e seus detalhes:
--> decidi encher bem de água, deixando apenas uma camada de argila expandida no ar, que é suficiente pra suar a água. Isso se deu porque estou querendo testar novas formas de permitir que um terrário seja aberto ou, como chamo, de livre ventilação. Mas como não achei a p**** do tecido especial que tinha comprado ano passado ou retrasado...
--> coloquei isso daqui. Ampla ventilação, com algum tipo de "teto". É tão provisório que pretendo trocar por algo melhor quando alguma ideia melhor vier, se for o caso de gerar secura nos bolos.
--> e agora sim, toda a família dos 8 bolos reunida.
Ah, o dunk de 48h gerou um estresse em um dos bolos. Ambos estavam com cheiro característico da luta contra bactérias, e um deles em especial tinha criado uma faixa amarela de secreção do aparente combate. Isso deve ter se dado devido à alta temperatura do verão, em que as bactérias na água devem ter se reproduzido com os nutrientes do micélio a ponto de ele ter que se defender de forma perceptível aos sentidos.
Atualização 5 (9/3/22) - Duende Verde detectado! Intervenção Cirúrgica!
Bem, detectei logo nas primeiras horas em que surgiu, e devido ao fato de usar garrafas Pet e por já manejar com o duende verde há 2 anos, fiz um procedimento de recuperação, sem riscos para os demais bolos em caso de falha:
-->olha ali o malandrinho. Muito calor + umidade dentro da garrafa, deu nisso. Interessante de ventilar 3x ao dia é estar mais atento para pegar algumas contaminações quando ainda há tempo de retirá-las.
Vamos ao procedimento?
--> primeiro, apertar todo o bolo para detectar se há partes macias ou se está bem firminho (em especial antes do primeiro flush, eles estão bem vigorosos, ou então estarão mortos/contaminados). Não havia nada à volta, confirmando que o mofo já esverdeou sem antes ir muito fundo.
--> chega a hora então de pegar uma faca e, lavando-a após retirar a parte com mofo já esporulante (colorido), fazer a retirada de uma grossa camada de micélio. Setores do cubensis dominados por micélio de mofos ficam totalmente molengas, porque são digeridos pelo mofo. Após o corte, tendo certeza com a faca que não há mais parte mole e indo um pouco mais adentro e pra baixo, verifiquei com os dedos a consistência da área de "cicatriz" cortada, e estava tudo durinho, 100% cubensis de novo.
--> por fim, coloquei o bolo com a parte que foi cortada "deitado" (lembrem que bolos não tem cima, baixo nem lado) pra cima. Adicionei uma relativamente grossa camada de vermiculita para que os pedaços de arroz do interior do bolo, agora exposto, não ficassem à mercê dos contaminantes. De quebra, o micélio vai colonizar a vermiculita, interiorizando novamente a parte nutritiva do substrato que tantas bactérias e outros fungos anseiam por botar suas mãos imundas kkk.
Mas, no fim esqueci de lavar a Garrafa Pet... bem, agora foi, vou deixar assim e observar. Se até o primeiro flush não houver setor do bolo enfraquecido pro mofo se estabelecer, então irei lavar o terrário após a colheita.
E é isso.
Até a colheita. Ah, 6 dias desde o aniversário sem pinagem = normal.
Atenção cultivadores iniciantes: NÃO tentem recuperar bolos com mofo, pois a maior probabilidade será que não dará certo, e capaz de piorar a contaminação pra outros bolos. Joga fora e fica com os que sobraram. Aprenda primeiro a cultivar sem problemas, e só depois pense em lidar com contaminantes de extrema agressividade. Apenas muito excepcionalmente o mofo verde pode ser extirpado com uma intervenção cirúrgica. Por vezes com perda de até 60% da massa do bolo, e nem assim garante que não voltem. Então, não arrisquem.
Atualização 6 (14/3/22) - Colheita dos 3 Bolos sobreviventes. A vitória dos terrários de livre circulação de ar no calor extremo.
Ok, primeiro, os contaminantes venceram em todas as garrafas Pet. Mesmo com 3x ventilações e pulverizações de água fria ao dia, a umidade com calor foi suficiente para desenvolver o duende verde em todas as garrafas. As interveções de salvamento não deram certo. Em algumas notei que por dentro o micélio já começava a morrer. É melhor desistir de salvar de duende verde no calor, talvez tentar no inverno dê mais certo.
Então, quais bolos que chegaram lá?
--> esses 3 bolos, que estavam em modelos de terrário sem restrições à ventilação em detrimento de não ter tanta umidade, foram os que se deram bem no verão e chegaram ao primeiro flush. No primeiro caso, o galão de 5 litros que podem ver nas fotos anteriores como era semi-aberto em cima; no segundo caso, um in vitro em lata de milho.
A característica marcante dos dois bolos no garrafão é que desenvolveram o micélio enrijecido em cima, mas a umidade foi suficiente pra não os deixar "de rachar" e em baixo manter uma superfície apta a frutificar. Com maior quantidade na base de vermiculita, mas também no corpo interior do bolo. Me parece que neste experimento de garrafão consegui encontrar um ponto ideal entre umidade com livre troca gasosa. Como resultado, sem abafamento, os duendes verdes não tiveram chance, malgrado com 10000% de certeza seus esporos estão ali sobre os bolos - como sobre em todas as coisas em nossas casas.
O milho me surpreendeu pela quantidade de cogumelos que nasceram. Acho que um recipiente 100% escuro de fabricação metálico favorece isso, mas não tem como eu confirmar por enquanto que não nasceu cogumelo lá pra baixo. O que eu fiz foi umidecer todo dia em cima, e sentir que a água era o suficiente pra ir enxarcando lá pra baixo. Os primeiros pinos foram nas laterais, mas logo até no topo surgiram.
--> colhi os que considerei maduros, e amanhã ou depois pego o restante do milho e confiro se teve pinagem embaixo. E na esquerda da foto, os dois bolos devolvidos ao garrafão, com alguns pinos promissores.
Observei também que a frutificação nas condições do garrafão gera uma quantidade maior de cogumelos, ao invés de cogumelos grandes. Já na lata de milho, os frutos chegam a ser gandes e grossos. Não se trata de genética, mas das condições de frutificação.
--> e eis aqui a primeira colheita de um cultivo feito num calor de 40º do Rio de Janeiro, no local mais quente da casa, em que apenas 3 bolos venceram por estarem em terrários simples mas favoráveis à vitória sobre o duende verde sem impedir a frutificação.
Pretendo na próxima adaptar minhas garrafas Pet de 3 litros para o verão.
É isso. Se tiver alguma dúvida ou um "por que você conclui isso?", só perguntarem que eu respondo.
Considero esse cultivo um sucesso, com boas descobertas sobre condições favoráveis (ou ao menos viáveis) de frutificação sem uso de termostatos para redução da temperatura mediante aparelhos. Lembrando, gente, que meus cultivos não visam a maior produtividade possível, mas alguma produtividade aceitável pra uso individual, com o menor esforço possível, em busca do aperfeiçoamento da "neglect tek" - pois preguiça é a minha cara kkk.
Parece fácil, mas já tô há 3 anos nessa pesquisa sucessiva de cultivos com o mesmo substrato testando condições diferentes, enfim... é preciso se esforçar em busca de não ter esforço...
Em breve vou decidir se declaro este diário concluído, ou se introduzo uma terceira leva de inoculações, agora dando continuidade à seleção artifical ME que venho fazendo dos Ecuadores nos diários de verão anteriores.
Até a próxima atualização!
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Atualização 7 (29/3/22) - Fim do Diário
Mofo super-espalhado:--> eu achava que era o "parece glacê", mas quando fui jogar fora detectei as rugosidades e a base ficando verde.
Igualmente, a lata de milho mofou, debaixo pra cima. Nesse caso, acho que foi pq exagerei muito na umidificação.
É isso. Acho que nunca tive uma taxa tão alta de contaminação em um cultivo bem-sucedido (tive colheitas, afinal).
Esse diário servirá para indicação de erros e acertos em cultivos sob calor alto. Mas talvez esse verão não tenha dado chances, com 40 graus, diferente dos verões anteriores. Ainda assim, tive colheitas. Em boas intenções de cultivo no calor, para não-experimentação, eles teriam ficado em local mais fresco da casa, e não propositadamente sob sol direto de verão (primeira leva) ou no quarto infernal da casa (segunda leva).
Em tais condições (exceto o sol direto, q n tem salvação), sem termostato-condensador pra reduzir temperaturas, a melhor opção é o uso de terrários com livre circulação de ar. E, adiciono, um casing nesse terrário livre terá maiores chances de mais colheitas, pois a camada de casing retem a água.
E também me questiono como a Ecuador que venho selecionando nos verões anteriores teria produzido e acho que seria um pouco mais. Elas n venceriam o sol direto nem o mofo, mas acho que frutificariam pelo menos uma vez mais ou duas...
E é isso!
Obrigado a todos por acompanharem.
E aos que vivem no paraíso do verão eterno (norte-nordeste), espero que esse diário dê idéias novas de como facilitar a produção, e do que evitar.
Fui!!!