Pleorotus sabor cajú.
Matriz, placa com BDA cedida pelo Bufoalvarius.
Preparação da pipoca:
- Inchar por 18h.
- Cozinhar em água pura por 20min de fervura.
- Nos últimos 5 min. de fervura, colocar 2 colheres de chá de pó de café e deixar esfriar.
- Coar a pipoca.
- Colocar num vidro de boca larga, deixando pelos menos 1/3 de espaço vazio no vidro.
- Uma colher de sopa de vermiculita, a agitar bem o vidro.
- Uma colher de chá de calcário dolomítico.
- Tapar a boca do vidro com papel filtro-de-café e papel alumínio que tenha dois furinhos.
- Esterilizar na pela de pressão por 1h e 20min de pressão.
Inoculação da pipoca:
- Em uma glovebox (bem limpa), sugiro Lysoform spray e depois um Perfex com álccol.
- Limpar tudo o que for para dentro da glove com um Perfex em álcool.
- Retirar um pedacinho de 4x4mm da placa de petry (BDA com o micélio) e colocar no meio vidro com a pipoca.
- Demorou bastante para toda a pipoca ser colonizada ! Mesmo em uma incubadora que ficou quietinha a 26-27 graus. Perdi o registro da data exata da inoculação, mas certamente foram mais de 40 dias.
Obs.: O vidro estará com a tampa de papel filtro e papel Al. O que fiz foi, dentro da glovebox, remover esta cobertura totalmente e usar um a tampa oficial do vidro, no meu caso uma tampa de inóx.
- Ao tirar a placa de petry da glovebox, limpar novamente com Perfex e envolver com filme de plástico antes de guardar na geladeira.
Incubação da pipoca:
- Em uma caixa térmica, fechada.
- Manter a temperatura entre 24 e 28 Célsius.
- Aqui era inverno, levou pelo menos 40 dias para o micélio envolver totalmente a pipoca.
Substrato de cultivo:
- Um saco de carvão cheio de capim elefante fresco, usei mais ou menos 1/3 deste saco neste cultivo.
- Levou algo como 4 semanas para secar este capim, com freqüentes exposições ao Sol.
- Depois de seco o capim foi picotado manualmente com uma tesoura em pedaços não maiores do que 7cm.
- Arroz integral e orgânico moído num liquidificador e peneirado num coador de cozinha, mais grosso que o de leite.
- Calcário dolomítico.
- Proporções do substrato:
56g de capim seco (antes de esterilizar na Panela de Pressão ou PP)
28g da farinha de arroz
3g de calcário
Obs.: As proporções normais são 78% capim, 20% FAI e 2% calcário - só que achei pouca FAI e calcário e acabei colocando o dobro de ambos, o que resultou em 28g de FAI e 3g de calc.)
- Substrato esterilizado numa PP por 1h e 30min num pote de vidro grande, com a boca coberta conforme o dito a cima.
Inoculação do substrato (capim):
- Depois de esfriar o pote com a mistura de capim+FAI+calc. por 12h
- Em uma glovebox foram colocados (tudo limpo com Perfex em álcool)
* o pote com a pipoca já tomada por micélio
* um pegador de massa
* dois sacos de polipropileno de 30x14 cm.
Obs.: Com este método de esterilizar primeiro em um pote de vidro e depois ensacar o substrato e a pipoca em camadas... não é preciso que o saco plástico seja de polipropileno... já que ele não vai passar pela PP.
* dois atilhos
* dois tufos de perlon (lã acrílica)
- Foram colocadas camadas alternadas de pipoca e capim, cada capada de capim de 3 a 4 cm. A quantidade de pipoca foi no olhômetro, algo como 2 colheres e sopa. Tive que cortar os grumos de pipoca pois estava tudo um só bloco de micélio.
- Toda a mistura de substrato foi usada, o que encheu 80% dos dois sacos.
- Os sacos foram fechados com atilho, usando o tufo de perlon como "rolha" para dar alguma troca gasosa.
Obs.: Sobrou uns 15% da pipoca tomada por micélio. Preparei mais umas 200g de pipoca como anteriormente e coloquei no vidro junto com o que havia sobrado. Misturei bem a pipoca nova com a com micélio. Em 5 dias a mistura já está 60% recolonizada por micélio !!
Obs.: Para esterilizar esta porção adicional de pipoca testei uma modificação. Existe uma marca de manteiga, chamada Aviação. Um dos recipientes em que ela vem é uma lata de folha-de-flândres. A tampa é de encaixe. Fiz dois furos nesta tampa, cobri a boca do pote com papel filtro e forcei a tampa por cima deste papel. Isto foi o que foi usado para esterilizar a pipoca numa panela de pressão (PP). Não encontrei nenhum problema com está técnica.
Pena não que se pode usar um recipiente assim para incubar, no lugar dos copos de vidro. Suponho que a folha-de-flândres não seja resistente e inerte o suficiente para conter micélio.
Incubação do substrato:
- Em um aquário com perlita (constantemente acima de 95% de umidade) e aeração com bombinha de aquário.
- A temperatura foi mantida em 24 graus com um aquecedor.
- O aquário ficou 90% envolto em um pano preto
- Depois de 13 dias foi removido o aquecimento, a temperatura ambiente está entre 15 e 18 graus.
Foi removido o pano preto e ajustado um período de luz de 11h em um temporizador (lâmpada fria, tipo mini- fluorescente de 26W). Foram feitos alguns rasgos nos sacos de polipropileno, uns 4 ou 5 em cada saco.
Fotos dos sacos, do aquário, do aquecedor e da glovebox.
Hoje é dia 24 de julho.
Depois de 3 dias notei primordiais e eles estavam como que esmagados por dentro do saco. Creio que a idéia com os furos no saco era fazer com que os cogus brotassem ali... Mas me parecei que tinha primordiais por toda a parte... Então removi totalmente os sacos plásticos e coloquei as duas massas de micélio em recipientes para evitar que os bolos encostem na perlita.
Dia 28. Hoje ainda publicarei fotos dos primordiais.
Desculpe a falta de jeito com o foco... fiquei com preguiça de fazer mais fotos hoje.
Parece uma certa contaminação que surgiu no fundo do saco... (trich ?)
Foto de uma webcam vagabunda...
24 horas depois da última foto:
Colhido ontem o primeiro flush.
Dois carimbos sendo feitos com os dois maiores.
Fotos já sem estes dois que estão printando...
Refogado com alho e azeite de oliva para o molho de uma massa de "grano duro".
****************
A quem interessar possa:
Envio grãos de pipoca com micélio deste cultivo para todos os que quiserem.
Se quiserem por SEDEX peço que façam contato para enviar os recursos. Se quiserem por encomenda normal, envio grátis. Só não sei quanto tempo o micélio vive no Correio.
Peço sugestões de como embalar para o envio...
****************
05/08 - começa o segundo flush:
Este é o vidro que foi re-abastecido com pipoca esterilizada, juntada com o testo de pipoca que não foi usada para inocular os sacos... depois de somente 48h !!
07/08 Evolução do segundo flush:
PERGUNTA AO FORUM:
-------------------------
Como o dito acima, estou repondo pipoca no vidro que uso para inocular o substratos neste cultivo.
O micélio parece gostar, pois cresce muito rápido e envolve toda a nova pipoca colocada lá...
Alguém vê algum problema nisso ?
Peço que mandem comentários não neste diário, mas diretamente para mim.
Depois publicarei os comentários no diário.
Seguimos para o terceiro flush...
E mais !!
Creio que descobri uma técnica para tratar de contaminação por trichoderma
Detalhes em minha "resposta" abaixo neste mesmo tópico.
Comecei com palha de cana. Os sacos estão na incubadora.
O relato seguirá...
Matriz, placa com BDA cedida pelo Bufoalvarius.
Preparação da pipoca:
- Inchar por 18h.
- Cozinhar em água pura por 20min de fervura.
- Nos últimos 5 min. de fervura, colocar 2 colheres de chá de pó de café e deixar esfriar.
- Coar a pipoca.
- Colocar num vidro de boca larga, deixando pelos menos 1/3 de espaço vazio no vidro.
- Uma colher de sopa de vermiculita, a agitar bem o vidro.
- Uma colher de chá de calcário dolomítico.
- Tapar a boca do vidro com papel filtro-de-café e papel alumínio que tenha dois furinhos.
- Esterilizar na pela de pressão por 1h e 20min de pressão.
Inoculação da pipoca:
- Em uma glovebox (bem limpa), sugiro Lysoform spray e depois um Perfex com álccol.
- Limpar tudo o que for para dentro da glove com um Perfex em álcool.
- Retirar um pedacinho de 4x4mm da placa de petry (BDA com o micélio) e colocar no meio vidro com a pipoca.
- Demorou bastante para toda a pipoca ser colonizada ! Mesmo em uma incubadora que ficou quietinha a 26-27 graus. Perdi o registro da data exata da inoculação, mas certamente foram mais de 40 dias.
Obs.: O vidro estará com a tampa de papel filtro e papel Al. O que fiz foi, dentro da glovebox, remover esta cobertura totalmente e usar um a tampa oficial do vidro, no meu caso uma tampa de inóx.
- Ao tirar a placa de petry da glovebox, limpar novamente com Perfex e envolver com filme de plástico antes de guardar na geladeira.
Incubação da pipoca:
- Em uma caixa térmica, fechada.
- Manter a temperatura entre 24 e 28 Célsius.
- Aqui era inverno, levou pelo menos 40 dias para o micélio envolver totalmente a pipoca.
Substrato de cultivo:
- Um saco de carvão cheio de capim elefante fresco, usei mais ou menos 1/3 deste saco neste cultivo.
- Levou algo como 4 semanas para secar este capim, com freqüentes exposições ao Sol.
- Depois de seco o capim foi picotado manualmente com uma tesoura em pedaços não maiores do que 7cm.
- Arroz integral e orgânico moído num liquidificador e peneirado num coador de cozinha, mais grosso que o de leite.
- Calcário dolomítico.
- Proporções do substrato:
56g de capim seco (antes de esterilizar na Panela de Pressão ou PP)
28g da farinha de arroz
3g de calcário
Obs.: As proporções normais são 78% capim, 20% FAI e 2% calcário - só que achei pouca FAI e calcário e acabei colocando o dobro de ambos, o que resultou em 28g de FAI e 3g de calc.)
- Substrato esterilizado numa PP por 1h e 30min num pote de vidro grande, com a boca coberta conforme o dito a cima.
Inoculação do substrato (capim):
- Depois de esfriar o pote com a mistura de capim+FAI+calc. por 12h
- Em uma glovebox foram colocados (tudo limpo com Perfex em álcool)
* o pote com a pipoca já tomada por micélio
* um pegador de massa
* dois sacos de polipropileno de 30x14 cm.
Obs.: Com este método de esterilizar primeiro em um pote de vidro e depois ensacar o substrato e a pipoca em camadas... não é preciso que o saco plástico seja de polipropileno... já que ele não vai passar pela PP.
* dois atilhos
* dois tufos de perlon (lã acrílica)
- Foram colocadas camadas alternadas de pipoca e capim, cada capada de capim de 3 a 4 cm. A quantidade de pipoca foi no olhômetro, algo como 2 colheres e sopa. Tive que cortar os grumos de pipoca pois estava tudo um só bloco de micélio.
- Toda a mistura de substrato foi usada, o que encheu 80% dos dois sacos.
- Os sacos foram fechados com atilho, usando o tufo de perlon como "rolha" para dar alguma troca gasosa.
Obs.: Sobrou uns 15% da pipoca tomada por micélio. Preparei mais umas 200g de pipoca como anteriormente e coloquei no vidro junto com o que havia sobrado. Misturei bem a pipoca nova com a com micélio. Em 5 dias a mistura já está 60% recolonizada por micélio !!
Obs.: Para esterilizar esta porção adicional de pipoca testei uma modificação. Existe uma marca de manteiga, chamada Aviação. Um dos recipientes em que ela vem é uma lata de folha-de-flândres. A tampa é de encaixe. Fiz dois furos nesta tampa, cobri a boca do pote com papel filtro e forcei a tampa por cima deste papel. Isto foi o que foi usado para esterilizar a pipoca numa panela de pressão (PP). Não encontrei nenhum problema com está técnica.
Pena não que se pode usar um recipiente assim para incubar, no lugar dos copos de vidro. Suponho que a folha-de-flândres não seja resistente e inerte o suficiente para conter micélio.
Incubação do substrato:
- Em um aquário com perlita (constantemente acima de 95% de umidade) e aeração com bombinha de aquário.
- A temperatura foi mantida em 24 graus com um aquecedor.
- O aquário ficou 90% envolto em um pano preto
- Depois de 13 dias foi removido o aquecimento, a temperatura ambiente está entre 15 e 18 graus.
Foi removido o pano preto e ajustado um período de luz de 11h em um temporizador (lâmpada fria, tipo mini- fluorescente de 26W). Foram feitos alguns rasgos nos sacos de polipropileno, uns 4 ou 5 em cada saco.
Fotos dos sacos, do aquário, do aquecedor e da glovebox.
Hoje é dia 24 de julho.
Depois de 3 dias notei primordiais e eles estavam como que esmagados por dentro do saco. Creio que a idéia com os furos no saco era fazer com que os cogus brotassem ali... Mas me parecei que tinha primordiais por toda a parte... Então removi totalmente os sacos plásticos e coloquei as duas massas de micélio em recipientes para evitar que os bolos encostem na perlita.
Dia 28. Hoje ainda publicarei fotos dos primordiais.
Desculpe a falta de jeito com o foco... fiquei com preguiça de fazer mais fotos hoje.
Parece uma certa contaminação que surgiu no fundo do saco... (trich ?)
Foto de uma webcam vagabunda...
24 horas depois da última foto:
Colhido ontem o primeiro flush.
Dois carimbos sendo feitos com os dois maiores.
Fotos já sem estes dois que estão printando...
Refogado com alho e azeite de oliva para o molho de uma massa de "grano duro".
****************
A quem interessar possa:
Envio grãos de pipoca com micélio deste cultivo para todos os que quiserem.
Se quiserem por SEDEX peço que façam contato para enviar os recursos. Se quiserem por encomenda normal, envio grátis. Só não sei quanto tempo o micélio vive no Correio.
Peço sugestões de como embalar para o envio...
****************
05/08 - começa o segundo flush:
Este é o vidro que foi re-abastecido com pipoca esterilizada, juntada com o testo de pipoca que não foi usada para inocular os sacos... depois de somente 48h !!
07/08 Evolução do segundo flush:
PERGUNTA AO FORUM:
-------------------------
Como o dito acima, estou repondo pipoca no vidro que uso para inocular o substratos neste cultivo.
O micélio parece gostar, pois cresce muito rápido e envolve toda a nova pipoca colocada lá...
Alguém vê algum problema nisso ?
Peço que mandem comentários não neste diário, mas diretamente para mim.
Depois publicarei os comentários no diário.
Seguimos para o terceiro flush...
E mais !!
Creio que descobri uma técnica para tratar de contaminação por trichoderma
Detalhes em minha "resposta" abaixo neste mesmo tópico.
Comecei com palha de cana. Os sacos estão na incubadora.
O relato seguirá...