Não lembro muito bem quando ou onde, mas já se passaram anos. Sei de como.
Ela nos disse algo como: “Não adianta vocês procurarem os cogumelos! São eles que nos encontram quando querem. Se quiserem.” E sumiu.
...Aquele velho adolescente ficou mais calmo, é verdade, (graças às deusas!) E se passaram anos e viemos como nuvens brilhantes.
Mas o interessante mesmo é que, por incrível que pareça, até hoje, não me encontraram! Insinuaram-se sim, diversas vezes! ...Por meios midiáticos, livros, amigos, desconhecidos, por acaso, em meditações, protagonistas em sonhos, lá por detrás da cerca mais intransponível com sua pastagem teoricamente fluorescente, e por aí viemos, naquela coisa toda e etc... O mais sublime que consegui foi tocar sem medo algumas espécies venenosas que pude conhecer de perto. E só.
E assim, admito que, por um tempo, simplesmente continuei à procura. (Havia alguma esperança no ar, não sei ao certo, já não lembro muito bem...
) ...Porque desse período de ‘sofrimento’ o próprio caminho me obrigou a substituir a ação por uma observação não menos atenta, porém mais passiva, - se é que isso é possível. Parecia-me mais justo para todos... Até quando cansei de vez.
Primeiro castiguei os cabeçudos com um grande esquecimento e, em contrapartida, viciei-me em café por alguns meses. Passaram-se anos... Enrrolei-me em mim até agora a pouco, no ápice desse kaos, quando apenas olhei ao redor e já estava quase tudo pronto. Chegou a hora e a vez, meus amigos! Apenas os sinto em aproximação.
Por isso, peço que façam um pouco silêncio e andem com cuidado nas proximidades, só pra garantir!
MEU PRIMEIRO CULTIVO:
(ajudem-me, por favor!)
Print: Ecuador
Substrato: Arroz integral; Alpiste; Colza; Níger e uma outra semente para pássaros que não lembro; Areia.
Considerações iniciais:
Primeiro quero dizer que todo esse perigo de contaminação de que vocês falam tanto me deixou verdadeiramente paranóico. Tive muita dificuldade de sair do papel só por causa disso.
Além disso, li que os Ecuatorianos são cogumelos grandes. Mas eu usei copos. Copos maiores que os comuns, mas copos... Fiquei imaginando vários cogumelos grandes nascendo dos bolos deles, e acho que são pequenos, se os cogumelos forem tão grandes quanto penso.
A preparação
Também usei daqueles coletores para preparar a seringa. Lambusei meu quarto inteiro com lysol e outros produtos do tipo. Tomei banho com protex, lambusei-me de lysol também e improvisei uma máscara de papel toalha.
Usei água mineral.
Eu tava um pouco nervoso galera... Coloquei quase 3/4 do print no coletor. Só depois que me toquei dessa burrada!... Minha meta que era de 5 copos no máximo... Bom, mas quando me dei conta já tava feito... Os esporos que sobraram no coletor eu deixei lá. E depois de ter sugado os esporos, fiquei na dúvida se tinham realmente passado pra seringa. Olhei com uma lupa e vi algo sim. Mas não tanto quanto eu pensava que teria. O dia tava nublado.
Depois enrolei a seringa num papel alumínio lambusado de lysol, e coloquei na geladeira. Deixei lá por 48 horas.
Nesse tempo preparei o substrato.
:setarimeiro quero deixar claro que, se eu tivesse ficado pensando demais, querendo fazer tudo certinho, ainda não teria feito nada ainda... Então, pra mim, foi necessário começar a agir, mesmo que insanamente.
Aqui no forum li sobre várias combinações para um substrato que teve sucesso. Resolvi experimentar todas as possibilades quanto possível, até pra ver qual funciona mais legal, mais rápido, mas produtivo e tal.
O primeiro foi com pó de arroz com casca. Usei o liquidificador pra fazê-lo. As sementes de pássaros eu deixei na água por, - já não lembro muito bem... - uns 30 minutos, se não me engano. Como eu tinha comprado cada semente separadamente, fiz uma mistura usando a intuição... (tá aí o meu medo, principalmente porque não sou mulher.) Coloquei mais níger, aliás. Mas eu achei que ficou uma mistura bonita! Deixei escorrer por meia hora...
Também deixei uma quantidade de arroz com casca inteiros de molho para, no dia seguinte, fervê-los por 40 minutos e fazer um outro tipo de bolo.
Resumidamente:
Alguns bolos fiz com a farinha de arroz, outros fiz com o arroz inteiros.
Desses com o arroz inteiro, em um eu coloquei areia e no outro não.
Essa areia é uma areia para pássaros que encontrei por acaso num supermercado. Parecia que serviria no lugar da vermiculita, porque além da areia propriamente dita, tem uns pedaços de coral e pequeninas conchas, mas não é salgada. (O que vocês acham?)
...Brinquei intuitivamente na preparação dos bolos, me ligando nas proporções que li aqui no forum.
Outra coisa importante é sobre o selo. O selo sobre o substrato, tudo bem, usei essa areia, beleza. Agora, em alguns bolos, inventei de colocar também uma camada dessa areia no fundo do copo, não sei porque. Acho que li alguma vez sobre essa possibilidade. Serve pra alguma coisa ou atrapalha?
Fiz também um bolinho que não seria inoculado, pra fazer o teste de contaminação, sei lá... (esse nem foi pra panela de pressão.)
Esterilização
No dia seguinte, os bolos foram pra panela de pressão. Deixei apitando por 45 minutos. Como alguns copos eram maiores, e eu, coloquei a água mais ou menos na metade dos maiores. Fiquei com medo de que a água entrasse nos copos maiores, mesmo com a tampa de 3 camadas de papel alumínio.
Inoculação
Deixei a panela de pressão fechada por 24 horas.
Novamente lambulei meu quarto inteiro com lysol. Coloquei lysol no ar. Fechei a janela. Limpei a mesa com alvejante, desinfetantes, e claro, LYSOL... Me lambusei também com ele (após o banho com protex...)... Cobri parte da mesa com papel alumínio e lasquei-lhe lysol... Era lysol demais, deus me livre!
Já com minha nova máscara de papel toalha, e com uma touca, tipo aquela das freiras, sacam? Cobrindo a cabeleira, pequei minha seringa mais nervoso que nunca.
Já tinha limpado também a panela de pressão, por fora. Abri-a, tirei um frasco e lacrei-os com durex. Fiquei na dúvida se deveria passar lysol também nos frascos antes da inoculação... Achei que não. Inoculei desembestadamente em 4 pontos, tampando imediatamente com o durex que eu tinha deixado já cortado.
Foi a maior dificuldade inocular a quantidade certa! Nunca tinha usado uma seringa antes! ...Alguns momentos coloquei demais, noutros de menos... O primeiro frasco eu praticamente não olhei o quanto saiu. Em um furo eu vi a água escorrendo até quase na base do copo... rsrs Só a partir do 4º que eu já tava com a manha. Desse em diante foi só alegria!
Em alguns copos não resisti. Lysol-lhe-ei antes da inoculação. Pra ver no que dava.
Depois, já com frascos inoculados e os furos vedados: lysol em todos. Coloquei todos os frasco numa caixa de papelão limpa com, você já sabem... Tampei-a e a coloquei numa estante - segunda-feira, dia 15 de outubro.
Ontem não resisti. Dei uma olhada e... Nada ainda.
Durmo com ventilador, então pensei que os bolos poderiam estar sentindo frio à noite, o que poderia atravalhar. Então guadei a caixa no guarda-roupa.
Continuo contando os segundos.
Pra finalizar, quero dizer que gostarei de todas as opiniões de vocês. Preciso delas. Estamos no meio do processo.
Simplesmente,
Paz e amor!
abraços a todos!
Ela nos disse algo como: “Não adianta vocês procurarem os cogumelos! São eles que nos encontram quando querem. Se quiserem.” E sumiu.
...Aquele velho adolescente ficou mais calmo, é verdade, (graças às deusas!) E se passaram anos e viemos como nuvens brilhantes.
Mas o interessante mesmo é que, por incrível que pareça, até hoje, não me encontraram! Insinuaram-se sim, diversas vezes! ...Por meios midiáticos, livros, amigos, desconhecidos, por acaso, em meditações, protagonistas em sonhos, lá por detrás da cerca mais intransponível com sua pastagem teoricamente fluorescente, e por aí viemos, naquela coisa toda e etc... O mais sublime que consegui foi tocar sem medo algumas espécies venenosas que pude conhecer de perto. E só.
E assim, admito que, por um tempo, simplesmente continuei à procura. (Havia alguma esperança no ar, não sei ao certo, já não lembro muito bem...
) ...Porque desse período de ‘sofrimento’ o próprio caminho me obrigou a substituir a ação por uma observação não menos atenta, porém mais passiva, - se é que isso é possível. Parecia-me mais justo para todos... Até quando cansei de vez.Primeiro castiguei os cabeçudos com um grande esquecimento e, em contrapartida, viciei-me em café por alguns meses. Passaram-se anos... Enrrolei-me em mim até agora a pouco, no ápice desse kaos, quando apenas olhei ao redor e já estava quase tudo pronto. Chegou a hora e a vez, meus amigos! Apenas os sinto em aproximação.
Por isso, peço que façam um pouco silêncio e andem com cuidado nas proximidades, só pra garantir!
MEU PRIMEIRO CULTIVO:
(ajudem-me, por favor!)
Print: Ecuador
Substrato: Arroz integral; Alpiste; Colza; Níger e uma outra semente para pássaros que não lembro; Areia.
Considerações iniciais:
Primeiro quero dizer que todo esse perigo de contaminação de que vocês falam tanto me deixou verdadeiramente paranóico. Tive muita dificuldade de sair do papel só por causa disso.
Além disso, li que os Ecuatorianos são cogumelos grandes. Mas eu usei copos. Copos maiores que os comuns, mas copos... Fiquei imaginando vários cogumelos grandes nascendo dos bolos deles, e acho que são pequenos, se os cogumelos forem tão grandes quanto penso.
A preparação
Também usei daqueles coletores para preparar a seringa. Lambusei meu quarto inteiro com lysol e outros produtos do tipo. Tomei banho com protex, lambusei-me de lysol também e improvisei uma máscara de papel toalha.
Usei água mineral.
Eu tava um pouco nervoso galera... Coloquei quase 3/4 do print no coletor. Só depois que me toquei dessa burrada!... Minha meta que era de 5 copos no máximo... Bom, mas quando me dei conta já tava feito... Os esporos que sobraram no coletor eu deixei lá. E depois de ter sugado os esporos, fiquei na dúvida se tinham realmente passado pra seringa. Olhei com uma lupa e vi algo sim. Mas não tanto quanto eu pensava que teria. O dia tava nublado.
Depois enrolei a seringa num papel alumínio lambusado de lysol, e coloquei na geladeira. Deixei lá por 48 horas.
Nesse tempo preparei o substrato.
:seta
rimeiro quero deixar claro que, se eu tivesse ficado pensando demais, querendo fazer tudo certinho, ainda não teria feito nada ainda... Então, pra mim, foi necessário começar a agir, mesmo que insanamente.Aqui no forum li sobre várias combinações para um substrato que teve sucesso. Resolvi experimentar todas as possibilades quanto possível, até pra ver qual funciona mais legal, mais rápido, mas produtivo e tal.
O primeiro foi com pó de arroz com casca. Usei o liquidificador pra fazê-lo. As sementes de pássaros eu deixei na água por, -
já não lembro muito bem... - uns 30 minutos, se não me engano. Como eu tinha comprado cada semente separadamente, fiz uma mistura usando a intuição... (tá aí o meu medo, principalmente porque não sou mulher.) Coloquei mais níger, aliás. Mas eu achei que ficou uma mistura bonita! Deixei escorrer por meia hora... Também deixei uma quantidade de arroz com casca inteiros de molho para, no dia seguinte, fervê-los por 40 minutos e fazer um outro tipo de bolo.
Resumidamente:
Alguns bolos fiz com a farinha de arroz, outros fiz com o arroz inteiros.
Desses com o arroz inteiro, em um eu coloquei areia e no outro não.
Essa areia é uma areia para pássaros que encontrei por acaso num supermercado. Parecia que serviria no lugar da vermiculita, porque além da areia propriamente dita, tem uns pedaços de coral e pequeninas conchas, mas não é salgada. (O que vocês acham?)
...Brinquei intuitivamente na preparação dos bolos, me ligando nas proporções que li aqui no forum.
Outra coisa importante é sobre o selo. O selo sobre o substrato, tudo bem, usei essa areia, beleza. Agora, em alguns bolos, inventei de colocar também uma camada dessa areia no fundo do copo, não sei porque. Acho que li alguma vez sobre essa possibilidade. Serve pra alguma coisa ou atrapalha?
Fiz também um bolinho que não seria inoculado, pra fazer o teste de contaminação, sei lá... (esse nem foi pra panela de pressão.)
Esterilização
No dia seguinte, os bolos foram pra panela de pressão. Deixei apitando por 45 minutos. Como alguns copos eram maiores, e eu,
coloquei a água mais ou menos na metade dos maiores. Fiquei com medo de que a água entrasse nos copos maiores, mesmo com a tampa de 3 camadas de papel alumínio. Inoculação
Deixei a panela de pressão fechada por 24 horas.
Novamente lambulei meu quarto inteiro com lysol. Coloquei lysol no ar. Fechei a janela. Limpei a mesa com alvejante, desinfetantes, e claro, LYSOL... Me lambusei também com ele (após o banho com protex...)... Cobri parte da mesa com papel alumínio e lasquei-lhe lysol... Era lysol demais, deus me livre!
Já com minha nova máscara de papel toalha, e com uma touca, tipo aquela das freiras, sacam? Cobrindo a cabeleira, pequei minha seringa mais nervoso que nunca.
Já tinha limpado também a panela de pressão, por fora. Abri-a, tirei um frasco e lacrei-os com durex. Fiquei na dúvida se deveria passar lysol também nos frascos antes da inoculação... Achei que não. Inoculei desembestadamente em 4 pontos, tampando imediatamente com o durex que eu tinha deixado já cortado.
Foi a maior dificuldade inocular a quantidade certa! Nunca tinha usado uma seringa antes! ...Alguns momentos coloquei demais, noutros de menos... O primeiro frasco eu praticamente não olhei o quanto saiu. Em um furo eu vi a água escorrendo até quase na base do copo... rsrs Só a partir do 4º que eu já tava com a manha. Desse em diante foi só alegria!
Em alguns copos não resisti. Lysol-lhe-ei antes da inoculação. Pra ver no que dava.
Depois, já com frascos inoculados e os furos vedados: lysol em todos. Coloquei todos os frasco numa caixa de papelão limpa com, você já sabem... Tampei-a e a coloquei numa estante - segunda-feira, dia 15 de outubro.
Ontem não resisti. Dei uma olhada e... Nada ainda.
Durmo com ventilador, então pensei que os bolos poderiam estar sentindo frio à noite, o que poderia atravalhar. Então guadei a caixa no guarda-roupa.
Continuo contando os segundos.
Pra finalizar, quero dizer que gostarei de todas as opiniões de vocês. Preciso delas. Estamos no meio do processo.
Simplesmente,
Paz e amor!
abraços a todos!
