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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Experimentalismo enteógeno: o lado ativo

Gostei mesmo desta ideia :pos:

Uma outra coisa se encaixa aqui, e que tenho notado ser uma das dificuldades tanto em aceitar a direção como em conseguir a direção:

A vontade [intento], deve co-incidir. Isso é, ser a mesma antes e após a ampliação da consciência .

Seria reduzir a experiência psicodélica a um conhecimento científico, ou seja, prejudicial para a compreensão da totalidade das coisas e do universal.

A nossa experiência tem de ser ampliada, e não reduzida a linhas ou ramos de conhecimento, o conhecimento tem de ser uma floresta, e não uma arvore genealógica: o caminho pelo qual ja traçaram alguns homens nesta floresta do conhecimento só pode nos conduzir, no máximo, ao mesmo lugar onde eles chegaram.

E quem deseja assim, deseja estar morto para só aquilo que realmente tem importância em Existir.

Vou dizer em breves linhas alguma coisa sobre o porque as coisas morrem, isto é, perdem seu valor enquanto uma tendência viva , perdem seu carater orgânico: e mostrar estado de espírito grego que conduz até hoje, por exelência, uma série de valores vivos e eternizados, para compreenderem o que eu falo quando digo a relação entre Vontade e Vida.

Minha proposta é uma intensificação da Vida particular, da apreensão definitiva do objeto ontológico, de modo a não se deixar desgarrar desse Ser das coisas em nenhum momento, nem esquecer qualquer detalhe resultado tanto de percepções empiriológicas (tal como as ciências) e nem espirituais, dando sentido assim para consciência de si e do outro, o não-eu.

Agora uma GRANDE lacuna se abre,e em verdade, esta é a dificuldade em expressar o estado de espírito propício para filosofar: um estado de espírito aberto para a experiência de novas formas, olhar inocente para todos os angulos do Real, vivendo de todas as maneiras possíveis e assumindo todas os papeis sociais na vida intelectiva. Todos esses estados de espírito tem tanta importância de serem vivênciados como os demais outros, hora por dogmático, hora por cético, hora cínico, e, porque não, psicodélico; Tudo tem mais um menos um "encaixe" na sociedade em sua hora, e na estrutura do conhecimento. Pode assumir posturas de educador, de aluno, de sabio ou de proféta: porque tudo isto tras um FIM bom para estes espíritos investigadores.

Engana-se quem pode considerar não valido algum tipo de postura radical ou aparentemente frágil como premissa de conhecimento. Existem uma série de fatores que relevam mesmo nestas condições, que não apenas o resultado de uma equações entre a concordância nominal entre as pessoas, conclusão puramente Objetiva.

Nesse poder de Viver como se fosse um Deus, este poder autônomo de errar, porém com o avau do consentimento, foi em que os Gregos se sacrificaram por realizar tão virtuosamente suas Obras, foi assim que tornaram-se eternamente responsáveis por todo um mundo de cátedras que ainda sao eternizados hoje: Filosofia, Poesia, Ciencia, Auto-Conhecimento, Educação, Cultura, enfim Paidéia como diriam eles mesmos. (um termo grego, que designa todos esses complexos de educação anteriores citados)....

O homem moderno é caduco de toda essa vontade intensa de Viver, mas é congelado na sua Concepção do Ser que não admite a soma nem de um zero após a virgula: Esta sim é uma postura dogmática, mas Não no sentido positivo em que o espírito ainda pode se libertar, mas como prisão num intervalo de tempo da história, ou seja, uma centelha que tem a certeza de morrer.

Porém, nem todos morreem, e nem todos encaram como responsável por isto a história ou o Tempo metafísico dos realistas ingenuos, mas existem ainda hoje os Filósofos que dão continuidade a esse poder Vivo e Orgânico que move mundo des de as Origens do homem: E quem pode negar, só por este motivo, que os filósofos não sejam verdadeiros Deuses, e portanto, Eternos ?
 
Ou acreditamos na experiência psicodélica como algo real, e extraimos experiência duradoura, ou tratamos como lazer.

O sentimento adquirido após cada experiencia, quando verdadeiro, amadurece o intento criando uma reação em cadeia, cada vez mais tornando parte da mente e o agora "estados normais da consciencia".

Este é o objetivo.
 
Enfim... Aceitemos a possibilidade do inexperadamente válido na experiência cotidiana: tornando-a assim, de certo modo, não-cotidiana.
Este é o verdadeiro sentido de viver como se só ouvesse o presente, memento vivere - lembre-se de que a de Viver aquilo que é Vivo, em constraste com as preocupações de Viver as coisas que são Mortas, ou seja, o Devir no Ser e tudo ademais que se transforma.

Sejam Eternos.
 
nos a eteogenia passando por um prisma lança focos de luzes em todas as direcoes, cada um faz a sua propia escolha por onde quer olhar, ou se deseja ver por todos os angulos,
ideias podem ser discutidas trabalhadas p um consenso único.

lembra de terence mckenna, ele simplesmente não tomou um chazinho de qualquer coisa, e derrepente resolveu contar qualquer fantasia,.​

ele era um grande visionário, tinha coviccao, e sabia que que a eteogenia era um mundo mundo complexo, um estudioso, ele levava o assunto a serio, e todo aquele consesso que ele chegou,
foi fazendo pesquisas usando a si próprio, e vários artifícios p concluir suas pesquisas, como
anotacoes pos experiência gravacoes de sons, supostamente vidios,e outros apretechos,
que o ajudou sim, a desvendar parte desse mundo da eteogenia,... pensamentos retrógrados
não leva a nada.​
 
Ou acreditamos na experiência psicodélica como algo real, e extraimos experiência duradoura, ou tratamos como lazer.

O sentimento adquirido após cada experiencia, quando verdadeiro, amadurece o intento criando uma reação em cadeia, cada vez mais tornando parte da mente e o agora "estados normais da consciencia".

Este é o objetivo.

Do ponto de vista psicológico isto pode acontecer, um aumento na quantidade de estruturas, estruturas estas que tem sempre elementos comuns e distintos das outras, que se somam e se subtraem, sim, mas até que ponto esta quantização pela quantização produz um mecanismo e uma estrutura melhores para a Vida ?
E se, por um capricho da natureza, a estrutura psiquica que melhor se adequa à realizade fosse de carater minimalista?: tanto menos elementos, tanto menor sofisticação e gama de possibilidades, maior a sua facilidade de lidar e compreender o objeto dado para experiência ?
A verdade é que não sabemos se existe ou qual é a estrutura do sujeito perfeito, porque nem chegamos a compreender se existe necessidade de que exista um sujeito absoluto: admitimos, antes disso, a possibilidade do sujeito ser o produto do objeto, moldado, de certa maneira, por tudo que subjas ao seu redor. Porém, se acreditarmos que tal sujeito trancende estes objetos, estas redondezas, estariamos rompendo com um principio fundamental.
Esta unidade que chama sujeito tem origem na crença de que o Ser das coisas, ou seja, a sua totalidade, sejam essencialmente dividida em dois pelo motivo de haver nele - o Ser - um carater misterioso e desconhecido, infinitamente complexo ou divino, sintetizado a partir de um "ponto" onde emana todas as forças: tal é o "sujeito".
Mas isto não é mais que uma força contraria ao óbvio, em negar a relação intima que existe entre este mistério e essa coisa revelada: de fato, o mistério consiste em não haver mistério algum, portanto, não poderiamos prescindir de dividir este mundo, ou diminuir-lo em pontos de "sujeitos", e nem criar qualquer que seja sua nominação, mundo real/ideal, mundo objetivo/subjetivo céu/inferno, ...
Tudo está intimamente ligado a esta primeira divisão do objeto ontológico, que era uno.
 
Entendo o que vc fala, mas e se este for o "proximo passo"?

E se for uma passagem do ser passivo para o ser ativo?[ainda mais, pois jah agimos como força transformadora da natureza (por hora, meio fora de controle)]

Será que nao se esconde ai a finalidade para a qual a natureza criou a inteligencia?
 
Entendo o que vc fala, mas e se este for o "proximo passo"?

E se for uma passagem do ser passivo para o ser ativo?[ainda mais, pois jah agimos como força transformadora da natureza (por hora, meio fora de controle)]

Será que nao se esconde ai a finalidade para a qual a natureza criou a inteligencia?

Pode ser que sim, essa seja nossa finalidade, e acredito que exista um grande potencial de criação no homem por isto mesmo.
Tornar-se ativo, nesse caso, é criar isso que esta sendo visto, ou seja, o Ser.
Atividade nesse caso, seria dar mais Vida para este Ser das coisas, que ainda carece de uma perfeição, que carece de absoluteza, pois o mundo, a natureza e principalmente o Homem é imperfeito sabidamente.

Agora atente-se para a profundidade dessa questão:

Porque insiste o homem Ser Imperfeito ?

Apesar de localizar, e até mesmo descobrir parcialmente, esta força criadora de Vida dentro de Si, ainda permanece num ritmo torpe de evolução e crescimento, o que poderia crescer num único segundo de compreensão de tudo.

Tudo é mais ou menos para o Homem: este valor vem censurando a sua coragem de se realizar plenamente; Até na sua mais excelente atividade, na atividade de Ser, hesita...

É triste constatar que o homem é só mais ou menos, apenas mais ou menos...

E a sua hesitação, sem dúvida alguma, é acreditar ter sido privado da resposta para o seu mistério.
 
pelo mecanismo natural parece que apenas compreençao nao se fixa, deve vir acompranhado por experimentação.

A própria natureza e suas infinitas tentativas de formas e formas de vida. Ocorrendo tudo na pratica.

Disso me vem o pensamento: Porque ter pressa na eternidade?
 
pelo mecanismo natural parece que apenas compreençao nao se fixa, deve vir acompranhado por experimentação.

A própria natureza e suas infinitas tentativas de formas e formas de vida. Ocorrendo tudo na pratica.

Disso me vem o pensamento: Porque ter pressa na eternidade?

O problema não é deixar de executar por vagareza essa Atividade peculiar do Homem na Eternidade, mas tornar a vagareza só o que o Homem executa Eternamente.

Por isso eu digo dos Gregos, foram eles que viveram mais intensamente durante seus periodos vivos em carne e osso, por isso foram também os que viveram mais tempo depois de mortos. Não ouve povo que perpetuou mais sua cultura, seus habitos, seus costumes e suas tradições do que o povo Grego na história do Homem, nós mesmos somos uma sombra e repetições de coisas Gregas: Raciocinar, Pensar, "pensar racionalmente", dialogar, concluir, refletir ; Tudo isso foi uma invensão Grega: Tudo isso era a cultura e o Habito mais sublime do homem Grego no apogeu da filosofia com o tril Sócrates/Platão/Aristóteles.

Sem dúvidas, pra fazer uma analogia rústica, seriamos totalmente aristocráticos se nao fosse esse intento histórico, talvez estivessemos nos degladiando por comida ou por uma parceira sexual num planeta pré-histórico hoje em dia (soa paradoxal dizer pré-histórico hoje em dia)...

Até o Estado, é genuinamente Grego: sabidamente conduziam suas próprias organizações sociais de acordo com o modo de vida e o espírito grego organizado de ser.

A questão é toda é a intuição que tinham eles do Caos (deus supremo dos Gregos) que organiza mundo, que esta tradição de sistematizar até o conhecimento passa de desordem total para um sentido Humano pro planeta.

Encontraram como dar ao mundo, o próprio sentido de existir.

O Crepusculo dos Gregos permanece até hoje como princípios de Vidas do povo vulgar, que muitas vezes passa a vida inteira sem saber pelo que Viveu... Viveu por outras coisas, na ação, agiu de acordo com uma cultura de habitos cultivados genéticamente* pela história, mas não viveu por si mesmo.
*Nao entendam no sentido científico...
 
Mas os gregos somos nós!
Os gregos nao eram alienígenas q se foram; Tudo isso é parte da historia/percurso de uma mesma espécie.

Tempos similares ao que agora passamos, também antecederam os gregos. Estamos num "ponto critico" ou momento de salto. Próximos (talvez) do "próximo passo".

O que se pode ter certeza é que posturas e comportamentos como o que agora atravessamos não são sustentáveis. Ou acreditamos na mudança ou no fim.
Eu acredito na mudança, acredito também que ela é paulatina até o "ponto crítico" dele adiante ocorre num súbito.

Rumo ao ponto omega de Teilhard Chardin, ou à 2012 de mckenna ... (ou quem sabe ambos são a mesma coisa.) ou a uma outra coisa.

Eu acredito que as viagens psicodelicas nos preparam para esta mudança, ou pode nos fazer entender o que virá. Mas deve ser algo consciente e propositado.

O custo energético da mente humana é muito alto (em algumas idades chega a 50% do metabolismo do corpo). Deve haver um bom motivo guardado para isso. Simples sobrevivência e perpetuação da espécie não justifica!

Temos que aprender a ver melhor, de uma forma mais completa, com uma linguagem mais completa.

Uma viagem psicodélica não se descreve porque nossa linguagem atual não é suficiente para isso. Mas ela acontece, entao temos que colher ali a nova linguagem, o novo tipo de comunicação, uma nova forma de ver.
 
Concordo com o Fred, alguns de nós estão cegos, outros apenas vendados, e poucos podem ver.

O que nos venda são conceitos, conceitos criados pelo homem os quais tomamos como verdade, sem criticar, sem sentir ou viver. E quando vivemos e tentamos buscar mais conhecimento, mais sabedoria, nos expandimos até os limites desses conceitos, pelo simples fato de não ousar ir alem.
Pensar é ousar.

Agora atente-se para a profundidade dessa questão:

Porque insiste o homem Ser Imperfeito ?

Porque o homem conhece o caminho, sabe o que deve ser feito e o que não deve ser feito, quanto mais ele estuda e filosofa sobre a vida, mais ele conhece, porem todo esse conhecimento por algum motivo as vezes o afasta do caminho, pois ele não o vive, vive apenas os conceitos que ele está buscando.
Conhecer o caminho não significa percorrer o caminho.
Precisamos viver uma realidade perfeita, para podermos nós tornar perfeitos.
Enquanto deixamos que a sociedade/religião/pre-conceitos/ciencia/filosofia/etc ditem as regras de nossa vida, nunca viveremos livres, pois viveremos essa realidade criada, e sempre estaremos batendo nas bordas dela, impossibilitando a expansão.
O conhecimento acumulado pelo homem deve ser uma ferramenta, algo para auxiliar e não um guia, por isso não devemos nega-los, apenas separar realidade vivida de realidade conceitual.

Mais voltando ao experimentalismo ativo, mapearmos o caminho como foi sugerido seria otimo, uma vez que cada um aqui é um individuo diferente, e teriamos experiencias diferentes, cruzar as similaridades nessas experiencias ajudaria a encontrar uma padrão, algo que possa nós auxiliar, talvez um "ponto de partida nessa jornada". Com um ponto de partida definido, desde que não seja algo invasivo que possa limitar a experiencia, faria que com diminuissemos o tempo de experimentação e pudessemos focar no mais importante, o objetivo pelo o qual cada um aqui busca a enteogenia (esses objetivos certamente são diferentes para cada um de nós).

Abraços, paz e luz.
 
Concordo com o Fred, alguns de nós estão cegos, outros apenas vendados, e poucos podem ver.

O que nos venda são conceitos, conceitos criados pelo homem os quais tomamos como verdade, sem criticar, sem sentir ou viver. E quando vivemos e tentamos buscar mais conhecimento, mais sabedoria, nos expandimos até os limites desses conceitos, pelo simples fato de não ousar ir alem.
Pensar é ousar.



Porque o homem conhece o caminho, sabe o que deve ser feito e o que não deve ser feito, quanto mais ele estuda e filosofa sobre a vida, mais ele conhece, porem todo esse conhecimento por algum motivo as vezes o afasta do caminho, pois ele não o vive, vive apenas os conceitos que ele está buscando.
Conhecer o caminho não significa percorrer o caminho.
Precisamos viver uma realidade perfeita, para podermos nós tornar perfeitos.
Enquanto deixamos que a sociedade/religião/pre-conceitos/ciencia/filosofia/etc ditem as regras de nossa vida, nunca viveremos livres, pois viveremos essa realidade criada, e sempre estaremos batendo nas bordas dela, impossibilitando a expansão.
O conhecimento acumulado pelo homem deve ser uma ferramenta, algo para auxiliar e não um guia, por isso não devemos nega-los, apenas separar realidade vivida de realidade conceitual.

Mais voltando ao experimentalismo ativo, mapearmos o caminho como foi sugerido seria otimo, uma vez que cada um aqui é um individuo diferente, e teriamos experiencias diferentes, cruzar as similaridades nessas experiencias ajudaria a encontrar uma padrão, algo que possa nós auxiliar, talvez um "ponto de partida nessa jornada". Com um ponto de partida definido, desde que não seja algo invasivo que possa limitar a experiencia, faria que com diminuissemos o tempo de experimentação e pudessemos focar no mais importante, o objetivo pelo o qual cada um aqui busca a enteogenia (esses objetivos certamente são diferentes para cada um de nós).

Abraços, paz e luz.

Vou inverter a sua afirmação em forma de pergunta: Será que pode alguém percorrer um caminho que não conhece ?

É muito fácil criticar uma postura filosófica, ou ignorar o simples fato de ter alguém conhecido uma Obra e lido um Livro, dizer até que essa vivência mais intelectual não traz nenhum resultado prático, mas a questão fica deste molde como um cinísmo: Será mesmo que não vivê o filósofo, ao mesmo tempo que conhece, aquilo que conhece ?
Se identificarmos Ser e Pensar, o que ocorre inconscientemente muitas vezes no discurso dos que pregam a ignorância, então poderiamos alegar que eles são méros contraditórios.

Mas se desejarem de fato não levar a vida irônica que Nietzsche fala da pessoa vulgar sem conhecimentos elevados, deve ela procurar saber distinguir o que é este Ser e esse Pensar que tanto falam suas filosofias, olhar para si mesmo na distinção do conceito, obedecer a ordem de seu espírito e seguir lógicamente então, para a postura de supremacia, não como contradição, mas como sábio e educador.
 
O problema todo é considerar a vida intelectiva do filósofo como um "tempo perdido" para ele mesmo.

No entanto, não é isto que sucede nem de longe nesse tempo do filósofo, esse tempo é vivido, como vivência do pensamento de outros filósofos, de outros poetas, homens de ciência...

Ler é uma atividade lúdica por exelência: silenciar-se com o corpo todo, deixar-se ouvir a própria vóz interior que se revela a partir dos sinais de outros homens que buscaram expressar algo elevado, seja a procura de formar a si mesmo como homem, seja apenas ter julgado isso pequena formação de um homem maior.
 
Bruno meu amigo, não entendi por que você se sentiu ofendido, apenas grifando e comentando minhas palavras:

Concordo com o Fred, alguns de nós estão cegos, outros apenas vendados, e poucos podem ver.

O que nos venda são conceitos, conceitos criados pelo homem os quais tomamos como verdade, sem criticar, sem sentir ou viver. E quando vivemos e tentamos buscar mais conhecimento, mais sabedoria, nos expandimos até os limites desses conceitos, pelo simples fato de não ousar ir alem.
Pensar é ousar. (a medida que você precisa transgredir aquilo que já se conhece)

Porque o homem conhece o caminho, sabe o que deve ser feito e o que não deve ser feito, quanto mais ele estuda e filosofa sobre a vida, mais ele conhece, porem todo esse conhecimento por algum motivo as vezes o afasta do caminho, pois ele não o vive sua própria vida, com a sua percepção, vive apenas os conceitos que ele está buscando.
Conhecer o caminho não significa percorrer o caminho.
Não é necessário conhecer, basta percorrer, a vida não está em uma frase, um conceito ou em um livro, está a sua volta, dentro de você. A pessoas totalmente ignorantes (não no sentido pejorativo) vivem uma vida sincera e fiel, desde que não se corrompam pelas tentações da sociedade, percorrem o caminho naturalmente simplesmente por se permitirem viver, a através da sua própria percepção.
Precisamos viver uma realidade perfeita, para podermos nós tornar perfeitos.
Enquanto deixamos que a sociedade/religião/pre-conceitos/ciência/filosofia/etc ditem as regras de nossa vida, nunca viveremos livres, pois viveremos essa realidade criada, e sempre estaremos batendo nas bordas dela, impossibilitando a expansão.
Acreditar que é preciso conhecer, para percorrer, é um desses conceitos, por que é necessário conhecer?? Conhecer não fará você percorrer, acredito que esse conhecimento está dentro de cada um de nós. É o bom senso, é aquela vozinha lá no fundo dizendo o que está certo ou errado antes de passar pelo filtro do ego, meu objectivo é trazer essa vozinha a tona e viver através dela, pois só assim saberei o QUE REALMENTE QUERO E O QUE IRÁ REALMENTE ME FAZER BEM.
O conhecimento acumulado pelo homem deve ser uma ferramenta, algo para auxiliar e não um guia, por isso não devemos nega-los, apenas separar realidade vivida de realidade conceitual.

Não estou negando nada, muito menos criticando, estou apenas dizendo que viver é diferente de conhecer, porem um não exclui o outro, porem você sabe tanto quanto eu que o conhecimento ALGUMAS VEZES não irá trazer paz interior.


Porem amigo, não vamos fugir do propósito desse tópico, se quiser discutir essas questões com mais profundidade abra outro tópico ou me envie Mensagens privadas.

Abração, paz e luz.
 
O Neuro iniciou este mesmo thread no PE.
Respondi ali, mas o mesmo parece não ter tido a mesma repercução que alcaçou aqui. Portanto, estou trazendo minha reposta para o CM.

Pra falar a verdade, não li todas as respostas, principalmente porque estou em horario de trabalho e não tive tempo. Então, desculpem-me se eu estiver fora do contexto.

mafufi disse:
A sutileza desta atividade, está no "conduzir ou ser conduzido". Mas será que não conduzimos sempre? As vezes racionalmente... com nosso "eu" presente. Outras vezes, comos conduzidos por nosso "EU", maiúsculo e superior.

Não "racionalizar", por assim dizer, a experiência, não significa que não estamos conduzindo. Pode ser que haja um entendimento maior e elevado entre nosso EU e os seres mágicos que permeiam a natureza e nos guiam por estes caminhos sinuosos. Assim como pode ser que deitemos num rio e energia e sejamos simplesmente levados, sem leme algum.

Mas, partindo do princípio, que tudo influi na experiência, desde o lugar, a musica, a condição, a companhia, a intensão... e tudo isso vc preparou antes, de qualquer forma vc está dando uma direção pra sua viagem.

Nos casos considerados "passivos", pode ser que vc simplesmente aponte pra uma direção, esperando chegar lá. Mas não importa o que vai acontecer no caminho, vc está aberto a todas as possibilidades. Os "ativos" podem ser uma tentantiva de chegar de um certo modo ou por um certo caminho.

Mas as vezes, na tentativa de "racionalizar", por assim dizer, a nossa experiência, podemos nos perder nos labirintos da mente. Aí que mister se fazem as atitudes positivas como mentalizar mantras, luz ou seres protetores, que, assim como o Neuro citou, podem dissolver qualquer badtrip.

O importante é ter sempre o espírito elevado e a luz como guia.

o que vcs acham? :)
 
O Neuro iniciou este mesmo thread no PE.
Respondi ali, mas o mesmo parece não ter tido a mesma repercução que alcaçou aqui. Portanto, estou trazendo minha reposta para o CM.

Pra falar a verdade, não li todas as respostas, principalmente porque estou em horario de trabalho e não tive tempo. Então, desculpem-me se eu estiver fora do contexto.

Interessante seu ponto de vista existencial sobre as disposições do espírito para conduzir a experiência psicodélica.

Essa é uma análise relativamente moderna, é um perspectivismo analítico, seu método é bastante digamos, "justo" para com a Verdade, pois olha sob vários angulos uma mesma situação, um mesmo momento, uma mesma configuração do espírito e do mundo, não assume, assim, nenhum ponto de partida, seja no Eu absoluto, seja na Realidade absoluta.

Assumir objetivamente uma alteração puramente no sujeito (ou seja, subjetiva) que por conseguinte molda e "enforma" a realidade duma outra maneira, dando a impressão de que ela mudou; Ou assumir que mudança ocorreu na realidade mesma, e por conseguinte refletiu no sujeito, que por outro lado, parece, ou acredita, não ter mudado em nadal, significam, respectivamente, os pontos de partida pelos quais poderiamos construir nossa concepção do mundo e do sujeito.

Porém, esse tipo de consideração perspectivista é dificil, é tanto mais difícil pela complexidade com que essas coisas a serem analisadas se apresentam, tal como a experiência psicodélica, nesse caso, torna-se bastante inconclusiva. Óbviamente, se partimos da premissa de que, tanto na analise da experiência psicodélica como na vivência da experiência psicodélica jamais partissemos de um princípio, então como poderiamos nós esperar chegar à um fim dela e ter ela uma finalidade para nós ? Não, apenas fariamos uma análise inconclusiva, porém considerariamos de maneira bastante justa, perspectivista.

O fato é que, se se deseja considerar a experiência psicodélica como um valor agregado para a Vida, com essa consideração deve constar a ressalva deste paradigma entre sujeito e do objeto que determina a ação, encontrado a todo o momento, e se se deseja ainda criar um valor novo dela, para poder gozar o direito da experiência ter tido de fato uma finalidade para a Vida, então fica imprecindível também termos de assumir um princípio.

Interessante que esse nosso método perspectivista ele pode, mas só se quisermos, dar um teor niilista para nossa filosofia. Uma vez que não admitindo nenhum princípio como método, mas sim, o próprio princípio como algo que deva ser objeto de estudo, tiramos assim todo o sentido e a direção da projeção dessa idéia.
Não é o que faz, por exemplo, religiões fundamentalistas, como o próprio nome diz, é a religião que tem como método seguir um princípio, conquanto tem também uma finalidade específica e ja projetada: seja o Bem supremo como no Cristianismo, seja a Verdade como prega a filosofia enquanto religião, seja o Caminho do Meio como o Budismo.

A verdade é que neste carnaval de direções que o Pensamento e o Ser pode se dirigir, carrega consigo a responsabilidade dessa escolha e sabe também a renúncia que ela causa, por um Bem renunciar o Mal, por exemplo, poderiamos não chegar a experimentar que é o Mal e nem saber em que ponto esse poderia servir para o resto dos valores.

É dificil essa transvaloração (situarmos além do bem e do mal como forma de sermos Justos), porque necessitamos conhecer primeiro o que é o Valor, e mister, sua relação com a ação do Homem, o hábito do Homem, a tradição e a cultura que construiram o Valor e a Avaliação das coisas.

Entra na esféra Ontológica, o estudo do Ser enquanto Ser, considerando todos esses aspéctos da existência.
 
Saindo da superfície que se encontram palavras, entrando na orden de idéias, justamente por não ser possível uma representação profunda puramente nominal do objeto, é que vamos então trabalhar e articular princípios, afinal, o que é um princípio?

Princípio são aquelas idéias em que assentam e subjazem outras idéias, por exemplo: da idéia de pacifismo, deriva-se a idéia de fazer o bem; da idéia de fazer o bem, deriva-se a idéia de fazer o bem para os animais; da idéia de fazer o bem para os animais, deria-se a idéia de fazer o bem para os animais racionais.

Que pretendo ilustrar com esse exemplo? A hieraquia que seque um valor moral, des de a sua base mais sólida (os princípios, como a idéia de pacifísmo) até os termos de ação prática (as finalidades, como a não agressão ao idêntico).

Essa hierarquia dos princípios, pode-se dizer ousadamente, situa-se ainda além do plano das idéias, mas extrapola e vai para o plano da abstração (pra usar um termo de analogia comum com os níveis de intensificação do pensamento.

Neste "nivel" de abstração (veja que ja pra definir esse nivel de abstração estamos usando o nivel das idéias, palavra-a-palavra forma a idéia, idéia-a-idéia forma uma abstração, e gradativamente constitui um pensamento mais elevado) nestes níveis de abstração mais elevado é onde encontramos os princípios primeiros do pensamento do sujeito.

A minha sugestão é que num confronto de idéias fosse utilizado o seguinte método, a partir dessa explanação das diferenças, respectivamente, de palavra, idéia e abstrato.

No embate entre duas idéias aparemente contrária, que resulta de cada uma delas ?, em que mututamente se excluem e o que permanece válido em ambas ? Enfim, o que deve-se ter ainda em consideração ? E qual o resultado do confronto entre idéias, ou seja, qual é a idéia que resulta do confronto entre duas idéias ?

Para chegarmos a este resultado, nosso método pode ser, por exemplo, o método que na filosofia clássica chama-se método analógico.

Método analógico é comparar e levantar quais são os elementos comuns de ambas as idéias, seja no plano das suas palavras (os termos iguais), seja no nível das idéias, ou nos níveis mais profundos os abstratos, e mais profundo deles, os princípios do pensamento pelos quais resultaram as idéias a serem comparadas.

As palavra de um e de outro, quando confrontadas, são quase todas diferentes, isto é certo (aprendidas normalmente por tradições orais).

Ja no nível das idéias, começam-se as semelhanças maiores, as idéias de um e de outro começam a se assemelhar (aprendidos com vivência regionais, tradições linguísticas, tradições sociais, "gírias" e habitos comuns emum nicho (Povo, Nação, Cidade).

Conforme o nível do pensamento de ambos aprofunda-se, ou seja, no princípio mais elevado em que ambos se comunicam, e mais se assemelham gradativamente, torna-se mais universal. (esses níveis mais profundos, foram consolidados e aprendidos, "agregaram-se" estas formas de acordo com o horizontes mais universais: tal como conceitos mais universais (como "amor", amor ao próximo, princípo de preservação da vida, senso de justiça; tudo que comunica-se até entre povos bem distintos embora tenham habitos bastante diferentes... ou seja, resultado de uma educação e cultura elevados**).

**Aqui vemos claramente a importância da Educação.

Com isso fica o método da comparação com esses níveis fundamentais da comunicação, e o embate DESTES princípios (e não de princípios superficial como a disputa de palavras, do genero "o-que-significa-o-que" para cada um, ou disputas supeficiais de idéias do tipo "na minha opinião" é isto).

Passemos a considerar isto que TUDO que não se relativisa, e nem se reduz à verdades relativas nem nominalismo de palavras, que é isto que tudo tem ? O que é essa coisa mais universal ? Agora vamos invocar a tradição e nomear daquilo que muitas pessoas e muitos filósofos chamar... Ser.

Vale aqui fazer também uma pequena ilustração da profundidade Ontológica, ou seja, o estudo do Ser.

Existe uma grande concordância entre os filósofos de muitas épocas, e em que eles concordam? Que é que TODOS falam, não com palavras, não com idéias, nem com abstrações, mais com o nivel mais profundo do Ser ?

Ser.. É isto que eles "falam"... Justamente porque todos os filósofos são e é essa a expressão mais profunda que diz todos eles.

E mais além, o que é que TUDO tem, igual ?, e não apenas pessoas e o que elas falam ?

Ser...É isso que TUDO tem, igual. Justamente porque tudo É, ou seja, tudo tem Ser...

Agora rumo à compreensão metafísica desse objeto "Ser".

Isso que identificamos como Ser, que derivou o "Abstrair", que derivou o "Pensar Idéias", que derivou o "Falar Palavras", este Ser, que é ??

Não é justamente isto que, mesmo as palavras mais simples conseguem revelar ? Essa palavra é e representa, deste Ser, o movimento da garganta do homem pelo do ar. Esse movimento da garganta não revela do mesmo modo, porém mais profundamente e com mais intensidade, também suas idéias, também suas abstrações e também os princípios mais fundamentais ainda, ou seja, todo o seu Ser ?

Disso, que o mais fundamental chamamos Ser, mas que não precisa ter nome com palavra, e nem ser representado com idéia, é todo o conteúdo revelado na expressão, seja por "palavra", por "idéia" ou qualquer coisa mais fundamental que isto: porque simplismente É.

Esta é a intuição do Ser.

Se Eu perguntasse agora "Vocês compreendem isso que chamei de intuição do Ser ?", não seria necessário mais do que um "sim" de qualquer um aqui para confirmar a validade de tudo o que Eu disse.

Compreendem como Eu comuniquei ?! Comuniquei com maior exatidão essa única coisa que poderia Eu ter comunicado perfeitamente - porque é perfeitamente comunicavel - o meu Ser.
 
Última edição por um moderador:
No embate entre duas idéias aparemente contrária, que resulta de cada uma delas ?, em que mututamente se excluem e o que permanece válido em ambas ? Enfim, o que deve-se ter ainda em consideração ? E qual o resultado do confronto entre idéias, ou seja, qual é a idéia que resulta do confronto entre duas idéias ?

meu Eu não ta conseguindo nem com um aurélio do tamanho do teclado se achar no meio de tantas palavras-idéias :D

desculpe o meu comentário não construtivo, mais meu ego dominou
 
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