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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Ego

Fugindo de toda essa teoria de como seria a dissolução do Ego vo dizer como foi PARA MIM a dissolução do meu Ego na minha ultima experiencia com 5 gramas de Cubensis secos.

Eu me senti com uma forte conexão com todas as coisas ao meu redor. Uma sensação de unidade com tudo que eu olhava. Tendemos a nos separar do mundo ao nosso redor. No começo da minha "dissolução" me senti formando uma unidade sólida com absolutamente tudo. Como se cada atomo do meu corpo não fosse meu, mas de um coletivo. Resumindo, como se eu fosse todo o Planeta Terra, e Todo o Planeta Terra fosse eu.
Me vem a cabeça uma frase de Joseph Campbell sobre a Hipótese de Gaia do James Lovelock. Se nós somos produtos da Terra então meus olhos são os olhos da Terra, Minha voz é a voz da Terra, Minha consciencia é a consciencia da Terra... Eu senti exatamente essa conexão.
Depois vi que todo mundo se pergunta se existem outras dimensões, outros Mundos... Mas EXISTE, e está bem dentro de cada um... Cada um é um mundo completamente diferente um do outro. Cada um enxerga o mundo de forma diferente. Então não é preciso naves ou telescópios potentes para descobrir outros mundos, basta nos virarmos para dentro de si. Tive esse insight olhando para minha gata, imaginando como o mundo dela seria completamente diferente. Sentidos diferentes, pensamentos diferentes, um mundo completamente novo. Foi ai que eu olhei face a face para o meu Ego...
Vi que o mundo é um só, porem o nosso ego nos distancia nos colocando em mundos completamente longiquos um dos outros.
Observei o mundo como um só por poucos minutos. Me separei do ego, sai do MEU MUNDO, fui para NOSSO MUNDO

 
Então não é preciso naves ou telescópios potentes para descobrir outros mundos, basta nos virarmos para dentro de si.

Não precisamos de naves ou telescópios? Odeio esse tipo de discurso fruto da ignorância.
Entrar em contado consigo mesmo é essencial para evolução, mas se esquecer dessa realidade e viver dentro de seu próprio mundinho é como venerar o próprio ego.
 
Não precisamos de naves ou telescópios? Odeio esse tipo de discurso fruto da ignorância.
Entrar em contado consigo mesmo é essencial para evolução, mas se esquecer dessa realidade e viver dentro de seu próprio mundinho é como venerar o próprio ego.
É por isso que eu sempre digo: INTERPRETAÇÃO TEXTUAL É MUITO IMPORTANTE :)
Não quis dizer que telescópio ou naves não são importantes ou que devem ser ignoradas....

Enfim, não vou suprir a carência que a escola faz na sua vida. Se alguem entendeu a mensagem está otimo (qualquer um que saiba interpretar um texto acho que entenderá).
Passar bem :)
 
Senhores,

Por favor vamos evitar ataques pessoais.
 
(qualquer um que saiba interpretar um texto acho que entenderá).

Cuidado ai. Um texto pode ter muitas interpretações. É importante que você seja claro aqui nesse fórum. Muitas vezes as discussões são guerras de conceitos.
Se houve algum problema com o seu ego, digo que o meu alvo era a sua ideia.
Quando se quebra o ego não há porque de ficar chateado com algumas palavrinhas, não é verdade?
 
Última edição por um moderador:
Cuidado ai. Um texto pode ter muitas interpretações. É importante que você seja claro aqui nesse fórum. Muitas vezes as discussões são guerras de conceitos.
Se houve algum problema com o seu ego, digo que o meu alvo era a sua ideia.
Quando se quebra o ego não há porque de ficar chateado com algumas palavrinhas, não é verdade?

Amigo, acho que você ainda não entendeu que ego não pode ser "quebrado" totalmente para sempre. E ainda no fim do meu relato eu digo que foi por poucos minutos. Uma pessoa sem ego é dificil de viver. Mas a experiencia que tive sem, mesmo que por alguns segundos foi sim bom para mim.

Eu acho que fui claro sim, mas infelizmente parece que não fui claro o suficiente para você....
 
Eu acho que fui claro sim, mas infelizmente parece que não fui claro o suficiente para você....
Quando se quebra o ego não há porque de ficar chateado com algumas palavrinhas, não é verdade?
Enfim, não vou suprir a carência que a escola faz na sua vida.

Vemos aqui, senhores, nesse tópico, essa criatura complexa, fruto de tantos questionamentos, em suas atividades do dia-a-dia!

O Ego em ação! :contente:
 
Engraçado, eu estava pensando nesses dias uma coisa. A experiência de dissolução do ego que se dá somente num pequeno momento, evidenciando a mente primordial, respondeu à todas as minhas perguntas. Depois da experiência refleti e cheguei a conclusão de que minha busca acabou, terminou aquela angústia interior que sentia desde criança, a ferpa na carne havia sido arrancada. Poucos dias depois o ego reuniu forças para o contra ataque e racionalizou que a experiência nada mais era do que um estado alterado da consciência sem qualquer profundidade. Na verdade o ego sempre vai continuar atuando, pois ele é essencial para a vida mundana. Mas ele não é mais o dono absoluto da situação, apesar de se rebelar de vez em quando. Percebi que eu devo cuidar do meu ego como se eu tivesse uma cobra venenosa de estimação, se não tomar o devido cuidado e esquecer que ela vive na mesma casa posso ser envenenado. O ego é sutil e usa de inúmeros artifícios para atingir seus objetivos.
Eu acredito que bem refletida, a experiência de ego perda, não é necessária ser repetida. Ela tem que ser compreendida e cultivada.
 
Freud figuraça. Esse foi longe!

Uma vez ouvi de um cara a seguinte frase: "a minha cabeça só sabe aquilo que ela aprendeu, por isso eu não acredito nela, eu sou mais eu." :D
 
Uma vez ouvi de um cara a seguinte frase: "a minha cabeça só sabe aquilo que ela aprendeu, por isso eu não acredito nela, eu sou mais eu." :D


Deve ter sido aqui mesmo no CM que alguém escreveu essa frase ou algo bem parecido. As pessoas soltam essas frases e talvez nem consigam distinguir o eu sou do que aprenderam.

De qualquer modo o @Rommmm já deu uma resposta interessante para esse tipo de frase:

Desde que você saiba muito bem quem é esse "você mesmo".
 
Deve ter sido aqui mesmo no CM que alguém escreveu essa frase ou algo bem parecido. As pessoas soltam essas frases e talvez nem consigam distinguir o eu sou do que aprenderam.

Salve Ecuador, ouvi essa frase pessoalmente de um conhecido meu que já foi internado algumas vezes, sabe como é, quem vive demais em outra frequência começa a perturbar o status quo, pois "somente as crianças e os loucos falam a verdade, os loucos eles internam e as crianças eles educam" (frase pichada numa praça em Montevidéu). Aí uma vez coloquei essa frase aqui mesmo no CM, não lembro onde.

De qualquer modo o @Rommmm já deu uma resposta interessante para esse tipo de frase:
Muito boa essa resposta. Acho que é difícil saber quem é você mesmo. Talvez, sejamos uma multidão de eus que convergem numa superfície egóica que nos identificamos e pensamos ser o nosso eu, mas que de certo modo, nos orienta nesse oceano de simulações.
 
O seu questionamento me fez analisar a frase com mais profundidade. A parte que diz que 'os loucos falam a verdade' não me parece tão certeira assim. Em relação as crianças, minha tendência é concordar.

Agora o ser humano é obrigado a colocar os filhos com 4 anos nas escolinhas. Pra que isso? Para mais controle social, mais reforço do ego. E quais as suas ponderações em relação a frase citada?
 
Agora o ser humano é obrigado a colocar os filhos com 4 anos nas escolinhas. Pra que isso? Para mais controle social, mais reforço do ego. E quais as suas ponderações em relação a frase citada?



Estamos numa fase em que cada vez mais é necessário um aprendizado formal. E começar mais cedo é um caminho. Quando eu era criança vi vários casos de pais que não se importavam com a educação dos filhos, que tinham mais ou menos a minha idade. Esses filhos cresceram e, exceto os que demonstraram algum talento natural, hoje somente têm opções de trabalhos braçais e/ou mal pagos.

Quanto às crianças falarem a verdade eu, como pai, observando não só as minhas crianças como as que convivem(ram) com elas já vi pessoalmente que não é uma regra. Elas tanto falam a verdade como mentem, assim como os adultos. E podem ser teimosas, manipuladoras e egoístas, desde bem novinhas.

O grupo "crianças", assim como outros grupos dentro da espécie humana, é muito romantizado. Já vi cenas como uma criança estar comendo um bolo e outra criança pedir um pedaço. Aí a primeira criança tirou um pedacinho minúsculo e deu para a segunda criança, que comeu e pediu mais. A resposta da primeira criança: não, você já comeu.

E se você pensar segundo uma perspectiva reencarnacionista as crianças nascem com carma, que bom ou ruim, pode logo se manifestar. Nem sequer podemos dizer que são "inocentes".
 
As crianças devem amadurecer naturalmente, como tudo que cresce. Não sei mesmo o quão natural pode ser uma escola mas prefiro nem opinar.

Para vc, qual eh a principal finalidade de perder o próprio ego?
Eu não diria que o foco seja uma finalidade, acredito que esteja mais para um Caminho, onde caminhar é mais importante do que chegar. Você vai conhecendo e interagindo com o caminho e o aprendizado é íntimo, dinâmico e complexo. Também acredito que esteja menos para PERDER e mais para CONHECER e integrar o Ego e o Ser.
A confusão entre perder e conhecer se dá porque o Ego domina a relação. Diria que esse domínio é favorecido pelo ambiente sociocultural em que vivemos, onde possuir é mais útil do que ser para a sobrevivência (embora essa prioridade/utilidade esteja cada dia mais discutível na sociedade moderna).

Por isso a luta em enfraquece-lo, fazê-lo perder o domínio por alguns instantes e sentir/conhecer/desenvolver a criança que é o Ser/Self/Atman/Espírito. Essa interação conflituosa talvez possa se tornar harmoniosa a medida em que o Ser reprimido se desenvolva, integrando os dois aspectos em um Ser completo; passando de 2 entidades separadas para se tornar uma terceira unificada.

Criar uma relação harmoniosa (amorosa?) entre os dois lados pra mim é o verdadeiro caminho do meio.
...

Sincronicidade total esse assunto. Estava precisando fazer uma síntese de alguns pensamentos enferrujados.
 
Última edição:
Estamos numa fase em que cada vez mais é necessário um aprendizado formal. E começar mais cedo é um caminho. Quando eu era criança vi vários casos de pais que não se importavam com a educação dos filhos, que tinham mais ou menos a minha idade. Esses filhos cresceram e, exceto os que demonstraram algum talento natural, hoje somente têm opções de trabalhos braçais e/ou mal pagos.

De maneira alguma posso concordar com a necessidade de um aprendizado formal Ecuador. Esse aprendizado não visa a autonomia do ser, a sua imaginação, a criatividade, etc. Pelo contrário, são obstáculos ao desenvolvimento.

Vou parafrasear um teórico da Análise Transacional, Eric Berne. Imagina que o seu filho, com menos de três anos de idade está interagindo com um pássaro, tu vai lá na melhor das intenções para educar o menino e diz: 'isto é um sábia', 'aquele é um pica-pau' e por aí vai. A partir deste momento, tu quebrou para sempre a apreciação espontânea do teu filho em relação as espécies que voam. Ele nunca mais vai ver um pássaro que voa, e sim um nome.

Esse processo se repete centenas de vezes na escola num condicionamento furioso, que tem como objetivo primordial, manter a roda da 'babilônia' em funcionamento. Os filhos deveriam passar o máximo de tempo com o pai e a mãe, pra depois pensarmos na escola.

Quanto às crianças falarem a verdade eu, como pai, observando não só as minhas crianças como as que convivem(ram) com elas já vi pessoalmente que não é uma regra. Elas tanto falam a verdade como mentem, assim como os adultos. E podem ser teimosas, manipuladoras e egoístas, desde bem novinhas.

O grupo "crianças", assim como outros grupos dentro da espécie humana, é muito romantizado. Já vi cenas como uma criança estar comendo um bolo e outra criança pedir um pedaço. Aí a primeira criança tirou um pedacinho minúsculo e deu para a segunda criança, que comeu e pediu mais. A resposta da primeira criança: não, você já comeu.

E se você pensar segundo uma perspectiva reencarnacionista as crianças nascem com carma, que bom ou ruim, pode logo se manifestar. Nem sequer podemos dizer que são "inocentes".

Mas será que não existe uma tendência para as crianças reproduzirem aquilo que elas vivenciam? O que pode explicar estes comportamentos da infância que tu citou.
 
Vou parafrasear um teórico da Análise Transacional, Eric Berne. Imagina que o seu filho, com menos de três anos de idade está interagindo com um pássaro, tu vai lá na melhor das intenções para educar o menino e diz: 'isto é um sábia', 'aquele é um pica-pau' e por aí vai. A partir deste momento, tu quebrou para sempre a apreciação espontânea do teu filho em relação as espécies que voam. Ele nunca mais vai ver um pássaro que voa, e sim um nome.



Nomear o que vemos, sejam outros humanos, animais, objetos etc. é uma tendência humana que eu considero universal. Não conheço grupo humano que não nomeie o que vê ou sente. E se o pai não ensinar ao filho o nome do pássaro o mesmo mais cedo ou mais tarde vai procurar o nome, ou vai perceber que os pássaros são diferentes e inventar nomes para eles. Isso também vai quebrar a apreciação espontânea?

Pense em você hoje, como adulto. Quando você está admirando algo que não sabe o nome e alguém lhe diz o nome quebra a sua apreciação espontânea do que você está admirando?



Esse processo se repete centenas de vezes na escola num condicionamento furioso, que tem como objetivo primordial, manter a roda da 'babilônia' em funcionamento. Os filhos deveriam passar o máximo de tempo com o pai e a mãe, pra depois pensarmos na escola.


Como passar o tempo com o pai e com a mãe se eles trabalham? Ou então a mulher deveria desistir de trabalhar e virar dona de casa? Ou deveríamos mudar todo o nosso sistema econômico?
E para quê ficar com o pai e a mãe se estes não devem nem nomear as coisas?
O que fazemos na escola é repassar a cultura que temos, o que todo grupo humano também faz, tenham ou não escolas.



Mas será que não existe uma tendência para as crianças reproduzirem aquilo que elas vivenciam? O que pode explicar estes comportamentos da infância que tu citou.


Como não é possível criar crianças isoladas, só temos conjecturas sobre isso.
 
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