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Completo Diário da Esperança #1 - GT e KC - 6º e 7º Cultivos

Diário de cultivo completo.
Após reler o tópico sobre longevidade de carimbos, me dei conta que eu tinha duas seringas já na casa dos 6 meses ou mais de vida, e ao mesmo tempo queria começar meu sexto cultivo. Também revi meus primeiros cultivos e, agora que dei uma baixada no ritmo de doidera da vida, espero que estes diário e cultivos fiquem mais trabalhados do que os dois últimos.

A Tek pra todos os bolos é a de sempre: PF Tek (guia de cultivo ilustrado) com garrafas pet para o terrário (tópico sobre terrários de garrafas pet). Só pretendo fazer experimentações no inverno, para ter as condições mais favoráveis.


Golden Teacher - 4 bolos inoculados - 6º Cultivo

Foi feito o substrato tradicional no dia 16/01 e levado à PP que, após começar a apitar, ficou no fogo baixo por 1 hora. A inoculação se deu em 17/01, 24 horas depois, com luvas e máscara cirúrgica, sem camisa. Usei toda a seringa de 10 ml de GT, únicos esporos que até hoje obtive em loja on line, com 6 meses já de existência, pela data de envio:
20160117_222529.jpg Eis os copos, que foram levados para a geladeira-incubadora no mesmo dia.


Keepers Creepers - 5 bolos inoculados - 7º Cultivo

Fiz o substrato tradicional de sempre, mas desta vez farinhei um pouco mais o arroz integral:

20160119_215647.jpg Na foto só aparecem os grãos que ainda ficaram grandinhos, mas ficou bastante farelo.

Levei para 2 PPs os 5 copos em 19/01 e deixei uma hora em fogo baixo depois que começou a sair o vapor. No fim, eu sempre me aproximo agachado do fogão pra desligar o fogo, só por precaução... :roflmao:

Aqui, gostaria de detalhar como foi a confecção do substrato:

  1. Sem camisa, sem toca, sem máscara, sem luvas, lavei as mãos com detergente;
  2. Moído bem moído o arroz integral em moedor de café até mais da metade virar FAI;
  3. Fui checar meu filho no quarto dele e falei que ia desligar a TV depois de mais um desenho;
  4. Fiz o subtrato no potão;
  5. Peguei os copos e botei o substrato dentro;
  6. Meu filho me chamou, fui verificar, deixei mais um desenho e voltei;
  7. Aí peguei os guardanapos e limpei as beiradas dos copos, mas tinha esquecido de botar o selo de vermiculita;
  8. Botei o selo bem fino em todos os copos, conseguindo não sujar de novo as beiradas;
  9. Fui lá no meu quarto buscar minha tesourinha;
  10. Peguei o papel alumínio e fui cortando e botando na boca dos copos;
  11. Botei meu filho pra dormir;
  12. Enchi as panelas de pressão na medida que estou acostumado;
  13. Na medida em que colocava os copos eventualmente tirei um cado de água de cada uma das 2 PP pra não ficar muito acima do nível recomendado;
  14. Botei pra esquentar.
A questão dessa narrativa é ver a tranquilidade com que fiz o substrato. Afinal, vai pra autoclave! Não precisa nada além da higiene básica do dia a dia, nem desespero de nada. Eu inicialmente me preocupava de colocar tudo antes de começar os procedimentos, mas nunca, nunca me lembrava. Agora, simplesmente abri mão: vou fazendo e lembrando do que precisa, e então faço, sem pressa, sem grandes preocupações. Depois, bota na PP e esteriliza mesmo... ;)

O procedimento de inoculação dos KC me chamou muito a atenção pelo seguintes fatos: estava sem camisa, me enrolei muito com as coisas e perdi muito tempo, suei dentro do banheiro a ponto de todas as paredes e do espelho embaçarem e eu ter dificuldade de grudar os pedaços de microporo já cortados na parede pra pegar depois da inoculação... Algumas inoculações fiz até mesmo sem a luva... O chão do banheiro não tava muito limpo... Enfim, se tiver um índice alto de contaminação (caso germinem), será esperado, senão... Bem, não recomendo a ninguém fazer isso no primeiro cultivo :whistle:...

20160120_153520.jpg E os 5 copos inoculados com KC cerca de 16 horas depois da PP, no dia 20/01.

Esta seringa em especial do KC foi dada pelo saudoso @Azul :), e já deve contar com uns 8-9 meses de vida pelo menos... Então usei tudo que tava na seringa pra aumentar as chances de germinarem. Além disso, eu esqueci dos problemas em copos de requeijão: o substrato tem que encher um pouco mais o copo pra agulha poder passar o selo de vermiculita na inoculação, o que me indica visualmente que esta foi realizada.


Na Geladeira-Incubadora

Por acaso, apesar de estar no verão, tem feito relativo frio, então a incubadora agora consegue manter a temperatura de fato ideal pra colonizarem:
20160120_153927.jpg Em cima os GT, em baixo os KC.



E agora é torcer pra esses carimbos improváveis darem certo :).
 
Última edição:
6º e 7º Cultivos - GT e KC
Primeiramente, fiz uma p*** de uma burrada: esqueci de deixar o timer funcionando antes de sair de casa pra viajar e com isso a possibilidade de pinagem foi reduzida a quase zero. De fato, apenas um pin, um pobrezinho pin sem direção na vida:
gt1.jpg GT-1 --> a única com a única pinagem de um único pin.
forever_alone_1up_mushroom__by_uber_zombie-d4x4qqt.jpg --> cogumelo
forever alone.

Ocorre que eu desliguei o timer porque a luz acesa não deixa bater foto direito quando fui uma dos terrários juntos , e daí esqueci de passar da energia sempre desligada para de volta a ligar e desligar automaticamente... :facewall::facewall::facewall:

Bem, dado o fim do último dunk há 6 dias, no geral os bolos estão dentro do prazo pra começarem a pinar. :bigode: As razões para achar que alguns jamais irão, no entanto, são outras...

Não sei se pela ausência de fluxo de ar suficiente (parece que tenho que rever os tamanhos dos buracos que usei nos cultivos que não tiveram problemas neste aspecto) ou pela ausência de praticamente qualquer iluminação, os micélios apresentaram um crescimento vegetativo. Não identifico além do GT-2 uma "busca pelo ar", pois apenas neste a estrutura do micélio fica afinada distante do bolo; nos demais, apenas há um forte algodoamento sobre o bolo:
gt2.jpg GT-2 --> aqui eu reconheço bem forte o micélio aéreo.
gt3.jpg GT-3 --> está com uma mancha que promete problemas, mas ainda não aprendi a diferenciar o amarelo de ressecamento ou de micélio fraco do começo de uma contaminação da mesma cor resultante de fluxo de ar muito fraco somado a temperatura abafada. Este segundo parâmetro (temperatura) eu considero porque as
pets só apresentam esse problema com temperaturas externas altas (creio que a partir de 30 °C).
gt4.jpg GT-4 --> é um amarelão só, e uns micélios algodoados surgindo em cima. Me pergunto se esse bolo está no geral morto, porque esse aspecto dele dá pena de ver... :(


kc1.jpg KC-1 --> algodoamento também, mas bem leve.
kc2.jpg KC-2 --> juntamente ao KC-3, foi recentemente aniversariado e logo submergido. Nenhuma novidade. Algodoamento leve.
kc3.jpg KC-3 --> há uma levíssima condensação nas paredes, o que indica alta umidade e boa troca de gases. Pouco algodoamento.

Minha torcida agora é em cima dos KC-2 e KC-3... :LOL:

Bem, gostaria de perguntar se :?: a ausência de iluminação pode levar o micélio de volta ao estado vegetativo de crescimento? Supondo que o fluxo de ar não esteja muito bom, mas que a umidade está boa... Se alguém puder me jogar uma luz. Imagino se mesmo com o fluxo atual de ar, mas com iluminação apropriada, não teria tido mais pinagem e menos micélio crescendo sobre os bolos.

Bem, vou aguardar pra ver o que vai acontecer de diferente com a luz em cima nos próximos dias. Será que vai voltar ao normal e reiniciar a fase de pinagem?

Por fim, cogumelos são muito legais. Eu só tenho uns 200 mg de secos aqui e tô de boa se esse cultivo não me render quase nada, sequer 1 grama total, ao final dele. Não há uma ansiedade, há apenas a tranquila ideia de que um dia no futuro (próximo) farei colheitas suficientes para mim e poderei fazer minha próxima viagem profunda. Por enquanto, vou curtindo a caminhada. :)
 
Última edição:
Exporo eu estava aqui um dia destes vendo as fotos dos seus diários e logo percebi porque seus furos laterais não funcionam bem e porque sempre tem que deixar a tampa frouxa. Você sempre argumenta sobre a questão da geometria da garrafa favorecer a troca por este meio e isto eu não questiono. Mas você já pensou que ao colocar as garrafas em uma caixa você quase que anula as chances de trocas de ar, digamos assim, mais horizontais, pelos furos, já que a caixa impede corrente neste sentido? Eu acho que suas observações sobre a eficácia de furos e a questão da tampa são meio óbvias quando se coloca eles em uma caixa, mas não podem ser tomadas como fato por aqueles que fazem cultivo em garrafas, mas as colocam em local 'aberto', onde o ar passa mais livremente. ;)
 
Exporo eu estava aqui um dia destes vendo as fotos dos seus diários e logo percebi porque seus furos laterais não funcionam bem e porque sempre tem que deixar a tampa frouxa. Você sempre argumenta sobre a questão da geometria da garrafa favorecer a troca por este meio e isto eu não questiono. Mas você já pensou que ao colocar as garrafas em uma caixa você quase que anula as chances de trocas de ar, digamos assim, mais horizontais, pelos furos, já que a caixa impede corrente neste sentido? Eu acho que suas observações sobre a eficácia de furos e a questão da tampa são meio óbvias quando se coloca eles em uma caixa, mas não podem ser tomadas como fato por aqueles que fazem cultivo em garrafas, mas as colocam em local 'aberto', onde o ar passa mais livremente. ;)

Obrigado, @Malahov :).

Sim, sim :bigode:.

Reparei que as garrafas de KC estão com muito menos algodoamento, que deve ser então busca por oxigênio; e me questionei se foi devido a terem mais espaço entre elas dentro da caixa delas e daí melhor circulação de ar.

Eu sempre me questiono o quanto reduz o fluxo de ar nas pets elas estarem dentro da caixa e ainda com o saco de lixo que a forra reduzindo mais ainda o volume ou até tapando relativamente bem um ou mais furos. Talvez esse seja um fator que não faça diferença quando a temperatura está ideal, no inverno; mas que em temperaturas maiores precise ser melhorado. O lado bom é que isso, se der certo, vai fazer com que até as colheitas de inverno sejam melhores :eba:.

:idea: Se eu colocar um contact preto na parede da garrafa pouco acima dos furos, poderei por a garrafa num suporte para ela não ficar no chão, sem precisar também da caixa com o saco de lixo para ajudar a direcionar os cogumelos. Ou posso abrir mão de direcionar qualquer coisa e me divertir com meus cogumelos engarrafados caóticos :D.
 
6º Cultivo - GT
Perdi dois bolos para contaminações, os dos terrários GT-3 e GT-4:
contaminações jogadas fora 1 - GT3 e GT4.jpg contaminações jogadas fora 2 - bolo do GT3.jpg contaminações jogadas fora 2 - bolo do GT4.jpg Bolos dos GT-3 e GT-4 contaminados, respectivamente. Pela primeira vez, senti o tal cheiro de azedo e os joguei fora. A facilidade era abrir a tampa da garrafa para cheirar. Em dúvida perante a novidade, ao abrir de vez a pet o odor ficou incontestável.

:teo_seta_direita: Minha decisão de descartá-los e não tentar um outdoor deu-se pelo cheiro, que denotava avançado estado do contaminante.

Acho que também os bolos estavam já mortos... :?: Não é isso que parece pela foto do da esquerda?

Em relação aos outros dois terrários:
GT1 e GT2 acertando terrários.jpg GT-1 e GT-2 seguem bem. O primeiro está com um cogumelo em franco crescimento :eba:. Bem, os abri para trocar a água oxigenada, retirar o excesso de condensação das paredes da garrafa e conferir se eles também não tinham ido pro beleléu como os outros dois. Mas, cheiram normal e seguem firmes.

Eles estavam com bastante micélio macio algodoado na superfície. Depois que terminei de ajeitar os terrários e antes de colocá-los de volta, passei o dedo com a luva por toda a superfície que tinha algodoado e ele se desfez de um jeito que parecia até que virou água, mostrando uma grande umidade embaixo de onde estava. Creio que isso atrapalhe o micélio de suar, então, e daí não desenvolvam pinos com facilidades nestes locais. Tomara que essa "raspada" com os dedos de leve ajude um pouco. Como consequência, claro, ficaram bem azuladas as superfícies afetadas.

7º Cultivo - KC
Fiquei muito feliz :feliz: ao ver que um dos terrários está com uma boa pinagem:
KC2.jpg KC-2 --> nada de muito especial. A condensação estava forte mas não exagerada, e a busca por ar do micélio é pouca. Creio que deve pinar em breve :bigode:.
KC3 a.jpg KC3 b.jpg KC-3 --> esse daí tá com vários pinos que, creio, vão virar belos cogumelos :contente:. É de longe o terrário que demonstrou a melhor performance (no sentido de aparentar bom equilíbrio entre umidade e troca de ar) até o momento.


Bem, assim se encontra a configuração atual do local dos terrários:
configuração geral da área dos terrários.jpg --> tirei-os das caixas de papelão e os coloquei em cima de uma delas para afastar do chão. Agora espero que a circulação de ar fique mais facilitada.


Outdoor dos Contaminados - Cúmulo da Esperança
Eu até a presenta data nunca tive sucesso com nenhum outdoor incidental em meus cultivos.
Mas, bora tentar de novo! Agora neste cultivo que é desde o começo só esperanças...
Bem, o que eu resolvi enterrar? O bolo contaminado do copo KC #1, que venceu o contaminante completamente há quase duas semanas; e o bolo contaminado do terrário KC-1, que ainda tinha muita área dominada pelo micélio do cubensis:
contaminações enterradas 1 - close copo KC#1 contaminado.jpg contaminações enterradas 1.1 - close no copo sem contaminação visível.jpg contaminações enterradas 1.2 close 3.jpg contaminações enterradas 1.2 close 1.jpg contaminações enterradas 1.2 close 2.jpg contaminações enterradas 1.3 - vaso.jpg Bolo do copo KC #1 --> já foi aniversariado diretamente para o vaso. Vejam nas fotos do meio que não há sinais mais de contaminação. Inclusive, houve até um pequeno e magrelo ao ponto de ser inconsumível cogumelo que cresceu in vitro mas não fotografei.
contaminações enterradas 2 - terrário KC1.jpg contaminações enterradas 2.1 - close 1.jpg contaminações enterradas 2.1 - close 2.jpg contaminações enterradas 2.2 - vaso.jpg Bolo do terrário KC-1 --> deu uma contaminação esquisita com cor marrom e com aspecto líquido em alguns pontos, o que é isso? :eca: Bem, como cheirava normal, coloquei no vaso também pra ver como ficará
outdoor.


Limpeza dos Terrários Contaminados
Por fim, coloquei no fundo dos três terrários uma concentração forte de água sanitária com água, junto às argilas expandidas e tudo, para desinfectá-los e ajudar na limpeza para reaproveitamento no próximo cultivo. Amanhã devo retirar as argilas expandidas, enxaguá-las, colocá-las para secar e terminar de lavar os terrários pet.
 
Última edição:
Show de bola esses que estão vindo, ExPoro.:)

Quanto às contaminações e baixa pinagem -- sem pretender aconselhar alguém mais experiente --, talvez seja um problema de oxigenação mesmo, como Malahov apontou. Tenho abanado meus bolos com mais frequência e a pinagem parece ter sido favorecida, além de uma aparente redução/retardamento dos abortos. Não sei se é o teu caso, talvez valha a experiência.
 
Esporo, me parece que você tem um belo quintal aí, por que fica fazendo outdoor em vaso? As chances de sucesso são muito maiores quando você enterra os bolos próximo a raízes de outra plantas, à sombra delas.
 
sem pretender aconselhar alguém mais experiente

Nada, eu fico batendo cabeça nessas pets, só fico no PF Tek, sequer faço o roll ainda... :LOL:

Eu sou amadorzão :).

Show de bola esses que estão vindo, ExPoro.:)

Quanto às contaminações e baixa pinagem -- sem pretender aconselhar alguém mais experiente --, talvez seja um problema de oxigenação mesmo, como Malahov apontou. Tenho abanado meus bolos com mais frequência e a pinagem parece ter sido favorecida, além de uma aparente redução/retardamento dos abortos. Não sei se é o teu caso, talvez valha a experiência.

Obrigado, @Bodine :).

Creio que estão certos, sim. Mas acho que se soma a pouca oxigenação com a temperatura alta. Em especial essa contaminação amarelada é devido a falta de fluxo de ar suficiente e umidade alta, pelo que pude observar com minha experiência. Em temperaturas ideias do inverno ou aceitáveis de primavera no Sudeste a ocorrência dela foi nula.

Então, pra fins de cultivo no verão, o problema atual meu é inquestionavelmente de melhoria da troca de ar, conforme a @Malahov apontou. Isto gerará uma maior eficácia no inverno também, em que a temperatura favorável ao micélio ajuda e não ocorrer isto - e creio também que pelo menor abafamento ocasionado por temperaturas mais amenas.

Esporo, me parece que você tem um belo quintal aí, por que fica fazendo outdoor em vaso? As chances de sucesso são muito maiores quando você enterra os bolos próximo a raízes de outra plantas, à sombra delas.

É parte do meu plano sim, mas é que o mato tá tão gigante que não consigo nem chegar na sombra da árvore onde plantei meu outdoor anterior :giggle:.

Já tô vendo alguém pra vir aqui :).

Por enquanto esse vaso onde coloquei os dois bolos está atrás de uma escada onde só pega sol diretamente por no máximo uma hora por dia. Pretendo regá-lo com alguma constância nesse começo, pois os bolos estavam relativamente secos. Mas creio que pra frutificarem vou ter que deixar o vaso sem regar por um tempo, já que jogar água corresponde a dar um dunk, de certa forma. Pensei até se não seria possível fazer um dunk em água corrente no vaso, com a mangueira do quintal saindo uma vazão de água bem fraquinha por um dia inteiro, que iria descer pela terra e sair por baixo do vaso, a fim de reidratar os bolos e estimular a primeira pinagem de ambos. :bigode:
 
Local dos Terrários
A mudança sugerida pela @Malahov funcionou muito bem, de retirar as garrafas de dentro de caixas para ajudar na circulação de ar pelos furos:
terrários.jpg --> todos os terrários apresentaram condensação na medida, nem demais, nem de menos. Não houve algodoamento dos micélios, exceto um pouco do KC-2, mas não sei confirmar se não estava já assim antes.

:!: Por isso é bom abrir diário, galera, mesmo que sozinhos tenhamos ideias. A dica da Mala (obrigado novamente :): era algo que eu cogitava mas, por hábito, eu mantinha o que vinha fazendo desde o primeiro cultivo. Aí depois de ter recebido o toque, fui finalmente fazer o teste e deu certo. :feliz: É aquilo, duas cabeças pensam melhor que uma.

Bem, a decisão de fazer isso para melhoria do fluxo de ar ajudou muito e os outros bolos também pinaram.

6º Cultivo - GT
2ª Colheita :eba:
Fiz uma pequena colheita de um único cogumelo ainda não maduro:
GT-1 a.jpg GT-1 b colheita a.jpg GT-1 c colheita peso.jpg GT-1 --> esse cogumelo não estava conseguindo seguir a luz devido ao peso e estar num cantinho do bolo. Quando tirei da pet, apesar de estar conectado à rede micelial, não conseguia sustentação. Para evitar que estragasse em permanente contato com a argila expandida o umedecendo, resolvi colher logo. Até que foi um cogumelo bem denso, de 2,7 gramas frescas. Edit: já mandei pra dentro :fome: (relato).

Em relação ao outro terrrário:
GT-2 b pins.jpg GT-2 --> achei uns pins hoje pra minha surpresa. Mas eles continuam crescendo tão grudados ao micélio... Por que será???

7º Cultivo - KC
Simbora pras fotos:
KC-2 pin.jpg KC-2 --> um pino visível até o momento.
KC-3 pin a.jpg KC-3 pin b.jpg KC-3 --> olha que cogumelo robusto que vai virar aquele ali maior. Na última foto, os
pins aqui também estão crescendo colados ao micélio. Desconfio que seja por conta da luz, então coloquei os terrários de volta com um ângulo mais favorável para a luz em relação aos pins.

Em relação à primeira contaminação, o micélio não venceu:
cont 1.jpg cont 2.jpg cont 3.jpg KC#4 (contaminação 1/2) --> um mês e nove dias depois que separei o copo, eis o resultado que não muda há mais de uma semana. Na foto do meio, vê-se o micélio do contaminante. Foi pro lixo.
 
Última edição:
Atualização Rápida
Estou realmente muito feliz com a pinagem. E também com o fato de que os cogumelos estão indo em direção à luz sem precisar escurecer as laterais dos terrários. Creio que isto se dê pela potência da luz somada à distância que se encontra das garrafas. Já usei luzes menos potentes e não dava tão certo. Acho que a distância ajuda tanto a luminosidade quanto o calor a ficarem na medida:
terrários com luz acesa.jpg terrários.jpg Eis a distância da lâmpada. A potência: 15 W. Temperatura de Cor: 6400 K.

O que é "temperatura de cor"?

Temperatura de Cor

Lord Kelvin, um físico escocês do século 19, criou uma forma de medir os desvios de proporção na composição da luz branca, ou seja, quando predominava o vermelho, o amarelo, o azul, etc... Por este processo, imaginava-se um objeto hipotético totalmente negro (chamado por ele de "corpo negro" , porque absorveria 100% de qualquer luz que incidisse sobre ele) que, ao ser aquecido, passaria a emitir luz. E, além disso, a luz emitida iria mudando gradualmente de cor. A analogia era feita era com um pedaço de ferro, aquecido cada vez mais, o chamado "ferro em brasa" inicialmente de cor vermelha, e depois passando por várias tonalidades (amarelo, verde, azul) conforme a temperatura subia.

Lord Kelvin criou então uma escala de temperaturas, a qual deu seu nome e estabeleceu que a temperatura de 1.200 K (graus Kelvin) o corpo negro tornaria-se vermelho. E que quanto mais aquecido, mais sua tonalidade se alterava, correspondendo a temperaturas intermediárias. Assim, a escala Kelvin de temperatura de cor associa cor e temperatura.
Os físicos necessitam trabalhar com o zero absoluto e imaginaram um corpo que quando resfriado não irradiaria energia e teria teoricamente a cor negra (sem cor). Esta situação teórica foi dado o valor zero Kelvin. Esse valor corresponde a -273 º C (zero absoluto).

Referências para temperatura de cor:

Luz de vela ---------------------------1800 K
Lâmpada incandescente --------------2500 K a 3050K
Lâmpada fluorescente ----------------3000 K a 6500K
Luz solar (meio dia) -------------------5500 K
Céu Nublado ---------------------------7000 K
Céu limpo -----------------------------10000 K a 30000K

E os pins que estão aparecendo bem depois que acertei o fluxo de ar:
gt2.jpg GT-2 --> o aspecto desse bolo tá meio mal, que sofreu muito a primeira fase do cultivo, quando teste o uso de ventilador. Contudo, há diversos pinos em desenvolvimento :teo_ninja:.
kc2.jpg KC-2 --> um único pino, mas que parece que ficará bem robusto. Este bolo e o do KC-3 não passaram pela fase assassina de bolos por ressecamento do uso de ventilador sobre os terrários.
kc3 a.jpg kc3 b.jpg KC-3 --> o que vai salvar a produção deste cultivo. Diversos pinos e todos estão em franco desenvolvimento. Espero que o que já virou cogumelo se torne num coguzão bonito que abra bem e, antes de esporular, consiga tirar uma boa foto dele engarrafado :fotos::fotogenico:.
 
Bem, está resolvido. O problema que estava dando no meu cultivo era de falta de troca de ar suficiente. Agora todos os bolos estão frutificando. :contente:

6º Cultivo - GT
Às fotos e suas explicações:
GT1.jpg GT-1 --> apareceram dois pinos de ontem pra hoje. :)
GT2.jpg GT-2 --> ao observar o aspecto do chapéu do cogumelo do meio daqueles 3 juntos, achei que podia haver um problema, além do aspecto do bolo. Ao abrir a tampa da garrafa e cheirar, confirmei o cheiro de azedo e a contaminação. :!: Posteriormente no momento da colheita tirarei uma foto mais detalhada para confirmar se a contaminação está no cogumelo e se basta (a) secar o cogumelo e/ou (b) fazer chá para afastar algum malefício à saúde.


7º Cultivo - KC
Às fotos:
KC2.jpg KC-2 --> o pino virou um cogumelo e segue crescendo robusto. Do outro lado do bolo também apareceu outro pino que segue firme.

3ª Colheita :eba:

Um cogumelo se adiantou em rasgar o véu antes dos outros neste flush e tive que colhê-lo logo:
KC3.jpg KC-3 --> retirei este cogumelo maior, que parecia até proteger o menorzinho das intempéries. :LOL:

E então olha só quem achou radical esse assunto de cultivar cogumelos :brincalhao::
Heroi Cogumeleiro c.jpg --> tirei uma série de fotos com o boneco de homem-aranha do meu filho pra pegar a melhor pro CMF do próximo mês, uma vez que o cogumelo que colhi não ficou com forma nem tamanho bom pra tentar uma sombra contra a luz. :fotos::fotogenico:
 
6º e 7º Cultivos - GT e KC
4ª Colheita :eba:
Finalmente consegui uma colheita de uma quantidade suficiente para uma viagem profunda de cogumelo:
colheita total.jpg --> 31,1 gramas frescas total colhidas hoje de 3 bolos diferentes :fome:. Foram direto pro chá, que depois foi congelado pelas razões que vou explicar abaixo.

Bem, pra começo de conversa, o grande destaque da colheita foi inesperadamente o bolo do terrário GT-2. Ocorre que ontem eu vi, pela manhã, que a contaminação que nele crescia com os cogumelos era Verticilium spp, devido a finalmente ter visto as listras que crescem e a deformação no chapéu, do mesmo lado da listra:
GT2 contaminado a.jpg GT2 contaminado b.jpg bolo do GT-2 antes da colheita --> Na foto da esquerda, veem-se as listras que crescem nos cogumelos juntos da direita. Na foto da direita, vê-se pelo ângulo a deformação no chapéu provocada por esta contaminação.

Bem, ocorre que ontem de manhã não tive tempo para fazer a colheita, e naquele momento a contaminação era bem mais visível porque os cogumelos não tinham esporulado, apesar de que dois deles já tinham rasgado o véu. Achei que ia conseguir fazer a colheita e tirar as fotos à noite, mas não deu e acabou ficando pra hoje de manhã... Nossa! A biomassa deles quase dobrou nessas 24 horas desde a manhã de ontem, o que me deixou bem feliz :feliz:. Foi bom porque finalmente constatei de vez que o cogumelo continua crescendo mesmo após rasgar o véu até o momento em que esporula. Então, na dúvida, não vou colher mais logo após rasgar o véu, pois a biomassa com certeza é maior, enquanto a questão do momento de maior concentração de psilocina/psilocibina não é comprovado.

Bem, como o bolo já estava contaminado, não me preocupei com a esporulação sobre o bolo. Aliás, este foi enterrado no mesmo vaso das outras 2 contaminações deste cultivo.

Bem, em face à contaminação identificada, o método para posterior consumo dos cogumelos é fazer chá com eles, e por isso não fiz a secagem com os mesmos. Deixei o chá fervendo por um longo tempo, até ficar bem concentrado, depois guardei em uma garrafinha no congelador, pronto pra tomar na data marcada pra próxima trip. :greyalien:

Dois dos outros bolos também tiveram pequenas colheitas:
KC2 colheita.jpg KC3 colhido mas esqueci de fotografar.jpg KC-2 e KC-3 --> esqueci de fotografar a colheita do KC-3, mas foi um cogumelo pequeno.

E por fim, o que não teve colheita hoje:
GT1 a.jpg GT-1 --> com um cogumelo a caminho de madurar e alguns pins em desenvolvimento :).
 
É, só eu mesmo pra atualizar diário enquanto o CM está com problemas pra ficar on-line... :geek:

Atualização Rápida
5ª Colheita :eba:
GT1.jpg colheita hoje.jpg --> feita com o bolo do GT-1, que rendeu 13,2 gramas frescas :fome:

Infelizmente, esse bolo também parece que foi tomado pela mesma contaminação do da colheita anterior. O cheiro um pouco de azedo, mas a aparência dela ainda não é evidente... Mas a marca no píleo mais a deformação do chapéu confirmam que foi contaminado.

Pretendo fazer um chá, mas vou esperar até completar a colheita deste flush deste bolo pra fazer o chá com tudo junto. Foi pro túnel de vento então.
 
6º e 7º Cultivos - GT e KC
6ª Colheita :eba:
Mais uma pequena colheita, que se somará com a última e com a próxima que vier, para o chá que irei fazer :blackalien::
GT1 e KC2 a.jpg GT1 e KC2 b colhidos.jpg GT1 e KC2 --> duas pequenas colheitas...
GT1 e KC2 c pesados.jpg ... que renderam 4,7 gramas frescas :fome:.

Ah, antes de colher, tirei uma foto de sombra engarrafada de um cogumelo:
A Sombra do Cogumelo .jpg A Sombra do Cogumelo de Véu Pendurado :fotos: --> como sempre, essas fotos são pras minhas participações no CMF :fotogenico:.

Tinha cogitado de colocar algum dos dois bolos em dunk, mas:
Bolo a GT1.jpg Bolo do GT1 --> vou esperar pra ver no que darão estes pinos-quase-jovens-cogumelos :bigode:.
Bolo b KC2.jpg Bolo do KC2 --> está com um aspecto extremamente úmido e acabei de pegar a primeira onda (flush) dele, então não fiz a imersão em água.

Em relação ao terceiro terrário, o KC3, hoje de manhã estava muito azul e nenhum pino tinha desenvolvido nem tinha estragado, mas parecia que todos os abortos (o bolo era puro aborto até de pinos que mais pareciam cogumelinhos) tinham sido dominados por um forte micélio que pareciam pelos. Pensei que o bolo tava pra morrer de seco e iria colocar no dunk agora a noite. No entanto, o bolo, da manhã pro fim da tarde, ficou subitamente todo verde de mofo:
KC3 contaminação a.jpg KC3 contaminação b.jpg KC3 contaminação c.jpg KC3 contaminado por mofo verde --> joguei no lixo. Fiquei impressionado como de totalmente azulado o bolo inteiro ficou totalmente verde. Creio que a penugem azul que vi era a soma do azulamento do bolo mais o micélio do mofo antes de esverdear.

Por fim, sobraram apenas dois terrários, um de cada strain:
GT1 e KC2 d configuração dos terrários faltantes.jpg Embaixo, os terrários GT1 (6º cultivo) e KC2 (7º cultivo), que foram colhidos hoje. :teo_ninja:

E, bem, pra terminar, ali no fundo dessa última foto, estão as duas panelas de pressão que aguardavam com 3 substratos esterilizados dentro cada uma para dar andamento à inoculação do próximo cultivo, cujo novo diário já foi aberto. :ler:
 
Última edição:
6º e 7º Cultivos - GT e KC
Uma rápida atualização de como andam os dois terrários restantes:
GT1.jpg GT1 --> os dois pinos se desenvolveram em pequenos cogumelos. Pelo menos mais uma colheita garantida :fome:. E tem mais um pino que surgiu também.
KC2.jpg KC2 --> sem sinal de novos pinos, mas ainda no prazo desde a última colheita :bigode:.
 
6º Cultivo - GT
O bolo já está em condição de colheita desde hoje de manhã em que os chapéus dos dois maiores cogumelos já tinham aberto totalmente:
20160323_214408.jpg GT-1 --> foto tirada agora há pouco. Os dois cogumelos cresceram um pouco mais desde hoje de manhã, o que me beneficiou em termos de biomassa a ser colhida.

Deixei de colher por conta daquele terceiro cogumelo, menor, visível na foto, à esquerda e embaixo. Vou esperar ele também rasgar o véu para a colheita, que deverá ocorrer amanhã.

Os cogumelos apresentam leves sinais de contaminação por Verticilium, com deformações "comidas" nos chapéus e riscos nos píleos.

7º Cultivo - KC
O bolo continua sem sinais de pinos novos. Contudo, como só tem 3 dias desde a última colheita, está tudo OK. Não tirei nem fotos porque está sem qualquer alteração desde a última imagem.
 
6º e 7º Cultivos - GT e KC
Eis os dois terrários, após a colheita hoje do segundo flush do bolo GT1:
GT1 e KC2.jpg GT1 e KC2 --> o primeiro ficou cheio de esporos em cima, mas tudo bem. O segundo aguarda pelo próximo flush.

7ª Colheita :eba:
Pois é, mais uma pequena colheita:
Pesagem colheita de hoje.jpg 17,2 gramas frescas --> já foi feito o chá, devido à contaminação, e levado para congelar.

Agora estou em dúvida se coloco ou não o GT1 num novo dunk, mesmo com a leve mas já estabilizada contaminação de Verticilium, mas de qualquer forma terei de aguardar uns 4-5 dias para fazê-lo.
 
Rápida Atualização
Os dois bolos seguem sem alterações. :coffee:

Devo levar o bolo do GT1 ao dunk.
 
Última edição:
6º e 7º Cultivos - GT e KC
Os dois terrários têm se mantido lá sem eu mexer neles todos esses dias. Eis como estão os dois bolos:
GT1.jpg GT-1 --> já com dois cogumelos jovens neste próximo flush. :)
KC2.jpg KC-2 --> ainda sem sinal de pinagem, mas sem pressa ainda. :coffee:
 
Rápida Atualização
8ª Colheita :eba:
Hoje fiz a colheita do GT-1. Foram dois cogumelos que não pesei hoje porque tá muito complicado por aqui pra fazer isso. Pretendo dar o peso deles quando finalizar toda a secagem. Não apresentavam sinais de contaminação do Verticilium que contaminou o bolo e era perceptível nos cogumelos das colheiras anteriores, mas de qualquer forma pretendo fazer chá com eles quando for ingerir.

Não fiz dunk porque tá muito complicado fazer qualquer coisa por aqui nestes dias, que eu tinha esquecido que tinha que esperar 4-5 dias pra fazer. :roflmao:

E o KC-2 sem sinais de nada ainda, mais alguns dias e já posso começar a me preocupar. Contudo, está com um aspecto bem saudável. Caso não pine, irá pro dunk também. :bigode:
 
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