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Completo Cultivando Australian. Mais uma aventura de um iniciante.

Diário de cultivo completo.
Criando este diário para poder registrar as datas e o desenvolvimento dessa strain que pra mim é nova e lógico que para poder compartilhar a experiência.

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DIÁRIO DE CULTIVO
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STRAIN: Australian
PROCEDÊNCIA: Troca de carimbo com um amigo

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SUBSTRATO PARA COLONIZAÇÃO:
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(x) PF TEK (2 Painço + 1 FAI + 1 H2O)

Selo com vermiculita ou fibra de coco:
( ) Sim (x) Não

Método de preparação e esterilização do substrato:
IMG-20180820-WA0006-1.jpg
Começo preparando o painço, enxo um vasilha com água, coloco o painço e levo ao fogo alto até começar a borbulhar, depois baixo o fogo e deixo por cerca de 20-25 min sempre mexendo, quando alguns grãos começam a estourar está no ponto ideal.

Depois de fervido coloco o painço para escorrer por volta de 30 min e guardo a água que sai pois é bem rica em nutrientes e pode ser usada caso precise.

Nesse intervalo de tempo que escorre o painço preparo a farinha de arroz integral que é bem simples só bater no liquidificador, eu gosto de deixar os grãos pela metade com uma pequena parte em pó.

Um detalhe é que com esse modo de preparo eu não necessariamente adiciono 1 medida de água, geralmente o painço já da conta de umedecer o meio, é bom ter cautela ao medir a quantidade de painço pois depois da fervura ele praticamente triplica o volume, somente depois de fervido é que meço 2 partes de painço e 1 parte de FAI, sem adicionar água, mas caso se decida adicionar por achar que ficou muito seco, pode usar a água que escorreu do painço, muito rica!

Substrato pronto, coloco no copo, não costumo usar selo de fibra de coco, que é o meio que tenho acesso para isso, lacro eles bonitinhos, faço logo os furos da inoculação e tapo com micropore e vão para PP por 1h ou 1h30min dependendo da quantidade de copos.

Por último deixo a panela esfriar por conta própria, para isso gosto de realizar o procedimento a noite por que deixo o restante da noite esfriando e a inoculação acontece no dia seguinte pela manhã ou muitas vezes deixo na PP até a próxima noite quando tenho tempo para inocular.

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INOCULAÇÃO: Data 27/07/2018
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(x) Seringa Multiesporos
( ) Cultura Líquida
( ) Outro: _________________

GloverBox?
(x) Sim ( ) Não

Não é uma foto do dia que preparei a seringa do Australian mas de forma geral é assim que faço meus procedimentos.
Screenshot_2018-08-20-15-55-09-1.png
Mostrei a confecção dela no meu primeiro diário. Glove Box ou Still Air Box é de extrema importância, não me custou nem 10 reais e diminuiu as contaminações aqui em 95%. Só tive 2 bolos contaminados usando ela até então e foram casos em que algo aconteceu de errado como no caso de um bos bolos desse Australian que o papel alumínio rompeu.

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Substrato 100% colonizado data: 12/08/2018
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Foram um total de 5 copos com 1 caso de contaminação.
Foto de alguns dos copos colonizados e outra foto do copo que surgiu a contaminação:
Screenshot_2018-08-20-15-54-47-1.png Screenshot_2018-08-20-15-54-35-1.png Screenshot_2018-08-20-15-54-57-1.png

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CASING:
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Material utilizado: Fibra de coco preparada artesanalmente.

1- Abro o coco para beber a água que é muito boa :contente: e sempre aproveito um pouco para
preparo de CL's.

2- Quebro o coco retiro a casca dura que fica no meio e desfio a parte da fibra.

3- Parte mais importante que é para retirada do excesso de tanino e processo de desinfectação do mesmo, coloco toda fibra em um balde submersa em água e água sanitária, fazer isso durante 5 à 7 dias trocando a água todos os dias, com o contato com a água sanitária percebe-se que o coco solta o tanino facilmente além de estar matando possíveis competidores do meio.
IMG-20180820-WA0005-1.jpg

4- Depois de todo esse processo dou uma picada na fibra com a tesoura e a levo para o micro-ondas por cerca de 10 à 15 minutos, deixo esfriar e faço a cobertura como um sanduíche, em baixo e em cima da marmita casing.

Nunca tive problema com contaminação utilizando deste modo.

IMG-20180820-WA0004-1.jpg
Foi usado 3 copos americanos de 200ml e copo de cozinha de 250ml para confecção desse casing. Foi montado desde o dia 14/08 e está assim no exato momento...

A frutificação ficará por vir nas próximas att. :)

Que venham bons frutos!!
 
Acho que o teu preparo artesanal da fibra de coco merecia um artigo. Capaz de muita gente ter acesso ao coco e acabar comprando a fibra mesmo assim.
 
Acho que o teu preparo artesanal da fibra de coco merecia um artigo. Capaz de muita gente ter acesso ao coco e acabar comprando a fibra mesmo assim.
Hehe
Uma coisa eu sei, o micélio gosta muuuiito dela :love: Eu acho bacana por a mão na massa, pretendo achar um meio para somar com a fibra, não sei se ficaria bom com borra de café... Mas aí no caso já entraria na tek do bulk né, veremos as boas novas :D
 
E aí @Mitopilubare, Belo início de cultivo... vou perguntar porque encontro essas dificuldades, abaixo.

Notei, no copo que está segurando, o micelio apresenta grande rizomorfismo; fiquei de queixo caído! Fez alguma seleção genética, repicagem/separação em placas para alcançar esse resultado? Ou é genética nata do carimbo que recebeu?
Qual a temperatura média em sua região? Monitora temperatura? Como?
Usa algum controle de temperatura? Qual?
Como controlará a umidade no terrário? (água e argila expandida? borbulhador? ) ou não usa essas coisas?

Acredito que virão bons frutos.
.
 
E aí @Mitopilubare, Belo início de cultivo...
Vlw cara! :)

Notei, no copo que está segurando, o micelio apresenta grande rizomorfismo; fiquei de queixo caído! Fez alguma seleção genética, repicagem/separação em placas para alcançar esse resultado? Ou é genética nata do carimbo que recebeu?
Então, não citei isso no post, mas apenas 2 copos dessa strain apresentaram esse rizomorfismo todo, nesses no lugar do arroz eu usei milho para munguzá, dei uma leve batida no liquidificador, misturei com o painço e foi para PP sem nenhum tipo de preparo antes... Como a inoculação foi por meio de uma seringa multi-esporos não houve nenhum tipo de seleção genética, mas, separei uns grãos e estou fazendo sim isolamento, postarei em breve, de modo bem simples! Viva a micologia amadora! :feliz:

Qual a temperatura média em sua região? Monitora temperatura? Como?
Usa algum controle de temperatura? Qual?
Moro em PE e por aqui nessa fase do ano tem tido temperaturas mais baixas que o comum, durante o dia oscila entre uns 28-32 graus e a noite de 22-26 graus. Não uso nada para medir precisamente a temperatura do terrário, me baseio apenas na temperatura ambiente olhando pelo próprio celular :roflmao: Nos dias mais quentes jogo pedras de gelo no fundo do terrário algumas vezes para dar uma amenizada no calor.

Como controlará a umidade no terrário? (água e argila expandida? borbulhador? ) ou não usa essas coisas?
A umidade eu controlo borrifando água gelada nas paredes do terrário sempre que é preciso, também borrifo água no casing de 2 à 3x ao dia. No fundo do terrário eu não uso nada, embora perlita seja muito bom, utilizo apenas 1L de água com umas 10 gotas de água sanitária diluída no fundo do terrário, quanto menos coisa menos chance de contaminação, mas, pretendo usar perlita assim que conseguir achar :D

Espero ter ajudado a clarear suas ideias. Vlw as boas energias hermano :)
 
Estou com esses 3 bolos de 200ml da strain Spectrum 100% colonizados e só pra passar uma visão da receita do painço, olha só como os bolos estão úmidos mesmo eu não tendo colocado a medida de água como descrito na receita tradicional.
20180820_212854-1.jpg
Já vi alguns tópicos aqui no fórum falando sobre deixar o bolo pinar primeiro in-vitro pois teria um micro-clima mais favorável para surgimento dos pins e só depois passar para o terrário. Acho que testarei com esses :eba:
 
Mesmo sendo só um leigo, vejo que realmente parecem ótimos esses bolos, só uma curiosidade que eu não entendi muito bem, você usou vermiculite em algum bolo?
 
Boa sorte Mitopilubare, esperamos para ver os frutos!
 
Estou com esses 3 bolos de 200ml da strain Spectrum 100% colonizados e só pra passar uma visão da receita do painço, olha só como os bolos estão úmidos mesmo eu não tendo colocado a medida de água como descrito na receita tradicional.

Belos potes @Mitopilubare,
O painço tem se revelado um bom substrato, com facilidade para esterilização e rápida colonização, sem contar o preço que (a granel) em minha região é mais barato que outros grãos como milho, centeio, trigo e o arroz integral...

Tenho alguns bolos (MDK) onde usei o painço (250 ml) mesclado com alpiste (250 ml), niger (70 ml) e vermiculita (1.000 ml) que mostraram um bom desenvolvimento do micélio.

Ainda tenho outros bolos com as mesmas medidas, porem sem vermiculita, que demonstraram colonização mais agressiva do que os bolos onde usei a vermiculita. Dá impressão que o painço, além de manter a umidade e ter mais nutrientes, tem a capacidade de disponibilizar esses nutrientes mais facilmente; além de deixar o substrato mais aerado, com mais espaço entre os grãos.

Em meus próximos cultivos estarei tentando novas variações substituindo a vermiculita por igual quantidade de painço.
.
 
Que conversa mah

Isso aí é um escondidinho de macaxeira!
:D:D:D:D:roflmao:
 
Chegando o segundo dia dos pins, estava tudo muito lindo até eu cometer um vacilo... Comi 10g de cogumelos desidratados, viajei profundamente, e esqueci o terrário no terraço de casa onde deu uma chuva, entrou água dentro do terrário atingindo os pins o que causou deformidades, uma espécie de corrosão, e o píleo dos pins ficaram escuros, acho que vai ser feio isso depois de grande :desculpa:
20180827_053707-1.jpg
 
Resultado do primeiro flush;
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Deu bastante ruim, muuuuiiiitos abortos, cogumelos nanicos e deformados, logo Australian que costuma produzir gigantes.
Vacilei feio (n)
Vamos ver o andar da carruagem...
Levei ao dunk na própria marmita, só fiz enxer com água da torneira mesmo, amanhã escorro e mando pro terrário de novo.
Antes vou limpar ele bem pois tive problema com Verticillium no terrário em um casing de Spectrum;
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