Gostaria de fazer uns comentários a respeito...
Primeiramente vamos analisar o fundamento dessas afirmações..
Será possível que alguem "vá" pra outro lugar de sua consciência e nunca mais volte para sua consciência normal?
Pra adimitirmos que alguma coisa vá, que alguma coisa se move, temos que admitir que alguma coisa ficou parada, ou seja, alguma coisa tal NO QUE o movente se moveu.
Se admitimos o movimento de algo, admitimos também o respouso de algo.
A questão é, seria possível nós mesmos nos tornar outra coisa que não é nós mesmos?
A mesma lógica permanece, se admitimos que nos tornamos alguma coisa diferente, admitimos também que continuamos o mesmo em algum ponto, se admitimos que algo em nós se moveu, pressupoe algo que ficou parado.
Que é isto que ficou parado em nós, apesar de todas as mudanças que ocorreram des de a nossa infância? Que é que, apesar de todas as transformações que tive, permanece des de a infância?
Que permanece amigos, é o Eu.
O Eu é o que permanece, apesar de todas as mudanças que poderiamos vir a ter, inclusive mudanças provenientes de estados da consciências, mudanças na perspectiva do mundo, mudanças corporais em geral, ainda depois de todas as mudanças o Eu diz convicto: "Eu".
Oras, se o Eu permanece, se os movimentos em que se configurou a consciência nos momentos das experiências psicodélicas, se esses movimentos não são em sí o Eu, mas parte do Eu. Então não é porque o Eu mesmo nunca mudou ? E se o Eu em sí nunca mudou, e o Eu é a parte mais integra da essência de ser, que importa mais que isso ?
Por outro lado, toda escolha feita muda o Eu de tal modo irreversível, algumas tem um poder maior pra alterar, transmutar as idéias, transmutar suas sensuras, mas qualquer que seja o simples escolher ir ao trabalho pelo caminho diferente ja é uma mudança, já é uma alteração do qual nunca ninguem mais volta.
Psiconautas escolhem pegar altas ondas na psicodelia, e é isso que não tem volta, as escolhas e decisões ja feitas.
O futuro permanece indeterminado para sermos o que quisermos, essa é a maior expressão da liberdade.