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2012

Puts entao 2012 chegou mais perto esse ano.

Sobre as usinas meu grande temor e a explosao do nucleo e repitir se uma Chernobyl aqui no japao, mais segundo as noticias a radiaçao ainda esta sobre controle. Mais nao estao nos informando quantos microsieverts estao nas principais cidades

Na usina em fukushima chegou a 8 mil microsieverts sendo que o maximo anual para uma pessoa e 100 microsieverts.

Mais tomara que consigam controlar isso logo, O terremoto mesmo que foi forte pegou uma regiao pequena ( o sismo principal ) Agora essa nuvem radioativa e muito mais prigosa. Tao distante como por exemplo na europa, a radiaçao ja e sentida

Puts serio que nao acharao a atlandida
 
Acho que é mais uma "brincadeira" da Deusa Éris, tomara que não comece mais uma guerra de tróia por ai, então fiquem atentos senhoras e senhores, nunca esqueçam de convidar-lá para as datas mais importantes.
 
Falou pouco mas falou bonito no seu primeiro post Mestre Lagostinha.
parabens, mortandello aprova isto.
 
Fiquei em dúvida sobre colocar aqui ou no tópico sobre "O Diabo", mas a último parágrafo tem tudo a ver com essas teorias apocalípticas.

Não levem o autor muito a sério, pois é um provocador, mas divertido.




Folha de São Paulo - 15/03/2011

JOÃO PEREIRA COUTINHO

Deus é verde


É um silêncio de resignação e horror. Nada há a dizer ou a explicar, exceto enterrar os mortos e cuidar dos vivos



O TERREMOTO de Lisboa de 1755 não foi apenas um terremoto. Foi uma trágica, devastadora e assaz perfeita confluência de desastres. A terra tremeu. O fogo veio a seguir e devorou as casas. Finalmente, o mar devorou a cidade.

Foi então que a inteligência europeia, com Voltaire à cabeça, formulou uma questão básica sobre a matéria: como é possível que Deus tenha permitido semelhante barbaridade? As palavras de Voltaire correram a Europa e "Lisboa", a palavra, ganhou ressonâncias malignas que só "Auschwitz" acabaria por ter no século 20.

Mas a inquietação de Voltaire não foi a única. Como explica Susan Neiman num brilhante tratado sobre a história filosófica do mal ("Evil in Modern Thought", Princeton University Press, 358 págs.), o terremoto de Lisboa não se limitou a ser pasto para o racionalismo dos "philosophes". O terremoto, em suma, não mostrava apenas ao mundo a crueldade de Deus ou até, no limite, a Sua inexistência.

Para os anti-iluministas, provava o contrário: a justiça e a onipotência divinas sobre uma Humanidade corrupta e pecadora. O terremoto era um castigo de Deus sobre a licenciosidade dos homens.
E nem mesmo as diferentes sensibilidades religiosas da época escaparam às suas guerras privadas. Para os jansenistas, era um castigo sobre uma "cidade jesuíta" onde a Inquisição ainda funcionava. Para os jesuítas era o oposto: um castigo divino precisamente porque a Inquisição não funcionava com a dureza e a regularidade aconselháveis.

O italiano Gabriel Malagrida foi um dos rostos mais conhecidos desse fervor religioso e, um ano depois do terremoto, ainda pregava aos lisboetas que se arrependessem dos seus pecados e se preparassem para o Juízo Final. O terremoto do ano anterior fora, digamos, um mero aperitivo. O prato principal ainda estaria para vir.
O mundo acabou, é certo. Mas apenas para Malagrida, queimado pouco depois como herege num apropriado auto-de-fé. Conta a mesma Susan Neiman que a morte de Malagrida marcava também o fim de uma era que via nos "males naturais" uma expressão dos "males morais". Nas clássicas palavras do marquês de Pombal, a única resposta possível perante o terremoto era "enterrar os mortos e alimentar os vivos". Meditações teológicas para que, quando havia pestes e fomes a evitar? Os mortos foram enterrados. Deus também: os "males naturais" passaram a ser imprevisíveis, contingentes, inexplicáveis. E sobre eles passou a repousar um silêncio de resignação e horror.

É esse silêncio que a maioria observa com as imagens do Japão e a sua particular confluência de desastres. Nada há a dizer, nada há a explicar, exceto enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

Mas há quem resista. Leio na imprensa do dia que o presidente do European Economic and Social Committee, órgão consultivo da União Europeia com certa importância "científica", aproveitou o momento para questionar se a catástrofe japonesa não seria um resultado do aquecimento global ou, como hoje se diz e uma vez que o mundo deixou de aquecer desde inícios do século 21, das "alterações climatéricas". Nas palavras do preclaro Staffan Nilsson, talvez a natureza esteja a falar conosco. Não deveríamos ouvi-la?

Não foi caso único: jornais e televisões foram invadidos por iguais interrogações, normalmente vertidas por políticos e fanáticos da causa ambientalista. A natureza, na visão dessa gente, não pode ser imprevisível, contingente, inexplicável. Como, na verdade, sempre foi ao longo da história. Isso seria um insulto para a nossa patética soberba.

Se o Japão ficou parcialmente destruído, existe uma causa última. E na impossibilidade de a causa ser um deus monoteísta, talvez as respostas se encontrem num deus panteísta: uma mãe natureza indignada com os abusos dos seus filhos, que resolve assim puni-los de forma brutal para que eles deixem de cometer pecados contra ela.

Enganam-se os que pensam que o espírito de Malagrida morreu nas chamas da Inquisição. Os fanáticos da causa verde apenas pintaram Deus com outra cor; mas a atitude mental é a mesma: a atitude de quem explica os "males terrenos" como um castigo dos céus. Ou, melhor dizendo, da Terra.

jpcoutinho@folha.com.br


 

Consciência agindo sobre matéria...
(Imagine do que Gaia é capaz.)
dog_shaking_off_water_cb060103.jpg
 
eu já não teria tanta certeza.
no mínimo, reações naturais já são observáveis...
 
Gaia deve ter ficado muito irritada com alguns habitantes do planeta no passado então, visto que os maiores registros de catástrofes naturais não são esses atuais ...


Será que para criar toda essa mitologia de culpa e medo new-age foi preciso consultoria da igreja católica?
 
Gaia deve ter ficado muito irritada com alguns habitantes do planeta no passado então, visto que os maiores registros de catástrofes naturais não são esses atuais ...

Será que para criar toda essa mitologia de culpa e medo new-age foi preciso consultoria da igreja católica?

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Paritcularmente, não acredito numa entidade consciente chamada Gaia. No entanto não tem como negar que a natureza está sim reagindo a ação irresponsável do homem em muitos dos casos citados pelos ecologistas, cientistas e verdes em geral.
 
Quantos amigos imaginários temos por aqui, Jesus, Gaia, Zeus, Exú, Zull. Parece que os Ghostbusters Melhor dizendo Godbusters precisam retornar a ativa recolocando essas forças novamente num grande receptor, ou melhor ainda no umbral, pra que deixem de assombrar a consciência dos indivíduos.
 
Quantos amigos imaginários temos por aqui, Jesus, Gaia, Zeus, Exú, Zull. Parece que os Ghostbusters Melhor dizendo Godbusters precisam retornar a ativa recolocando essas forças novamente num grande receptor, ou melhor ainda no umbral, pra que deixem de assombrar a consciência dos indivíduos.

Tente não menosprezar a crença dos outros...
O que vc tem como imaginário para outros pode ser bem real (e vice-versa).
A quem acredite na existência do Mestre Lagostinha, por exemplo!
Afinal, o que é imaginário? o que é real e o que é mental? Particularmente, penso que que o próprio Universo é mental...
 
Não procurem fatores externos para o colapso social, cultural, civilizatório e moral da humanidade neste planeta. Garanto que é tudo um fator interno.

Se já podemos influenciar para a destruição de planetas também podemos influenciar na criação. Falta escolher o vetor...
 
Contra dogmas não há argumentos, porque já está tudo decidido na cabeça do crente.

É acreditar ou não na mitologia new-age / culpa / medo / misantropia.


Nada contra dogmas em si. Até tenho os meus. Mas prefiro não acreditar em boa parte deles ;)
 
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