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Completo 1º Cultivo - P. Cubensis - PESA e Albino - PF Tek

Diário de cultivo completo.
Olá Pessoal!

Esse é o meu primeiro cultivo de Cubensis e o primeiro de qualquer tipo de fungo (intencional pelo menos :LOL: ).
Após um longo período de 9 meses, finalmente o alinhamento das circunstâncias permitiu que eu começasse essa maravilhosa jornada de intimidade e convivência com os fungos ancestrais sagrados, como sempre acreditei, tudo tem seu tempo e momento certo de acontecer e não poderia ser diferente. Tenho pelos Cogumelos Sagrados, o mais profundo respeito e admiração.

Agradeço imensamente ao Universo (no mais abrangente dos sentidos) e ao fórum Teonanácatl pela riqueza de informações, amabilidade, paciência e companheirismo dos membros, que permitiu o vasto aprendizado ao longo dos meses desse ano conturbado e cheio de lições valiosas (muitas delas sutis).

Embora o diário prático tenha começado agora, considero que tudo começou no meu primeiro contato com os cogumelos, que para mim foi único, muito especial, completamente inesperado, não poderia ter sido melhor dado todo o contexto, e sem dúvida, essa relação se estenderá até o meu último suspiro dessa maravilhosa passagem.

Gratidão 🙏 !!!

PS: Sou aberto a críticas, sugestões, discussões e debates de qualquer natureza ou assunto (desde que respeitem as regras do fórum).

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DIÁRIO DE CULTIVO - Início 05/09/2020
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STRAINS: PESA (PES Amazonian) e Albino

PROCEDÊNCIA: Cultura Líquida (e-shop de insumos exclusivamente para cultivo)

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PREPARO DO SUBSTRATO
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SUBSTRATO PARA COLONIZAÇÃO:

(X) PF TEK (2V + 1FAI + 1A)

- Vermiculita Dimmy (não tenho onde guardar o saco de 100L, estou procurando alguém para dividir, para poder armazenar uma quantidade menor). Acho um absurdo pagar R$ 10,50 em 250g, mas é o que rolou por enquanto.
- Arroz integral orgânico embalado a vácuo.
- Água mineral de garrafa 1,5L (eu sempre leio a tabela de composição das marcas de água mineral e sempre busco as que contem menor quantidade de fluoreto, cloreto e sódio. A melhor que conheço com o melhor custo x benefício é a Minalba.

Selo com Vermiculita:
(X) Sim ( ) Não

MÉTODO:

Preparação do ambiente:


Dois dias antes, na quinta-feira (03/09), comecei a dar uma boa higienizada na cozinha/área de serviço, onde escolhi fazer o manuseio. Primeiro limpei tudo com uma solução de água sanitária e água, azulejos, cantos superiores do teto, armários, superfícies, frestas, etc...repeti o processo até o dia do preparo (inclusive). Não imaginei que estivesse tão sujo (embora aparentemente estivesse tudo limpo!). Não sou o tipo lunático por limpeza, mas gosto de viver em lugar limpo. Imagino que esses lugares escondidos podem ser fontes perigosas de contaminação, fora que enche o saco limpar, mas no final acho que valeu a pena.

No dia, tanto do preparo do substrato quanto da inoculação, passei lysoform líquido na moldura da janela e nas superfícies e depois álcool 70 e só no dia da inoculação que passei lysoform spray no ar.

A princípio parece exagerado, mas acho que é bom para eu ir pegando o jeito e ir descobrindo o mínimo de assepsia que devo fazer para não ter problemas com contaminações. Da próxima vez, vou tirar uns passos e ver o que rola. Aprendi muito com os relatos dos amigos do fórum, foi importante ler bastante e acompanhar as experiências.

Preparação do substrato e preenchimento dos copos:

Fiz a preparação individual das porções, ao todo foram 5 copos, pois era o que cabia na panela de pressão (PP). Prestei bastante atenção nas proporções (2 vermiculita + 1 arroz + 1 água).
Usei copos de 265ml (que na verdade têm 250ml) com formato de bolo "reto/quadrado". Sei que são pequenos, não tem problema, pois nessa primeira experiência de cultivo meu objetivo principal não é ter flushes volumosos e cogumelos hiper pesados, mas sim aprender a técnica e me familiarizar com os procedimentos e etapas. Mas sem dúvida, no próximo cultivo vou colocar o tutorial de monotub do amigo @Cebolo à prova, vamos ver se é a prova de noob 🤣 .

Lavei bem os copos e os deixei submersos na água fervendo por um tempo. Eram copos novos e o interessante é que observei que juntou uma nuvenzinha escura no fundo de cada copo, mesmo tendo os lavado bem antes (fiquei na dúvida se sei lavar louça rsrs), mas cheguei à conclusão que como o vidro não é 100% perfeitamente liso, a sujeira pode ficar impregnada nas micro ranhuras do copo. Imagino que o processo de esterilização na PP mataria qualquer microorganismo se eu tivesse pulado essa etapa, mas...quem sabe...

Preenchi os copos deixando um pouco mais de 1 centímetro para o selo de vermiculita, limpei a borda por dentro usando papel toalha com um pouco de álcool 70 e caprichei na vermiculita até o limite da borda do copo.

Fechei com papel alumínio e passei duas voltas bem apertadas de fita isolante.

Repeti o mesmo processo para os 5 copos.

OBS:

- Meu liquidificador não moeu muito bem o arroz, minha expetativa era que ficassem uniformemente partidos, mas percebi que muitos grãos ficaram inteiros e uma parte virou farinha mais fina, então, não moí muito e pelo que li das experiências isso não faz tanta diferença.

- Sinto que não deveria ter enchido até o limite do copo com vermiculita, porque acabou estufando (mostrarei mais abaixo), não sei se isso será um problema...

- Mesmo respeitando as proporções e misturando bem com uma colher, ficou um pouco "molhado" no fundo de cada copo, nada exagerado. Pensei que com a alta temperatura da PP e a consequente evaporação da água, além da absorção durante o cozimento do arroz, o selo de vermiculita daria conta de absorver um eventual excesso de umidade.

DSC_2144.JPG

Esterilização do substrato em PP:

Em seguida, acomodei os 5 copos na PP com um descanso de mesa de alumínio entre os copos e o fundo da panela para evitar o contato direto (o que a princípio não achei muito eficaz, mas era o que tinha), além disso, o descanso era muito baixo (preciso providenciar algo mais alto). Realmente não gosto da ideia de colocar pano dentro de PP, não me parece muito seguro...de verdade, não sei...

Enchi a panela com água do filtro até a pouco acima da metade dos copos. Não coloquei a camada extra de papel alumínio solto sobre cada copo, pois entendi que a finalidade desse recurso seria para impedir que gotas de água condensada na parte interna da tampa da PP caíssem sobre potes com tampas duras pré-perfuradas, então, não vi a necessidade.

Coloquei no fogo, esperei a válvula começar a soltar vapor, a partir desse ponto abaixei o fogo e programei o timer para 1h15. Queria deixar por 1h30 mas fiquei com receio de acabar a água da PP.

Passado o tempo, apaguei o fogo e não mexi mais...já eram umas 2:00 da manhã.

DSC_2146.JPG


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INOCULAÇÃO - 06/09/2020
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( ) Seringa Multiesporos
(X) Cultura Líquida
( ) Outro: _________________

Glove Box?
( ) Sim (X) Não

Procedimento:

Com o ambiente limpinho e balcão devidamente sanitizado, conforme descrito acima, preparei todo o material que iria utilizar, acendi umas velas para criar a barreira de calor (não sei se foi muito eficaz, mas tudo bem).
Lavei bem as mãos e braços com sabonete antibacteriano, usei luvas descartáveis, máscara de pano e touca descartável.

Para flambar as agulhas, usei um queimador a álcool de um kit daqueles que vêm com panelinha que ganhei e nunca tinha usado. Preferi usar o queimador a álcool, pois ao contrário do fogo de gás ou vela, não deixa resíduos carbonizados na agulha, não que o resíduo prejudique em algo, mas prefiro assim.

Não tinha tirado as seringas da geladeira com antecedência para o micélio aclimatar (vacilo meu).

Trouxe a PP para perto, sempre passando álcool 70 em tudo, destravei e abri.
Para a minha surpresa, a vedação de papel alumínio estufou, em todos os copos. Fiquei bem preocupado e na hora vi que tinha errado a mão na quantidade de substrato, talvez na quantidade de vermiculita do selo, não sei, mas pelo menos nenhum estava rasgado, o que me aliviou bastante.
Penso que esse estufamento pode ter causado uma compactação no bolo, que de alguma forma pode afetar a colonização, atrasando ou até mesmo impedindo a colonização no fundo dos copos (estou bem preocupado em ter feito uma cagada tão básica)...coisas de noob mesmo :LOL: ...

Comecei a cortar os pedaços de fita microporo e tive muitos problemas em manusear a fita usando as luvas, perdi um monte de fita porque ficava grudando e enrolando, não lembrava que a cola da microporo era tão forte. Pensei muito e quero experimentar não usar luvas da próxima vez, achei muito ruim mesmo, para todo o manuseio. Talvez, posso experimentar usar uma luva de outro material que não seja o látex, que na minha opinião, é uma porcaria.

Fiz a inoculação clássica de quatro furos por copo, 0,5ml por furo, flambando a agulha entre os furos.

Foram inoculados 3 copos com a strain PESA e dois com Albino.

OBS:

- Fiz tudo o mais rápido que pude, o que não quer dizer que tenha sido rápido, percebi que a prática vai agilizar as coisas.
- Fiquei com MUITO calor, desconfortável, trabalhar em ambiente sem ventilação com chamas abertas e álcool 70 líquido achei um tanto perigoso, é preciso ter muito cuidado para não causar um acidente feio.
- Não achei difícil no geral, achei bem prazeroso.
- Percebi que poderia ter colado a fita isolante um pouco mais para cima, mas nada que esteja atrapalhando muito a princípio e talvez tenha salvado de não ter escapado devido ao estufamento. *Já recolei as etiquetas mais para cima.

DSC_2147.JPGDSC_2148.JPGDSC_2149.JPG

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INCUBAÇÃO - 06/09/2020
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Montagem da Incubadora:

Para a incubadora, usei:

- Uma caixa de isopor nova de 37L, higienizada;
- Um aquecedor/termostato para aquários de 25W dentro de uma garrafa PET de 2L de fanta uva (como é bom fanta uva...rsrsrs)
- Um termômetro químico com escala em Fahrenheit (que eu já tinha há muitos anos)

Furei a lateral da caixa com um riscador e enfiei metade do termômetro no furo, deixando para fora a parte da escala que me interessa monitorar, em torno de 80/81 ºF (+/- 27 ºC) no ambiente interno da caixa, entendo que poderia ser um pouco mais, mas estou satisfeito nessa faixa de temperatura, ainda mais considerando o aumento de temperatura dos bolos em função da atividade metabólica do micélio. Vamos ver, qualquer coisa basta ajustar.

Não furei a caixa para passar o fio, apenas apertei e acomodei o fio no isopor, vedou muito bem.

Acomodei os copos de um lado da caixa e deixei a garrafa no outro canto, poderia ter deixado a garrafa no meio da caixa, mas vi que dá mais ou menos no mesmo...tranquilo.

OBS:

Ao longo dos meses passados, por diversas vezes imaginei fazendo todo o processo, nos mínimos detalhes e vejo que isso ajudou bastante, é como se tivesse treinado várias vezes antes de fazer as etapas, senti realmente que já tinha feito isso antes... As surpresas que tive, embora não tenham sido muito graves (penso eu), nunca tinha pensado a respeito, embora provavelmente já tivesse lido.

Para você que está começando agora, como eu, vale a pena fazer anotações sobre que o acha importante dos tópicos e diários que lê ao longo do aprendizado. Tem muita informação aqui no Teo e é fácil se perder. Organizar suas anotações por categorias, pode ser uma boa ideia.

DSC_2151.JPGDSC_2152.JPG

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ACOMPANHAMENTO - 10/09/20
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Dei uma olhada todos os dias, na verdade duas rsrs, de manhã e à noite.
Após 4 dias de incubação, já dá para ver o desenvolvimento do micélio, achei que está se desenvolvendo super bem, fiquei bem feliz.

Ainda estou preocupado com essa compactação...alguém poderia comentar a respeito, por favor?

DSC_2154.JPGDSC_2155.JPGDSC_2156.JPGDSC_2157.JPGDSC_2158.JPGDSC_2159.JPG

Grande abraço e gratidão por ter lido!
 
Salve @izdihar! Valeu cara! É então, acho que não tem um que no primeiro cultivo do dê uma exagerada na limpeza hehehehe, mas de fato funciona né? Acho que com o passar do tempo e a experiência, acaba dando uma relaxada e percebendo que não é tão ferro e fogo assim...tipo o terceiro filho né, que rola na terra e põe a mão na boca depois de engatinhar na calçada hahahaha

Boua ... funciona sim, além de nos alertar sobre assepsia em outros aspectos da nossa vida. Sobre o terceiro filho, estou muito contente com um só KKKKKKKK


Se eu conseguir tirar carimbo, te aviso e abro o tópico. Estou devendo um ao amigo @~B.M.R~, não esqueci não! Só está demorando um pouco mais do que o comum.

Seria massa irmão ... logo eles dão as caras !
 
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ATUALIZAÇÃO - 16/12/20
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Boas notícias, para a minha surpresa, ontem, 6º dia desde o aniversário começaram a aparecer os primeiros pins nos bolos da strain PESA.

O primeiro pin e maior apareceu no bolo que não foi dunkado, e no bolo que foi dunkado, os pins apareceram em maior quantidade...mas pelo tamanho não dá para saber ainda se são abortos.

No terceiro bolo PESA, tem uma quantidade bem grande de nós hifais, não sei se é porque está mais próximo do borbulhador (isso é chute), realmente não sei, mas parece mesmo que cada bolo tem seu ritmo de desenvolvimento.

Nos bolos da strain Albino ainda não apareceu nenhum pin, mas eles estão bem branquinhos, parecem estar saudáveis e hidratados, e também apareceram vários nós hifais, mas bem menores do que os PESA.

Confesso que fiquei extremamente feliz, continuo otimista e torcendo para dar um bom rendimento. Agradeço a torcida e energia positiva dos amigos!

Fotos do dia 15/12:

IMG_6544.JPGIMG_6545.JPGIMG_6546.JPGIMG_6547.JPGIMG_6544 (1).jpgIMG_6545 (1).jpg
 
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ATUALIZAÇÃO - 20/12/20
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Realmente, depois do surgimento dos primeiro pins, o processo começou a acelerar muito e os cogumelos se desenvolveram bem rápido e mais pins foram aparecendo.

No dia 18/12 estavam assim:

IMG_6602.jpgIMG_6603.jpgIMG_6606.jpg

Colhi alguns que amadureceram ontem, 19/12 e os coloquei para secar direto na sílica, como indicado pelo @Ecuador, dentro de um pote bem fechado (hoje dei uma olhada rápida e já parecem bem secos).

Fotos da primeira colheita (19/12):

IMG_6625.JPGIMG_6626.JPGIMG_6631.JPGIMG_6632.JPG

Colhi os que romperam o véu e aproveitei para fazer um carimbo para garantir, o carimbo não ficou muito forte mas é satisfatório, percebi também que as lamelas do Pesa são claras, da mesma tonalidade da parte de cima do píleo, carimbo na cor roxa (farei mais carimbos para oferecer no compartilhado & trocando).

Aproveitei também e tentei uma técnica de clonagem que vi num vídeo que o @mysticgrower indicou no chat, segue o link:

Basicamente a técnica é abrir uma pequena parte da estipe ao meio e com uma seringa com agulha, basta colher um pequeno pedaço do tecido e depositar dentro de um meio líquido.
Para o meio líquido, usei a receita do @mysticgrower também: 5g de mel para 100ml de água, esterilizado na PP por 15 min sob pressão. (Usei os mesmos copos que usei para os bolos, com papel alumínio e fita isolante (não tenho potes com tampa ainda).

O meu preparo do meio líquido ficou com uns resíduos do mel (que decantam), não sei se é a cristalização, não sei mesmo e não sei se influenciará em algo ou se realmente dará certo. Fiz 3 copos, com amostras do cogumelo maior e do cluster. Estão agora na incubadora, se começarem a desenvolver, posto umas fotos.

Um detalhe, usei de amostra dois pedaços pequenos de estipe, talvez 1cm de cada, quando cortei com o bisturi, eles azularam instantaneamente, um tom de azul escuro, bem forte, fiquei até surpreso. Quando acabei, comi os dois pedacinhos, não pesei pois a balança ainda não chegou, mas deveria ter no máximo 3 ou 4g, e comi como uma microdose. Depois de uns 30 minutos comecei a ter uns insights bem interessantes, nenhum efeito físico ou sensorial, talvez um pouquinho de uma certa leveza, mas consegui concentrar em uns pensamentos legais, com uma clareza que havia algum tempo que não conseguia. Deu para ter uma noção de que estão bem potentes e que é uma boa ir devagar nas dosagens antes de ir com muita sede ao pote...

Assim que chegar a balança, vou também montar as microdoses e postar os procedimentos.

Hoje dia 20/12 estão assim:

IMG_6635.JPGIMG_6636.JPGIMG_6639.JPG

Percebi que duas estipes abriram. Hoje fez bastante calor, não sei se influenciou.
E finalmente os albinos começaram a pinar na base do bolo, parece que agora vai.

IMG_6640.JPG

Valeu!
 
Muito massa meu amigo @TupacWari , esta clonagem ja tive sucesso algumas vezes e serve para diversas espécies de cogumelos.
Sendo possível fazer uma CL a partir de uma bandeja de cogumelos comprada no mercado.
A CL de mel fica com estas partículas sempre, não tem problema. Depois o micelio acaba consumindo e quase somem. Varia de acordo com o mel também.
No mais boa sorte nas CLs e muito legal ver os bolos frutificando numa boa, depois de tanto tempo.
 
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ATUALIZAÇÃO - 20/12/20
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Realmente, depois do surgimento dos primeiro pins, o processo começou a acelerar muito e os cogumelos se desenvolveram bem rápido e mais pins foram aparecendo.

No dia 18/12 estavam assim:

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Colhi alguns que amadureceram ontem, 19/12 e os coloquei para secar direto na sílica, como indicado pelo @Ecuador, dentro de um pote bem fechado (hoje dei uma olhada rápida e já parecem bem secos).

Fotos da primeira colheita (19/12):

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Colhi os que romperam o véu e aproveitei para fazer um carimbo para garantir, o carimbo não ficou muito forte mas é satisfatório, percebi também que as lamelas do Pesa são claras, da mesma tonalidade da parte de cima do píleo, carimbo na cor roxa (farei mais carimbos para oferecer no compartilhado & trocando).

Aproveitei também e tentei uma técnica de clonagem que vi num vídeo que o @mysticgrower indicou no chat, segue o link:

Basicamente a técnica é abrir uma pequena parte da estipe ao meio e com uma seringa com agulha, basta colher um pequeno pedaço do tecido e depositar dentro de um meio líquido.
Para o meio líquido, usei a receita do @mysticgrower também: 5g de mel para 100ml de água, esterilizado na PP por 15 min sob pressão. (Usei os mesmos copos que usei para os bolos, com papel alumínio e fita isolante (não tenho potes com tampa ainda).

O meu preparo do meio líquido ficou com uns resíduos do mel (que decantam), não sei se é a cristalização, não sei mesmo e não sei se influenciará em algo ou se realmente dará certo. Fiz 3 copos, com amostras do cogumelo maior e do cluster. Estão agora na incubadora, se começarem a desenvolver, posto umas fotos.

Um detalhe, usei de amostra dois pedaços pequenos de estipe, talvez 1cm de cada, quando cortei com o bisturi, eles azularam instantaneamente, um tom de azul escuro, bem forte, fiquei até surpreso. Quando acabei, comi os dois pedacinhos, não pesei pois a balança ainda não chegou, mas deveria ter no máximo 3 ou 4g, e comi como uma microdose. Depois de uns 30 minutos comecei a ter uns insights bem interessantes, nenhum efeito físico ou sensorial, talvez um pouquinho de uma certa leveza, mas consegui concentrar em uns pensamentos legais, com uma clareza que havia algum tempo que não conseguia. Deu para ter uma noção de que estão bem potentes e que é uma boa ir devagar nas dosagens antes de ir com muita sede ao pote...

Assim que chegar a balança, vou também montar as microdoses e postar os procedimentos.

Hoje dia 20/12 estão assim:

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Percebi que duas estipes abriram. Hoje fez bastante calor, não sei se influenciou.
E finalmente os albinos começaram a pinar na base do bolo, parece que agora vai.

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Valeu!

Salve, meu amigo. Lindo o seu trabalho. Vou absorvendo um pouco mais das tuas experiências. Cheguei a comprar argila expandida, mas fiquei com receio de colocá-la no terrário. No próximo, vou sem medo de ser feliz. Será mais um teste. Pode resolver aquele meu problema com acúmulo de água no chão do terrário. Se tiver o mesmo resultado da vermiculita, vou adotar a argila. Também me chamou atenção o pratinho de festa que você utilizou para botar os bolos haha. Tenho vários desse aqui em casa, mas não pensei neles. Acabei botando as tampas dos potes de vidro e to correndo risco de tombar. Assim que rolar a colheita daqueles 4 bolos, vou adotar o pratinho.

Como ficaram os albinos dessa última foto, irmão? Vou continuar acompanhando o teu trabalho! Máximo respeito. Grande abraço do Gnomo's e excelente semana pra geeeeeraaal!
 
Como ficaram os albinos dessa última foto, irmão? Vou continuar acompanhando o teu trabalho! Máximo respeito. Grande abraço do Gnomo's e excelente semana pra geeeeeraaal!
Boaaaa, traga fotos desses lindos Albinos amigo ... acho realmente lindo a estética desses cogumelos

Então amigos, os Albinos demoraram para frutificar, mas quando vieram, foi com força total.
Mas logo depois que tirei essa foto abaixo, tive um imprevisto onde precisei ficar 4 dias fora...eles estavam muito pequenos ainda para colher e achei melhor não interferir naquele momento, mesmo sabendo que uma esporulação forte pudesse acontecer.

IMG_6687.JPG

E não foi diferente, o terrário inteiro foi tomado por esporos, então limpei tudo, raspei a camada externa para remover parte dos esporos e fiz um dunk.

Perdi um bolo de Albino para tricho, por um vacilo no dunk (ou talvez por estar enfraquecido pelo longo período de incubação)....depois de uns 4 dias de volta no terrário, vi as bolinhas brancas do mesmo tamanho e formato, isolei o bolo e logo depois ficou verde, tive sorte.

Agora estou esperando o segundo flush para tirar uns carimbos e clonar. Abraço!
 
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