É possível cruzar duas raças?
Uma espécie híbrida resultará do cruzamento de um núcleo celular de uma raça com outro núcleo celular de outra raça. Este par de núcleos cruzados seria um híbrido das duas raças. O verdadeiro sucesso desse cruzamento só será atingido se produzir frutos (cogumelos) e se desses frutos forem produzidos os esporos. Somente assim será um cruzamento bem sucedido e poderá classificar-se como raça. Nenhuma informação genética é trocada entre as duas raças até a sua parte, ou núcleo haploide tenha sido fundido e então entrar na meiose. A recombinação ocorreria entre as duas espécies formando uma terceira. Seus esporos seriam uma nova combinação das duas raças iniciais.
Híbridos também podem ser formados por anastomose entre 2 núcleos fundidos (dicário), mas isso aconteceria com muito pouca frequência se comparado com o cruzamento descrito acima.
Anastomose ocorre com muita freqüência entre sub-raças de uma mesma raça, isto é, entre diferentes cruzamentos de esporos dentro de uma seringa. Quando se inocular um copo com a seringa multiesporos, a anastomose acontece com uma grande freqüência. Um cruzamento dominante vai se fundir com outros cruzamentos, incorporando-os dentro da rede micelial. Isso pode mascarar um mal cruzamento também.
Um núcleo dicário fértil A1B1-A2B2 pode cruzar com um dicário A1B2-A2B2 e trocar o núcleo A1B2 por um núcleo A1B1. Cria-se um dicário fértil A1B1-A2B2 que participa da colonização. Cruzamentos sub-sequentes podem trocar o núcleo A2B2 com o seu próprio núcleo A2B2, que mudaria completamente a rede hifal para seu genótipo principal. Ou poderia apenas transformar-se parcialmente.
Este processo pode ser visto numa placa nutriente de ágar. Nem todas as sub-raças podem se fundir. Algumas são completamente incompatíveis. Haverá uma zona de crescimento zero entre eles na placa de Petri. Essas sub-raças não se fundem.
Em teoria, híbridos podem ser formados entre sub-raças de uma raça única, ou entre diferentes raças de uma mesma espécie.
Mas isto é teoria, e tem sido cientificamente bastante discutida e demonstrada em outras espécies, como Basidiomicetes, que já foi estudada! Eu não sei se existem alguns estudos que foram feitos com cubensis, em relação a teoria descrita acima, mas eles devem existir, porque já foi claramente comprovado que o cubensis é heterotálico e tetrapolar. E todos as informações acima estão relacionadas aos tipos de raça na família Basidiomicetes.
Se você perguntar porque não existem estudos a respeito do cubensis, provavelmente a resposta seria: baixo investimento.
Anastomose tem sido amplamente estudada no mundo dos cogumelos. Agaricus bisporus é homotálico e dois esporos, não quatro. Todo e qualquer esporo que é produzido contém um duplo núcleo haploide, capaz de originar um dicário. Mas essa fusão (anastomose) entre esses dicários produz mais dicários produtivos!!! A maioria do alto rendimento do Agaricus bisporus é resultado da hibridização dentro da própria raça ou entre raças dessa espécie. Então se isto ocorre entre dicários desta espécie, é bem provável que possa ocorrer entre monocários de outras espécies, e porque não isto não pode ocorrer dentro da espécie P. Cubensis?
O fator principal para ser superado no cruzamento de monocários é a proximidade com que eles germinam. Esporos tendem a se modificar. Se simplesmente colocar esporos de duas raças diferentes dentro de uma seringa, não será possível superar a modificação dos esporos desta raça, e também a proximidade entre os esporos durante a germinação.
Provavelmente isso ainda ocorra quando injetado em um substrato, e alguns dos frutos possam ser realmente híbridos, entre raças, e o esporo resultante daquele cogumelo será diferente se olharmos e compararmos com os cogumelos “pais”.
Muito mais fácil é diluir esporos de cada raça separadamente, coloca-los numa placa de Petri, isolar o crescimento vagaroso de monocário, e tentar cruzar tantos quanto puder nesse meio. E tentar cruzar entre raça/raça e sub-raça/sub-raça. Todos os cruzamentos que frutificarem serão híbridos. Se eles esporularem, você terá uma nova raça. Simplesmente clonando os cruzamentos originais que frutificarem, serão híbridos também, mas não um híbrido verdadeiro, porque eles não tiveram nenhuma recombinação de genes, entre as duas raças. Isto pode ser explicado como uma coexistência de dois núcleos haploides, um de cada espécie, agindo independentemente, mas juntos para criar frutos!!!! A verdadeira mixagem genética ocorre durante o processo de cariogamia e a subseqüente meiose.
(Traduzido de Teonan)
Híbridos também podem ser formados por anastomose entre 2 núcleos fundidos (dicário), mas isso aconteceria com muito pouca frequência se comparado com o cruzamento descrito acima.
Anastomose ocorre com muita freqüência entre sub-raças de uma mesma raça, isto é, entre diferentes cruzamentos de esporos dentro de uma seringa. Quando se inocular um copo com a seringa multiesporos, a anastomose acontece com uma grande freqüência. Um cruzamento dominante vai se fundir com outros cruzamentos, incorporando-os dentro da rede micelial. Isso pode mascarar um mal cruzamento também.
Um núcleo dicário fértil A1B1-A2B2 pode cruzar com um dicário A1B2-A2B2 e trocar o núcleo A1B2 por um núcleo A1B1. Cria-se um dicário fértil A1B1-A2B2 que participa da colonização. Cruzamentos sub-sequentes podem trocar o núcleo A2B2 com o seu próprio núcleo A2B2, que mudaria completamente a rede hifal para seu genótipo principal. Ou poderia apenas transformar-se parcialmente.
Este processo pode ser visto numa placa nutriente de ágar. Nem todas as sub-raças podem se fundir. Algumas são completamente incompatíveis. Haverá uma zona de crescimento zero entre eles na placa de Petri. Essas sub-raças não se fundem.
Em teoria, híbridos podem ser formados entre sub-raças de uma raça única, ou entre diferentes raças de uma mesma espécie.
Mas isto é teoria, e tem sido cientificamente bastante discutida e demonstrada em outras espécies, como Basidiomicetes, que já foi estudada! Eu não sei se existem alguns estudos que foram feitos com cubensis, em relação a teoria descrita acima, mas eles devem existir, porque já foi claramente comprovado que o cubensis é heterotálico e tetrapolar. E todos as informações acima estão relacionadas aos tipos de raça na família Basidiomicetes.
Se você perguntar porque não existem estudos a respeito do cubensis, provavelmente a resposta seria: baixo investimento.
Anastomose tem sido amplamente estudada no mundo dos cogumelos. Agaricus bisporus é homotálico e dois esporos, não quatro. Todo e qualquer esporo que é produzido contém um duplo núcleo haploide, capaz de originar um dicário. Mas essa fusão (anastomose) entre esses dicários produz mais dicários produtivos!!! A maioria do alto rendimento do Agaricus bisporus é resultado da hibridização dentro da própria raça ou entre raças dessa espécie. Então se isto ocorre entre dicários desta espécie, é bem provável que possa ocorrer entre monocários de outras espécies, e porque não isto não pode ocorrer dentro da espécie P. Cubensis?
O fator principal para ser superado no cruzamento de monocários é a proximidade com que eles germinam. Esporos tendem a se modificar. Se simplesmente colocar esporos de duas raças diferentes dentro de uma seringa, não será possível superar a modificação dos esporos desta raça, e também a proximidade entre os esporos durante a germinação.
Provavelmente isso ainda ocorra quando injetado em um substrato, e alguns dos frutos possam ser realmente híbridos, entre raças, e o esporo resultante daquele cogumelo será diferente se olharmos e compararmos com os cogumelos “pais”.
Muito mais fácil é diluir esporos de cada raça separadamente, coloca-los numa placa de Petri, isolar o crescimento vagaroso de monocário, e tentar cruzar tantos quanto puder nesse meio. E tentar cruzar entre raça/raça e sub-raça/sub-raça. Todos os cruzamentos que frutificarem serão híbridos. Se eles esporularem, você terá uma nova raça. Simplesmente clonando os cruzamentos originais que frutificarem, serão híbridos também, mas não um híbrido verdadeiro, porque eles não tiveram nenhuma recombinação de genes, entre as duas raças. Isto pode ser explicado como uma coexistência de dois núcleos haploides, um de cada espécie, agindo independentemente, mas juntos para criar frutos!!!! A verdadeira mixagem genética ocorre durante o processo de cariogamia e a subseqüente meiose.
(Traduzido de Teonan)