Quais as condições ideais para o cultivo de P. cubensis?

:teo_atencao: NOTA As condições idéias para o cultivo de Psilocibe cubensis serão descritas a seguir. Todos os dados aqui descritos foram retirados do livro The Mushroom Cultivator, de Paul Stamets e J.S. Chilton, e traduzidos do fórum Shroomery. Os links das perguntas referem-se ao texto original. Se você precisa de mais informações, tente a busca do nosso fórum, pois sua dúvida pode estar respondida em outro tópico.

:teo_apontar_direita: Parâmetros de crescimento:

Tipos de micélio: aspectos rizomórficos a lineares. Coloração branca homogênea na maioria das vezes, mas pode mudar para uma coloração azulada se tocado com um pouco mais de força.

Meio de cultivo (substrato) padrão: Grãos de centeio. (Ver cap. III do livro)

Substrato de frutificação: Grãos de centeio; palha de trigo; esterco de cavalo e/ou vaca e composto balanceado contendo de 71 a 74% de umidade. (nota da tradução: Esse método é o descrito no livro citado na introdução e não reflete a nossa realidade. Existem outros métodos – mais acessíveis – discutidos no nosso fórum. (atualizar link para Nova Biblioteca) Clicando aqui (atualizar link para Nova Biblioteca) você acessa a página referente aos métodos mais utilizados pela maioria dos cultivadores)

Método de preparação: Veja capítulos III, V e VI do livro ou acesse nosso FAQ, onde existem informações detalhadas sobre os métodos de preparação dos substratos, (atualizar link para Nova Biblioteca) clicando aqui (atualizar link para Nova Biblioteca).

:teo_apontar_direita: Crescimento Micelial:

Umidade Relativa: 90%.

Temperatura do substrato: 28-30°C. Morte por temperatura acontece em 41°C.

Duração: 10 a 14 dias.

CO2: 5000-10000 (sistema fechado).

Troca gasosa: Desnecessária.

Tipo de casing: Depois do substrato estar 100% colonizado, cobrir com a mistura casing padrão, descrita no Cap. VIII. Fazer camadas de substrato com profundidades entre 2,5 e 5 cm. O pH inicial do casing deve ser 6.8-7.2.

:teo_apontar_direita: Pós-casing/Pré-pinning:

Umidade Relativa: 90%

Temperatura do substrato: 28-30°C.

Duração do crescimento em pós-casing: 5-10.

CO2: 5000-10000 (sistema fechado).

Troca gasosa: Desnecessária.

Iluminação: Incubação em escuridão total.

:teo_apontar_direita: Formação de primórdias:

Umidade Relativa: 95-100%.

Temperatura do ar: 23-26°C.

Duração: 6-10 dias.

CO2: menos que 5000 ppm (partes por milhão, ou 0,5% v/v).

Troca Gasosa: de 1 a 3 por hora (Para fins práticos, abanar um terrário 2 a 3 vezes por dia é suficiente).

Iluminação: Difusa natural ou exposta por 12/16 horas por dia à uma lâmpada fluorescente no espectro de luz azul com comprimento de onda em 480 nanômetros (essas informações encontram-se atrás da embalagem de luz fluorescente “econômica”, dessas brancas de 14-25 W. Maiores inf. cap. IV e IX do livro)

:teo_apontar_direita: Crescimento dos Cogumelos:

Umidade relativa: 85-92%. (para Bolos: 95-100%).

Temperatura do Ar: 23-26°C.

CO2: Menos que 5000 ppm.

Troca Gasosa: de 1 a 3 por hora (Para fins práticos, abanar um terrário 2 a 3 vezes por dia é suficiente).

Padrão de Flush: A cada 5-8 dias.

Estágio para colheita: Quando os chapéus estiverem convexos e assim que houver o rompimento do véu. Se for fazer print, o estágio para colheita deve ser outro.

Iluminação: Indireta natural ou a luz descrita na formação das primórdias.

:teo_apontar_direita: Potencial de rendimento:

O rendimento médio é de 1-2 kg depois de um período de 5 semanas com crescimento de cogumelos. Rendimento máximo ainda não foi estabelecido.

Composição física dos Cogumelos: 92% de água e 8% de matéria orgânica seca.

Conteúdo Nutricional: Não definido.

Quanto tempo leva para o pin amadurecer?

P. cubensis leva em média de 2 a 5 dias para amadurecer.

Isso depende da strain (espécie), do substrato, da umidade e da temperatura.

Como identificar abortos?

Os abortos são cogumelos cujo crescimento parou, iniciando um processo de degradação e apodrecimento. O que se pretende num cultivo de cogumelos é conseguir fazer uma rápida identificação dos cogumelos para os colher em fase de pré-aborto/aborto. Deste modo consegue-se secar algumas gramas de abortos e faz-se a limpeza necessária de um bolo ou um casing para eliminar a propensão a contaminantes e bactérias.

Com a experiência do cultivo o micólogo amador aprende a fazer uma diferenciação entre cogumelos em estado de crescimento inicial e abortos.

:teo_apontar_direita: Algumas dicas para identificar abortos:

:teo_idea: paragem no crescimento em comparação com outros cogumelos do bolo

:teo_idea: o chapéu do cogumelo fica com uma tonalidade cinzenta, azulada ou negra

:teo_idea: cogumelos excessivamente negros e já com uma aparência e consistência duvidosa devem de ser descartados (o desejado é colhê-los antes de chegarem a esta fase de apodrecimento)

:teo_idea: um cogumelo em fase pré-aborto é fácil de identificar quando se nota uma separação entre o chapéu e o caule, em simultâneo a uma tendência pontiaguda na forma do chapéu

:teo_idea: por vezes cria-se uma penugem branca/acinzentada que cobre o negro do chapéu. Indiciando que este está em fase de decomposição. Em caso de duvida retira-se a cabeça escura do cogumelo e seca-se o resto.

:teo_idea: cogumelos com mutações também têm alta tendência a abortar e devem de ser removidos rapidamente

:teo_apontar_direita: Fotos diversas de abortos: :eek:

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Fotos: usuários do fórum e Mycotopia​

O que é este micélio crescendo nos estipes (“caule”) dos cogumelos?

Se as condições do seu micro-ambiente estão muito úmidas quando os cogumelos entrarem na sua última frutificação, algum micélio pode crescer pelas suas estipes. Geralmente não provoca nenhum tipo de malefício. Você pode diminuir um pouco a umidade introduzindo um pouco mais de ar fresco, mas em geral esse crescimento micelial não deve ser nunca uma preocupação, seja em que época for.

Quando devo iniciar a colheita?

Se você conseguir um pinning homogêneo, seus frutos todos se tornarão maduros ao mesmo tempo – o que significa que você pode colhê-los de uma vez só. Quando se tem um pinning desordenado, significa que não se teve uma boa colonização (homogênea) do substrato e então eles amadurecem em tempos diferentes. Neste caso você pode fazer a colheita gradualmente, por exemplo colhendo uma vez ao dia os que tiverem atingido o ponto desejado. A colheita deve ocorrer assim que os cogumelos romperem o véu até o amadurecimento completo, quando o chapéu adquire forma convexa e começa a esporular. Você deve esperar até esse estágio de amadurecimento se desejar fazer carimbos, caso contrário há bons motivos para não deixar os bolos esporularem no terrário.

Como colho os meus cogumelos?

A melhor maneira de se colher um cogumelo de um casing (ou bolo) é fazer um leve movimento de torção e em seguida puxar levemente o cogumelo. Não use facas ou tesouras, isso deixará uma parte do cogumelo dentro do substrato, que pode causar contaminação e assim inibir os flushes subsequentes.

Depois que o cogumelo for colhido, limpe qualquer partícula de vermiculita ou substrato que esteja presa na estipe.

O que devo fazer com o substrato depois da colheita?

:teo_apontar_direita: Bolos:

Você deve retirar todos os abortos e recolocar dentro do terrário, com 95-100% de umidade, para nova frutificação (segundo flush). Opcionalmente, você pode dar um dunk no bolo depois da retirada dos abortos.

:teo_apontar_direita: Casings:

Depois da colheita, você deve remover todos os abortos (não remova pins latentes), aplique o material do casing (vermiculita, turfa, etc..) em todas as áreas expostas pela colheita dos cogumelos e, se necessário, adicionar pequenas quantidades de material de casing nas laterais do casing, entre o recipiente e o substrato colonizado. Isso irá proteger partes do substrato que porventura poderiam ficar expostas ao ar atmosférico, evitando contaminações e secagem do substrato. Por último, você deve aspergir (com ajuda de um borrifador) água por todo a camada superficial do casing, para compensar a perda de água devido a colheita (lembre-se, cogumelos são 90% água).

Agora, você pode colocar o casing de volta no terrário e novamente subir a umidade para 95-100% até que novos pins apareçam e um novo ciclo se inicie.

Há alguma diferença no rendimento do meu cultivo?

Há uma diferença.

Cultive assegurando-se de usar esporos de um produtor conhecido, e de seu terrário oferecer o ambiente exato para os fins que deseja. Agindo assim, você terá um aumento substancial no seu rendimento, sem se preocupar se é multi-esporo ou não.

Mas rendimentos nunca serão maiores do que a “melhor” sub-raça isolada a partir de uma multidão de sub-raças testadas em seu ambiente verdadeiro. Rendimentos nunca serão maiores que o potencial da melhor sub-raça presente no seu sistema.

Os dois métodos funcionam, e a inoculação multi-esporos pode e produzirá grandes rendimentos. Mas a constância de grandes rendimentos, em um ambiente adequado e inalterável, seria maior com uma inoculação com raça isolada e já testada em muitos substratos. Quando se opta pela inoculação multi-esporos, a sub-raça que conseguir um forte enraizamento no substrato primeiro pode ganhar a maioria da colonização. Aquela que fizer a maioria na colonização frutificará primeiro, que necessariamente podem não ser os melhores para o seu ambiente. Você está contando com a sorte. Sub-raças interagem entre si, enrolando-se entre si, mas a noção que a melhor raça é formada depois que todas as outras sub-raças já frutificaram é errônea, e isso é estatisticamente inferior de acontecer. Sua melhor sub-raça pode dar as caras em qualquer momento.

Se você está tendo rendimentos iguais a partir de raças isoladas e de inoculações multi-esporos, então com certeza você não separou suas sub-raças corretamente para testá-las em seu microambiente. Tente isolar 100-100 esporos de cada raça, teste-os e faça a determinação do rendimento.

Uma separação inadequada não é capaz de superar um possível grupo de bons cruzamentos que acontece numa inoculação multi esporos. Para fins práticos este argumento é ridículo, porque ninguém aqui está disposto a gastar dinheiro para isolar essa quantidade de esporos para daí saber se está certo ou não. E no final, o potencial de rendimentos de uma espécie isolada não será significantemente suficiente para a quantidade de trabalho que foi despendida. A massa de cogumelos será dependente da quantidade de substrato, da colonização e do ambiente. A diferença entre o valor médio de rendimento e o melhor rendimento é muito pequena.

A suplementação do substrato é mais eficiente para se conseguir alto rendimento do que essa baboseira toda de raças.

A maioria das padronizações em cogumelos são feitas em raças isoladas, por manter os traços originais, tempo de vida, sensibilidade ao CO2, características de colheita, sua vida útil e aparências.

Os cogumelos são como qualquer ser vivo que se reproduz, eles embaralham seu DNA para garantir a diversidade genética de seus filhos, para poder viver em ambientes em mudanças. Supor que um sub-raça não executará isso em um determinado ambiente seria ignorar a natureza.

Imaginar que um grupo de de sub-raças será quase tão bom quando o melhor é duvidar da bondade do Criador - “Todo mundo está lutando para ser o melhor, para chegar no topo, mas me diga quão longe é esse topo a partir do chão”.

Se rendimento é seu objetivo principal, multi-esporos. Mas se você procura observar a diversidade dos indivíduos dentro de uma multidão, isole-os. Todas as coisas são criadas iguais, apenas comportam-se diferente nos mais diversos ambientes.

(Traduzido de Teonan)

É possível cruzar duas raças?

Uma espécie híbrida resultará do cruzamento de um núcleo celular de uma raça com outro núcleo celular de outra raça. Este par de núcleos cruzados seria um híbrido das duas raças. O verdadeiro sucesso desse cruzamento só será atingido se produzir frutos (cogumelos) e se desses frutos forem produzidos os esporos. Somente assim será um cruzamento bem sucedido e poderá classificar-se como raça. Nenhuma informação genética é trocada entre as duas raças até a sua parte, ou núcleo haploide tenha sido fundido e então entrar na meiose. A recombinação ocorreria entre as duas espécies formando uma terceira. Seus esporos seriam uma nova combinação das duas raças iniciais.

Híbridos também podem ser formados por anastomose entre 2 núcleos fundidos (dicário), mas isso aconteceria com muito pouca frequência se comparado com o cruzamento descrito acima.

Anastomose ocorre com muita freqüência entre sub-raças de uma mesma raça, isto é, entre diferentes cruzamentos de esporos dentro de uma seringa. Quando se inocular um copo com a seringa multiesporos, a anastomose acontece com uma grande freqüência. Um cruzamento dominante vai se fundir com outros cruzamentos, incorporando-os dentro da rede micelial. Isso pode mascarar um mal cruzamento também.

Um núcleo dicário fértil A1B1-A2B2 pode cruzar com um dicário A1B2-A2B2 e trocar o núcleo A1B2 por um núcleo A1B1. Cria-se um dicário fértil A1B1-A2B2 que participa da colonização. Cruzamentos sub-sequentes podem trocar o núcleo A2B2 com o seu próprio núcleo A2B2, que mudaria completamente a rede hifal para seu genótipo principal. Ou poderia apenas transformar-se parcialmente.

Este processo pode ser visto numa placa nutriente de ágar. Nem todas as sub-raças podem se fundir. Algumas são completamente incompatíveis. Haverá uma zona de crescimento zero entre eles na placa de Petri. Essas sub-raças não se fundem.

Em teoria, híbridos podem ser formados entre sub-raças de uma raça única, ou entre diferentes raças de uma mesma espécie.

Mas isto é teoria, e tem sido cientificamente bastante discutida e demonstrada em outras espécies, como Basidiomicetes, que já foi estudada! Eu não sei se existem alguns estudos que foram feitos com cubensis, em relação a teoria descrita acima, mas eles devem existir, porque já foi claramente comprovado que o cubensis é heterotálico e tetrapolar. E todos as informações acima estão relacionadas aos tipos de raça na família Basidiomicetes.

Se você perguntar porque não existem estudos a respeito do cubensis, provavelmente a resposta seria: baixo investimento.

Anastomose tem sido amplamente estudada no mundo dos cogumelos. Agaricus bisporus é homotálico e dois esporos, não quatro. Todo e qualquer esporo que é produzido contém um duplo núcleo haploide, capaz de originar um dicário. Mas essa fusão (anastomose) entre esses dicários produz mais dicários produtivos!!! A maioria do alto rendimento do Agaricus bisporus é resultado da hibridização dentro da própria raça ou entre raças dessa espécie. Então se isto ocorre entre dicários desta espécie, é bem provável que possa ocorrer entre monocários de outras espécies, e porque não isto não pode ocorrer dentro da espécie P. Cubensis?

O fator principal para ser superado no cruzamento de monocários é a proximidade com que eles germinam. Esporos tendem a se modificar. Se simplesmente colocar esporos de duas raças diferentes dentro de uma seringa, não será possível superar a modificação dos esporos desta raça, e também a proximidade entre os esporos durante a germinação.

Provavelmente isso ainda ocorra quando injetado em um substrato, e alguns dos frutos possam ser realmente híbridos, entre raças, e o esporo resultante daquele cogumelo será diferente se olharmos e compararmos com os cogumelos “pais”.

Muito mais fácil é diluir esporos de cada raça separadamente, coloca-los numa placa de Petri, isolar o crescimento vagaroso de monocário, e tentar cruzar tantos quanto puder nesse meio. E tentar cruzar entre raça/raça e sub-raça/sub-raça. Todos os cruzamentos que frutificarem serão híbridos. Se eles esporularem, você terá uma nova raça. Simplesmente clonando os cruzamentos originais que frutificarem, serão híbridos também, mas não um híbrido verdadeiro, porque eles não tiveram nenhuma recombinação de genes, entre as duas raças. Isto pode ser explicado como uma coexistência de dois núcleos haploides, um de cada espécie, agindo independentemente, mas juntos para criar frutos!!!! A verdadeira mixagem genética ocorre durante o processo de cariogamia e a subseqüente meiose.

(Traduzido de Teonan)

Como posso acoplar um ventilador num filtro HEPA?

Eu quero construir uma capela HEPA (High Efficiency Particulated Air – Ar particulado de alta eficiência). Como posso acoplar um ventilador num filtro HEPA?

Todo filtro tem uma "resistência” diferente quando o ar passa através dele a certa velocidade, esta resistência é chamada "pressão estática".

Pressione sua mão contra a sua boca. Tente agora soprar através dela. Dependendo de como pressiona sua mão contra sua boca, você terá dificuldade em soprar o ar para fora e você sentirá alguma resistência, esta é a pressão estática. Cada filtro trabalha com uma pressão estática diferente. O ponto de trabalho de um filtro é quando a quantidade de ar que passa por ele é suficiente para preencher o fluxo laminar, ou seja, quando todos os vazios do filtro estiverem preenchidos. A pressão estática é expressa em Polegadas de coluna d’água (CFM) em unidades inglesas; um valor típico seria 1", a unidade no Sistema Internacional para a pressão é Pa (Pascal). 1" de coluna d’água é cerca de 250 Pa. Cada filtro tem seu “manual” (consulte o fabricante se caso negativo) onde a pressão estática está definida. Antes do ar entrar no ventilador ele é pré-filtrado geralmente por um filtro em fornalha com 1" (2.5cm), colocado na frente do ventilador e que serve para proteger o ventilador e o filtro HEPA das partículas grandes como poeira e cabelo. Deve-se assumir que a pressão estática para este pré-filtro no ponto de trabalho seja de 0,2” (50 Pa)

:teo_apontar_direita: Acoplando um ventilador em um filtro:

De acordo com Stamets (The Mushroom Cultivator, p.347) a velocidade do ar que passa através do filtro deve ser no mínimo de 100 pés por minuto (cerca de 30 metros por minuto ou 0.5 metros por segundo).

1. Descubra a área do seu filtro multiplicando o comprimento e a altura em pés (por enquanto, o menor filtro utilizado com sucesso seria de 2x1 pés)
2 pés x 1 pé = 2 pés2

2. Multiplique a velocidade do ar exigida (especificado em Stamets) pela área do seu filtro
100 pés/min x 2 pés2 = 200 pés3/min

Então 200 pés3/min (CFM) é a quantidade de ar que seu ventilador deve movimentar para a pressão estática do seu filtro ou pré-filtro HEPA.

Notação: 1 CFM = 1,7 m3/h​

Por fim, se você usar o filtro acima, com 1” (250 Pa) de pressão estática e um pré-filtro em fornalha com uma pressão estática de 0,2” (50 Pa), seu ventilador deve movimentar 200 CFM (340 m3/h) de ar para uma pressão estática de 1,2”(300 Pa).

:teo_apontar_direita: Encontrado o melhor ventilador:

Todo ventilador deve ter um manual contendo todas as suas especificações técnicas. Dentre as especificações, deve ser especificado a curva que mostra a quantidade de ar movimentada de acordo com diferentes pressões estáticas. No gráfico abaixo estão mostrados 4 tipos de ventiladores e suas especificações.

Note que cada modelo de ventilador tem a sua característica. Este gráfico mostra as curvas para 4 diferentes modelos de ventilador de duto axial.

O que você pode claramente ver é que quanto maior a pressão estática, menos ar o ventilador movimenta, até o máximo de pressão estática, onde a movimentação de ar é nula.

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Até agora sabemos apenas, pelos cálculos anteriores, quanto ar o seu ventilador deve movimentar e a que pressão estática. No nosso exemplo, o valor é 340m3/h a 300Pa.

Então, o que fazer agora é olhar para o gráfico e encontrar o valor de 300 Pa (1,2”) no eixo vertical. O próximo passo é encontrar o valor de 340m3/h (=200 CFM), que foi a quantidade de ar movimentada ideal que calculamos anteriormente.

Agora, o ideal é ter uma curva que se encaixasse perfeitamente nesses valores, mas esse não é sempre o caso.

Neste caso, a escolha deve ser feita por um ventilador que esteja mais próximo das condições teóricas calculadas.

Na maioria dos casos, deve-se escolher um ventilador forte, se ele já não muito forte.

Quão forte é um ventilador forte? Diria que o ventilador não deve movimentar mais do que 20% do ar que calculamos acima, então no nosso caso, o aceitável seria um ventilador que não movimentasse mais do que 400 m3/h.

Neste exemplo, para o nosso caso, temos demonstrado no gráfico um ventilador que movimenta 300 m3/h de ar, mas de acordo com nossos cálculos ele deveria movimentar 340 m3/h. Esta é uma diferença de 10%. O próximo ventilador demonstrado no gráfico movimenta 530 m3/h de ar, o que é muito para o nosso filtro.

Neste caso, eu escolheria o menor ventilador (e mais barato – n. 4) ao invés do maior deles (n. 1 – que movimenta 530m3/h a 300 Pa), apesar do fato que geralmente é recomendado comprar o mais forte.

Nota: Este gráfico é apenas um exemplo de um conjunto de 4 ventiladores escolhidos ao acaso. As curvas de rendimento dos ventiladores disponíveis no mercado podem parecer um pouco diferentes, mas são sempre similares a esse exemplo. Geralmente, se você procurar muito, vai encontrar um ventilador que se encaixa perfeitamente com o seu filtro e sistemas HEPA.