você considera sua visão absoluta e quem não chegou a ela (os demais) são os cegos que você quer salvar.
Tudo que eu faço é falar fatos óbvios. Se você acha que o que eu digo não é verdade, então me mostre, por meio de apontamentos e argumentos, onde eu estou errado.
ninguém lhe conferiu este título ou poder
Ainda bem que ninguém me conferiu esse título ou poder. E nem eu faço a mínima questão que alguém me confira. Títulos, posições, autoridades, poder, isso para mim não significa absolutamente nada.
Aliás, o que importa é o que está sendo dito, e não quem o está dizendo. Por acaso uma idiotice deixa de ser idiotice só porque foi falada por uma pessoa que tem certo prestígio e autoridade aos olhos dos outros, como um famoso cientista, um intelectual, um filósofo, um pensador, um líder político ou religioso, um mestre espiritual? E por acaso uma coisa sábia e verdadeira se torna menos sábia e verdadeira só porque foi falada por um zé ninguém, por um iletrado, por um anônimo na internet, por alguém que ninguém nunca ouviu falar?
Tem pessoa que é assim: se ouve uma “autoridade” falando determinada coisa, acha aquilo maravilhoso e digno de respeito e consideração, ou às vezes pode até não gostar do que está sendo dito, mas pelo menos ela diz: “eu não concordo com isso, mas respeito e entendo”. Mas quando a mesma pessoa ouve exatamente a mesma coisa sendo dita por um zé ninguém, aí ela ouve aquilo e diz: “meu Deus, que idiotice esse aí tá falando”.
A gente se deixa enganar e seduzir por fama, popularidade, poder, prestígio, autoridade, títulos, posição, como se essas besteiras significassem alguma coisa.
Atente-se ao que eu digo, e não a mim.
desde quando você viu mais ou percebeu melhor do que os outros membros do forum, que estão expondo suas questões de maneira objetiva e querendo um esclarecimento pontual, e não saber o caminho da sua última verdade verdadeira?
Se eu falasse que eu já vi mais ou já percebi melhor do que os outros membros do fórum, você me chamaria de arrogante e pretensioso (inclusive, você já me chamou desse último adjetivo). Hoje em dia parece que ninguém mais pode se atrever a falar que os outros estão enganados sob risco de ser considerado autoritário, petulante e desrespeitador das crenças e opiniões alheias (como se crenças e opiniões devessem ser respeitadas).
Talvez eu esteja enganado, mas você me parece ser um relativista (ou seja, você acha que afirmar que 2 + 2 = 389 é algo tão válido quanto afirmar que 2 + 2 = 4 [talvez porque você tenha medo de ferir os sentimentos daqueles que acham que 2 + 2 = 389, não sei]). Aliás, muitos relativistas são relativistas só de fachada: por fora eles fingem que respeitam e consideram válidos todos os pontos de vista, mas por dentro eles ouvem certas coisas e pensam: “minha nossa, que imbecilidade esse aí acabou de dizer”.
E eu não quero que ninguém acredite em mim (e eu sei que eu nem corro esse risco mesmo [ainda bem!], já que eu não tenho título e poder, como você mesmo disse), só o que eu quero é que os outros vejam se o que eu digo faz ou não faz sentido e se é verdade ou mentira. Se eles quiserem continuar desviando o olhar daquilo para o que eu aponto, tudo bem, é um direito deles. Todo mundo é livre para continuar se enganando, se assim desejarem. Para as pessoas, em sua grande maioria, apenas ouvir uma verdade não é o suficiente para que elas a compreendam, é necessário que elas quebrem a cara inúmeras vezes e passem por repetidas experiências desagradáveis para sentir na pele e aprender na marra aquela verdade que antes elas apenas ouviam sem compreender.
Se você acha que eu estou falando besteira, então ignore o que eu digo e continue acreditando no que você esteve acreditando até agora. E veja por si mesmo que fim isso vai ter.
Depressão é uma doença, não é um estado de humor, é uma irregularidade ocorrida nos neurotransmissores.
Você já viu essa irregularidade nos neurotransmissores, ou você está apenas acreditando no que lhe contaram?
Como nós não queremos admitir que nós mesmos criamos o nosso sofrimento, nós jogamos a culpa por ele na matéria, no nosso cérebro, nos nossos neurotransmissores...
De qualquer modo, uma irregularidade nos neurotransmissores só tem o poder de me fazer infeliz porque eu me identifico com o meu corpo e porque eu quero que os meus neurotransmissores estejam regulados. Se eu não me identificar mais com o meu corpo e se eu não quiser mais que os meus neurotransmissores estejam regulados, essa irregularidade neles não terá mais o poder de me fazer infeliz.
Acontece que a psilocibina pode trazer um efeito de "reset" no cérebro da pessoa que a usa, ajustando sim essa irregularidade que ocorre no cérebro depressivo.
Só que tem um probleminha aí: o cérebro está sempre mudando (ou pelo menos é o que dizem os cientistas, pois eu mesmo nunca vi esse tal de cérebro), e, portanto, uma hora esse “reset” provocado pela droga chegará ao fim, o que fará com que a “felicidade” provocada por esse reset também chegue ao fim. E que valor pode ter uma felicidade que depende de algo que em breve mudará e chegará ao fim?
Aliás, isso está mais para sofrimento do que para felicidade, pois uma vez que a sua felicidade depende de algo, você precisa se esforçar e lutar para conseguir esse algo (e esse esforço e essa luta já são em si mesmos sofrimento), e, uma vez conseguido, você passa a viver constantemente preocupada e com medo de perder esse algo e precisa se esforçar para mantê-lo (e esse esforço já é mais sofrimento). Ou então você pode nunca nem conseguir ter esse algo.
Pelo que pude perceber, você tem uma perspectiva muito pessimista sobre a vida
Eu não sou pessimista. Eu sou realista.
como se nada pudesse fazer alguém ser feliz de novo
De fato uma pessoa não pode jamais ser feliz. Ela pode conseguir tudo o que quer, realizar todos os seus sonhos, alcançar todos os seus objetivos, tornar-se a pessoa mais rica, poderosa, influente, importante e amada do mundo, que no final ela ainda continuará sentindo aquela profunda sensação de limitação, de insuficiência, de incompletude, de imperfeição, de não ser o bastante.
talvez você esteja precisando de uma microdose
Não estou, não.