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Pontos importantes sobre assepsia

calimba

Cogumelo maduro
Membro Ativo
10/02/2005
958
76
Retirado e adaptado da postagem original de Mauricio

Amigos cultivadores

Em várias etapas do processo de cultivo podemos esbarrar em contaminação.

A 1ª e dai a mais importante é: a confecção do carimbo.

Carimbo mal feito é ponto de partida para a contaminação.

Todo cuidado deve ser tomado se você confecciona seus carimbos para próximos cultivos.

Faça-os em papel alumínio é melhor para limpar, conservar (é inorgânico) e raspar.

Corte um pedaço de papel alumínio, dobre ao meio.

Use água sanitária diluída e um pano fino para limpar a superfície que vai receber o carimbo.

Limpe a tesoura com a mesma solução.

Tome um banho com protex, esfregue bem o corpo para soltar pele morta, use máscara e luvas.

Corte a haste bem rente, deposite o chapéu na folha e dobre.

Guarde dentro de um recipiente com tampa para o chapéu não encolher e borrar o carimbo.

Deixe por 24 horas.

Quando for remover o chapéu, vire o papel dobrado sobre a mão, com cuidado para não borrar o carimbo.

Abra, e retire o chapéu.

Dobre a folha, sem fazer contato com o carimbo, e deixe secar por 24horas.

Dobre as laterais da folha e então guarde em sílica.

O carimbo está limpo e bem acondicionado.

2ª etapa: a seringa

Tome banho com protex,esfregue bem os braços para soltar pele morta, use máscara e luvas.

Limpe todo o ambiente, use spray de lysol antes de começar.

Faça a seringa num ambiente sem corrente de ar.

Seja rápido para o corpo não suar.

Abra o carimbo coloque parte num copinho esterilizado.

Use água destilada, tem em farmácias e drogarias.

Use seringas novas, senão esterelize, em panela de pressão.

Suge a água da embalagem com a seringa, coloque no copinho com esporos, preenche o volume da seringa com mais água destilada.

Corte um pedaço de papel alumínio para enrolar a seringa, limpe-o com lysol.

Enrole e deixe por 24 horas ou mais antes de usar.

Vire de lado, de vez em quando, para os esporos não ficarem grudados na lateral da seringa.

Para guardar por um tempo maior, esterilize um pote com tampa, onde a seringa possa ficar deitada (para evitar que os esporos se depositem na agulha e entupa).

Coloque a seringa enrolada em papel alumínio dentro do pote e guarde na geladeira.

3ª etapa: inoculação

Os bolos foram esterelizados em panela de pressão (1 hora).

Devem estar frios para serem inoculados.

Antes de inocular, tome banho, esfregue a corpo, use máscara e luvas.

O ambiente, sem corrente de ar, foi limpo anteriormente, use spray de lysol.

Limpe a panela, externamente, com solução de água sanitária diluída e pano fino.

Abra a panela retire o pote

Passe fita durex a volta do tampão de papel alumínio que cobre o pote (seja rápido).

Não use elásticos são ineficientes.

Limpe todo o pote do bolo com solução de água sanitária e um pano fino.

Seja rápido para o corpo não suar.

Faça um mínimo de 4 furos equidistantes, isso acelera o processo de colonização.

Cubra os furos com durex.

Bolos com camada de vermiculita em cima (selo) são menos propícios a contaminação.

A vermiculita é inorganico e eventuais contaminantes na superfície não se desenvolvem.

Guarde os potes em caixa limpa (use lysol na caixa) e no escuro.

Bem, cuidados devem ser tomados com:

Fogão com bocas acessas.

Água fervendo.

Ácool próximo ao fogo.

Agulhas

O sucesso está na atenção com que se realiza o trabalho.
 
Pontos Importantes Sobre Assepssia.

Mauricio disse:
Use água sanitária diluída e um pano fino para limpar a superfície que vai receber o carimbo.

Limpe a tesoura com a mesma solução.

:!: :!: :!: :!: :!: :!:

Gente, axo q se trocásse a água sanitária por álcool 70% será melhor, pois a água sanitária num evapora ocm facilidade, e qdo vc vai deixar os esporos cairem sobre o papel pode haver resíduos de cloro no mesmo, já o álccol evapora rápido, num mataria os esporos e nem os danificaria uma vez que superfície do papel jah está seca novamente.

Bem, eu faço um apelo e alerta sobre isso pq cerca dos meus 4 ultimos ucltivos num vi sinal algum de micélio nas minhas tentativas. Talvez os esporos num havia germinado por causa dessa técnica? :confused: num sei, mas aki fica meu alerta!!!
 
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:!: :!: :!:
Também acho importante mudarmos para alcool, pois a agua sanitaria é um p*** bactericida e pode matar qq micro ser.
Não recomendaria alcool 70%, mas sim alcool absoluto.

vlw aew
 
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Soninh0 disse:
:!: :!: :!:
Também acho importante mudarmos para alcool, pois a agua sanitaria é um p*** bactericida e pode matar qq micro ser.
Não recomendaria alcool 70%, mas sim alcool absoluto.

vlw aew


Não acho que água sanitária é ruim não, muito pelo contrário.... É BARATA, de fácil diluição e acessivel. Já o Isopropanol não. É MUITO mais caro. Em procedimentos de rotina tais como:
* Limpeza do ambiente de colonização ou bercário;
* Limpeza da bancada de trabalho;
* Limpeza dos acessórios e Luvas.

Já para confeccionar o carimbo fica a disposição inúmeras técnicas, cabe a cada um decidir qual é sua melhor forma de fazer.

E também já tem caso COMPROVADO no fórum que demonstra a eficácia de água sanitária! :!:
 
Pontos Importantes Sobre Assepssia.

A idéia é matar qualquer ser vivo ou esporos, que estiver sobre

a superfície do pedaço de papel alumínio que receberá o carimbo.

O uso de um pano umidecido com uma solução de água sanitária, não enxarga o papel.

Eu corto diversos pedaços que usarei para os carimbos.

E passo o pano úmido em todos eles.

Passo e dobro ao meio para a superfície não ficar exposta.

Quando termino o último, o 1º já está seco.

A umidade na superfície do papel alumínio evapora rapidamente.

Uso esse procedimento deste o 2º cultivo.

Já usei meus próprios carimbos em outros cultivos.

Nunca ocorreu nenhum problema.
 
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Só para adicionar: presume-se que a esterilização amadora não seja 100% eficaz.

Observei um teste no qual, utilizando os critérios de esterilização contidos no próprio fórum, foi esterilizado um frasco de milho, um de fibra de trigo, um de farinha de arroz e um de centeio. Não foram inoculados com esporos.

Após 6 meses e quatro dias o material ainda estava sadio, embora seco. Foram inoculados esporos de B+ no frasco com fibra de trigo e o crescimento foi lento, certamente devido a falta de umidade. Foi inoculada água destilada e o ritmo de crescimento aumentou bastante. Não há presença de contaminação.

É importante seguir passo-a-passo os procedimentos de esterilzação, tomando todo o cuidado possível. Idealmente o substrato bem esterilizado pode durar para sempre.
 
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Pelas poucas coisas que eu me lembro das aulas de química, álcool não esteriliza, ou seja, álcool não mata bactérias. Quando o médico passa um algodãozinho com álcool no seu braço antes de aplicar uma injeção, ele o faz para que a cera que tem na sua pele não entupa o pequeno capilar da seringa!
 
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Pelas poucas coisas que eu me lembro das aulas de química, álcool não esteriliza, ou seja, álcool não mata bactérias. Quando o médico passa um algodãozinho com álcool no seu braço antes de aplicar uma injeção, ele o faz para que a cera que tem na sua pele não entupa o pequeno capilar da seringa!

E depois que ele aplica a injeção? Por que a enfermeira gostosa coloca um algodãozinho úmido com álcool no seu braço?
 
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E depois que ele aplica a injeção? Por que a enfermeira gostosa coloca um algodãozinho úmido com álcool no seu braço?


Boa pergunta Mad..:D:cool: porque será????
 
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Hmm, não sei... hauhuaauh
Vai ver meu professor mentiu! :D
Vou dar uma olhada na internet pra ver o que eu acho sobre isso.
 
Pontos Importantes Sobre Assepssia.

http://www.saude.sc.gov.br/infeccao/Rotinas/desinfetante_alcool.html

Citação:

1. Mecanismo de Ação

O álcool nas formulações acima possuem princípio ativo recomendados pelo Ministério da Saúde. Em concentrações apropriadas os álcoois possuem mais rápida e maior redução nas contagens microbianas. Destrói bactérias vegetativas, tanto pela desnaturação protéica quanto pela interferência no metabolismo bacteriano. Fungos e Vírus são também destruídos pelo álcool, mas esporos bacterianos podem ser resistentes. Quanto maior o peso molecular do álcool, maior ação bactericida.

Um esfregão vigoroso de um minuto com álcool em quantidade suficiente para molhar as mãos completamente, tem se mostrado como o método mais efetivo para anti-sepsia das mãos. Na verdade, um minuto de imersão ou fricção das mãos com álcool é tão eficaz como 4 a 7 minutos de preparação da pele com outros anti-sépticos, na redução do número de bactérias na pele; a lavagem com álcool durante 3 minutos é tão eficaz como 20 minutos de escovação.

Embora os álcoois não deixem efeitos químicos persistentes na pele, a contagem bacteriana em mãos esfregadas com álcool continua cair durante algumas horas após calçar as luvas, provavelmente como resultado da morte contínua dos organismos danificados.

Álcoois nas concentrações de 70% e 92% tem excelente atividade contra bactérias gram positivas e negativas, boa atividade contra Mycobacterium tuberculosis, fungos e vírus, além de serem baratos.


Álcool 70% possui concentração ótima para atividade microbicida, pois a desnaturação das proteinas do Micro-organismo faz-se mais rapidamente na presença da água e é também viruscida.


Estudos mostram a redução de 99% da flora da pele, sendo de baixa irritabilidade cutânea, principalmente quando utilizado com um emoliente (1% de glicerol). É irritante de mucosa.

2. Indicação do Álcool como Antisséptico

* Para degermação das mãos da equipe entre procedimentos quando da impossibilidade da lavagem das mãos. Na degermação das mãos o álcool deve ser esfregado vigorosamente nas mãos até secar (cerca de 30 segundos). O álcool não remove sujeira ou matéria orgânica.
* Para pele em procedimentos de baixo e médio risco.
* Antes de colocar luvas.

A Organização Mundial de Saúde recentemente designou o álcool com o "padrão ouro" dentre os antissépticos que foram julgados, recomendando que seja altamente utilizado.

http://www.taisamoura.hpg.ig.com.br/carreira/43/index_int_3.html

Citação:

Agentes de superfície:

Sãos os sabões e detergentes co poder antisséptico e desinfetante. Suas moléculas possuem uma parte hidrofílica, que se liga à água, e uma parte lipofílica, que se liga às gorduras. Seu mecanismo de ação principal é a emulsificação e hidrólise das gorduras e proteínas, diminuindo ao tensão superficial dos líquidos e possibilitando um maior contato e penetração das substâncias.
Entre os agentes de superfície, podemos destacar dois grupos principais:

Sabões aniônicos: (base forte + ácido graxo fraco)
Possuem atividade especialmente contra Gram-positivas e bacilos BAAR.

Sabões catiônicos: (quaternário de amônio)
São mais eficazes que os composto aniônicos, agindo sobre as bactérias gram-positivas, gram-negativas, alguns fungos e vírus lipofílicos. Seu mecanismo acarreta na desnaturação de proteínas .

Álcool Etílico:

É um antisséptico barato, eficaz, não irritante para a pele. A concentração é muito importante para sua eficácia, sendo a ideal entre 70 e 90%. Atua sobre as formas vegetativas de bactérias, micobactérias, herpes vírus e bacilo de Koch. Possui ação antisséptica desnaturando as proteínas, além de atuar como importante solvente lipídico, lesando as estruturas lipídicas da membrana da célula microbiana.

Álcool isopropílico:

É mais ativo que o álcool etílico, solúvel na água, não volátil e barato. Sua atividade aumenta proporcionalmente à concentração. Tem a desvantagem de ressecar a pele com o uso contínuo. Possui o mesmo espectro de ação do álcool etílico.


Compostos Halogenados:

Iodo – Compostos iodóforos:

O iodo é muito utilizado unido à molécula de polivinil pirrolidona, que libera o iodo lentamente evitando reações que normalmente ocorriam com este elemento isolado, como as queimaduras e a irritação cutânea; permitindo, também, o efeito residual e prolongado. É um germicida de largo espectro atuado contra esporos, anaeróbios, vírus e fungos.
O composto PVPI é encontrado sob a forma de: degermante, associado com sabão e éter; utilizado na desinquinação das mãos e braços; tópico, em solução aquosa, destinado à antissepsia das mucosas ocular, oral, intestinal, vaginal, superfícies cruentas e curativos em geral; e. por fim, tintura, associado ao álcool, utilizado na antissepsia complementar.

Clorexidine:

É um antisséptico fenólico, praticamente atóxico e não alergênico. Tem boa atividade contra bactérias os Gram-positivos e Gram- negativos.

Hexaclorofeno:

É um composto fenólico, com forte ação bacteriostática contra bactérias Gram-positiva e fungos patogênicos. Sua ação é limitada contra Gram-negativos e esporos. Proibido no Brasil desde 1983, pela sua alta toxicidade.


É, meu professor é um mentiroso. huaahuaua
 
Pontos Importantes Sobre Assepssia.

Pra não ficar saindo PSILOCIBINA:D

Puzz. Imagine aqui a cena do buraquinho do braço vazando psilocibina por todo lado...hehehehe:D
 
Retirado e adaptado da postagem original de Mauricio

Para guardar por um tempo maior, esterilize um pote com tampa, onde a seringa possa ficar deitada (para evitar que os esporos se depositem na agulha e entupa).

Coloque a seringa enrolada em papel alumínio dentro do pote e guarde na geladeira.



Já pensaram em guardar uma solução de esporos, devidamente lacrada, adicionada com 10 a 20% de glicerol, no freezer?

Creio que pelo relato de um primo de um colega de um ex-vizinho uma solução dessas poderia ser descongelada (claro que não no microondas) e usada bastante tempo depois, mais de 1 ano. E guardada novamente no freezer.

Descongelada é modo de dizer, pois o glicerol evita o congelamento total.

.
 
bom eu achei o tuto muito bom mesmo porém aqui em casa, tb substituiria a agua sanitária por alcool. Agora uma coisa, acho q um tuto desses, para um leigo iniciante como eu, teria mais efeito se fosse acompanhado de fotos para podermos tem a ideia exata da coisa. Vou até procurar no google e um dia quem sabe tiro as minhas proprias.
Perguntas:
1- oque é bolo? <<<--<<Descoberta aqui no site, desconsiderar.
2- como por parte dele no copinho? Posso usar q tipo de instrumento esterelizado, qualquer um?
3- essa seringa seria de quantos mls em media?

Pessoal desculpe as perguntas mas se n perguntar aqui, que tem pessoas que entendem bem do assunto, eu perguntaria aonde né?
Agradeço a ajuda e abs a todos.
 
Alguém já testou Glutaraldeido para desinfectar ou mesmo esterilizar??? Imagino que outro bom desinfectante seria a clorexidina!!!

O glutaraldeido é usado para desinfecção de alto nível em consultórios e a clorexidina é um enxaguadoiro bucal vendido comercialmente como "Periogard"...
 
Alguém já testou Glutaraldeido para desinfectar ou mesmo esterilizar??? Imagino que outro bom desinfectante seria a clorexidina!!!

O glutaraldeido é usado para desinfecção de alto nível em consultórios e a clorexidina é um enxaguadoiro bucal vendido comercialmente como "Periogard"...

Acho que não vale a pena complicar, melhor usar os tradicionais. :)
 
Acho que não vale a pena complicar, melhor usar os tradicionais. :)

Eu já acho que não seria complicar... Seria experimentar coisas diferentes para melhorar o cultivo!!! Caso contrario, sem se arriscar testando coisas novas nunca saberemos o que pode ou não ser um melhor caminho a se seguir e ficariamos na tradicional "Receita de Bolo" de sempre... o_O

Este será meu primeiro cultivo, depois deste, entendendo e vivenciando o crescimento do fungo (alem da ajuda da minha namorada que ficara sabendo em janeiro), posso começar a fazer alguns testes!!! :D
 
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