- Raças
- Cambodian
- Inoculação
- 12/02/2024
- Inoculação via
- Cultura Líquida
- Assepsia (Inoculação)
- Forno ligado
- Aniversário
- 25/02/2024
- Terrário
- Monotub
- Técnicas
- Casing
- Substratos
- Vermiculita;
Pó de coco;
Gesso em pó;
Olá a todos!
Após cerca de 08 anos desde o meu primeiro (e único) cultivo e cerca de 03 anos sem consagrar cogumelos, a saudade bateu e resolvi cultivar novamente. Dessa vez arrisquei em usar a técnica de casing (meu primeiro cultivo foi PFTEK, 4 bolos, os 4 tiveram sucesso, gerando aproximadamente 3 flushs cada um).
Sempre tive muito receio de cultivar usando a técnica de casing, receio de contaminações, perder material e etc., mas acompanhando vídeos no YouTube, vi que não é um bicho de 7 cabeças e resolvi arriscar.
Não tenho muitas fotos de todo o processo pois sou medroso com a questão de contaminação. O máximo que eu possa evitar de deixar os materiais expostos, eu evito.
Início do diário:
No dia 10/02, comprei 1kg de milho. Milho normal, esses que o pessoal usa pra alimentar galinhas e etc. Fiz três lavagens no milho, mexendo bem para que tirasse todas as impurezas e repeti as lavagens até a água sair completamente limpa. Após as lavagens, deixei o milho de molho por cerca de 32h (iria deixar 24h, mas, devido minha rotina de trabalho, não foi possível tirar antes).
Ao tirar do molho, levei a panela de pressão e, após pegar pressão, contei 15 minutos no fogo baixo e retirei do fogo.
Quando esfriou, verifiquei a consistência do milho comendo mesmo e estava "al dente". Nem muito mole, nem muito duro. Ponto perfeito.
Levei o milho para um pano de prato e fiz a secagem manualmente, os deixei bem secos por fora.
No dia 11/12, preparei os recipientes. Utilizei 3 recipientes ao todo. 02 com o volume de 1L e 01 com o volume de 700ml. Segue uma foto de como fiz as tampas:

São dois furos do mesmo tamanho. Um eu fechei com silicone e o outro com duas camadas de micropore.
Enchi de milho até mais ou menos 80% do volume total, deixando um espaço razoável para que eu pudesse chacoalhar os recipientes em seu devido tempo. Levei os 3 recipientes na panela de pressão. Após pegar pressão, contei 1:30h e tirei do fogo. Deixei esfriar de um dia pro outro.
Dia 12/12 foi o dia da inoculação. Adquiri uma cultura líquida na internet e preparei a boca do forno do fogão para o processo. Limpei tudo com álcool 70, liguei o forno e aguardei cerca de 15 minutos para iniciar o processo de inoculação.

- Na foto acima eu já havia feito as inoculações. Fiz apenas um furo na tampa e inoculei cerca de 2ml em cada recipiente. Tive o cuidado de flambar a agulha com o isqueiro entre cada inoculação e deixei a vela acesa para uma garantia a mais, inoculando próxima a ela.
- Armazenei os recipientes dentro do meu guarda-roupas, enrolados em uma toalha. Sei que, hoje em dia, é de conhecimento comum de que não é necessário deixar em um ambiente escuro, mas optei por deixar assim até mesmo pra ajudar no controle de temperatura, já que esses dias foram mais frios do que o normal.
- No dia 15/02 já foi possível notar os primeiros sinais de micélio em dois recipientes:


- Dia 17/02, foi bem notável a evolução do micélio nos 3 recipientes. Me admirei com a velocidade de propagação do micéio. Havia ouvido falar que essa strain (Cambodian) era bem agressiva, tendo uma velocidade maior que o normal na colonização e realmente isso é verdade. Segue as fotos:





- Dia 19/02, novamente uma excelente evolução do micélio. Irei postar apenas uma imagem para evitar o flood, mas os 3 recipientes estavam da mesma forma:

- Nesse mesmo dia, 19/02, decidi por chacoalhar os recipientes para espalhar os pontos de colonização e avançar mais o processo, já que estava cerca de 30% do milho colonizado em cada recpiente. A evolução foi imediata, dois dias depois foi possível ver vários pontos de micélio no milho.
- Evolução do dia 21/02 (as imagens estão com uma qualidade menor pois são prints de vídeos que fiz):



- Dia 23/02 o milho, nos 3 recipientes, já com uma colonização de cerca de 70% a 85%:



- Como a colonização já estava bem adiantada, fui atrás dos materiais necessários para fazer o terrário. Comprei 3 caixas organizadoras, com o tamanho de fundo de 28x21cm (minha ideia era usar apenas duas, mas irei utilizar as 3), fiz 06 furos no total: 04 nas laterais, mais embaixo e 02 furos mais acima. Dia 25/02 fiz o aniversário do primeiro casing:


- Nas imagens acima é possível observar os 3 recipientes com 100% de colonização e também as furações do monotub. Nessa parte eu fiquei um pouco preocupado pelo seguinte motivo:
Segui uma receita para fazer o substrato utilizando vermiculita e pó de coco, porém, na receita que segui, consideravam o pó de coco seco, sem nenhuma adição de água e o que comprei já vinha úmido. Acabou que utilizei muito mais água do que necessário, assim sendo, precisei apertar o substrato aos poucos para que ficasse no ponto certo de quantidade de água. Ainda acredito que o substrato foi com mais água do que o correto, então estou na torcida para que não ocorra nenhuma contaminação, principalmente thricoderma.
Não tirei foto mas, para deixar o casing na fase de colonização, coloquei fita crepe nos buracos e, em cima da fita crepe, fita adesiva normal, para evitar a passagem de ar.
- Pouco mais de 24 horas depois do aniversário, já foi possível notar o desenvolvimento do micélio no bolo. Nesse dia, 26/02, também fiz o segundo casing. Lembrando que, para cada casing, utilizei um dos recipientes de milho:


- Chegando no dia de hoje, 27/02, já é possível notar uma boa evolução no primeiro bolo e, até o momento, nenhum sinal de contaminação:

Ainda me resta um dos recipientes de spawn que não foi utilizado. Estou esperando chegar mais vermiculita e fibra de coco e irei fazer o terceiro casing logo em seguida.
Por enquanto é isso, meus amigos. Vou atualizando conforme for acontecendo as próximas etapas. Agradeço a todo o conteúdo disponibilizado aqui no fórum. As informações aqui postadas foram de grande ajuda tanto no meu primeiro cultivo quanto nesse de agora.
Após cerca de 08 anos desde o meu primeiro (e único) cultivo e cerca de 03 anos sem consagrar cogumelos, a saudade bateu e resolvi cultivar novamente. Dessa vez arrisquei em usar a técnica de casing (meu primeiro cultivo foi PFTEK, 4 bolos, os 4 tiveram sucesso, gerando aproximadamente 3 flushs cada um).
Sempre tive muito receio de cultivar usando a técnica de casing, receio de contaminações, perder material e etc., mas acompanhando vídeos no YouTube, vi que não é um bicho de 7 cabeças e resolvi arriscar.
Não tenho muitas fotos de todo o processo pois sou medroso com a questão de contaminação. O máximo que eu possa evitar de deixar os materiais expostos, eu evito.
Início do diário:
No dia 10/02, comprei 1kg de milho. Milho normal, esses que o pessoal usa pra alimentar galinhas e etc. Fiz três lavagens no milho, mexendo bem para que tirasse todas as impurezas e repeti as lavagens até a água sair completamente limpa. Após as lavagens, deixei o milho de molho por cerca de 32h (iria deixar 24h, mas, devido minha rotina de trabalho, não foi possível tirar antes).
Ao tirar do molho, levei a panela de pressão e, após pegar pressão, contei 15 minutos no fogo baixo e retirei do fogo.
Quando esfriou, verifiquei a consistência do milho comendo mesmo e estava "al dente". Nem muito mole, nem muito duro. Ponto perfeito.
Levei o milho para um pano de prato e fiz a secagem manualmente, os deixei bem secos por fora.
No dia 11/12, preparei os recipientes. Utilizei 3 recipientes ao todo. 02 com o volume de 1L e 01 com o volume de 700ml. Segue uma foto de como fiz as tampas:

São dois furos do mesmo tamanho. Um eu fechei com silicone e o outro com duas camadas de micropore.
Enchi de milho até mais ou menos 80% do volume total, deixando um espaço razoável para que eu pudesse chacoalhar os recipientes em seu devido tempo. Levei os 3 recipientes na panela de pressão. Após pegar pressão, contei 1:30h e tirei do fogo. Deixei esfriar de um dia pro outro.
Dia 12/12 foi o dia da inoculação. Adquiri uma cultura líquida na internet e preparei a boca do forno do fogão para o processo. Limpei tudo com álcool 70, liguei o forno e aguardei cerca de 15 minutos para iniciar o processo de inoculação.

- Na foto acima eu já havia feito as inoculações. Fiz apenas um furo na tampa e inoculei cerca de 2ml em cada recipiente. Tive o cuidado de flambar a agulha com o isqueiro entre cada inoculação e deixei a vela acesa para uma garantia a mais, inoculando próxima a ela.
- Armazenei os recipientes dentro do meu guarda-roupas, enrolados em uma toalha. Sei que, hoje em dia, é de conhecimento comum de que não é necessário deixar em um ambiente escuro, mas optei por deixar assim até mesmo pra ajudar no controle de temperatura, já que esses dias foram mais frios do que o normal.
- No dia 15/02 já foi possível notar os primeiros sinais de micélio em dois recipientes:


- Dia 17/02, foi bem notável a evolução do micélio nos 3 recipientes. Me admirei com a velocidade de propagação do micéio. Havia ouvido falar que essa strain (Cambodian) era bem agressiva, tendo uma velocidade maior que o normal na colonização e realmente isso é verdade. Segue as fotos:





- Dia 19/02, novamente uma excelente evolução do micélio. Irei postar apenas uma imagem para evitar o flood, mas os 3 recipientes estavam da mesma forma:

- Nesse mesmo dia, 19/02, decidi por chacoalhar os recipientes para espalhar os pontos de colonização e avançar mais o processo, já que estava cerca de 30% do milho colonizado em cada recpiente. A evolução foi imediata, dois dias depois foi possível ver vários pontos de micélio no milho.
- Evolução do dia 21/02 (as imagens estão com uma qualidade menor pois são prints de vídeos que fiz):



- Dia 23/02 o milho, nos 3 recipientes, já com uma colonização de cerca de 70% a 85%:



- Como a colonização já estava bem adiantada, fui atrás dos materiais necessários para fazer o terrário. Comprei 3 caixas organizadoras, com o tamanho de fundo de 28x21cm (minha ideia era usar apenas duas, mas irei utilizar as 3), fiz 06 furos no total: 04 nas laterais, mais embaixo e 02 furos mais acima. Dia 25/02 fiz o aniversário do primeiro casing:


- Nas imagens acima é possível observar os 3 recipientes com 100% de colonização e também as furações do monotub. Nessa parte eu fiquei um pouco preocupado pelo seguinte motivo:
Segui uma receita para fazer o substrato utilizando vermiculita e pó de coco, porém, na receita que segui, consideravam o pó de coco seco, sem nenhuma adição de água e o que comprei já vinha úmido. Acabou que utilizei muito mais água do que necessário, assim sendo, precisei apertar o substrato aos poucos para que ficasse no ponto certo de quantidade de água. Ainda acredito que o substrato foi com mais água do que o correto, então estou na torcida para que não ocorra nenhuma contaminação, principalmente thricoderma.
Não tirei foto mas, para deixar o casing na fase de colonização, coloquei fita crepe nos buracos e, em cima da fita crepe, fita adesiva normal, para evitar a passagem de ar.
- Pouco mais de 24 horas depois do aniversário, já foi possível notar o desenvolvimento do micélio no bolo. Nesse dia, 26/02, também fiz o segundo casing. Lembrando que, para cada casing, utilizei um dos recipientes de milho:


- Chegando no dia de hoje, 27/02, já é possível notar uma boa evolução no primeiro bolo e, até o momento, nenhum sinal de contaminação:

Ainda me resta um dos recipientes de spawn que não foi utilizado. Estou esperando chegar mais vermiculita e fibra de coco e irei fazer o terceiro casing logo em seguida.
Por enquanto é isso, meus amigos. Vou atualizando conforme for acontecendo as próximas etapas. Agradeço a todo o conteúdo disponibilizado aqui no fórum. As informações aqui postadas foram de grande ajuda tanto no meu primeiro cultivo quanto nesse de agora.
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