Olá Galera!
Meu Nick é baseado num conto das Eddas em prosa de Snorri Sturluson. Trata-se de um conto que retrata como na mitologia nórdica é dada pelos deuses a poesia aos homens.
Os Aesir e os Vanir, as duas tribos de deuses do universo nórdico, depois de uma longa guerra fizeram uma trégua de paz. Todos os integrantes dos dois clãs então cuspem num vaso, e desse cuspe nasce o um dos mais sábios dos deuses, Kvasir. Altamente inteligente, respondia cada pergunta que a ele faziam com astúcia. Kvasir embarca então numa viagem para disseminar seus saberes dentre os humanos.
A fama do conhecimento de Kvasir chega longe, aos ouvidos de dois anões, Fjalar e Galar. Sua ganancia ferve quando ficam sabendo do sábio Deus e imediatamente providenciam contatá-lo. Os dois anões irmãos convidam Kvasir para um grande festim com muita comida e muita bebida. Kvasir aceita o convite dos anões e se dirige à sua moradia.
Logo após Kvasir sentar-se à mesa junto com os anões para degustar do farto festim é emboscado e morto por obra dos irmãos gananciosos. Estes então pegam o corpo de Kvasir e drenam todo o seu sangue e o misturam com mel, confeccionando um hidromel mágico conhecido como Odroerir, o Hidromel da Poesia.
A ganancia dos anões, porém não tinha fim. Estes então convidam ao Gigante Gilling e a sua mulher da mesma maneira que convidaram a Kvasir. Depois de comer e beber convidam ao Gigante a ir ao mar em seu barco. Este então concorda, e quando estavam em águas profundas os anões chocam propositalmente o navio contra as rochas. Os anões nadam até a costa, mas o Gigante Gilling morre afogado. Em sua malicia os anões preparam uma rocha e cima da porta de sua moradia e gritam para a esposa de Gilling das noticias da morte de seu marido. Esta sai aos prantos pela porta da casa, e no mesmo instante os anões esmagam sua cabeça com a pedra.
O filho de Gilling, chamado de Suttungr, fica sabendo do paradeiro dos anões e planeja vingar-se pela morte de seus parentes. Este então lhes prepara uma emboscada e ao supreendê-los ameaça esmagá-los. Os anões suplicam suas vidas ao Gigante, e oferecem-lhe em troca de suas vidas o Hidromel da Poesia. O Gigante concorda e então esconde o hidromel mágico no interior de uma montanha. Para guardar o hidromel Suttungr prende na caverna sua filha Gunnlod junto com a bebida para que esta a vigie.
De Asgard, Odin fica sabendo dos acontecimento que levaram à morte de Kvasir e imediatamente se disfarça de andarilho e se dirige para Jotunheim. Quando Odin chega às terras de Baugi, irmão de Suttungr, ele observa alguns camponeses trabalhando cortando com foices a colheita de trigo. Odin se apresenta como Bolverk aos camponeses, que se reúnem à sua volta, chamando a sua atenção com uma misteriosa pedra. Esta pedra, diz Bolverk, tem a capacidade de afiar uma foice de uma maneira a que jamais perca o fio. Então Bolverk afia uma das foices dos camponeses como demonstração. Estes desejaram a pedra, prometendo riqueza. Bolverk. no entanto, joga a pedra no chão do arado entre os camponeses. Imediatamente os camponeses, procurando poder sobre a pedra, ceifam-se até a morte, não deixando nenhum homem vivo. Bolverk então dirige-se à moradia de Baugi.
Apresentando-se como Bolverk, Odin oferece os seus serviços ao Gigante. Baugi que, no entanto, descarta o pedido de trabalho à Bolverk, alegando que já tem trabalhadores colhendo o trigo. Bolverk então mostra os camponeses mortos afirmando que tinham se matado em uma briga. Assim Bolverk se oferece para fazer todo o trabalho dos camponeses sozinho e em menos tempo, exigindo como pagamento um gole do Hidromel da Poesia. Baugi concorda creendo que Bolverk não seja capaz de cumprir o prometido. Bolverk, no entanto, imediatamente inicia o trabalho na colheita, e por boa parte da temporada trabalhou incansavelmente. Antes de acabar a temporada de colheita, Bolverk já havia terminado todo o trabalho e assim dirigiu-se à moradia de Baugi exigindo sua recompensa.
Relutante Baugi então leva o Deus disfarçado para a montanha e começa a perfurá-la para criar um buraco ao seu interior. Depois de um tempo perfurando então, o Gigante convida a Odin a entrar pelo buraco. Antes de entrar, no entanto, Odin assopra para dentro do orifício e em resultado, poeira sai voando pelo buraco no rosto de Odin, confirmando que o Gigante havia tentado enganar Odin, não terminando de perfurar a rocha tentando prender Odin dentro do buraco. Odin exige que Baugi termine de perfurar o buraco. Assim o Gigante fez, e quando terminou, Odin transformou-se numa cobra e antes de o Gigante poder reagir, esguia-se pelo buraco ao interior da montanha.
Uma vez la dentro Odin se depara com a filha de Suttungr, Gunnlod. Este então transforma-se num belo jovem e apresenta-se à Gunnlod, pedindo acesso ao hidromel que ela guardava. Ela, no entanto, reluta em entregar o hidromel mágico devido a tarefa que lhe impusera seu pai. Odin permaneceu então na caverna por tês noites seduzindo a jovem. Gunnlod não resiste a persuasão do Deus e acaba por conceder-lhe três goles do recipiente que guardava o Hidromel da Poesia. Odin imediatamente pegou o recipiente e deu um gole profundo que esvaziou todo o liquido do recipiente.
Odin imediatamente dirigiu-se ao buraco que Baugi havia perfurado, passando por ele em forma de cobra. Na saída o Gigante esperava o surgimento de Odin, e quando este apareceu tentou esmagá-lo. Odin, no entanto, mais rapidamente que o gigante se transforma numa águia e
alça voo em direção à Asgard. Suttungr o pai de Gunnlod, dá-se conta da tentativa de Odin de roubar o hidromel e imediatamente começa a persegui-lo transforando-se numa águia.
Odin em fuga quase é alcançado pelo gigante, e quando estava passando por Midgard, a terra dos humanos, deixou cair algumas gotas do liquido precioso, concedendo a poesia aos humanos. Quando chega aos portões de Asgard, os deuses esperavam por Odin, e assim que este passa pelos portões, estes ascendem uma grande fogueira que queima as penas do gigante, impedindo-o de perseguir Odin. Odin, mais uma vez em sua forma original, imediatamente regurgita o precioso Hidromel e o armazena em três recipientes. O Deus guarda muito próximo a si, concedendo alguns goles apenas a poucos afortunados. As vezes ele concede um gole a algum humano que se transformará num memorável poeta.