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- Psilocybe Cubensis (Blue Meanie)
- Inoculação
- 21 Fev 2021
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- PF-TEK, Casing
- Substratos
-
Arroz Integral (triturado)
Vermiculita fina
Olá,
Neste diário vamos acompanhar o meu primeiro cultivo de Psilocybe Cubensis; a variação escolhida é a Blue Meanie, que foi adquirida através de um carimbo de esporos.

Eu reparei que a maioria utiliza panela de pressão para a esterilização do substrato, mas pesquisando a respeito vi um vídeo que mostra que é possível utilizar uma panela comum no processo, então resolvi experimentar.
Vou usar 6 copos de whisky para fazer os bolos através da técnica PF-TEK com o substrato de arroz integral e vermiculita.

O substrato foi composto por:
• 3,5 copos de Vermiculita
• 1 copo de Arroz Integral
• 1 copo de Água

Decidi triturar o arroz para obter uma mistura mais homogênea na hora de fazer o substrato.
Eu pretendia utilizar um moedor de café para triturar o arroz, mas acabei utilizando um liquidificador e funcionou bem.

Eu hidratei a Vermiculita e em seguida misturei a farinha de arroz; a mistura coube certinho em um pote de sorvete. A princípio eu achei que tinha preparado demais e que iria desperdiçar, mas no fim consegui preencher todos os 6 copos (sem compactar a mistura dentro deles), e não sobrou substrato no pote.

Coloquei substrato até a parte inferior da linha laranja que mostra na imagem, limpei a borda dos copos com um papel toalha e depois preenchi com Vermiculita seca, criando uma espécie de "filtro" para proteger de contaminantes que possam tentar penetrar no substrato.

Então eu tampei os bolos com uma camada de papel alumínio selada com fita isolante e depois coloquei mais uma camada de papel alumínio como proteção extra contra gotículas de água na hora da esterilização.

Por fim, eu distribuí igualmente os copos nas panelas; coloquei algumas camadas de um pano parecido com papel toalha para proteger o vidro do contato direto com o metal, depois enchi de água até a metade dos copos. Após a fervura, os copos ficaram esterilizando durante 1h40min.
Aparentemente todos foram bem selados, pois não encontrei infiltração de água em nenhum deles.
Eles estão esfriando dentro da panela neste exato momento, amanhã vou fazer a inoculação e assim que possível eu volto aqui para mostrar o processo.
~~~~~
No dia seguinte, depois que os copos já estavam frios, foi o momento da inoculação.
Tirei apenas uma foto antes de iniciar o processo, com os itens que eu utilizei:
• Copos com o substrato esterilizado
• Seringa com agulha
• Tesoura
• Copo de vidro para colocar a mistura de água e esporos
• Isqueiro maçarico (para esterilizar a agulha entre a inoculação de um copo e outro)
• Máscara cirúrgica
• Fita microporosa
• Água (Mineral)
• Carimbo de Esporos ("Blue Meanie")
• Luvas de Borracha

Coloquei os itens dentro da caixa apenas para tirar a foto; o processo foi feito em cima da bancada do banheiro fechado (ou seja, não utilizei nenhum tipo de "box").
Confesso logo de cara que não estou confiante com a inoculação e mesmo com o cuidado de limpar o ambiente e as ferramentas (com Lisoform e Álcool 70º, respectivamente), sinto que talvez eu não consiga dar continuidade neste primeiro cultivo.
Primeiramente: Quando eu comprei as coisas na farmácia, não tinha Água Destilada e as luvas cirúrgicas só eram vendidas em pacote fechado que custava quase R$100, um absurdo. Então resolvi improvisar e pode ser que isso tenha comprometido meu cultivo.
Substituí a água destilada por água mineral (em lata, pois não encontrei em copo nos supermercados daqui), e substituí as luvas cirúrgicas por luvas de borracha.
Sobre essa maldita luva que eu usei: Não usem. Apesar dela ter servido certinho na minha mão, só atrapalhou todo o processo; se eu soubesse que seria assim, eu teria simplesmente lavado muito bem as mãos e não utilizado luva nenhuma.
Enfim, descrevendo o processo:
Já com a máscara e luvas, abri a lata e coloquei a água no copo de vidro com o auxílio da seringa.
Depois, raspei 1/4 do carimbo com a tesoura e reparei que os esporos se espalharam em vários pontinhos pretos na água e com a seringa, eu suguei o conteúdo várias vezes para misturar bem.
Então eu enchi a seringa, esquentei a ponta da agulha no fogo até ficar vermelha e comecei a inoculação de fato; 4 furos equidistantes no alumínio, aproximadamente o total de 2ml em cada copo. Tampei os furos com micropore e cobri com aquela camada de alumínio extra que tinha colocado neles na hora de esterilizar.
Foi um processo bem estressante por causa das luvas de borracha, como eu já disse. Teve vezes que perdia a aderência e sem querer eu furava demais o alumínio ou então o micropore grudava na luva e depois não grudava direito onde deveria... Mantive a calma e inoculei todos os copos mesmo assim. Agora eles estão na Caixa Organizadora, com tampa (que futuramente será o próprio terrário) e como faz muito calor atualmente, não vejo a necessidade de deixar um aquecedor junto... Vamos aguardar as próximas semanas e ver como o micélio vai se desenvolver e se vai contaminar de fato, ou não.
Qualquer novidade (seja boa ou ruim) eu volto para relatar aqui.
~~~~~
Após 5 dias na incubadora eu resolvi checar a situação dos bolos:

Felizmente, há micélio se formando em todos eles e sem sinais de contaminação, espero que assim permaneça.
Sinto que talvez esteja se desenvolvendo devagar... As temperaturas aqui estavam altas de dia, mas de noite deu uma esfriada a semana toda; vou colocar um aquecedor à 27ºC e ver como os bolos são reagir nos próximos dias.
~~~~~
12 dias após a inoculação chequei novamente a situação dos bolos dentro da incubadora:

O micélio praticamente tomou conta da superfície de todos eles, alguns copos bem rizomórficos como este da imagem; nenhum deles com sinais de contaminação, estou muito feliz com o progresso.

Nestes exatos 7 dias que se passaram após a primeira checagem da incubadora, eu segui o conselho de remover a tampa de alumínio extra para deixar o micélio respirar melhor (os furos estão protegidos com micropore então não havia necessidade dessa tampa), e acrescentei o aquecedor com o termostato regulado à 27°C; o termômetro (provisório) mostra que a temperatura se manteve apesar do frio que fez esta semana (20ºC pra baixo).
Os copos estão empilhados para ficarem o mais próximo possível do calor da garrafa, mas estão dispostos de forma que os de cima não tampem os furos dos debaixo.
Acredito que na próxima semana seja possível aniversariar os bolos, mas talvez eu pegue parte deles para quebrar e montar um ou dois Casings.
Vamos ver se até lá estarei confiante de acrescentar esta etapa já no primeiro cultivo
Neste diário vamos acompanhar o meu primeiro cultivo de Psilocybe Cubensis; a variação escolhida é a Blue Meanie, que foi adquirida através de um carimbo de esporos.

Eu reparei que a maioria utiliza panela de pressão para a esterilização do substrato, mas pesquisando a respeito vi um vídeo que mostra que é possível utilizar uma panela comum no processo, então resolvi experimentar.
Vou usar 6 copos de whisky para fazer os bolos através da técnica PF-TEK com o substrato de arroz integral e vermiculita.

O substrato foi composto por:
• 3,5 copos de Vermiculita
• 1 copo de Arroz Integral
• 1 copo de Água

Decidi triturar o arroz para obter uma mistura mais homogênea na hora de fazer o substrato.
Eu pretendia utilizar um moedor de café para triturar o arroz, mas acabei utilizando um liquidificador e funcionou bem.

Eu hidratei a Vermiculita e em seguida misturei a farinha de arroz; a mistura coube certinho em um pote de sorvete. A princípio eu achei que tinha preparado demais e que iria desperdiçar, mas no fim consegui preencher todos os 6 copos (sem compactar a mistura dentro deles), e não sobrou substrato no pote.

Coloquei substrato até a parte inferior da linha laranja que mostra na imagem, limpei a borda dos copos com um papel toalha e depois preenchi com Vermiculita seca, criando uma espécie de "filtro" para proteger de contaminantes que possam tentar penetrar no substrato.

Então eu tampei os bolos com uma camada de papel alumínio selada com fita isolante e depois coloquei mais uma camada de papel alumínio como proteção extra contra gotículas de água na hora da esterilização.

Por fim, eu distribuí igualmente os copos nas panelas; coloquei algumas camadas de um pano parecido com papel toalha para proteger o vidro do contato direto com o metal, depois enchi de água até a metade dos copos. Após a fervura, os copos ficaram esterilizando durante 1h40min.
Aparentemente todos foram bem selados, pois não encontrei infiltração de água em nenhum deles.
Eles estão esfriando dentro da panela neste exato momento, amanhã vou fazer a inoculação e assim que possível eu volto aqui para mostrar o processo.
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No dia seguinte, depois que os copos já estavam frios, foi o momento da inoculação.
Tirei apenas uma foto antes de iniciar o processo, com os itens que eu utilizei:
• Copos com o substrato esterilizado
• Seringa com agulha
• Tesoura
• Copo de vidro para colocar a mistura de água e esporos
• Isqueiro maçarico (para esterilizar a agulha entre a inoculação de um copo e outro)
• Máscara cirúrgica
• Fita microporosa
• Água (Mineral)
• Carimbo de Esporos ("Blue Meanie")
• Luvas de Borracha

Coloquei os itens dentro da caixa apenas para tirar a foto; o processo foi feito em cima da bancada do banheiro fechado (ou seja, não utilizei nenhum tipo de "box").
Confesso logo de cara que não estou confiante com a inoculação e mesmo com o cuidado de limpar o ambiente e as ferramentas (com Lisoform e Álcool 70º, respectivamente), sinto que talvez eu não consiga dar continuidade neste primeiro cultivo.
Primeiramente: Quando eu comprei as coisas na farmácia, não tinha Água Destilada e as luvas cirúrgicas só eram vendidas em pacote fechado que custava quase R$100, um absurdo. Então resolvi improvisar e pode ser que isso tenha comprometido meu cultivo.
Substituí a água destilada por água mineral (em lata, pois não encontrei em copo nos supermercados daqui), e substituí as luvas cirúrgicas por luvas de borracha.
Sobre essa maldita luva que eu usei: Não usem. Apesar dela ter servido certinho na minha mão, só atrapalhou todo o processo; se eu soubesse que seria assim, eu teria simplesmente lavado muito bem as mãos e não utilizado luva nenhuma.
Enfim, descrevendo o processo:
Já com a máscara e luvas, abri a lata e coloquei a água no copo de vidro com o auxílio da seringa.
Depois, raspei 1/4 do carimbo com a tesoura e reparei que os esporos se espalharam em vários pontinhos pretos na água e com a seringa, eu suguei o conteúdo várias vezes para misturar bem.
Então eu enchi a seringa, esquentei a ponta da agulha no fogo até ficar vermelha e comecei a inoculação de fato; 4 furos equidistantes no alumínio, aproximadamente o total de 2ml em cada copo. Tampei os furos com micropore e cobri com aquela camada de alumínio extra que tinha colocado neles na hora de esterilizar.
Foi um processo bem estressante por causa das luvas de borracha, como eu já disse. Teve vezes que perdia a aderência e sem querer eu furava demais o alumínio ou então o micropore grudava na luva e depois não grudava direito onde deveria... Mantive a calma e inoculei todos os copos mesmo assim. Agora eles estão na Caixa Organizadora, com tampa (que futuramente será o próprio terrário) e como faz muito calor atualmente, não vejo a necessidade de deixar um aquecedor junto... Vamos aguardar as próximas semanas e ver como o micélio vai se desenvolver e se vai contaminar de fato, ou não.
Qualquer novidade (seja boa ou ruim) eu volto para relatar aqui.
~~~~~
Após 5 dias na incubadora eu resolvi checar a situação dos bolos:

Felizmente, há micélio se formando em todos eles e sem sinais de contaminação, espero que assim permaneça.
Sinto que talvez esteja se desenvolvendo devagar... As temperaturas aqui estavam altas de dia, mas de noite deu uma esfriada a semana toda; vou colocar um aquecedor à 27ºC e ver como os bolos são reagir nos próximos dias.
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12 dias após a inoculação chequei novamente a situação dos bolos dentro da incubadora:

O micélio praticamente tomou conta da superfície de todos eles, alguns copos bem rizomórficos como este da imagem; nenhum deles com sinais de contaminação, estou muito feliz com o progresso.

Nestes exatos 7 dias que se passaram após a primeira checagem da incubadora, eu segui o conselho de remover a tampa de alumínio extra para deixar o micélio respirar melhor (os furos estão protegidos com micropore então não havia necessidade dessa tampa), e acrescentei o aquecedor com o termostato regulado à 27°C; o termômetro (provisório) mostra que a temperatura se manteve apesar do frio que fez esta semana (20ºC pra baixo).
Os copos estão empilhados para ficarem o mais próximo possível do calor da garrafa, mas estão dispostos de forma que os de cima não tampem os furos dos debaixo.
Acredito que na próxima semana seja possível aniversariar os bolos, mas talvez eu pegue parte deles para quebrar e montar um ou dois Casings.
Vamos ver se até lá estarei confiante de acrescentar esta etapa já no primeiro cultivo

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