- 24/11/2005
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Engatando a segunda marcha
um quinta (pesada), mas volto pra segunda na próxima
respira, reduz pa segunda e vai:
Hibernation - Lazy radio
Última edição:
Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.
O coração é entrega
a mente, domina
e se faz tagarela
O coração é total
a mente, limita
a verdade real
O coração é o vigor
a mente, fraqueza
do próprio frescor
O coração acredita
a mente, duvida
e tanto desdita
A mente não limita, o que o coração mostra são apenas prazeres, ele pode te encher de amor por um dia dois dias, três dias.
Mas e quando não tiver sangue no coração? Você só dá valor pra mente quando o sangue acaba.
Enquanto está tudo bem o coração desdenha da mente, pensar na realidade machuca, ver guerras, acidentes, assassinatos
Mas quando o coração começa a falhar, você procura coisas pra se segurar, como ignorou a mente, não sobra nada.
Você realmente não precisa da mente quando está tudo bem, só precisa quando tudo está ruim, mas se não tiver preparado a mente nos tempos de paz, não dá tempo para recuperar e o último suspiro do coração é sempre: "por que eu não pensei nisso antes de chegar a hora da minha morte? Ter que ficar o tempo infinito no escuro, sem saber fazer o fogo de verdade, é uma das piores condenações que posso imaginar.
E é aí que faz sentido essa frase
"Naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles"
O coração morto faz se arrepender de ter deixado ele morrer, mas é como uma pomar ou jardim. Enquanto bombeava, tudo estava regado, mas quando ele para, não morre tudo de uma vez. As plantas vão secando aos poucos, bem devagar.
Você fica preso a ele, assistindo todo o seu corpo virar pó, pra só então se livrar e acordar com um coração novo.
Mas imagina seu corpo imóvel, não tem vermes e nem fungos. A única coisa é o vento, toda vez que você sente a brisa você lembra como era estar vivo, mas a cada passada ele tira um pouco de você.
Ao mesmo tempo que você está sofrendo, você está feliz por não ter morrido de verdade, cada brisa é agonia mas felicidade.
Bem aventurados são aqueles que se iludem pela brisa, mais sofrido é para aqueles que decidem comer a própria perna, o próprio braço para tentar alongar um pouco mais daquele momento.
Mas inteligente é aquele que nunca precisou passar por isso