Como você inoculou? Com
esporos suspensos na água do borrifador?
Sim.
O teste que fiz com um saco grande derramei o conteúdo diretamente.
Queria te perguntar uma coisa: Os esporos estão em solução ou eles só estão naqueles pontinhos pretos suspensos que ficam visíveis?
Te adianto esse link com uma pesquisa boa para quase-exatamente o que você quer fazer:
de nada!
Pelo que li o pessoal tem mais sucesso fazendo estilo PF ou bag estéril onde usam os grãos usados como substrato.
Tem relatos de pessoas fazendo como
bulk misturando com
vermiculita ou serragem (como você), porém inoculando com algum spawn decente (
bolo PF ou
g2g por exemplo).
Alguns conseguiram com mais facilidade (sem spawn) porém não com cogumelos ativos, apenas comestíveis de serrapilha/madeira mesmo.
Ninguém deixa o bagaço fermentar, nem para os cogumelos de serrapilha/madeira, é universal. Como já havia falado antes, não faz sentido proliferar o que é por definição uma contaminação. Eles misturam com outro tipo de bulk para reduzir a
umidade e já inoculam com spawn imediatamente.
Uma saída que vejo de fazer ativos com menos problemática do que com cubensis seria utilizar gymnopilus luteofolius, mas aí tu tem que comprar uma cultura de fora e não ferrar com ela
Muito obrigado pelo link, vou conferir com certeza. (Edit: só de eu começar a ler já deu pra ver que é muito bom!!! Eu tinha que ter lido antes…rs, mas vamos agregando!)
Vou aguardar os resultado, claro, para avaliação, custo-benefício.
Se eu conseguir 10% de sucesso já será bastante coisa.
E os bolos colonizados, mesmo não tendo a “pureza” dos outros, poderão ser as sementes dos próximos bulks.
O sentido é: como é que eu vou esterilizar 50kg de substrato? Se eu não estiver enganado, acho que Isso só daria pra fazer em uma escala profissional, ou nano industrial…
E o bagaço das brassagens artesanais tem muito açúcar, muita maltose. Acho muito difícil conseguir afastar leveduras, só mesmo esterilizando. E fermenta muito rápido. Vou conferir no link como é que fora feitas essas outras experiências. Na que eu vi não tinha nada dizendo sobre fermentação prévia, mas muito provavelmente o bagaço já chegou fermentando se veio de outro lugar, cervejaria por exemplo.
Se vc fermenta e depois esquenta tudo teoricamente vc está recolocando as leveduras para nutrir os outros organismos.
Como eu falei achei por bem fermentar antes de pasteurizar
por que pelomenos não haveria mais maltose e acho até que há a possibilidade de outros nutrientes estarem biodisponibilizados.
Além disso, eu tinha planejado alguma “condução” dessa contaminação. Mas isso realmente não deu certo pq em 12h depois da brassagem o bagaço já tinha atividade.
O meu pensamento é por analogia com a cerveja: Todas estão “contaminadas” mas se vc joga uma quantidade muito maior de leveduras, elas vencem. A gente sanitiza tudo - a base da cervejaria é essa (só a escola Belga que se distancia um pouco).
E também é inevitável a observação da natureza onde em um convívio múltiplo de organismos os esporos dos cubensis nascem, crescem e se reproduzem.
Tem um princípio em qualquer gestão de biomassa que é o balanço energético: Não é simplesmente “produzir 1 kg de cogumelos”, é: quanto de energia vc investiu para produzir 1 kg de cogumelos? Esse cálculo deve ser sistêmico.
Este é outro sentido de meu humilde teste.