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Problemático Mão na massa! Primeira experiência.

Diário de cultivo problemático.
Raças
MDK
Inoculação
06/05/2023
Inoculação via
Esporos em água
Assepsia (Inoculação)
Pasteurização e fervura
Aniversário
19/06/2023
Terrário
Quarto de casa
Técnicas
PF tek com adaptações
Substratos
Bagaço de malte de cevada e trigo
Serragem
Bem amigos, vou iniciar o relato de plano e os insumos e equipamentos que adquiri.

Para o substrato, a ideia é aproveitar o bagaço de malte que sobra quando eu faço minha cerveja.

Uma das questões a se resolver é a umidade pois o bagaço sai muito saturado de água, então vou dar o ponto com serragem.

Não consegui a informação se a madeira era tratada, mas como peguei em uma serralharia, acho que está livre de aditivos.

A época do ano favorece eu deixar ao sol para ir secando mais ainda e pegar aquele “prana”.
 

Anexos

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Meus caros amigos.
A trabalheira do dia da brassagem* (termo que os cervejeiros usam para designar o dia em que preparamos o mosto) impediu que eu preparasse titia os testes e controles que eu tinha pensado. Então vamos ficar “apenas” com a separação do bagaço de malte e sua fermentação.

Inicialmente aí a panela onde está o bagaço. Ele chegou a uns 74°C durante o processo, e ficou por mais de 4 horas nesta faixa de temperatura.

A foto foi tirada no dia seguinte da brassagem. O bagaço estava a 30°C. Já havia alguma atividade de fermentação espontânea.

A parte de cima do bagaço estava bem drenada.
Vou adicionar mais estás outras duas fotos pra galeara que não está familiarizada com o equipamento de cervejaria entender o fundo falso que tem na panela e que serve como dreno.

Aqui o aspecto e a quantidade farta de malte que temos que transformar em substrato para os Cogus.

Aqui outro “subproduto” que a maioria dos cervejeiros tem e jogam fora. Levedura líquida.
Dei uma diluída com água e inoculei no bagaço.

Nesta outra panela havia o resto de mosto com lúpulo que sobrou da brassagem. Não é sempre que tem tanto lúpulo assim. É que eu estou fazendo uma double IPA e ela é muito lupulada.

Mas muita das vezes o destino desta preciosidade de biomassa é o lixo ou no máximo a composteira.



Eu não tinha planejado isso, mas aí lembrei das propriedades antibióticas do lúpulo e resolvi adicionar em nosso substrato experimental.


Depois com o auxílio de uma pá cervejeira, tudo limpo e sanitizado, misturei tudo.

Coloquei um voil bem fino pra proteger dos insetos.

Hoje dei uma revirada no bagaço.
Havia um maior calor na parte de cima.
A temperatura do termômetro, que mede mais ou menos na metade da altura do bagaço, estava menor.

Vamos ver como vai se comportar esta fermentação.
 

Anexos

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Última edição:
Você tem uma caldeira que injeta vapor dentro dessa panela ou ela esquenta à gás e vai repondo a agua com alguma boia ?
 
Você tem uma caldeira que injeta vapor dentro dessa panela ou ela esquenta à gás e vai repondo a agua com alguma boia ?
Na verdade ela fica cheia de água e é adicionado o malte. Mas a água é quente e começa a 64°C e depois vai a 74°. Vai repondo água, mas é no olho mesmo. Um dia terei uma boia.

Ela vai ao fogo, gás, diretamente.
Isso que sobra, o bagaço, já foi filtrado, após a infusão.

A maior parte do amido dos grãos, é convertido em açúcar(maltose) e vai para o mosto para virar cerveja.
 
Hoje, 30 de abril, a temperatura do substrato chegou a 39 graus na parte mais acima.

Drenei mais de 5 litros de líquido, pela torneira, que passaram pelo fundo falso. Mas o bagaço ainda está muito encharcado mais pro fundo da panela.

Devo iniciar uns testes de absorção de umidade pela serragem pra mais ou menos calcular quanto eu vou precisar desse insumo pra dar o ponto no bagaço quando terminar a fermentação.
 

Anexos

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Hoje, a temperatura chegou a 43°C na parcela mais superficial do bagaço.
Tenho pra mim que esse dado, por si só, já dá “contra-indicação” de se usar este substrato sem a fermentação prévia pois essa temperatura mataria o micélio.

Estava bem quente mesmo, inclusive acho que boa parte do álcool produzido é volatilizado. Fico inclusive pensando se isso não é mai uma tática de defesa/competição das leveduras, algo que mantém o ar “sanitizado”.

Devo fazer duas alternativas de técnica para comparar os resultados: Em uma vou apenas adicionar a serragem até dar o ponto de umidade, mandando assim a biota total e o álcool residual.

Na outra vou pasteurizar tudo novamente para “garantir” a retirada de excesso de álcool.
Hoje drenei uns 2 litros de líquido. Estou guardando este fermentado para alguma possibilidade de reposição de umidade/nutrientes, se for o caso.

Revirei tudo novamente e ao final a temperatura equalizou em 35°C
 

Anexos

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Buenas @Náutico, não entendi muito bem o que você está querendo fazer. Se trata de um cultivo outdoor?
Sou cervejeiro e se eu fosse me arriscar com o bagaço, apenas levaria ele para casa em um recipiente e daria um jeito de seca-lo ao sol, até pq se secar a sombra, o fedor de malte cozido é terrível :rolandoderir:
Após seco, eu iria fazer um 2:1:1 (bagaço+vermiculita+agua) e levaria à pressão. Acredito que vermiculita + palha do malte daria uma boa aeração, 'substratealmente' falando kkkk
Já seria um fantástico experimento uma vez que o bagaço é rico em nutriente e sempre vai para o lixo (com raras exceções quando faço doação para pessoas fazerem pães e bolos), e eu ainda nem iria me aventurar com lúpulo e levedura num primeiro momento.
 
Buenas @Náutico, não entendi muito bem o que você está querendo fazer. Se trata de um cultivo outdoor?
Sou cervejeiro e se eu fosse me arriscar com o bagaço, apenas levaria ele para casa em um recipiente e daria um jeito de seca-lo ao sol, até pq se secar a sombra, o fedor de malte cozido é terrível :rolandoderir:
Após seco, eu iria fazer um 2:1:1 (bagaço+vermiculita+agua) e levaria à pressão. Acredito que vermiculita + palha do malte daria uma boa aeração, 'substratealmente' falando kkkk
Já seria um fantástico experimento uma vez que o bagaço é rico em nutriente e sempre vai para o lixo (com raras exceções quando faço doação para pessoas fazerem pães e bolos), e eu ainda nem iria me aventurar com lúpulo e levedura num primeiro momento.
Então, Mad.
Muito no escuro e com algumas luzes de alguns outros experimentos, eu tô tentando justamente isso aí: conseguir aproveitar o bagaço e demais “resíduos” da brassagem para a produção de um substrato e adequar a melhor técnica possível para isso, tentando não gastar quase nada, é claro!rs

Cara, só secar acho que acaba não funcionando pq ele fermenta e esquenta demais.

Eu estou justamente deixando ele fermentar (adicionei lama dos fermentadores), e vou agora pasteurizar, e depois inocular.

Adicionei serragem para equilibrar a umidade e dar aeração.

E o que foi mais maneiro: Eu também já tinha carbonato de cálcio para corrigir o pH.

Vou ensacar muitos “bolos”, inocular e ver o resultado.
 
Entendi irmão.
Você pretende utilizar o trub + levedura da fermentação? Será que a levedura não vai atacar o que resta de açúcar do malte e transformar em álcool, uma vez que estará numa temperatura ideal para um fermento ativo? Será que não irá fermentar e o CO2 explodirá os sacos? 🧨
São muitas possibilidades kkkk se der certo, os frutos sairão tunados. Imagine, psilocibes alcoólicos kk 🙏🎉
 
Entendi irmão.
Você pretende utilizar o trub + levedura da fermentação? Será que a levedura não vai atacar o que resta de açúcar do malte e transformar em álcool, uma vez que estará numa temperatura ideal para um fermento ativo? Será que não irá fermentar e o CO2 explodirá os sacos? 🧨
São muitas possibilidades kkkk se der certo, os frutos sairão tunados. Imagine, psilocibes alcoólicos kk 🙏🎉
Então, nesse experimento eu faço a pasteurização também pra volatilização do álcool residual que tiver. Mas o bagaço chega a mais de 45°C fermentando… não sei se sobra muito álcool.

A fermentação prévia teoricamente seria também para diminuir esse efeito de fermentação após ensacado. A aposta é que açúcar proveniente da mostura tenha sido todo consumido na primeira fermentação.

Eu tinha achado que seriam poucos dias até terminar a fermentação e eu começar a ensacar, mas ontem, 6 dias depois da brassagem, o bagaço ainda estava a 45°C, mesmo já com a adição de serragem. Hoje, 7 dias da brassagem, a atividade começa a diminuir e só tem calor mais para o fundo da panela onde está o bagaço.

Os sacos terão um fechamento com elástico e espuma de estofador para troca de gases e para evitarmos qualquer explosão, rs.
 
Show de bola!
Será que a tentativa de tentar secar o malte em um forno elétrico é valido?
Bagaço de malte é rico, e quase sempre descartado no fim da etapa de brassagem. Se a experiência der frutos, literamente, será uma saída econômica para grandes quantias de substrato.
Por favor, nos mantenha informado!
 
Show de bola!
Será que a tentativa de tentar secar o malte em um forno elétrico é valido?
Bagaço de malte é rico, e quase sempre descartado no fim da etapa de brassagem. Se a experiência der frutos, literamente, será uma saída econômica para grandes quantias de substrato.
Por favor, nos mantenha informado!
Cara, assim na intuição: Se vc for usar a PF Tec, com a esterilização e tals, acho que vale a pena testar.

Mas o que penso é que vc está investindo energia em uma etapa pra tirar umidade e que depois vc vai ter que retornar.

Alem do problema reportado dos açúcares “livres” que sobraram da mostura serem muito propícios para a proliferação de outros organismos.

O que eu pensei no meu teste é “secar” o bagaço com a serragem (que aqui faz o papel da vermiculita).

O que também reportaram sobre a utilização do bagaço puro é que ele forma uma parada muito densa que impede o desenvolvimento do micélio.

Essa que é a outra função aqui da serragem: Deixar o substrato mais “solto”, “aerado”.

E serragem é de graça.

Eu estou fazendo aqui o teste para cogumelos mágicos, mas tem muita coisa já nessa pegada para cogumelos comestíveis não alucinógenos, inclusive que se alimentam mesmo de madeira.

O que não é o nosso caso pq a serragem vai ser só pra reter umidade, ao menos teoricamente. E digo “na teoria” pois na verdade a serragem absorveu resto de mosto fermentado.
 

Anexos

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Última edição:
Acima, as fotos dos saquinhos “prontos” e o borrifador que usei pra inocular.

Não consegui tirar foto do processo de pasteurização.

Basicamente: Coloquei de 5 a 10 kg de substrato em uma outra panela, aqueci ao máximo, superior a 75°C, misturei um pouco mais do mosto fermentado que tinha drenado, mais serragem úmida de maior granulosidade, de 15 a 25g de Carbonato de Cálcio.

Deixei descansando na temperatura alta por uns 15 minutos.

Depois de ensacado coloquei ainda bem quente no freezer.

Esfriou bastante, principalmente as beiras. Tirei do freezer. Inoculei e fechei os sacos com elástico e espuma.
 
Última edição:
Feroz, meu amigo! Que experimento valioso!
Estou torcendo para que tenha resultados positivos!
Andei investigando nos fóruns gringos, e vários tiveram pleno sucesso no uso de resíduos de fabricação de cerveja para cultivo de shimeji-preto (Pleurotus ostreatus), mas muitas dificuldades com os cubs.
Estou certo de que você veio para mudar esse cenário! 🏆🥇
Boa sorte!
 
Feroz, meu amigo! Que experimento valioso!
Estou torcendo para que tenha resultados positivos!
Andei investigando nos fóruns gringos, e vários tiveram pleno sucesso no uso de resíduos de fabricação de cerveja para cultivo de shimeji-preto (Pleurotus ostreatus), mas muitas dificuldades com os cubs.
Estou certo de que você veio para mudar esse cenário! 🏆🥇
Boa sorte!
Cara, o que vc puder me atualizar de dificuldades e procedimentos que esses caras tiveram e usaram, agradeço!
Se puder me passar os links, agradeço também!

Em tempo: se não der certo com os mágicos, parto pros comestíveis. A gente tem que conseguir uma forma de usar esse bagaço.
 
Te adianto esse link com uma pesquisa boa para quase-exatamente o que você quer fazer: de nada!

Pelo que li o pessoal tem mais sucesso fazendo estilo PF ou bag estéril onde usam os grãos usados como substrato.

Tem relatos de pessoas fazendo como bulk misturando com vermiculita ou serragem (como você), porém inoculando com algum spawn decente (bolo PF ou g2g por exemplo).

Alguns conseguiram com mais facilidade (sem spawn) porém não com cogumelos ativos, apenas comestíveis de serrapilha/madeira mesmo.

Ninguém deixa o bagaço fermentar, nem para os cogumelos de serrapilha/madeira, é universal. Como já havia falado antes, não faz sentido proliferar o que é por definição uma contaminação. Eles misturam com outro tipo de bulk para reduzir a umidade e já inoculam com spawn imediatamente.

Uma saída que vejo de fazer ativos com menos problemática do que com cubensis seria utilizar gymnopilus luteofolius, mas aí tu tem que comprar uma cultura de fora e não ferrar com ela.
 
Como você inoculou? Com esporos suspensos na água do borrifador?
Sim.
O teste que fiz com um saco grande derramei o conteúdo diretamente.

Queria te perguntar uma coisa: Os esporos estão em solução ou eles só estão naqueles pontinhos pretos suspensos que ficam visíveis?

Te adianto esse link com uma pesquisa boa para quase-exatamente o que você quer fazer: de nada!

Pelo que li o pessoal tem mais sucesso fazendo estilo PF ou bag estéril onde usam os grãos usados como substrato.

Tem relatos de pessoas fazendo como bulk misturando com vermiculita ou serragem (como você), porém inoculando com algum spawn decente (bolo PF ou g2g por exemplo).

Alguns conseguiram com mais facilidade (sem spawn) porém não com cogumelos ativos, apenas comestíveis de serrapilha/madeira mesmo.

Ninguém deixa o bagaço fermentar, nem para os cogumelos de serrapilha/madeira, é universal. Como já havia falado antes, não faz sentido proliferar o que é por definição uma contaminação. Eles misturam com outro tipo de bulk para reduzir a umidade e já inoculam com spawn imediatamente.

Uma saída que vejo de fazer ativos com menos problemática do que com cubensis seria utilizar gymnopilus luteofolius, mas aí tu tem que comprar uma cultura de fora e não ferrar com ela
Muito obrigado pelo link, vou conferir com certeza. (Edit: só de eu começar a ler já deu pra ver que é muito bom!!! Eu tinha que ter lido antes…rs, mas vamos agregando!)

Vou aguardar os resultado, claro, para avaliação, custo-benefício.

Se eu conseguir 10% de sucesso já será bastante coisa.

E os bolos colonizados, mesmo não tendo a “pureza” dos outros, poderão ser as sementes dos próximos bulks.

O sentido é: como é que eu vou esterilizar 50kg de substrato? Se eu não estiver enganado, acho que Isso só daria pra fazer em uma escala profissional, ou nano industrial…

E o bagaço das brassagens artesanais tem muito açúcar, muita maltose. Acho muito difícil conseguir afastar leveduras, só mesmo esterilizando. E fermenta muito rápido. Vou conferir no link como é que fora feitas essas outras experiências. Na que eu vi não tinha nada dizendo sobre fermentação prévia, mas muito provavelmente o bagaço já chegou fermentando se veio de outro lugar, cervejaria por exemplo.

Se vc fermenta e depois esquenta tudo teoricamente vc está recolocando as leveduras para nutrir os outros organismos.


Como eu falei achei por bem fermentar antes de pasteurizar
por que pelomenos não haveria mais maltose e acho até que há a possibilidade de outros nutrientes estarem biodisponibilizados.

Além disso, eu tinha planejado alguma “condução” dessa contaminação. Mas isso realmente não deu certo pq em 12h depois da brassagem o bagaço já tinha atividade.

O meu pensamento é por analogia com a cerveja: Todas estão “contaminadas” mas se vc joga uma quantidade muito maior de leveduras, elas vencem. A gente sanitiza tudo - a base da cervejaria é essa (só a escola Belga que se distancia um pouco).

E também é inevitável a observação da natureza onde em um convívio múltiplo de organismos os esporos dos cubensis nascem, crescem e se reproduzem.

Tem um princípio em qualquer gestão de biomassa que é o balanço energético: Não é simplesmente “produzir 1 kg de cogumelos”, é: quanto de energia vc investiu para produzir 1 kg de cogumelos? Esse cálculo deve ser sistêmico.

Este é outro sentido de meu humilde teste.
 
Última edição:
Queria te perguntar uma coisa: Os esporos estão em solução ou eles só estão naqueles pontinhos pretos suspensos que ficam visíveis?
Esporos são microscópicos, os pontinhos pretos são aglomerados de milhões de esporos unidos.


O sentido é: como é que eu vou esterilizar 50kg de substrato? Se eu não estiver enganado, acho que Isso só daria pra fazer em uma escala profissional, ou nano industrial…
No caso os que fizeram PF esterilizaram apenas um pouquinho (com outros ingredientes) numa PP mesmo...


Na que eu vi não tinha nada dizendo sobre fermentação prévia, mas muito provavelmente o bagaço já chegou fermentando se veio de outro lugar, cervejaria por exemplo.
Os que utilizaram como bulk (se não me engano só tem dois casos) são de produção própria, o que fizeram foi misturar com serragem ou vermiculita para secar o bulk e depois já colocaram spawn de cogumelo assim que estivesse numa temperatura viável.


E também é inevitável a observação da natureza onde em um convívio múltiplo de organismos os esporos dos cubensis nascem, crescem e se reproduzem.
Pela minha experiência in-loco até mesmo nos estercos existe uma briga entre diferentes espécies de cogumelos. É bem raro encontrar duas espécies num só esterco. O que me leva a acreditar que vez ou outra uma espécie se sobressai sobre a outra, matando seu oponente. O mesmo acontece em cultivos estéreis: os contaminantes normalmente levam vantagem em relação ao cubensis, mas de vez em quando aparece um diário onde o cubensis venceu a contaminação e efetivamente a matou. É natural: não existe caso de convivência de mais espécies num substrato. Quem cultiva sabe que levedura e outros fungos são considerados contaminantes porque eles matam a cultura que tentamos cultivar.


Tem um princípio em qualquer gestão de biomassa que é o balanço energético: Não é simplesmente “produzir 1 kg de cogumelos”, é: quanto de energia vc investiu para produzir 1 kg de cogumelos? Esse cálculo deve ser sistêmico.
Antes disso tem que saber o mínimo de energia/esforço possível para que algo dê certo... Se der os 10% de sucesso que você espera eu ficarei impressionado.
 
Esporos são microscópicos, os pontinhos pretos são aglomerados de milhões de esporos unidos.



No caso os que fizeram PF esterilizaram apenas um pouquinho (com outros ingredientes) numa PP mesmo...



Os que utilizaram como bulk (se não me engano só tem dois casos) são de produção própria, o que fizeram foi misturar com serragem ou vermiculita para secar o bulk e depois já colocaram spawn de cogumelo assim que estivesse numa temperatura viável.



Pela minha experiência in-loco até mesmo nos estercos existe uma briga entre diferentes espécies de cogumelos. É bem raro encontrar duas espécies num só esterco. O que me leva a acreditar que vez ou outra uma espécie se sobressai sobre a outra, matando seu oponente. O mesmo acontece em cultivos estéreis: os contaminantes normalmente levam vantagem em relação ao cubensis, mas de vez em quando aparece um diário onde o cubensis venceu a contaminação e efetivamente a matou. É natural: não existe caso de convivência de mais espécies num substrato. Quem cultiva sabe que levedura e outros fungos são considerados contaminantes porque eles matam a cultura que tentamos cultivar.



Antes disso tem que saber o mínimo de energia/esforço possível para que algo dê certo... Se der os 10% de sucesso que você espera eu ficarei impressionado.
Pow, muito obrigado mesmo!!!

Vamos seguindo e observando.
 
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