- 22/12/2007
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- 98
O receio é que em um encontro marcado através do fórum aconteça algo de repercussão na mídia, relacionado ou não à cogumelos.
É uma probabilidade pequena, creio, mas não vamos dar chance ao azar.
Teonanacatl.org
Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.
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Liberação de psicoativos em cultos
- Criador do tópico Norin Radd
- Data de início
O receio é que em um encontro marcado através do fórum aconteça algo de repercussão na mídia, relacionado ou não à cogumelos.
É uma probabilidade pequena, creio, mas não vamos dar chance ao azar.
E
ElDorado
Visitante
Eu entendo, Ecuador.
Só que eu já sou do passo que podemos manipular a mídia justamente convocando-a para um encontro onde mostraremos o que nos interessar (por quem tiver interesse em fazer isso sem envolvimento do CM, obviamente).
Sair do armário pode ser uma boa para fazer frente ao comércio irresponsável do nosso querido sacramento.
Mas entendo, preservar o CM é uma boa mesmo.
Só que eu já sou do passo que podemos manipular a mídia justamente convocando-a para um encontro onde mostraremos o que nos interessar (por quem tiver interesse em fazer isso sem envolvimento do CM, obviamente).
Sair do armário pode ser uma boa para fazer frente ao comércio irresponsável do nosso querido sacramento.
Mas entendo, preservar o CM é uma boa mesmo.
- 22/12/2007
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Será que sair do armário funcionou para outros psicoativos ou sacramentos no sentido de fazer frente ao comércio? Eu acho que não. Mas pode haver uma liberação oficial do uso, como no caso da ayahuasca.
Então acho que se a maré a favor dos psicoativos e da liberalização continuar avançado como nos últimos anos algum dia teremos, ou parte de nós terá, que se expor. Pois haverá uma chance real de sair da ilegalidade ou de uma área de sombra.
E
ElDorado
Visitante
Por que acha que não, Ecuador?
Da minha parte, acho que sim, pois a mídia e as pessoas poderão ver que há gente fazendo uso benéfico e responsável e não simplesmente vendendo os cogumelos.
Com a ayawaska foi diferente, o movimento de diáspora dos oasqueiros aumentou mesmo o comércio irresponsável.
No caso dos cogumelos, esse comércio já existe antes mesmo de um movimento mais organizado.
Imagina se ayahuasca só fosse vendida e não tivesse antes passado por toda uma história...? Acho que menos pessoas ainda a respeitariam sem maiores pesquisas pessoais.
Uma das frases célebres que marcou a legalização desse chá amazônico foi a de um juiz de Direito do Acre, salvo engano, que falou mais ou menos assim nas reuniões com as autoridades:
"Ayahuasca não é só um chá de cipó com folha. É um contexto cultural sem o qual só se tem um chá psicoativo".
Agora aplique isso aos cogumelos. Qual o contexto a que as pessoas de poucos estudos terão se não o recreativo, vindo dos hippongas e dos clientes da ND?
Aqui entre nós há pessoas que podem oferecer esse contexto e servir pra marcar um território que pode estar sendo perdido para os comerciantes.
Se formos simplesmente esperar, o Poder Público e a sociedade não virão dizer "Olha, agora vocês estão liberados pra comer seus cogumelos dentro de seus rituais".... :fumar:
Não. Acho que esse direito, já previsto na Lei que citei, só será equiparado ao da ayahuasca por meio do esforço claro e coerente de um grupo.
Da minha parte, acho que sim, pois a mídia e as pessoas poderão ver que há gente fazendo uso benéfico e responsável e não simplesmente vendendo os cogumelos.
Com a ayawaska foi diferente, o movimento de diáspora dos oasqueiros aumentou mesmo o comércio irresponsável.
No caso dos cogumelos, esse comércio já existe antes mesmo de um movimento mais organizado.
Imagina se ayahuasca só fosse vendida e não tivesse antes passado por toda uma história...? Acho que menos pessoas ainda a respeitariam sem maiores pesquisas pessoais.
Uma das frases célebres que marcou a legalização desse chá amazônico foi a de um juiz de Direito do Acre, salvo engano, que falou mais ou menos assim nas reuniões com as autoridades:
"Ayahuasca não é só um chá de cipó com folha. É um contexto cultural sem o qual só se tem um chá psicoativo".
Agora aplique isso aos cogumelos. Qual o contexto a que as pessoas de poucos estudos terão se não o recreativo, vindo dos hippongas e dos clientes da ND?
Aqui entre nós há pessoas que podem oferecer esse contexto e servir pra marcar um território que pode estar sendo perdido para os comerciantes.
Se formos simplesmente esperar, o Poder Público e a sociedade não virão dizer "Olha, agora vocês estão liberados pra comer seus cogumelos dentro de seus rituais".... :fumar:
Não. Acho que esse direito, já previsto na Lei que citei, só será equiparado ao da ayahuasca por meio do esforço claro e coerente de um grupo.
- 23/01/2011
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já imaginaram uma trip coletiva, entre Mortandello,@Insider,@Equador,@Cosmik,@Tupy,@Eldorado,@RainSpirit,@tchescko,@arcaico e companhia ltda(desculpa os q esqueci)
h: acho que poderiam até crEar um buraco negro
h: acho que poderiam até crEar um buraco negro
- 22/12/2007
- 9,060
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O tráfico de cogumelos sempre foi incipiente. Qualquer uma dessas drogas sintéticas recém-lançadas preocupa mais as autoridades.
Mas o comércio pode piorar se uma parte dos que supostamente cultivarem para fins rituais, após uma liberação, resolverem vender. Uma liberação para usos rituais vai gerar popularidade, atrair atenção e também os que querem experimentar sem estudar nem gastar tempo com cultivo, entrando somente com alguma grana.
Eu sou a favor da liberação para uso ritual, mas acho que não dá para fechar os olhos e imaginar que tudo vai se auto-regular. Não é provável.
E
ElDorado
Visitante
Por isso o cara só experimentaria depois de aprender a cultivar!
Não sei quem falou aí em algo como tirar um brevê e tals....
Mas concordo, não é um mar-de-rosas.
No fundo (acabei de perceber com o post do samuca), tudo o que eu quero é apenas um clima menos paranóico por aqui mesmo, com o povo que já se entende aqui podendo se encontrar e se conhecer pessoalmente em diversos níveis sem medo de que a polícia vá prender todo mundo....
Não sei quem falou aí em algo como tirar um brevê e tals....
Mas concordo, não é um mar-de-rosas.
No fundo (acabei de perceber com o post do samuca), tudo o que eu quero é apenas um clima menos paranóico por aqui mesmo, com o povo que já se entende aqui podendo se encontrar e se conhecer pessoalmente em diversos níveis sem medo de que a polícia vá prender todo mundo....
- 26/03/2012
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Por isso o cara só experimentaria depois de aprender a cultivar!
Não sei quem falou aí em algo como tirar um brevê e tals....
Mas concordo, não é um mar-de-rosas.
No fundo (acabei de perceber com o post do samuca), tudo o que eu quero é apenas um clima menos paranóico por aqui mesmo, com o povo que já se entende aqui podendo se encontrar e se conhecer pessoalmente em diversos níveis sem medo de que a polícia vá prender todo mundo....
Ah não. preso denovo não!
hahahha
Um encontro pessoalmente,mesmo que não se use cogus a principio,já seria o máximo!Sou novo por aqui,mas não posso deixar de dizer que esse pensamento já passou pela minha cabeça algumas vezes desde que vi que o assunto tratado aqui é levado a sério.
- 15/04/2012
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Só quero ajudar vcs do grupo, meu pensamento é o mesmo que o seu, quero ajudar vcs dos amantes dos cogumelos, e poder ajudar com um Incentivo real.
eu nunca arriscaria minha seguranca ficando proximo a gente que eu nao conheco totalmente entorpecido com drogas alucinogenas.
chego a achar um absurdo isto ser proposto num forum tao serio como este aqui.
Outra coisa, quanto a sair do armario - queimem seus proprios filmes, nao o dos outros.
tem gente aqui que precisa trabalhar pra viver, que tem familia e preocupacoes maiores do que servir de guia pra uma comunidade que cria "perdidos".
todos que se acham, se perdem pra sempre e um perdido nao precisa de outro pra atrapalha-lo em sua jornada a lugar algum, nunca.
chego a achar um absurdo isto ser proposto num forum tao serio como este aqui.
Outra coisa, quanto a sair do armario - queimem seus proprios filmes, nao o dos outros.
tem gente aqui que precisa trabalhar pra viver, que tem familia e preocupacoes maiores do que servir de guia pra uma comunidade que cria "perdidos".
todos que se acham, se perdem pra sempre e um perdido nao precisa de outro pra atrapalha-lo em sua jornada a lugar algum, nunca.
Última edição:
Sua opinião escrita na primeira linha, em particular,me abriu um campo de possibilidades das quais eu não tinha parado para pensar...Vi sabedoria nisso.
cara seriao, o mais loucao daqui e inconsequente sou eu.
nao me veja como nada. que assim eu fico feliz.
se me seguir VAI SE PERDER, e eu to procurando a saida ja a 3 ou mais anos.eu sou o sabio dos iditas.
quer ser o idiota mais esperto em algo? me siga, se nao se VIRA. que tu nao eh nem quadrado inteiro.
- 17/02/2009
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Eu nunca usaria nenhuma droga realmente alucinógena, também não iria a uma reunião em que não tenho idéia de que tipo pessoas estarariam lá. No entanto através do PE conheci pessoas (são poucas) que valeria muito a pena encontrar, tenho um respeito muito grande por elas. Mas isso foi através de anos sendo construído, compartilhando estudos, conhecendo a aplicação e seriedade no trato com os enteogenos.
Mas uma parte fundamental da discussão é a lei de drogas ser uma lei em branco e obriga as pessoas a ficarem se escondendo, se limitando, enquanto apenas estão desenvolvendo suas pesquisas, fazendo o que gostam, o que lhes satisfazem sem fazer mal a ninguém.
Conquistar um direito e fazer da melhor forma não significa sair de trio elétrico fazendo barulho pra todo mundo, é bem o contrário disso.
Mas uma parte fundamental da discussão é a lei de drogas ser uma lei em branco e obriga as pessoas a ficarem se escondendo, se limitando, enquanto apenas estão desenvolvendo suas pesquisas, fazendo o que gostam, o que lhes satisfazem sem fazer mal a ninguém.
Conquistar um direito e fazer da melhor forma não significa sair de trio elétrico fazendo barulho pra todo mundo, é bem o contrário disso.
- 15/04/2012
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Drogas e religião
Alucinógenos são proibidos no Brasil. Mas não para o Santo Daime. Isso é certo?
por Roberto Romano*
Os rituais do Santo Daime ganharam destaque na mídia em março, com o assassinato do cartunista Glauco por um dos fiéis de sua igreja. O alvo de tanta atenção foi uma das tradições da seita: o consumo da ayahuasca. Bebida alucinógena, a ayahuasca pode ser considerada uma droga. E drogas, você sabe, são proibidas no Brasil. Mas a ayahuasca é liberada desde que utilizada durante os cultos religiosos. Isso faz sentido? Faz.
O motivo: a liberdade religiosa de cada um. Graças à liberdade religiosa, podemos escolher e exercer as crenças que quisermos. Não precisamos esconder crucifixos, estrelas-de-davi, um exemplar do Alcorão. Para proteger essa liberdade, às vezes é necessário criar exceções ao que se considera ético, moral ou mesmo legal na sociedade, como a feita à ayahuasca. O problema é que algumas exceções acabam prejudicando o bem coletivo. É nessa hora que a fé de cada um deve encontrar um limite.
Fé é particular. Não deve interferir no direito dos outros. Quando isso acontece, estamos diante de um crime. Por isso, o consumo individual da ayahuasca no templo é válido - mas induzir alguém a bebê-la em outro contexto não. Testemunhas de Jeová vetam transfusões de sangue, por uma interpretação que fazem do texto da Bíblia. Isso é aceitável, já que cada pessoa é responsável pelo próprio corpo. Mas o que dizer de um pai que impede uma transfusão vital para um filho? É possível que a criança não sobreviva - em nome da religião. Em países como Arábia Saudita, condenações à morte são proferidas contra aqueles que abandonam o islamismo. Mais uma vez, em nome da religião.
Esses são crimes contra os direitos individuais, ainda que representem, também, uma manifestação de fé. E vão contra os próprios ideais que geraram a liberdade religiosa, nascida junto com a democracia moderna. Mesmo depois da Reforma Protestante, no século 16, pertencer a uma crença não era um direito individual. Ordem política e religiosa eram unidas - a religião de governados obrigatoriamente deveria ser a do governante. Só com o Iluminismo apareceram as formas jurídicas que protegem escolhas religiosas pessoais, justamente para que cada um pudesse escolher o melhor para si.
A discussão sobre liberdade religiosa no Brasil de hoje às vezes toma um rumo repressor. Apesar de laico, nosso Estado ainda é muito influenciado pelo catolicismo, praticado por mais de 70% dos brasileiros. E o catolicismo é uma religião dogmática - práticas que não se adaptem a ela não costumam ser toleradas (vide relações homossexuais e uso de métodos contraceptivos). No entanto, a Igreja se esquece de que foi a própria tolerância religiosa que a gerou. Não fosse uma estratégia do Império Romano de permitir que seus governados exercessem as crenças que quisessem, o catolicismo não teria prosperado no mundo. Isso significa que precisamos nos lembrar da importância da tolerância religiosa. Basta apenas que sociedade e Estado fiquem atentos para evitar que da fé surjam crimes.
http://super.abril.com.br/religiao/drogas-religiao-564142.shtml
Alucinógenos são proibidos no Brasil. Mas não para o Santo Daime. Isso é certo?
por Roberto Romano*
Os rituais do Santo Daime ganharam destaque na mídia em março, com o assassinato do cartunista Glauco por um dos fiéis de sua igreja. O alvo de tanta atenção foi uma das tradições da seita: o consumo da ayahuasca. Bebida alucinógena, a ayahuasca pode ser considerada uma droga. E drogas, você sabe, são proibidas no Brasil. Mas a ayahuasca é liberada desde que utilizada durante os cultos religiosos. Isso faz sentido? Faz.
O motivo: a liberdade religiosa de cada um. Graças à liberdade religiosa, podemos escolher e exercer as crenças que quisermos. Não precisamos esconder crucifixos, estrelas-de-davi, um exemplar do Alcorão. Para proteger essa liberdade, às vezes é necessário criar exceções ao que se considera ético, moral ou mesmo legal na sociedade, como a feita à ayahuasca. O problema é que algumas exceções acabam prejudicando o bem coletivo. É nessa hora que a fé de cada um deve encontrar um limite.
Fé é particular. Não deve interferir no direito dos outros. Quando isso acontece, estamos diante de um crime. Por isso, o consumo individual da ayahuasca no templo é válido - mas induzir alguém a bebê-la em outro contexto não. Testemunhas de Jeová vetam transfusões de sangue, por uma interpretação que fazem do texto da Bíblia. Isso é aceitável, já que cada pessoa é responsável pelo próprio corpo. Mas o que dizer de um pai que impede uma transfusão vital para um filho? É possível que a criança não sobreviva - em nome da religião. Em países como Arábia Saudita, condenações à morte são proferidas contra aqueles que abandonam o islamismo. Mais uma vez, em nome da religião.
Esses são crimes contra os direitos individuais, ainda que representem, também, uma manifestação de fé. E vão contra os próprios ideais que geraram a liberdade religiosa, nascida junto com a democracia moderna. Mesmo depois da Reforma Protestante, no século 16, pertencer a uma crença não era um direito individual. Ordem política e religiosa eram unidas - a religião de governados obrigatoriamente deveria ser a do governante. Só com o Iluminismo apareceram as formas jurídicas que protegem escolhas religiosas pessoais, justamente para que cada um pudesse escolher o melhor para si.
A discussão sobre liberdade religiosa no Brasil de hoje às vezes toma um rumo repressor. Apesar de laico, nosso Estado ainda é muito influenciado pelo catolicismo, praticado por mais de 70% dos brasileiros. E o catolicismo é uma religião dogmática - práticas que não se adaptem a ela não costumam ser toleradas (vide relações homossexuais e uso de métodos contraceptivos). No entanto, a Igreja se esquece de que foi a própria tolerância religiosa que a gerou. Não fosse uma estratégia do Império Romano de permitir que seus governados exercessem as crenças que quisessem, o catolicismo não teria prosperado no mundo. Isso significa que precisamos nos lembrar da importância da tolerância religiosa. Basta apenas que sociedade e Estado fiquem atentos para evitar que da fé surjam crimes.
http://super.abril.com.br/religiao/drogas-religiao-564142.shtml
- 25/02/2011
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- 85
Existe mesmo a necessidade de criar um grupo, uma religião ou associação para legitimar o uso dos cogumelos como ritualístico?
E
ElDorado
Visitante
Não é necessário, mas seria mais fácil. Não um grupo, mas vários. Cada um faz o seu e depois só se conjumina.
O que é realmente necessário para legitimar o uso dos cogumelos como ritualístico é um contexto genuíno.
Mas, hey, a gente não precisa convencer ninguém, nem se enquadrar dentro da lei, nem conseguir o aval de alguma autoridade. Precisa?
Há anos todo mundo aqui faz os seus cogumelos (alguns há décadas), usa eles da melhor forma e não teve nenhum problema de legitimação.