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Experiências alucinógenas tem mesmo algo de Espiritual, Profundo, Benéfico? Ou seria auto-engano?

wellintonn

Cogumelo maduro
Cadastrado
24/06/2010
17
68
E ai pessoal, tudo bem com vcs?

Já faz tempo que não visito o site, tempo mesmo, anos... ainda qnd era o cogumelosmagicos.org.

Muita coisa aconteceu para mim nesse tempo, dentre elas algumas coisas que me fizeram refletir e rever sobre mim mesmo, o que eu estava buscando, sobre cogumelos, outras substancias e experiências alucinógenas em geral.

Na verdade eu pensei bastante se eu iria postar ou não esse tópico e ainda não sei oque isso vai gerar, mas minha intenção aqui é de pelo menos tentar trazer algum beneficio.


Como existe uma conexão muito forte entre 'Usuários de substâncias alucinógenas' e 'Espiritualidade', acho valido abordar esse assunto de uma outra perspectiva.

Mas já vou avisando que não é uma perspectiva amigável em relação a eles (os alucinógenos).

Se trata de um artigo de um conhecido meu, se chama Eduardo. Ele é um praticante Budista a alguns anos, não é nenhum mestre budista mas tem argumentos interessantes e se mantiverem a mente flexivel conseguiram aproveitar da leitura.

Interessante é que ele tem uma familiaridade com a maioria daqui, pois ele tbm era adepto da psicodelia para fins "espirituais", "transcendentais".

De antemão quero dizer que esse tópico nao é uma tentativa de converter alguém aqui a se tornar budista, afinal isso seria inútil e tbm depende do mérito de cada um.
Isso aqui na verdade é apenas um toque para aqueles que realmente anseiam por explicações sobre a vida, o universo e porque tudo isso existe; ou que pelo menos buscam alguma realização que possa realmente resolver os problemas que encontramos com o decorrer da vida etc.

E digo mais, os cogumelos não são o caminho para isso e nem qualquer outra substancia. Tão pouco algum caminho espiritual vai responder essas questões (pelo menos não diretamente) mas se o caminho for realmente genuíno vc vai pelo menos entender pq nao há explicações.

O artigo em questão não fala sobre budismo diretamente(indiretamente fica obvio), na verdade é mais uma critica em relação a Alucinógenos e Experiências "Transcendentais/Espirituais".

E é o mesmo artigo que eu li a anos atrás e foi o impulso que eu precisava para dar o primeiro passo para sair do autoengano e encontrar um caminho espiritual genuíno. Que realmente possa trazer algum beneficio para mim, para os outros e o mundo.


segue o artigo no link abaixo:


Para quem for ler o artigo, recomendo tbm lerem as perguntas e respostas que surgiram de outros leitores e que o Eduardo tbm disponibiliza, essas perguntas e respostas estão logo abaixo do artigo nesse mesmo link.

Grande possibilidade de serem as mesmas perguntas que irão surgir para vocês tbm.

E tbm caso alguém tenha interesse em explorar mais esse tipo de assunto ou sentiu alguma conexão, podem dar uma olhada no site do Eduardo o tzal.org.
Tem bastante coisa lá que acredito que possa despertar o interesse de alguns aqui, claro que obviamente ele fala diretamente sobre o budismo. (o que pra mim pessoalmente, após alguns anos de estudo e de entender o que é realmente, é oq me faz mais sentido).

Aproveitando o tópico e como aqui é a área de experiências, vou deixar o relato de um mestre budista tibetano Chagdud Tulku Rinpoche que viveu, ensinou e morreu aqui no Brasil.

É sobre a experiência que ele teve qnd ofereceram a ele um LSD e ele experimentou. O relato é no mínimo intrigante. E me fez questionar muito qual era o meu real objetivo qnd ainda fazia uso de alucinógenos.




Esse relato esta no livro Portões da Pratica Budista escrito pelo próprio Chagdud Rinpoche, pra quem sentiu alguma conexão ou interesse recomendo muito a leitura. Livro excepcional escrito por um mestre detentor de grande compaixão e sabedoria.
 
Eu gosto muito da fala do dennis mckenna sobre enteogenos, e de outros enteogenistas também, mas principalmente um reconhecimento do dennis, que tem a ver com o seu post e sobre a indagação de alguns usuários céticos em relação aos enteogenos e substâncias do tipo...

Não é de maneira alguma necessário que se tenha experiências transcedentais com cogumelos, como alguns enteogenistas gostariam que fosse, mas não é. Não é pq vc toma cogumelo que você vai ser uma pessoa melhor, nem que você vai ter experiências religiosas, nem que vá mudar completamente como pessoa. Mas, no entanto, o cogumelos e as medicinas sagradas, enteogenos, são uma excelente ferramenta, para quem souber usar eles, que possibilita facilitar experiências onde se encontre o divino, religioso, etc. A potência dos enteogenos em fazer transformações é inegavel, enquanto potência, mas não é necessário de maneira alguma, que esta potência se realize. Por isso existe toda essa dscussão sobre set e setting. Se você direcionar a experiência ela pode ser extremamente benefica, extremamente transcedental, e como transcedental eu me refiro apenas ao transcender aquilo que costumamos ser. É inegavel o potencial de transformação que estas substânicas podem proporcionar e existem milhares de relatos e experiências cientificas ou não para comprovar isso. O própio uso tradicional destas substânicas contém muito daquilo que nós usuários modernos carece, para ter experiências do "além" com estas substâncias, principalmente, sensibilidade espiritual, que na nossa sociedade é bastante atrofiada. Atrofiada principalmente por filosofias e opiniões que gostam de ver esse tipo de prática como desnecessária ou irrelevante, uma vez que muitos acreditam que apenas com a mente lúcida é que se pode atingir alguma espécie de iluminação.

Então, sim, ninguém necessáriamente experimenta o religioso ou se torna uma pessoa boa depois de tomar cogumelos, mas a potência que estas substâncias contém é inegavel. Esse tal eduardo parece ter essa pegada do "não é necessário tomar enteogenos, pois apenas com a mente limpa atinge-se verdadeiros estados de iluminação" e pra ser bem sincero, acho apenas falta de sensibilidade espirtitual. Principalmente falta de sensibilidade para com os usos tradicionais dessas substâncias, incorporadas nas tradições pagãs por milhares de anos. também falta de sensibilidade para com aqueles que pensam diferente, de que a mente humana nao é esse templo que nao deve ser imaculado por nada exterior. Alterar a consciência é extremamente necessário, e meditar para isso, é apenas mais uma das milhares de técnicas pra isso. Somos todos viajantes, não podemos dizer aos outros que a viagem deles é ilusão, pq eu uso apenas a minha mente e sou "melhor por causa disso", o que pode não ser o seu caso nem desse tal de eduardo.

A critica dele pega bem nessa ideia de que os enteôgenos são transcendentes em si, e não o são, mas em contexto podem ser. Isso é bem obvio para mim, não para todos. Muitos usuários depositam toda a sua fé nos enteôgenos, mas relaizam pouco trabalho de auto-análise ou reflexão para dar significado a certas experiências. Para que uma certa experiência possa ser espiritual ela precisa ter um certo contexto cultural, com elementos culturais, claro, o usuário tem que ter memória, tem que fazer parte de algum contexto, o transcendental nao o é em si, sozinho, necessita de contexto.

Nesse segundo relato curto que você mandou fica bem claro que a pessoa foi tomar um lsd achando que iria ver deus, não viu deus pela substância em si, e negou ao lsd a capacidade de ser divino, nada mais errado do que essa aproximação. Não é a substância em si que te leva ao transcendental, é o encontro da substância com o usuário que pode criar experiências divinas. O usuário tem que saber usar a ferramenta, tem que saber usar a mente, tem que ter set pra isso e setting, se não a substância não realiza sua total capacidade. É redundante afirmar que a substãncia em si não é capaz, e não é, obvio, ninguem transcende com ajuda de muletas.

Outra coisa do texto é ficar se referindo a realização espiritual através de enteogenos das tradições e culturas históricas como "mal entendidos" espirituais, como se o texto quisesse roubar o sentido do espiritual para si e delimitar o que pode ou não pode ser espiritual, me parece ingênuo achar que milhares de tradições milenares sejam ignorantes a ponto de fazer "errado".

Ele mesmo diz que psicodelicos são redutores e não amplificadores, acho ingênuo reduzir a experiência de outros a uma ignorãncia de um"estado verdadeiro que ja esta aí". Como se ele tivesse a resposta certa, e os outros não. E quando digo outros, não me refiro a nós atrofiados modernos, mas ao uso tradicional dessas susbtãncias e sua inegavel participação na moldagem da cultura e do pensamento. A potência dos enteogenos transcende facil esse texto, na minha opinião, incompleto. A análise do texto não da conta da totalidade do uso dessas substâncias, portanto é uma análise alejada e ingênua, na minha opinião, baseado nas minhas pesquisas e experiências com enteogenos.

edit: É ingênuo achar que certo caminho espiritual é uma mentira e o outro não, tudo depende do contexto no qual você pratica o espiritual. Isso se aplica também ao budismo e a meditação. Existem usuários enteogenistas que alcançam o divino, inseridos no devido contexto, Assim como existem usuários que vão jogar Call of Duty ou LOL sob efeito das substâncias, achando que estao transcendendo. Existem budistas que alcançam o divino, e existem budistas que vão pra guerra, que são fascistas. Não existe um caminho espritual geunino que desqualifica os outros, isso é uma ilusão, de que "eu estou indo NO caminho certo" como se existisse uma verdade única, da qual todas as culturas pagãs e enteogenistas estão alheios, pq "eu achei a verdade" e os outros são igorantes dessa verdade. Ta errado isso, a experiência humana transcende isso fácil. Ela transborda essa caixnha do "a mente limpa produz divindade", que na real, vista dessa forma imaculada é exatamente aquilo que o tal eduardo descreve no texto: ficar em seu cubiculo vendo o mofo da parede e achando bonito
 
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Eu gosto muito da fala do dennis mckeena sobre enteogenos, e de outros enteogenistas também, mas principalmente um reconhecimento do dennis, que tem a ver com o seu post e sobre a indagação de alguns usuários céticos em relação aos enteogenos e substâncias do tipo...

Não é de maneira alguma necessário que se tenha experiências transcedentais com cogumelos, como alguns enteogenistas gostariam que fosse, mas não é. Não é pq vc toma cogumelo que você vai ser uma pessoa melhor, nem que você vai ter experiências religiosas, nem que vá mudar completamente como pessoa. Mas, no entanto, o cogumelos e as medicinas sagradas, enteogenos, são uma excelente ferramenta, para quem souber usar eles, que possibilita facilitar experiências onde se encontre o divino, religioso, etc. A potência dos enteogenos em fazer transformações é inegavel, enquanto potência, mas não é necessário de maneira alguma, que esta potência se realize. Por isso existe toda essa dscussão sobre set e setting. Se você direcionar a experiência ela pode ser extremamente benefica, extremamente transcedental, e como transcedental eu me refiro apenas ao transcender aquilo que costumamos ser. É inegavel o potencial de transformação que estas substânicas podem proporcionar e existem milhares de relatos e experiências cientificas ou não para comprovar isso. O própio uso tradicional destas substânicas contém muito daquilo que nós usuários modernos carece, para ter experiências do "além" com estas substâncias, principalmente, sensibilidade espiritual, que na nossa sociedade é bastante atrofiada. Atrofiada principalmente por filosofias e opiniões que gostam de ver esse tipo de prática como desnecessária ou irrelevante, uma vez que muitos acreditam que apenas com a mente lúcida é que se pode atingir alguma espécie de iluminação.
Então, sim, ninguém necessáriamente experimenta o religioso ou se torna uma pessoa boa depois de tomar cogumelos, mas a potência que estas substâncias contém é inegavel. Esse tal eduardo parece ter essa pegada do "não é necessário tomar enteogenos, pois apenas com a mente limpa atinge-se verdadeiros estados de iluminação" e pra ser bem sincero, acho apenas falta de sensibilidade espirtitual. Principalmente falta de sensibilidade para com os usos tradicionais dessas substâncias, incorporadas nas tradições pagãs por milhares de anos. também falta de sensibilidade para com aqueles que pensam diferente, de que a mente humana nao é esse templo que nao deve ser imaculado por nada exterior. Alterar a consciência é extremamente necessário, e meditar para isso, é apenas mais uma das milhares de técnicas pra isso. Somos todos viajantes, não podemos dizer aos outros que a viagem deles é ilusão, pq eu uso apenas a minha mente e sou "melhor por causa disso", o que pode não ser o seu caso nem desse tal de eduardo.
A critica dele pega bem nessa ideia de que os enteôgenos são transcendentes em si, e não o são, mas em contexto podem ser. Isso é bem obvio para mim, não para todos. Muitos usuários depositam toda a sua fé nos enteôgenos, mas relaizam pouco trabalho de auto-análise ou reflexão para dar significado a certas experiências. Para que uma certa experiência possa ser espiritual ela precisa ter um certo contexto cultural, com elementos culturais, claro, o usuário tem que ter memória, tem que fazer parte de algum contexto, o transcendental nao o é em si, sozinho, necessita de contexto.
Nesse segundo relato curto que você mandou fica bem claro que a pessoa foi tomar um lsd achando que iria ver deus, não viu deus pela substância em si, e negou ao lsd a capacidade de ser divino, nada mais errado do que essa aproximação. Não é a substância em si que te leva ao transcendental, é o encontro da substância com o usuário que pode criar experiências divinas. O usuário tem que saber usar a ferramenta, tem que saber usar a mente, tem que ter set pra isso e setting, se não a substância não realiza sua total capacidade. É redundante afirmar que a substãncia em si não é capaz, e não é, obvio, ninguem transcende com ajuda de muletas.
Outra coisa do texto é ficar se referindo a realização espiritual através de enteogenos das tradições e culturas históricas como "mal entendidos" espirituais, como se o texto quisesse roubar o sentido do espiritual para si e delimitar o que pode ou não pode ser espiritual, me parece ingênuo achar que milhares de tradições milenares sejam ignorantes a ponto de fazer "errado".
Ele mesmo diz que psicodelicos são redutores e não amplificadores, acho ingênuo reduzir a experiência de outros a uma ignorãncia de um"estado verdadeiro que ja esta aí". Como se ele tivesse a resposta certa, e os outros não. E quando digo outros, não me refiro a nós atrofiados modernos, mas ao uso tradicional dessas susbtãncias e sua inegavel participação na moldagem da cultura e do pensamento. A potência dos enteogenos transcende facil esse texto, na minha opinião, incompleto. A análise do texto não da conta da totalidade do uso dessas substâncias, portanto é uma análise alejada e ingênua, na minha opinião, baseado nas minhas pesquisas e experiências com enteogenos.

edit: É ingênuo achar que certo caminho espiritual é uma mentira e o outro não, tudo depende do contexto no qual você pratica o espiritual. Isso se aplica também ao budismo e a meditação. Existem usuários enteogenistas que alcançam o divino, inseridos no devido contexto, Assim como existem usuários que vão jogar Call of Duty ou LOL sob efeito das substâncias, achando que estao transcendendo. Existem budistas que alcançam o divino, e existem budistas que vão pra guerra, que são fascistas. Não existe um caminho espritual geunino que desqualifica os outros, isso é uma ilusão, de que "eu estou indo NO caminho certo" como se existisse uma verdade única, da qual todas as culturas pagãs e enteogenistas estão alheios, pq "eu achei a verdade" e os outros são igorantes dessa verdade. Ta errado isso, a experiência humana transcende isso fácil. Ela transborda essa caixnha do "a mente limpa produz divindade", que na real, vista dessa forma imaculada é exatamente aquilo que o tal eduardo descreve no texto: ficar em seu cubiculo vendo o mofo da parede e achando bonito


Também acredito que os cogumelos podem ser úteis para certos tipos de pessoas em determinadas situações, como os estudos que mostram que a psilocibina pode ser usada para tratamento da depressão. Como um remedio mesmo, mas não mais do que isso.

O que discordo aqui é a utilização em doses altas na busca por alguma revelação, entendimento ou significado espiritual/divino.

Meu intuito em criar esse tópico é como havia dito acima, tentar ajudar. Pois a anos atrás se eu tivesse dado de cara com um tópico como esse meu progresso teria sido mais fácil, maior e melhor. Teria perdido menos tempo.

Você comentou sobre antigas tradições que utilizavam substancias alucinógenas e questionou se todas poderiam estar erradas, a resposta é que depende do objetivo da tradição. Se o objetivo da tradição é ingerir sua substancia e criar epifanias sobre a vida e ficar de boas até o fim dela, tudo certo.
Por que afinal de contas, praticamente nenhuma dessas tradições existem hoje em dia ou mantiveram algum tipo de estudo, filosofia ou ensinamentos dos quais produza algum tipo de beneficio para o mundo.

O que se tinha era as experiências individuais que cada individuo dava ao ingerir as substancias e da qual cada um dava um significado, ou que tentavam colocar em cima da sua experiência. Nao muito diferente com oque se faz hoje em dia com o uso de alucinógenos, não existe um objetivo definido, somente o uso e reuso da substancia na espera e tentativas de tirar conclusões e significados. O que acaba gerando uma corrente de pessoas viciadas em epifanias, "insights" e papo de maconheiro.

Digo isso pois eu tbm já fiz uso de alucinógenos desde os 16 anos, não vou ser ingrato e dizer que foi apenas perda de tempo, pois na época eu estava afundando em uma depressão profunda e a psilocibina me fez ter vontade de viver novamente.
Como disse, eu acredito no uso dessas substancias como remédios e podem sim ser benéficas e até mesmo salvar vidas, mas como todo remédio deve se saber a dosagem certa para cada pessoa e logicamente a hora de parar também.

Mas entendo tua reação em ir contra a ideia do tópico(acredito ser a msm da maioria aqui, afinal de contas tbm já estive ai desse lado).

E pra ser sincero passei um bocado de tempo(anos talvez) discutindo com o Eduardo por email até entender oque realmente ele queria dizer (ele tem um modo de falar meio áspero msm), e criar vergonha na cara para procurar uma tradição e professores autênticos, que podem realmente me ensinar algo de benéfico e que vai além de substancias e conclusões superficiais de uma experiência temporária.

Você tbm comentou sobre estados de meditação, sim na verdade existem diversos estados errôneos de meditação que não produzem liberação mas sim mais delusão, por isso a importância de um professor qualificado e que já tenha gerado resultados (claro aqui estou assumindo que estamos falando de tradições que fazem uso da meditação como pratica espiritual).

E algo importante que deixei passar, esse rapaz o Eduardo não é nenhum professor de budismo, é apenas um praticante e ele n deve ser visto como professor ou alguém inquestionável,(ele mesmo sempre fala isso, é só dar uma olhada no site dele ou no canal do youtube).
A ideia do tópico não é examinar o Eduardo, mas sim vc mesmo e oq procura. E a partir disso ver por si mesmo se oq vc esta fazendo e experimentando vai realmente resultar naquilo que vc quer para vc e para os outros.

E a ademais, meu intuito aqui não é ficar debatendo e discutindo opiniões sobre o caminho certo a se seguir, em certa medida cada um sabe oque faz mais sentido pra si e com oque tem mais conexão, só acho valido verificar afundo oque quer que tenha escolhido e cuidar com o auto-engano.

A ideia do tópico é somente mostrar uma outra perspectiva e talvez levantar algum questionamento sobre oque se faz. E pra mim o objetivo foi concluído, no momento não tenho mais nada a acrescentar aqui. Obrigado pela participação e opinião amigo.
 
O que discordo aqui é a utilização em doses altas na busca por alguma revelação, entendimento ou significado espiritual/divino.
Existem muitos caminho para achar revelações... e na meditação você encontra essas revelações a onde? na mente? nos enteoogenos você também encontra revelações na mente, na própria mente (dependendo da sua crença). Se você quer ajudar, talvez deva relfetir sobre o que seja consciencia e estados alterados dela. Meditação e tomar cogumelos são coisas parecidas. E você se engana se acha que substâncias não podem criar revelações ou algo tipo. Muitas vezes apenas percebemos certos padrões na vida ao mudar a consciência de lugar, os enteogenos podem ajudar nisso, assim como a meditação, assim como fumar maconha também.
Não tem essa de papo de maconheiro. Papo é papo, bom ou ruim. Tem papo de budista tbm, papo p ser jogado fora, assim como tem papo de maconherio que usa maconha pra fins espirituais.

Você comentou sobre antigas tradições que utilizavam substancias alucinógenas e questionou se todas poderiam estar erradas, a resposta é que depende do objetivo da tradição. Se o objetivo da tradição é ingerir sua substancia e criar epifanias sobre a vida e ficar de boas até o fim dela, tudo certo.
Por que afinal de contas, praticamente nenhuma dessas tradições existem hoje em dia ou mantiveram algum tipo de estudo, filosofia ou ensinamentos dos quais produza algum tipo de beneficio para o mundo.
nesse paragrafo apenas vejo ignorância, com todo respeito. Primeiro que existem milhares de tradições vivas no mundo todo que fazem uso espiritual de substãnicas, tradições indigenas ou não. Se hoje tem menos do que tinha é por que mais de 80% dos indios foram mortos nos ultimos 500 anos... E como assim não mantiveram estudos ou filosofias que trouxeram algo de bom pro mundo? Que definição de "bom" é essa? E os aztecas e maias que faziam rituais em comunidade de cogumelos? que tinham várias tecnologias em diversas áreas? E desde quando algo tem que ter estudo e filosofia pra ser bom? Algumas tradiçoes só querem viver em paz com os espiritos delas. Como os lapões, que faziam e fazem uso de substâncias para se comunicar com os espiritos e viver a vida deles, tu vai chegar pra eles e dizer "olha só isso ai ta errado"? mentalidade de colonizador essa, cuidado com esse tipo de mentalidade, é de extrema violência para com a cultura e a visão de mundo do outro.


O que se tinha era as experiências individuais que cada individuo dava ao ingerir as substancias e da qual cada um dava um significado, ou que tentavam colocar em cima da sua experiência. Nao muito diferente com oque se faz hoje em dia com o uso de alucinógenos, não existe um objetivo definido, somente o uso e reuso da substancia na espera e tentativas de tirar conclusões e significados. O que acaba gerando uma corrente de pessoas viciadas em epifanias, "insights" e papo de maconheiro.
Existem milhares de objetivos a serem alcançados no uso de enteogenos, algumas tradições tem seus motivos e objetivos pra usar, alguns individuos também. ninguém é melhor do que ninguém pq toma ou não enteogenos, nem é menos genuino ou mais. Genuino é ser verdadeiro no seu caminho e pensamento, seja ele apenas meditar, seja ele usar enteogenos para entrar em contato com os espiritos ou curar uma doença. E claro que se usa enteogenos para alcançar conclusões e significados, a meditação tbm n? Acreditar numa filosofia qualquer se trata do mesmo.

Você tbm comentou sobre estados de meditação, sim na verdade existem diversos estados errôneos de meditação que não produzem liberação mas sim mais delusão, por isso a importância de um professor qualificado e que já tenha gerado resultados
sim, existem muitos professores tmbém na enteogenia, não é só cada um por si. Existem xamãs e pessoas experientes que guiam experiências e ensinsam aos menos experientes e os guiam de acordo com o contexto no qual estão consagrando as medicinas sagradas.

A ideia do tópico não é examinar o Eduardo, mas sim vc mesmo e oq procura. E a partir disso ver por si mesmo se oq vc esta fazendo e experimentando vai realmente resultar naquilo que vc quer para vc e para os outros.

Espero que você não parta do principio que aqui ninguém pensa no que ta fznd. Talvez você mesmo deva pensar o q q ta procurando, principalmente ao dizer que o uso de enteogenos é desnecessário e ao diminuir tradições mais antigas do que as que você provavelmente segue.

Meu intuito em criar esse tópico é como havia dito acima, tentar ajudar.
O que você quer? converter os outros como um cristão?

E a ademais, meu intuito aqui não é ficar debatendo e discutindo opiniões sobre o caminho certo a se seguir, em certa medida cada um sabe oque faz mais sentido pra si e com oque tem mais conexão, só acho valido verificar afundo oque quer que tenha escolhido e cuidar com o auto-engano.
Digo o mesmo, cuidado para não se enganar, seguir qualquer filosofia que te pareça pertinente e duvidar de todo o resto. É justamente daquilo que você acredita mais que você deve desconfiar. Não parta do principio de que enteogenistas, aqui, apenas tão realizando papo de maconheiro, afinal, existe um universo gigante por traz dessa ignorância e muita reflexão e muita conversa, não só individuos usando mal um remedio.

A ideia do tópico é somente mostrar uma outra perspectiva e talvez levantar algum questionamento sobre oque se faz.
Com todo respeito, se você quer discutir aqui sobre entegoenos e o uso tradicional deles e o uso moderno deles, falta argumento, estudo e humildade. Eu não entendo muito de budismo, nao vou entrar num fórum budista e sair questionando se vale a pena msm meditar, plmns não sem argumentos descentes e uma devida pesquisa histórica para fundar meu argumentos.
 
Última edição:
Nossa, esse tópico mudou a minha vida!

tradição e professores autênticos

Com firma reconhecida e tudo mais! Lá no 15º cartório da Iluminação de Buda.

Por que afinal de contas, praticamente nenhuma dessas tradições existem hoje em dia ou mantiveram algum tipo de estudo, filosofia ou ensinamentos dos quais produza algum tipo de beneficio para o mundo.

Garanto que não foi porque foram todas exterminadas por cristãos na Idade Média, chineses budistas de um Império em crescimento desde sabe-se lá quando, etc. Na verdade, elas sumiram porque eram indignas de existirem. Da mesma forma, é evidente que Deus (ou Buda?) está do lado de quem vence uma guerra. É tudo tão evidente que só me resta ajoelhar e rezar pela próxima onda de dominação cultural que me mostre como estou errado. Atualmente, aqui no fórum, os budistas e variantes que apenas meditam tem se mostrado bem dispostos a isso.

Bora se iluminar então, porque a fórmula da Verdade finalmente foi revelada com o seu post aqui no fórum. Quantas almas serão salvas da perdição!

Sabe os membros desse fórum? Um bando de cogumeleiros de bosta... opa! (Isso não bem uma ofensa pra gente, né?)

ele tem um modo de falar meio áspero msm

Áspero? Você que entendia ele errado, coitado. Garganta seca de quem tem a "Budina (Buda + Divina) Missão" de ir iluminar à força a vida de quem tá quieto no seu canto. Fica rouco mesmo de tanto bla-bla-bla pra levar o sujeito a desapegar de tudo e se apegar só a fazer isso com os outros. Porque afinal, uma obsessão prosélita budista é na verdade uma não-obsessão, porque apenas uma questão de bom-senso.

Foi exatamente o exemplo que Buda deu! Andava por aí e não esperava ninguém vir falar com ele. Curtia entrar em tempos de deuses indianos pra doutrinar a galera que tava errada. Chegou na China e disse "que porra é essa de Taoísmo de cu é minha piroca iluminada", e aí a galera de lá, que curtia comer um cachorro, pensou: "nossa, então se eu não evoluir vou voltar como cachorro e virar espetinho! Bora seguir esse cara".

Mas como não falavam a mesma língua (Buda podia jurar que eles falavam chinês...), ele teve que gastar muita saliva e aí ficou com o jeito de falar meio áspero. Um exemplo a ser seguido, enfim! Demonstra iluminação ter aspereza pra falar. É evidente que um ser Humano tem o direito de ser rude com o outro. Buda nos ensinou isso.

só acho valido verificar afundo oque quer que tenha escolhido e cuidar com o auto-engano

Você tá certo.

Fora da sua prática religiosa (meditação), de fato, todo o resto é autoengano. (Não tem hífen, caro @wellintonn).

Não fico feliz com isso, porque sei que sigo um caminho errado, um caminho que me prejudica enquanto acho que me ajuda. Eu sofro, mas acho que não.

Por favor, fale mais.

não existe um objetivo definido, somente o uso e reuso da substancia na espera e tentativas de tirar conclusões e significados. O que acaba gerando uma corrente de pessoas viciadas em epifanias, "insights" e papo de maconheiro.

Er... pode repetir? É que minha memória não é muito boa, sabe...

Dá pra fumar um enquanto medita?

Jurava que a-existência-não-existir-nem-existir-o-que-observa-a-não-existência era papo de maconheiro, então maconha tinha tudo a ver com Budismo. Quanto autoengano! (Só pra lembrar que não tem hífen, beleza?)

Parece que eu estava errado... Agora preciso que este vazio de descobrir que estou errado seja preenchido por algum mestre licenciado com qualificação strictu sensu em Iluminação da Alma pelo SENAC.

Fale mais!

no momento não tenho mais nada a acrescentar aqui

Que pena. Então seu acréscimo total com as duas postagens acima é um somatório de zero mais zero.

Opa! Deixe eu me explicar, senão pode ser que pense que estou sendo cínico ou debochado, mas não estou!

O zero de fato não existe, e o Budismo diz que nada existe. É isso. Zero com zero, igual a zero. Zero Budismo = Budismo = Iluminação = certificado do SENAC.

Tudo faz sentido? Se sim, então você está errado. Porque nada existe, então tudo não existe.

Parece até papo de maconheiro esse lance de Budismo, viu... nem precisa acender um. Tem coisa melhor? Não.
 
Última edição:
Com todo respeito, se você quer discutir aqui sobre entegoenos e o uso tradicional deles e o uso moderno deles, falta argumento, estudo e humildade. Eu não entendo muito de budismo, nao vou entrar num fórum budista e sair questionando se vale a pena msm meditar, plmns não sem argumentos descentes e uma devida pesquisa histórica para fundar meu argumentos.


é.. concordo cntg nesse ponto, provavelmente foi um erro meu ter aberto esse tópico aqui. kk

mas aprendi algo interessante tbm, foi válido msm assim. Valeu! =)
Nossa, esse tópico mudou a minha vida!



Com firma reconhecida e tudo mais! Lá no 15º cartório da Iluminação de Buda.



Garanto que não foi porque foram todas exterminadas por cristãos na Idade Média, chineses budistas de um Império em crescimento desde sabe-se lá quando, etc. Na verdade, elas sumiram porque eram indignas de existirem. Da mesma forma, é evidente que Deus (ou Buda?) está do lado de quem vence uma guerra. É tudo tão evidente que só me resta ajoelhar e rezar pela próxima onda de dominação cultural que me mostre como estou errado. Atualmente, aqui no fórum, os budistas e variantes que apenas meditam tem se mostrado bem dispostos a isso.

Bora se iluminar então, porque a fórmula da Verdade finalmente foi revelada com o seu post aqui no fórum. Quantas almas serão salvas da perdição!

Sabe os membros desse fórum? Um bando de cogumeleiros de bosta... opa! (Isso não bem uma ofensa pra gente, né?)



Áspero? Você que entendia ele errado, coitado. Garganta seca de quem tem a "Budina (Buda + Divina) Missão" de ir iluminar à força a vida de quem tá quieto no seu canto. Fica rouco mesmo de tanto bla-bla-bla pra levar o sujeito a desapegar de tudo e se apegar só a fazer isso com os outros. Porque afinal, uma obsessão prosélita budista é na verdade uma não-obsessão, porque apenas uma questão de bom-senso.

Foi exatamente o exemplo que Buda deu! Andava por aí e não esperava ninguém vir falar com ele. Curtia entrar em tempos de deuses indianos pra doutrinar a galera que tava errada. Chegou na China e disse "que porra é essa de Taoísmo de cu é minha piroca iluminada", e aí a galera de lá, que curtia comer um cachorro, pensou: "nossa, então se eu não evoluir vou voltar como cachorro e virar espetinho! Bora seguir esse cara".

Mas como não falavam a mesma língua (Buda podia jurar que eles falavam chinês...), ele teve que gastar muita saliva e aí ficou com o jeito de falar meio áspero. Um exemplo a ser seguido, enfim! Demonstra iluminação ter aspereza pra falar. É evidente que um ser Humano tem o direito de ser rude com o outro. Buda nos ensinou isso.



Você tá certo.

Fora da sua prática religiosa (meditação), de fato, todo o resto é autoengano. (Não tem hífen, caro @wellintonn).

Não fico feliz com isso, porque sei que sigo um caminho errado, um caminho que me prejudica enquanto acho que me ajuda. Eu sofro, mas acho que não.

Por favor, fale mais.



Er... pode repetir? É que minha memória não é muito boa, sabe...

Dá pra fumar um enquanto medita?

Jurava que a-existência-não-existir-nem-existir-o-que-observa-a-não-existência era papo de maconheiro, então maconha tinha tudo a ver com Budismo. Quanto autoengano! (Só pra lembrar que não tem hífen, beleza?)

Parece que eu estava errado... Agora preciso que este vazio de descobrir que estou errado seja preenchido por algum mestre licenciado com qualificação strictu sensu em Iluminação da Alma pelo SENAC.

Fale mais!



Que pena. Então seu acréscimo total com as duas postagens acima é um somatório de zero mais zero.

Opa! Deixe eu me explicar, senão pode ser que pense que estou sendo cínico ou debochado, mas não estou!

O zero de fato não existe, e o Budismo diz que nada existe. É isso. Zero com zero, igual a zero. Zero Budismo = Budismo = Iluminação = certificado do SENAC.

Tudo faz sentido? Se sim, então você está errado. Porque nada existe, então tudo não existe.

Parece até papo de maconheiro esse lance de Budismo, viu... nem precisa acender um. Tem coisa melhor? Não.


Isso ai cara, ta certo! hahah
 
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Isso ai cara, ta certo! hahah

Ah, gostei do seu bom-humor! Me quebrou na educação e amabilidade kkk. Que legal! :D

E dessa vez sem zoação então, para poder responder à sua boa resposta. Espero que siga seu caminho de luz que mais lhe aprazeu o coração. Que encontre o que procura, com a religião que mais fala com a sua alma. Fico feliz de ter achado seu caminho. O mais importante pra mim é o resultado ético de qualquer caminho religioso que seja: sermos melhores conoscos e uns com os outros.

E é isso que eu tenho a dizer sobre seu tópico.

Abraços
 
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E dessa vez sem zoação então, para poder responder à sua boa resposta. Espero que siga seu caminho de luz que mais lhe aprazeu o coração. Que encontre o que procura, com a religião que mais fala com a sua alma. Fico feliz de ter achado seu caminho. O mais importante pra mim é o resultado ético de qualquer caminho religioso que seja: sermos melhores conoscos e uns com os outros.

Concordo plenamente, belas palavras de finalização de tópico rs
No final das contas é isso que realmente importa.

Abraços!
 
Já tinha lido o texto do Eduardo e eu entendo seu ponto de vista. Acho essencial sempre se questionar sobre nossas práticas (dos seres humanos em geral). Tudo tem seus pontos positivos e negativos e é bom ouvir as pessoas de ambos os lados pra não ficar na bolha.

Como esse tópico está mais pra uma crítica sobre o uso dessas substâncias, vou deixar como recomendação também o podcast em inglês do James L. Kent, o DoseNation, onde ele tem 10 episódios ("DoseNation 1-10 of 10") falando sobre as bizarrices que já aconteceram com psiconautas famosos, e mais outros episódios com histórias mais atuais do uso dessas drogas ("DoseNation Aftermatch 1-10").


Pra não incitar que o James Kent só fale mal dos psicodélicos, vou deixar também em anexo o livro dele de 2010 que traz algumas teorias interessantes sobre as experiências transcendentais de uma forma mais física e matemática.
 

Anexos

  • 0c James L. Kent - Psychedelic Information Theory.pdf
    2.1 MB · Visualizações: 7
A experiência mística, transcendental tem muito haver com quadros patológicos esquizofrênicos e de distúrbios psicóticos em diversos graus de intensidade em geral. Com certeza qualquer Xamã autentico, mestre budista ou qualquer santo iluminado cristão correria o sério risco de ser diagnosticado como demente em qualquer clínica psiquiátrica, isso demonstra a clara incapacidade da mente racional, lógica conceitual em reconhecer a autenticidade de fenômenos psíquicos relacionados com a transcendência e os estados incomuns de consciência apesar de toda a sua ciência e religião ainda não foi capaz de criar um modelo satisfatório, que esclarecesse a incrível gama de possibilidades e universos possíveis dos campos da consciência e o que representa as viagens que podem ser realizadas para além do corpo e de toda estrutura biológica e acessar conhecimentos contidos além da nossa consciência usual, cotidiana ( Leia " Experiência cósmica e psicose" do Stanislav Grof).
Realmente não precisamos de buscar por uma experiência espiritual porque já somos O espírito e tudo que fazemos obviamente é espiritual, talvez nos falte, as vezes, apenas perceber isso com mais clareza, sentir isso com mais certeza. Então, sob essa perspectiva qualquer coisa pode disparar uma experiência mística transcendental, basta você lhe dar o verdadeiro valor, pode ser na meditação, no jejum, Psilocibina, DMT, Cannabis, fricção, sexualidade, dança, música etc.​
 
E ai pessoal, tudo bem com vcs?

Já faz tempo que não visito o site, tempo mesmo, anos... ainda qnd era o cogumelosmagicos.org.

Muita coisa aconteceu para mim nesse tempo, dentre elas algumas coisas que me fizeram refletir e rever sobre mim mesmo, o que eu estava buscando, sobre cogumelos, outras substancias e experiências alucinógenas em geral.

Na verdade eu pensei bastante se eu iria postar ou não esse tópico e ainda não sei oque isso vai gerar, mas minha intenção aqui é de pelo menos tentar trazer algum beneficio.


Como existe uma conexão muito forte entre 'Usuários de substâncias alucinógenas' e 'Espiritualidade', acho valido abordar esse assunto de uma outra perspectiva.

Mas já vou avisando que não é uma perspectiva amigável em relação a eles (os alucinógenos).

Se trata de um artigo de um conhecido meu, se chama Eduardo. Ele é um praticante Budista a alguns anos, não é nenhum mestre budista mas tem argumentos interessantes e se mantiverem a mente flexivel conseguiram aproveitar da leitura.
Interessante é que ele tem uma familiaridade com a maioria daqui, pois ele tbm era adepto da psicodelia para fins "espirituais", "transcendentais".

De antemão quero dizer que esse tópico nao é uma tentativa de converter alguém aqui a se tornar budista, afinal isso seria inútil e tbm depende do mérito de cada um.
Isso aqui na verdade é apenas um toque para aqueles que realmente anseiam por explicações sobre a vida, o universo e porque tudo isso existe; ou que pelo menos buscam alguma realização que possa realmente resolver os problemas que encontramos com o decorrer da vida etc.

E digo mais, os cogumelos não são o caminho para isso e nem qualquer outra substancia. Tão pouco algum caminho espiritual vai responder essas questões (pelo menos não diretamente) mas se o caminho for realmente genuíno vc vai pelo menos entender pq nao há explicações.

O artigo em questão não fala sobre budismo diretamente(indiretamente fica obvio), na verdade é mais uma critica em relação a Alucinógenos e Experiências "Transcendentais/Espirituais".

E é o mesmo artigo que eu li a anos atrás e foi o impulso que eu precisava para dar o primeiro passo para sair do autoengano e encontrar um caminho espiritual genuíno. Que realmente possa trazer algum beneficio para mim, para os outros e o mundo.


segue o artigo no link abaixo:


Para quem for ler o artigo, recomendo tbm lerem as perguntas e respostas que surgiram de outros leitores e que o Eduardo tbm disponibiliza, essas perguntas e respostas estão logo abaixo do artigo nesse mesmo link.
Grande possibilidade de serem as mesmas perguntas que irão surgir para vocês tbm.

E tbm caso alguém tenha interesse em explorar mais esse tipo de assunto ou sentiu alguma conexão, podem dar uma olhada no site do Eduardo o tzal.org.
Tem bastante coisa lá que acredito que possa despertar o interesse de alguns aqui, claro que obviamente ele fala diretamente sobre o budismo. (o que pra mim pessoalmente, após alguns anos de estudo e de entender o que é realmente, é oq me faz mais sentido).



Aproveitando o tópico e como aqui é a área de experiências, vou deixar o relato de um mestre budista tibetano Chagdud Tulku Rinpoche que viveu, ensinou e morreu aqui no Brasil.

É sobre a experiência que ele teve qnd ofereceram a ele um LSD e ele experimentou. O relato é no mínimo intrigante. E me fez questionar muito qual era o meu real objetivo qnd ainda fazia uso de alucinógenos.




Esse relato esta no livro Portões da Pratica Budista escrito pelo próprio Chagdud Rinpoche, pra quem sentiu alguma conexão ou interesse recomendo muito a leitura. Livro excepcional escrito por um mestre detentor de grande compaixão e sabedoria.

Vejo que o artigo está comprometido com a descrença e que embora ele seja o seu amigo ele não é opinião ultima sobre o assunto e que não poderia afirmar tais alusões, mas segue cada um comprometido com a sua razão.

Conforme o relato do nosso irmão Rinpoche podemos evidenciar conforme as palavras dele que sim, sentiu os efeitos ".... apenas exibição dos conceitos comuns de minha mente. " ... ou seja, o alucinógeno propos os conceitos que pra ele já é comum ... de Luz, amor e harmonia ... coisas que para um monge já existe em seu interior ... ele ainda finalizou com "... As visões que surgem na meditação como manifestações da natureza pura da mente são muito mais claras e bonitas."

Claro com toda a certeza ... será que se a gente se propor a meditar ... quanto tempo levariamos para alcançar tais níveis que um monge consegue?
Com o cogumelo por exemplo ... poderiamos então chegar perto né? com menos clareza e beleza mas podemos observar ...

Pode haver auto engano sim ... a propriamente dita, alucinação ... ... .... um ser desprovido de caracteristicas estará apto a se deleitar de tais energias? quais energias? talvez alucinações ... quando muito, se o corpo aberto energias negativas ....

Penso que o alucinógeno tem algo de espiritual, profundo e benéfico desde que se tenha um propósito, haja o respeito, seja merecedor e claro a natureza esteja disposta a se manifestar ...

Mas claro também existem outras formas ... sermos bons meninos e aprendermos a meditar!!! Quem sabe a sorte de Samsara nos colocar em um Kharma budistico ...
Tente imaginar um Dalay em um Kharma alternativo ... seria possivel??? pra mim a resposta é simmm e vice versa ... Espiritos em experiencias fisicas e cada um em seu kharma ... despertando ou não
 
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Vejo que o artigo anexado pelo wellington contém muitas informações baseadas em observações científicas não o vi como pessimista aliás o tema do materialismo espiritual é importantíssimo auxílio para uma auto reflexão mais sincera. Cabe a cada um avaliar as evidencias de cada informação e descartar aquilo que não corresponde com a realidade em questão, olhar os pontos negativos da experiência e auto perceber qualquer mecanismo de opressão e auto engano pode ser realmente gratificante em uma jornada tão longa e obscura como a nossa.
Uma das grandes crueldades do pensamento religioso é julgar as pessoas como inferiores ou superiores mas isso é mentira, somos todos a mesma coisa, você, eu, o Dalai Lama, o índio, o negro e o claro, os pássaros e os carros passando na rua, o vento no mar somos uma só consciência, somos um.
 
Lembro do próprio Eduardo Pinheiro publicando esse artigo na antiga Garagem Hermética.

Deu o que falar lá, na época.

A questão do materialismo espiritual não é nova. Tem livro do início da década de 70 com esse mesmo termo. E o conceito (basicamente é a tendência da mente deludida converter as experiências espirituais em algo que reforça mais a delusão, tipo o hedonismo, ou a crença em um self intrinsecamente existente) certamente é antigo no Budismo, provavelmente não usando esse termo de materialismo espiritual.

Como crítica é interessante.

Como posição moralista (e os budistas podem ser bem moralistas, embora muitas vezes neguem isso), nem tanto.
 
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Para que uma certa experiência possa ser espiritual ela precisa ter um certo contexto cultural, com elementos culturais, claro, o usuário tem que ter memória, tem que fazer parte de algum contexto, o transcendental nao o é em si, sozinho, necessita de contexto.

Se uma experiência “espiritual” é dependente de um contexto cultural, então ela é mero fruto do condicionamento que o indivíduo recebeu do seu ambiente. E que valor pode ter isso?

Se o transcendente depende de um contexto, ele não está além do contexto e, portanto, já não é o transcendente, porque para ser transcendente ele tem que estar além de tudo e não pode estar sujeito a nenhuma condição. Em outras palavras, ele tem que ser incausado.

me parece ingênuo achar que milhares de tradições milenares sejam ignorantes a ponto de fazer "errado".

E não lhe parece ingênuo também achar que algo é “certo” só porque várias tradições milenares o fazem?

Só porque índios, maias, astecas, pagãos e sei lá mais que povos gostavam ou gostam de se drogar, quer dizer que as drogas são pontes para o transcendente? Por acaso esses povos não podiam estar sujeitos a erros e ilusões?

Índios, por exemplo, podem curtir chapar o coco, mas eu não sou índio, tampouco sou um paga pau deles.

Talvez você mesmo deva pensar o q q ta procurando, principalmente ao dizer que o uso de enteogenos é desnecessário e ao diminuir tradições mais antigas do que as que você provavelmente segue.

Não estou querendo defender o budismo nem nada, mas você fala “tradições mais antigas do que as que você provavelmente segue” como se antiguidade fosse sinônimo de qualidade e superioridade.

É essa mania que muitos têm de romantizar e ver como melhor tudo aquilo que é antigo ou diferente.

...

Agora falando algo sobre o segundo relato postado na primeira mensagem do tópico.

“As visões que surgem na meditação como manifestações da natureza pura da mente são muito mais claras e bonitas.”

Podem ser mais claras e bonitas, mas ainda assim são meras visões, meros fenômenos que surgem e desaparecem.

E o que realmente importa não é trocar um fenômeno feio por um mais bonito, pois mesmo as belas visões, por estarem sujeitas ao tempo, à dualidade, uma hora chegarão ao fim e darão lugar a uma visão feia. O que realmente importa é reconhecer aquilo que é o que torna possível o surgimento de todos os fenômenos, sejam eles feios ou bonitos.

E quando usamos alucinógenos nós apenas trocamos um fenômeno por outro, mas continuamos ignorantes em relação àquilo que possibilita que os fenômenos apareçam.
 
É preciso duvidar para chegar a certeza das coisas - Descartes (método da dúvida)

"...E é justamente no grau máximo da dúvida que Descartes encontra a sua primeira verdade inquestionável, enquanto duvido de tudo não posso duvidar que esteja duvidando, eu sou algo que duvida, sou algo que pensa na dúvida, sou algo que existe por pensar, se penso, logo existo. "




( fonte: René Descartes (1596 - 1650) ).

A melhor evidência para abrir os portões do conhecimento é somente ela mesma, fé.
 
Se uma experiência “espiritual” é dependente de um contexto cultural, então ela é mero fruto do condicionamento que o indivíduo recebeu do seu ambiente. E que valor pode ter isso?

Se o transcendente depende de um contexto, ele não está além do contexto e, portanto, já não é o transcendente, porque para ser transcendente ele tem que estar além de tudo e não pode estar sujeito a nenhuma condição. Em outras palavras, ele tem que ser incausado.



E não lhe parece ingênuo também achar que algo é “certo” só porque várias tradições milenares o fazem?

Só porque índios, maias, astecas, pagãos e sei lá mais que povos gostavam ou gostam de se drogar, quer dizer que as drogas são pontes para o transcendente? Por acaso esses povos não podiam estar sujeitos a erros e ilusões?

Índios, por exemplo, podem curtir chapar o coco, mas eu não sou índio, tampouco sou um paga pau deles.



Não estou querendo defender o budismo nem nada, mas você fala “tradições mais antigas do que as que você provavelmente segue” como se antiguidade fosse sinônimo de qualidade e superioridade.

É essa mania que muitos têm de romantizar e ver como melhor tudo aquilo que é antigo ou diferente.

...

Agora falando algo sobre o segundo relato postado na primeira mensagem do tópico.

“As visões que surgem na meditação como manifestações da natureza pura da mente são muito mais claras e bonitas.”

Podem ser mais claras e bonitas, mas ainda assim são meras visões, meros fenômenos que surgem e desaparecem.

E o que realmente importa não é trocar um fenômeno feio por um mais bonito, pois mesmo as belas visões, por estarem sujeitas ao tempo, à dualidade, uma hora chegarão ao fim e darão lugar a uma visão feia. O que realmente importa é reconhecer aquilo que é o que torna possível o surgimento de todos os fenômenos, sejam eles feios ou bonitos.

E quando usamos alucinógenos nós apenas trocamos um fenômeno por outro, mas continuamos ignorantes em relação àquilo que possibilita que os fenômenos apareçam.

Caramba, @morpheu, como você diz coisas sábias. Juro, não tô zoando. Vamos lá...

  1. Não pratica enteogenia
  2. nem meditação
  3. nem segue qualquer tipo de religião, e
  4. tampouco é materialista
  5. ou espiritualista -
  6. muito menos niilista (isso, vai lá no dicionário ler o significado),
  7. sequer ateu.
  8. Não propõe nenhum caminho ou solução pra chegarmos um dia no seu grau de luminosidade e
  9. só critica o caminho e a visão dos outros.

Isso sim é morpheuzismo: mais inútil que mamilo masculino, camisinha em convento, e banco ejetor em helicóptero - somados!
 
Deve ter tido uma bad trip assistindo Zeitgeist e talvez se perdeu por lá em alguma má interpretação ou mesmo em alguma teoria semelhante ... mas ainda está em tempo e precisa se apegar em alguma coisa irmão ...

Entenda que não podemos viver sem fé ... desapegue da amargura e de contradizer tudo ... realmente ... tem coisas suas aqui no fórum que trazem grande reflexão ... eu mesmo achei respostas nas coisas que diz ... ja o vi dando latada em pessoa que fez por merecer heheh ... mas o vejo confuso em algumas coisas e sinto que de uns tempos para cá não está bem. Pode ser impressão masss ...

Olha só vivemos na conduta do desapego, afinal como dizem o "Dhammapada", "A Vóz do Silêncio" ou mesmo o livro de Eclesiastes ... tudo é dor e sofrimento, mas a verdade é que vivemos para desapegar exatamente disso ... da dor e do sofrimento ...

Bora ser feliz!!!
 
Parei de ler o tópico nas primeiras duas palavras (experiências alucinógenas). O que são “experiências alucinógenas”? Política? Redes sociais? Ideologias? Só se for isso, porque em algumas centenas de experiências que tive com cogumelos, ayahuasca, peiote, san pedro etc., nunca vi nada que não fosse absolutamente real.
 
Boa noite galera... só gostaria de acrescentar algo breve aqui...

O budismo é uma vertente do hinduísmo, a religião mais antiga (registro escrito pelo menos), o hinduísmo foi organizado por sábios como Vyasa em rituais cujo uso de 'suco soma' era comum.

'Soma é uma bebida ritual da cultura védica e hindu. É também o nome da própria planta da qual se extrai a bebida, bem como a personificação do Deus dos deuses. Existem nos Vedas (Rigveda, Soma Mandala) 114 hinos exaltando suas qualidades. Alguns antropólogos acreditam que o cogumelo Amanita muscaria seja o soma, ou parte dele. Outros afirmam que poderia ser o cogumelo Psilocybe cubensis. Há quem creia também que seja uma espécie de efedra. Porém, até hoje, permanece um mistério."

Oralmente e posteriormente de forma escrita os Vedas q são a base do hinduísmo foram concedidos, que se ramificou, nascendo o budismo. Logo as raizes do budismo está intrinsicamente relacionado ao psicodélicos.

Para fechar, em minha opinião, a repulsa das religiões em relação as drogas (psicodélicos para está post em questão), está mais relacionadas ao comportamento conservador moderno e a negação as suas raízes religiosas.

Toda religião foi fundada em ritos como estes... Então acho muito contraditório (para generalizar) a desvinculação dos temas droga x religião.

#NamasteAstuBaghavan

Espero ter minimamente contribuido com a discussão.

Muito obrigado e abraços...
 
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