Quando tais cogumelos são cortados
longitudinalmente é freqüente observar-se uma cavidade interna também
escurecida. Em virtude disto os cogumelos tornam-se secos, enrugados e
inadequados para o consumo. Um segundo tipo de sintoma ocorre em uma
fase intermediária do cultivo, quando em fase de botão, ou seja, quando
começam a frutificar. Nesse caso observa-se uma espécie de estiolamento,
isto é, o corpo de
frutificação não mais se desenvolve e adquire uma coloração
amarelada. Finalmente, o terceiro tipo de sintoma é indicativo de infecções
precoces e mais severas e que significa uma pesada contaminação do
composto ou do solo de cobertura. A sintomatologia é característica e bem
mais marcante. Neste caso, como o
micélio do Agaricus está se desenvolvendo
no composto e o parasita apresentando a sua fase vegetativa bem
desenvolvida, ambos os micélios se entrelaçam. Quando o Agaricus frutifica,
dá origem a corpos de frutificação totalmente deformados. Comumente não
há diferenciação entre o estípe e o píleo formando uma massa disforme. A
fonte primária de infecção mais comum é o solo de cobertura contaminado e
também a presença de grande número de
esporos de Verticillium na atmosfera
ao redor dos galpões de cultivo. A esterilização do solo é, portanto,
indispensável para um bom programa de controle. O grau de infecção dentro
das casas de cultivo pode ser significativamente reduzido pelo controle
apropriado da temperatura, da
umidade e da ventilação. Os esporos presentes
na atmosfera e que se depositam na superfície dos cogumelos, deixam de
germinar se esta for mantida seca. Assim, antes das regas, a temperatura
pode ser reduzida ligeiramente e novamente elevada para facilitar a evaporação
da água.