Boa noite pessoal, faz um tempinho que queria iniciar meu primeiro cultivo, após muito rodar na internet acabei caindo aqui.
Digo caindo porque não imaginava que seria aqui onde eu conseguiria a maior parte das informações e principalmente experiências.
A maioria dos vídeos da internet eram recheados de crendices, de erros ou as vezes de preciosismo. Bom, foi aqui que pude ver a coisa de fato acontecendo, e principalmente a baixo custo, e por isso eu gosto muito deste fórum que continua sendo muito útil.
Pois bem, no dia 5 de fevereiro recebi um carimbo do Mexican Dutsch King (Fiquei pensando em que significava isso, para mim ainda soa estranho) dias antes fui numa loja de materiais de construção e comprei argila expandida, uma caixa organizadora e luvas. Então já tinha quase tudo quando me faltava definir onde seria a incubação (Moro num dos lugares mais quentes desse planeta) então veio a mente que poderia usar um controlador de temperaturas e minha geladeirinha que uso para minhas leveduras e lúpulos. Comprei alguns copos americanos e parti para no mesmo dia 5 preparar as seringas.
Preparei álcool 70% com uma proveta e um alcoômetro, preparei uma solução hidro-iodada 12ppm e pus nas bombinhas. Os copos foram previamente sanitizados com eles.
A tarde tinha fervido a água num Erlenmeyerkolben de um litro por 15 minutos e tampado com um pedaço de papel alumínio.
Enquanto isso acontecia, preparava os PF TEKS tradicionais e inseri na panela de pressão, então Oh não, a panela estava a vazar vapor pelas laterais. Todo o cuidado que tive para limpar as válvulas, as borrachas e bicos fora jogado no lixo. Fiz tudo isso pois panelas de pressão não são autoclaves e a maioria acaba ficando com resíduos de feijão nos bicos, o que poderia acabar num descuido voltando para dentro da panela até mesmo na abertura.
Lancei mão de uma segunda panela, dessa vez não tão trabalhada como a outra, então deixei os copos por 90 minutos fervendo.
Também usei uma camada de vermiculita seca na construção dos PF TEKS. o fabricante diz que o produto é estéril...
*Peguei as seringas e abri dentro da gloovebox improvisada (Colei as luvas com cola quente, deu para usar uma vez) e num outro copinho despejei 10 mls de água. Suguei com a seringa uma gota e pus no carimbo (Vi isso em algum vídeo na net) e fiz um movimento e aspirei e devolvi aos 10 mls.
Com a outra seringa fiz diferente, abri a agulha e com muito tato raspei o carimbo ( Mas fiz um furinho
) e joguei num pote de louça com 10mls d'água declorada e fervida. Pronto, como as seringas nunca foram usadas e estavam dentro da proteção eu não usei fogo, acho que nesta deveria pelo menos na hora de inocular. As seringas foram para a geladeira, a panela de pressão tinha acabado de ferver, mas como eu não sabia a viabilidade do carimbo e quanto tempo a panela estaria fria, achei melhor aguardar o momento oportuno, mas só que do nada minha casa parecia uma festa, amigos da família e vizinhos, (Acho que isso também vale como experiência) enfim visitas inesperadíssimas.
Deixei tudo para ser terminado no dia seguinte, a panela já estava fria, a seringa também. Deixei a seringa chegar a temperatura ambiente e abri tudo dentro da gloovebox. Inoculei e separei os potes com as diferentes seringas, por um descuido uma tocou o solo da caixa, mas este estava banhado de álcool.
Fechei todos os copos americanos com micropore e cobri com outra folha de alumínio.
Levei todos eles para a geladeira exceto o copo de controle que se espatifou e virou adubo para meu amor-agarradinho (Que bosta como eu faria para saber de onde poderia vir a contaminação? Tive a ideia de deixar um aberto e coberto com um copo plástico e observar os outros.
Dois dos copos apresentaram um pontinho de azulado para esverdeado, pensei logo P. Italicum ou P. digitatum, mas pelo que me falou um amigo que é tec. em alimentos, é mais provável que seja P. Italicum. Bom, eu não estou nem um pouco preocupado com isso, na verdade estou feliz.
Resolvi pouco depois atacar o Penicillium desconhecidum com uma solução de álcool e ácido lático, e no outro copo apenas ácido lático. Neste último acabei por também testar uma irradiação de UVC e então seguem fotos.
Erros, acertos, experiências registradas, e já penso em fazer mais testes.
Abraços e obrigado pelo conhecimento compartilhado.
Ps: Me esqueci que o quarto pote contaminado por 3 dias tomou um banho de raios cósmicos na minha janela. Estes dias tem feito vinte e poucos graus a noite. Esse copo aparenta estar melhor que o seu irmão de contaminação.
Digo caindo porque não imaginava que seria aqui onde eu conseguiria a maior parte das informações e principalmente experiências.
A maioria dos vídeos da internet eram recheados de crendices, de erros ou as vezes de preciosismo. Bom, foi aqui que pude ver a coisa de fato acontecendo, e principalmente a baixo custo, e por isso eu gosto muito deste fórum que continua sendo muito útil.
Pois bem, no dia 5 de fevereiro recebi um carimbo do Mexican Dutsch King (Fiquei pensando em que significava isso, para mim ainda soa estranho) dias antes fui numa loja de materiais de construção e comprei argila expandida, uma caixa organizadora e luvas. Então já tinha quase tudo quando me faltava definir onde seria a incubação (Moro num dos lugares mais quentes desse planeta) então veio a mente que poderia usar um controlador de temperaturas e minha geladeirinha que uso para minhas leveduras e lúpulos. Comprei alguns copos americanos e parti para no mesmo dia 5 preparar as seringas.
Preparei álcool 70% com uma proveta e um alcoômetro, preparei uma solução hidro-iodada 12ppm e pus nas bombinhas. Os copos foram previamente sanitizados com eles.
A tarde tinha fervido a água num Erlenmeyerkolben de um litro por 15 minutos e tampado com um pedaço de papel alumínio.
Enquanto isso acontecia, preparava os PF TEKS tradicionais e inseri na panela de pressão, então Oh não, a panela estava a vazar vapor pelas laterais. Todo o cuidado que tive para limpar as válvulas, as borrachas e bicos fora jogado no lixo. Fiz tudo isso pois panelas de pressão não são autoclaves e a maioria acaba ficando com resíduos de feijão nos bicos, o que poderia acabar num descuido voltando para dentro da panela até mesmo na abertura.
Lancei mão de uma segunda panela, dessa vez não tão trabalhada como a outra, então deixei os copos por 90 minutos fervendo.
Também usei uma camada de vermiculita seca na construção dos PF TEKS. o fabricante diz que o produto é estéril...
*Peguei as seringas e abri dentro da gloovebox improvisada (Colei as luvas com cola quente, deu para usar uma vez) e num outro copinho despejei 10 mls de água. Suguei com a seringa uma gota e pus no carimbo (Vi isso em algum vídeo na net) e fiz um movimento e aspirei e devolvi aos 10 mls.
Com a outra seringa fiz diferente, abri a agulha e com muito tato raspei o carimbo ( Mas fiz um furinho
) e joguei num pote de louça com 10mls d'água declorada e fervida. Pronto, como as seringas nunca foram usadas e estavam dentro da proteção eu não usei fogo, acho que nesta deveria pelo menos na hora de inocular. As seringas foram para a geladeira, a panela de pressão tinha acabado de ferver, mas como eu não sabia a viabilidade do carimbo e quanto tempo a panela estaria fria, achei melhor aguardar o momento oportuno, mas só que do nada minha casa parecia uma festa, amigos da família e vizinhos, (Acho que isso também vale como experiência) enfim visitas inesperadíssimas.Deixei tudo para ser terminado no dia seguinte, a panela já estava fria, a seringa também. Deixei a seringa chegar a temperatura ambiente e abri tudo dentro da gloovebox. Inoculei e separei os potes com as diferentes seringas, por um descuido uma tocou o solo da caixa, mas este estava banhado de álcool.
Fechei todos os copos americanos com micropore e cobri com outra folha de alumínio.
Levei todos eles para a geladeira exceto o copo de controle que se espatifou e virou adubo para meu amor-agarradinho (Que bosta como eu faria para saber de onde poderia vir a contaminação? Tive a ideia de deixar um aberto e coberto com um copo plástico e observar os outros.
Dois dos copos apresentaram um pontinho de azulado para esverdeado, pensei logo P. Italicum ou P. digitatum, mas pelo que me falou um amigo que é tec. em alimentos, é mais provável que seja P. Italicum. Bom, eu não estou nem um pouco preocupado com isso, na verdade estou feliz.
Resolvi pouco depois atacar o Penicillium desconhecidum com uma solução de álcool e ácido lático, e no outro copo apenas ácido lático. Neste último acabei por também testar uma irradiação de UVC e então seguem fotos.
Erros, acertos, experiências registradas, e já penso em fazer mais testes.
Abraços e obrigado pelo conhecimento compartilhado.
Ps: Me esqueci que o quarto pote contaminado por 3 dias tomou um banho de raios cósmicos na minha janela. Estes dias tem feito vinte e poucos graus a noite. Esse copo aparenta estar melhor que o seu irmão de contaminação.
Anexos
Última edição:
