Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

Antídoto da psilocibina

Todos nós gostaríamos de aprender e crescer somente tendo boas experiências, vendo bons exemplos etc. Apenas na alegria.

Mas, na prática, o que acontece é que a dor é um fator muito importante no crescimento e desenvolvimento.

É claro que o excesso de dor e outros sentimentos "negativos" pode levar a traumas, muitas vezes terríveis, e consequentemente atrapalhar o processo da pessoa, mas não há muito como fugir.

É aquela história do caminho do meio.
 
sim, a dor e a queda é importante mas nao uma necessidade constante como alguns fazem parecer, não a unica ferramenta de aprendizado (alias é a primeira!). Cada um tem seu processo, seu caminho. luto é contra o circulo, a roda que se torna uma constante...a racionalizacao do que nao tem sentido, o trilhar do mesmo caminho sempre com a idéia fixa de algum conceito elocubrado.
essa coisa - cortei o dedo, beleza agora aprendi, cortei o dedo de novo, hum...alguma coisa tem aí!!! tem sim, um acidente porra! Voce ja sabe que lamina afiada é cortante! hahehehe

caminho do meio é perigoso, uma nocao espiritual que pode ser indulgente e pilantra, dependendo de como é interpretado. o caminho do meio pode induzir o sujeito a se colocar acima do caminho, acima do bem e do mal ou ainda fora deles, quando na verdade ele deve envolver-se na trama, transitar entre os lados e jamais se colocar no meio - que não existe, pois nao existe quebra na transiçao de um "lado" a outro, é como um degradë infinito que se desdobra a cada passo, sem centro e sem bordas.

pelo menos é assim que eu vejo hoje
 
caminho do meio é perigoso, uma nocao espiritual que pode ser indulgente e pilantra, dependendo de como é interpretado. o caminho do meio pode induzir o sujeito a se colocar acima do caminho, acima do bem e do mal ou ainda fora deles,


Tudo pode ser desvirtuado.

Mas a semente da transcendência continua lá, às vezes emparedada, coberta de lama ou escondida de outras formas.


Quem sabe um dia ela germina?
 
nao boto muita fé nisso. o tempo passa e a lama só fica mais grossa, com camadas cada vez mais duras.

quem sabe talvez por algum acidente de percurso a luz penetre? fé?

pra quem se dispoe a depender do sabor do vento...
 
o maior ensinamento da semente é a resiliência, para quando o lodo em adubo tornar-se.
 
Gabiru, quando eu relatei a minha experiência eu quis mostrar como uma bad pode ser construtiva. E construtiva no sentido prático mesmo, com efeitos diretos em situações e atitudes no meu cotidiano, não apenas um "insight iluminado" sobre o que aquela experiência simbolizou... Achei necessário fazer esse contraponto levando em conta o que você estava dizendo sobre as bads.

se voce aprende nas bads meus parabens pelo seu mazoquismo latente, eu aprendo nas trips normais, intensas e maravilhosas e acho bem coerente com as aspiracoes de um ser qualquer.

trip intensa e caotica é bom mas bad é bad, é loucura e piracao sem sentido tocando o putero no seu cerebro...

de todas as 735 bad que eu tive nenhuminha sequer foi boa, nem antes e nem depois.

Po galera, eu realmente acho que isso de aprender com a bad é mito, algum mecanismo da mente...

Eu não acho que as bads são SEMPRE um aprendizado, nem que NUNCA ensinam algo. Às vezes elas ensinam, mas como você disse, não dá pra saber se ela é do tipo útil ou inútil durante a experiência. Então, como saber quando apelar para o antídoto? Esse é o primeiro problema...

Não tô aqui para dizer que é certo e errado, apenas ponderando os prós e contras do que seria usar um corta-brisa desses.

Então, vamos imaginar @ psiconauta que sempre está com o rivotril no bolso para uma situação de emergência. Imagina qual vai ser a atitude mental dessa pessoa quando ela for para uma trip SEM o rivotril! O fato de ela ter fugido da bad através do antídoto nas últimas vezes vai deixá-la muito mais insegura nessa viagem sem o comprimido. Provavelmente, o fato de estar sem o antídoto vai passar a ser um chamariz de bad. É por isso que eu alerto para a possibilidade séria do rivotril criar uma rápida dependência nesse contexto de uso. E esse é o maior problema que eu vejo.

Até agora eu vi muito mais contras do que prós, e perceba Gabiru que em nenhum momento eu estou dizendo que usar um antídoto seria profanar os cogus sagrados ou coisas do tipo. Estou argumentando de maneira prática sobre o assunto sem nenhum moralismo.
 
Lendo isso tudo aki me bateu uma dúvida. Vcs gostam de ter badtrip ?
Acho meio sinistro gostar de ter badtrip, mas né ....
 
Ola as bads são precisas nos enssinam muito, mas depois e so mentalizar coisa boas e tudo tranquilo:)

Paz e luz.
 
Sei lá, essa história de apreender com badtrip é meio estranha, mais ou menos como dizer que Jesus morreu na cruz para salvar a humanidade, ou então achar que para merecer alguma coisa é preciso passar pelo sofrimento.
Acho isso uma baita besteira, eu uso cogumelos a uns 5 anos, sempre aprendi muito e nunca tive uma bad !
VLW
 
A mais vai ter ainda relaxa, você vai ver como é SINISTRO:eek:

sentir e ver coisas :devil::alien: :teo_ninja:
 
Acho isso uma baita besteira, eu uso cogumelos a uns 5 anos, sempre aprendi muito e nunca tive uma bad !

Bom, eu acho que qualquer experiência que tenhamos na vida, podemos tirar alguma lição, por menor que seja. Basta termos a boa vontade de querer aprender algo... Tirar algo positivo/construtivo de todo o caos que há em nossa volta.

Há pessoas que nem com trips boas aprendem algo, podem até fingir que aprenderam, mas a verdade está lá.

Se a trip foi good, bad ou ugly, quem define somos nozes e não a experiência por si só. No fim, tudo que existe são experiências em si mesmas.
 
Lendo isso tudo aki me bateu uma dúvida. Vcs gostam de ter badtrip ?
Acho meio sinistro gostar de ter badtrip, mas né ....
Óbvio que não. É por isso que ninguém nega a importância de preparar um bom set & setting para as experiências.

Acontece que eu estou no caminho dos enteógenos não apenas porque eu acho a trip prazerosa. Muitas outras coisas estão em jogo. Então quando debatemos o custo/benefício do antídoto, estamos questionando também qual o real benefício de parar uma dita badtrip.

A experiência psicodélica é algo extremamente complexo. As badtrips idem. Em uma discussão um pouco mais profunda, é preciso ir além de simplesmente demonizar as bads e qualificá-las como um mau absoluto -- deixemos isso para o padre da paróquia.

Mesmo considerando que as bads sejam indesejáveis, será que devemos evitá-las a qualquer custo? O melhor a se fazer para evitá-las seria mesmo abortá-las quimicamente?

Por acaso questionar essas coisas é "gostar de badtrip" ou ser masoquista?
 
Mas ai vem uma questão mto importante, a vontade do individuo, se o cara ta no meio de uma bad e não tá afim de passar por aquilo, nda mais justo que ele por vontade própria tenha o direito de interromper a bad.
Minha humilde opinião.

Se eu estivesse no meio de uma bad e alguém aparecesse com a solução, como um comprimido destes eu não pensaria 2x antes de tomar.
 
Mas ai vem uma questão mto importante, a vontade do individuo, se o cara ta no meio de uma bad e não tá afim de passar por aquilo, nda mais justo que ele por vontade própria tenha o direito de interromper a bad.
Minha humilde opinião.

Se eu estivesse no meio de uma bad e alguém aparecesse com a solução, como um comprimido destes eu não pensaria 2x antes de tomar.
:huh:

Pode ficar tranquilo, cara. O fato de nós debatermos prós e contras do uso do antídoto não vai interferir nem um pouco no direito que você tem de usá-lo.
 
"Então, como saber quando apelar para o antídoto? Esse é o primeiro problema..."
Arruma um médico/equipe pra ficar ali monitorando sua atividade fisiológica psicologica, aí vai da pra saber com toda certeza. Fora isso não dá pra saber, pelo menos pra quem é inexperiente ou maluco de final de semana. Talvez com muita experiencia voce chegue a um ponto em que reconheça o momento errado para tomar uma substancia e nem tome

Acho que essa é uma questão muito organica/subjetiva pra ser posta assim, com pros e contras. sempre achei essa visao meio capitalista (pros e contras, custo beneficio, etc) no campo da psicodelia um nonsense (nao que a psicodelia ou eu sejamos comunistas hahaha). Acho que a coisa vai fluindo naturalmente e a gente vai percebendo como o barco navega com a experiencia, com as cagadas, com as bads, com as goods, com tudo aberto.

MInha opiniao sincera nessa é :
Fazer o proprio caminho, com rivotril, sem rivotril, com cola de sapateiro, o que for, mas fazer o caminho com coragem e atenção.

só queria é conseguir concordar que bad trip é diferente de experiencias de confrontacao/enfrentamento/sublimacao existencial. Falta aí um terceiro termo, na minha opiniao.


palavras chaves: coragem, natural, naturalidade, fluxo, confluencia, influencia, amor, vida, ATENÇÃO.
 
"Então, como saber quando apelar para o antídoto? Esse é o primeiro problema..."

acho que muitos comentários aqui no post já vão pro extremo do uso do rivotril, tipo assim: se você usar o rivotril uma vez para sair de uma bad... mew, você se fodeu, agora já é viciado em rivotril, nunca mais vai conseguir ter uma viagem de cogumelos sem pensar em rivotril e vai tomar rivotril sempre que você tiver uma viagem de cogumelos e se sentir um pouco mal...

mew, na real, o que acontece é: você usa rivotril uma vez pra sair de uma bad e nunca mais quer tomar cogumelos e ter que tomar rivotril junto! simplesmente, a não ser que você seja um símio, você vai ter a realização de que tomar cogumelos+rivotril não faz sentido nenhum e essa combinação nem te dá mais prazer do que poderia ter sido te dado se você tivesse conseguido ter uma viagem bacana SÓ com cogumelos...

rivotril é um antídoto, se você tiver que usar, use para ficar bem. é a única coisa que importa: ficar bem. ninguém vai ficar tomando cogumelos só pra poder tomar rivotril...

e se tem um louco que não quer entrar numa bad e se ele se sentir vontade de tomar rivotril toda vez que uma bad de cogumelos começar a surgir, mew, depois de um tempo ele vai se tocar que o problema dele são os cogumelos, não o rivotril. e ele vai parar de usar cogumelos...

eu acho que ninguém vai apelar pro antídoto se não estiver se sentindo muito, muito mal. aliás, o caráter da viagem cortada com rivotril não perde o valor. você não esquece o que aconteceu e nem fica deprimido por ter saído da viagem. você começa a criar mais respeito pelo cogumelo e ver que ele não é simplesmente uma diversão...
 
a
eu acho que ninguém vai apelar pro antídoto se não estiver se sentindo muito, muito mal. aliás, o caráter da viagem cortada com rivotril não perde o valor. você não esquece o que aconteceu e nem fica deprimido por ter saído da viagem. você começa a criar mais respeito pelo cogumelo e ver que ele não é simplesmente uma diversão...
durante 10 mil bilhoes de anos, cozinhei minha propria familia e conhecidos em azeite quente de oliva, no inferno junto do proprio capeta em pessoa.
eu sentia a dor deles, durante todos esses 10 mil bilhoes de anos.
e foi uma das piores coisas que eu senti na vida inteira, a dor que eu fazia outras pessoas sentirem.
se nas duas primeiras horas eu tivesse desistido, ainda estaria cozinhando aqui fora minha familia, ate hoje.
 
durante 10 mil bilhoes de anos, cozinhei minha propria familia e conhecidos em azeite quente de oliva, no inferno junto do proprio capeta em pessoa.
eu sentia a dor deles, durante todos esses 10 mil bilhoes de anos.
e foi uma das piores coisas que eu senti na vida inteira, a dor que eu fazia outras pessoas sentirem.
se nas duas primeiras horas eu tivesse desistido, ainda estaria cozinhando aqui fora minha familia, ate hoje.
que viagem sensacional!

o que é uma bad trip?
 
Back
Top