Bulk
Bulk consiste em usar um spawn (milho colonizado) para colonizar um substrato de volume ainda maior. Nessa técnica, o spawn é misturado com o substrato bulk (esterco) e colocado em uma bacia ou outro recipiente que sirva de terrário (mantenha a umidade), com tampa. É de extrema importância que o substrato bulk seja bem aerado (espaçamento entre as suas estruturas) para que o micélio possa se propagar e colonizá-lo rapidamente, antes dos contaminantes.
Essa técnica fornece, geralmente, uma produção maior que as outras, pois nela se tem uma massa muito maior de micélio. Bom lembrar também que o esterco bovino é o substrato predileto dos cubensis.
Não se deve esterilizar um substrato bulk, pois a contaminação será certa. Quando você pasteuriza substratos a 60-70°C, alguns microorganismos benéficos, principalmente bactérias, permanecem vivos e habitam o substrato, "protegendo-o" de outros microorganismos mais agressivos. Esta é a razão pela qual você pode inocular substratos bulk com spawn em lugares abertos, sem se preocupar com cuidados especiais de esterilização e também manter o cultivo dessa forma.
Material:
Esterco bovino ( um pouco seco e duro )
Palha (aeração do substrato)
Vermiculita
Três cascas inteiras de ovo SEM PELE e trituradas pra cada dois copos de estrume (correção de ph). Pode ser usado o carbonato de cálcio.
Procedimento:
(...) Um experimento bem simples é cavar um buraco raso próximo as raízes de uma planta, colocar o seu bolo e depois cobrir com a terra removida. Pode ser um vaso que tenha uma planta com raízes bem desenvolvidas.
Se você fizer com bolo aniversariando, exaurido de flushes ou contaminado, com certeza retirará alguns cogumelos, a quantidade dependerá das condições e do tamanho do bolo.
Isso provará que ali, ao redor das raízes, existe um equilíbrio de nutrientes e microorganismos que ajudam a revigorar o micélio, mesmo ele estando combalido por contaminações. Existem microorganismos ao redor das raízes que controlam a proliferação de outros microorganismos nocivos, que poderiam matar a planta, mas permitem outros que ajudam seu desenvolvimento. A pasteurização transporta essa tek da natureza para dentro de casa, uma pasteurização bem realizada, permite render bastantes frutos num bulk ou casing, assegurando sua integridade por um longo período (...).
Primeiro:
Ponha a palha, vermiculita, estrume e a casca de ovo num pote de sorvete, hidrate-os e coloque em banho maria. Mantenha 67o C por 1 hora (usar duas resistências de chuveiro em série). Repita essa mesma operação por mais 2 dias, totalizando 3 aquecimentos. Entre cada aquecimento, intervalo de 24 horas e bacia fechada hermeticamente. Monitore a temperatura com termômetro culinário para não exceder 70o C. Você deve mexer de quando em quando para homogeneizar. Cheque a umidade do bulk: espremendo-o um pouco, apenas algumas gotas devem cair. Não demore mais que um dia para inocular o spawn.
Segundo:
Proceda como no primeiro método, mas pasteurize por duas horas à temperatura entre 76°C e 80°C, somente uma vez. Espere esfriar e inocule o Spawn.
Encha o monotub com água e meio copo de água sanitária para desinfetar, deixando por uma hora. É necessário tapar a lateral e o fundo para evitar que o monotub receba luz (cogumelos são fototrópicos).
Coloque o substrato bulk no monotub e o inocule com o Spawn (misture o spawn e o bulk com uma colher desinfetada. Uma proporção de 1/4 é o suficiente). Misture com cuidado para que a recuperação do micélio seja rápida. Não deixar no chão (é aí que se encontram a maior parte das bactérias contaminantes).
Deixe em condições de colonização:
Temperatura: 26°C
Luz: Nenhuma
Ar: Deve ser permitido ao bulk a troca de ar, através de furos no tub, tapados com lã acrílica.
Bulk 100% colonizado, aguarde mais uma semana para que a rede micelial se torne vigorosa e:
Espere o micélio surgir por sobre o casing e induza a frutificação:
Temperatura: 23-25°C.
Luz: Fluorescente ou do dia, 12 hrs com luz e 12 horas no escuro. Ar: Rico em O2.
Umidade: 95% e 98% .
Caso o bulk esteja seco, borrife um pouco de água mineral na tampa e nas paredes do mesmo (por dentro).
O micélio precisa de um alto índice de O2 para frutificar;
Os furos no monotub devem ser feitos bem rente ao substrato e alguns em um nível mais acima: O CO2 é mais denso que o ar atmosférico, depositando-se no fundo do monotub e causando problemas à frutificação. Assim, o gás carbônico sai pelos furos mais baixos e o oxigênio entra pelos furos superiores.
Obs:
Essa técnica fornece, geralmente, uma produção maior que as outras, pois nela se tem uma massa muito maior de micélio. Bom lembrar também que o esterco bovino é o substrato predileto dos cubensis.
Não se deve esterilizar um substrato bulk, pois a contaminação será certa. Quando você pasteuriza substratos a 60-70°C, alguns microorganismos benéficos, principalmente bactérias, permanecem vivos e habitam o substrato, "protegendo-o" de outros microorganismos mais agressivos. Esta é a razão pela qual você pode inocular substratos bulk com spawn em lugares abertos, sem se preocupar com cuidados especiais de esterilização e também manter o cultivo dessa forma.
Material:
Esterco bovino ( um pouco seco e duro )
Palha (aeração do substrato)
Vermiculita
Três cascas inteiras de ovo SEM PELE e trituradas pra cada dois copos de estrume (correção de ph). Pode ser usado o carbonato de cálcio.
Procedimento:
(...) Um experimento bem simples é cavar um buraco raso próximo as raízes de uma planta, colocar o seu bolo e depois cobrir com a terra removida. Pode ser um vaso que tenha uma planta com raízes bem desenvolvidas.
Se você fizer com bolo aniversariando, exaurido de flushes ou contaminado, com certeza retirará alguns cogumelos, a quantidade dependerá das condições e do tamanho do bolo.
Isso provará que ali, ao redor das raízes, existe um equilíbrio de nutrientes e microorganismos que ajudam a revigorar o micélio, mesmo ele estando combalido por contaminações. Existem microorganismos ao redor das raízes que controlam a proliferação de outros microorganismos nocivos, que poderiam matar a planta, mas permitem outros que ajudam seu desenvolvimento. A pasteurização transporta essa tek da natureza para dentro de casa, uma pasteurização bem realizada, permite render bastantes frutos num bulk ou casing, assegurando sua integridade por um longo período (...).
Apresento dois métodos de pasteurização de substrato:
Primeiro:
Ponha a palha, vermiculita, estrume e a casca de ovo num pote de sorvete, hidrate-os e coloque em banho maria. Mantenha 67o C por 1 hora (usar duas resistências de chuveiro em série). Repita essa mesma operação por mais 2 dias, totalizando 3 aquecimentos. Entre cada aquecimento, intervalo de 24 horas e bacia fechada hermeticamente. Monitore a temperatura com termômetro culinário para não exceder 70o C. Você deve mexer de quando em quando para homogeneizar. Cheque a umidade do bulk: espremendo-o um pouco, apenas algumas gotas devem cair. Não demore mais que um dia para inocular o spawn.
Segundo:
Proceda como no primeiro método, mas pasteurize por duas horas à temperatura entre 76°C e 80°C, somente uma vez. Espere esfriar e inocule o Spawn.
Encha o monotub com água e meio copo de água sanitária para desinfetar, deixando por uma hora. É necessário tapar a lateral e o fundo para evitar que o monotub receba luz (cogumelos são fototrópicos).
Coloque o substrato bulk no monotub e o inocule com o Spawn (misture o spawn e o bulk com uma colher desinfetada. Uma proporção de 1/4 é o suficiente). Misture com cuidado para que a recuperação do micélio seja rápida. Não deixar no chão (é aí que se encontram a maior parte das bactérias contaminantes).
Deixe em condições de colonização:
Temperatura: 26°C
Luz: Nenhuma
Ar: Deve ser permitido ao bulk a troca de ar, através de furos no tub, tapados com lã acrílica.
Bulk 100% colonizado, aguarde mais uma semana para que a rede micelial se torne vigorosa e:
? Induzir a frutificação ou
? Fazer o casing por sobre ele.
Espere o micélio surgir por sobre o casing e induza a frutificação:
Temperatura: 23-25°C.
Luz: Fluorescente ou do dia, 12 hrs com luz e 12 horas no escuro. Ar: Rico em O2.
Umidade: 95% e 98% .
Caso o bulk esteja seco, borrife um pouco de água mineral na tampa e nas paredes do mesmo (por dentro).
O micélio precisa de um alto índice de O2 para frutificar;
Os furos no monotub devem ser feitos bem rente ao substrato e alguns em um nível mais acima: O CO2 é mais denso que o ar atmosférico, depositando-se no fundo do monotub e causando problemas à frutificação. Assim, o gás carbônico sai pelos furos mais baixos e o oxigênio entra pelos furos superiores.
Obs:
- É normal o aparecimento de gotas amareladas em cima do micélio. São metabólitos excretados pelo cubensis, devido ao estresse causado pela competição com bactérias ou outros fungos.
- Evitar oscilações na temperatura é importante durante todo o cultivo. Na fase de colonização essas oscilações podem causar uma demora no processo porque o micélio tem que se adaptar às mudanças ao invés de crescer. Na frutificação ocorre o mesmo, podendo mudar bastante a morfologia dos frutos.
- Caso haja uma falta de umidade dentro do monotub injete água mineral abaixo da superfície do micélio, com uma seringa.