Para a realização do procedimento são necessários alguns conhecimentos básicos que já foram largamente descritos aqui no fórum.
Os potes de sorvete, pelo menos os das melhores marcas, são de polipropileno, ou seja, resistentes à pressão, assim como o saco plástico de forno. Em vez de fazer o bulk em quatro etapas - uma para a produção de inóculo (spawn), outra para a produção do substrato nitrogenado, outra para a mistura de ambos e outra para a colocação da camada de casing - faz-se em duas etapas segundo o procedimento abaixo. Não há a separação entre o substrato inóculo (spawn) e o substrato inoculado (bulk), eles são misturados antes mesmo da inoculação.
1. No pote de sorvete são feitos dois furos, um em cada lado, que servirão de orifícios para a inoculação.
2. Adiciona-se o substrato nitrogenado já umedecido até cerca de 3/4 da altura do pote.
3. Próximo aos buracos adiciona-se uma linha com 2-3 cm de altura de fonte de carboidratos (grãos). Para cada pote de sorvete, usa-se um frasco com grãos (fig. 1). Dependendo do grão utilizado, é necessário tratá-lo antes. Se for milho, por exemplo, ele deve ter sido deixado de molho e/ou fervido para reter umidade em seu interior.
4. Cobre-se o pote com o saco plástico deixando uma sobra dos lados e fecha-se o pote com a tampa que vem nele. Atenção: os buracos não devem ser obstruídos para permitir a saída do vapor. (fig. 2)
5. O pote é posto na panela de pressão e todo o substrato é esterilizado por 1 hora.
6. Após o resfriamento, abre-se a panela de pressão e com um rápido movimento aperta-se o plástico contra o pote para tapar os buracos de inoculação. Passa-se uma fita durex ou fita isolante em torno do saco para prendê-lo ao pote.
7. Faz-se a inoculação através dos buracos feitos no pote. Como o saco foi colado ao pote, será necessário furar ele também. Assim, logo após a inoculação, cola-se uma fita durex ou micropore para tapar o buraco feito pela agulha. É recomendável que se faça movimentos laterais com a seringa a fim de acertar a maior parte possível da linha de grãos. Aproximadamente 2 cc por furo é suficiente. Nesta etapa pode-se retirar a tampa a fim de ver melhor o esguicho da seringa. (fig. 3)
8. O pote é deixado no escuro para incubação. Leva de três semanas a um mês e meio para que o substrato esteja em boas condições de frutificação. A tampa poderá ser retirada de vez em quando para observar a colonização. A função do saco plástico é a de proteger o substrato de contaminação enquanto se observa a colonização através dele.
9. Quando a colonização do substrato se completa, abre-se o pote em condições assépticas, retira-se o saco plástico e adiciona-se a camada de casing de preferência fechando tudo logo em seguida.
10. Quando os sinais de colonização da camada de casing estiverem no ponto, coloca-se o pote dentro de um balde ou um saco grande que servirá de estufa. Retira-se a tampa e depois o saco, deixando o pote aberto. Fecha-se a estufa que deverá será abanada de 2 a 3 vezes ao dia. Em poucos dias, pins surgirão.
1. Além dos grãos próximos aos furos, pode-se misturar alguns grãos no substrato nitrogenado.
2. Não é aconselhável agitar o pote após a inoculação. É melhor deixar que o micélio siga o fluxo que seguiria num cultivo bulk normal, ou seja, que colonize antes os grãos para depois colonizar o substrato nitrogenado.
3. Pode-se usar qualquer pote além do de sorvete, desde que seja resistente à pressão.
4. O único cuidado que se deve ter na frutificação é promover a troca de ar, nada mais.
5. Diferentemente da colonização em grãos, a colonização de substratos nitrogenados exige mais tempo de maturação, portanto não se deve considerar totalmente apto o substrato que tem toda a superfície colonizada. Quanto mais tempo levar a incubação (não mais que dois meses) mais a rede micelial estará apta a transportar nutrientes e desenvolver cogumelos grandes e densos. O método de linha de grãos é proposital quanto a demora na colonização.
Algumas fotos:
#1 Pote lacrado com o saco
#2 Visão de cima do pote
#3 Quinto flush de PESA
#4 Idem
#5 Estufa com balde e saco plástico
#6 Fruto grande
#7 Quarto flush de TAZ
Materiais:
- Pote de sorvete;
- Seringa com esporos;
- Frasco com fonte de carboidratos a escolha (milho, arroz, trigo, centeio etc.);
- Materiais para substrato nitrogenado a escolha (esterco, café, pó de coco etc.);
- Prego e martelo ou máquina de solda pra furar o pote de sorvete;
- Saco plástico para assar alimentos em forno (facilmente encontrado em supermercados);
- Fita durex e/ou micropore e/ou fita isolante.
A Lógica
Os potes de sorvete, pelo menos os das melhores marcas, são de polipropileno, ou seja, resistentes à pressão, assim como o saco plástico de forno. Em vez de fazer o bulk em quatro etapas - uma para a produção de inóculo (spawn), outra para a produção do substrato nitrogenado, outra para a mistura de ambos e outra para a colocação da camada de casing - faz-se em duas etapas segundo o procedimento abaixo. Não há a separação entre o substrato inóculo (spawn) e o substrato inoculado (bulk), eles são misturados antes mesmo da inoculação.
O Procedimento
1. No pote de sorvete são feitos dois furos, um em cada lado, que servirão de orifícios para a inoculação.
2. Adiciona-se o substrato nitrogenado já umedecido até cerca de 3/4 da altura do pote.
3. Próximo aos buracos adiciona-se uma linha com 2-3 cm de altura de fonte de carboidratos (grãos). Para cada pote de sorvete, usa-se um frasco com grãos (fig. 1). Dependendo do grão utilizado, é necessário tratá-lo antes. Se for milho, por exemplo, ele deve ter sido deixado de molho e/ou fervido para reter umidade em seu interior.
4. Cobre-se o pote com o saco plástico deixando uma sobra dos lados e fecha-se o pote com a tampa que vem nele. Atenção: os buracos não devem ser obstruídos para permitir a saída do vapor. (fig. 2)
5. O pote é posto na panela de pressão e todo o substrato é esterilizado por 1 hora.
6. Após o resfriamento, abre-se a panela de pressão e com um rápido movimento aperta-se o plástico contra o pote para tapar os buracos de inoculação. Passa-se uma fita durex ou fita isolante em torno do saco para prendê-lo ao pote.
7. Faz-se a inoculação através dos buracos feitos no pote. Como o saco foi colado ao pote, será necessário furar ele também. Assim, logo após a inoculação, cola-se uma fita durex ou micropore para tapar o buraco feito pela agulha. É recomendável que se faça movimentos laterais com a seringa a fim de acertar a maior parte possível da linha de grãos. Aproximadamente 2 cc por furo é suficiente. Nesta etapa pode-se retirar a tampa a fim de ver melhor o esguicho da seringa. (fig. 3)
8. O pote é deixado no escuro para incubação. Leva de três semanas a um mês e meio para que o substrato esteja em boas condições de frutificação. A tampa poderá ser retirada de vez em quando para observar a colonização. A função do saco plástico é a de proteger o substrato de contaminação enquanto se observa a colonização através dele.
9. Quando a colonização do substrato se completa, abre-se o pote em condições assépticas, retira-se o saco plástico e adiciona-se a camada de casing de preferência fechando tudo logo em seguida.
10. Quando os sinais de colonização da camada de casing estiverem no ponto, coloca-se o pote dentro de um balde ou um saco grande que servirá de estufa. Retira-se a tampa e depois o saco, deixando o pote aberto. Fecha-se a estufa que deverá será abanada de 2 a 3 vezes ao dia. Em poucos dias, pins surgirão.
Observações:
1. Além dos grãos próximos aos furos, pode-se misturar alguns grãos no substrato nitrogenado.
2. Não é aconselhável agitar o pote após a inoculação. É melhor deixar que o micélio siga o fluxo que seguiria num cultivo bulk normal, ou seja, que colonize antes os grãos para depois colonizar o substrato nitrogenado.
3. Pode-se usar qualquer pote além do de sorvete, desde que seja resistente à pressão.
4. O único cuidado que se deve ter na frutificação é promover a troca de ar, nada mais.
5. Diferentemente da colonização em grãos, a colonização de substratos nitrogenados exige mais tempo de maturação, portanto não se deve considerar totalmente apto o substrato que tem toda a superfície colonizada. Quanto mais tempo levar a incubação (não mais que dois meses) mais a rede micelial estará apta a transportar nutrientes e desenvolver cogumelos grandes e densos. O método de linha de grãos é proposital quanto a demora na colonização.
Algumas fotos:
#1 Pote lacrado com o saco
#2 Visão de cima do pote
#3 Quinto flush de PESA
#4 Idem
#5 Estufa com balde e saco plástico
#6 Fruto grande
#7 Quarto flush de TAZ