Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

Tipos de Crescimento do Micélio

Spitzenkörper

Cogumelo maduro
Membro Ativo
20/05/2007
329
73
Lendo o livro do Papa Paul Stamets (The Mushroom Cultivator), li sobre os tipos de crescimento do micélio: algodoado e rizomórfico.

Não entendi as explicações das diferenças além da forma do micélio, qual é o mais eficiente, rápido etc. Alguém poderia me ajudar?

No meu primeiro cultivo me deparei apenas com o crescimento algodoado, mas ao ver cultivos como o do shroower, há a presença de crescimento rizomórfico no bolo e no terrário... será que estou fazendo algo de errado?
 
Lendo o livro do Papa Paul Stamets (The Mushroom Cultivator), li sobre os tipos de crescimento do micélio: algodoado e rizomórfico.

Não entendi as explicações das diferenças além da forma do micélio, qual é o mais eficiente, rápido etc. Alguém poderia me ajudar?

No meu primeiro cultivo me deparei apenas com o crescimento algodoado, mas ao ver cultivos como o do shroower, há a presença de crescimento rizomórfico no bolo e no terrário... será que estou fazendo algo de errado?

pelo que é informado o crescimento rizofórmico é o ideal para que frutifique, o algodoado "não" frutifica, me descordo qual post se encontra a informação, espere os mestres confirmarem, mais é certeza que o rizofórmico se desenvolve muito mais rápido.
 
Mas o crescimento rizomórfico é uma característica genética ou depende apenas do bom desempenho do cultivo?

acho que as duas coisas juntas, não tenho certeza

genética esta relacionada com certeza, alias tem um post que o Cygnus fala sobre, de uma procurada
 
Axei!

"De acordo com Stoller, o crescimento de setores cobertos de penugem é encorajado pelos núcleos [dos grãos] que foram quebrados e expostos que aumentam a disponibilidade de amido nas sementes [termo de micologia que se refere à um momento específico do cultivo comercial]. Trabalhando com o Agaricus brunnescens, Stoller notou que apesar do crescimento micelial ser rápido em níveis altos de pH (7.5) do que em níveis levemente ácidos de pH (6.5), a setorização é mais frequente. Ele descobriu que setores em grãos podem ser reduzidos evitando-se o uso de grãos "explodidos" [expostos] (uma consequência de água em excesso) e tamponando o pH a 6.5 usando uma combinação de giz (carbonato de cálcio precipitado) e gesso (sulfato de cálcio). Cultivadores comerciais de Agaricus à muito perceberam que o lento micélio algodoado é inferior ao crescimento rápido do micélio rizomórfico. Existe uma aparente correlação entre micélio algodoado no agar e as ocorrência posteriores de "estroma", um crescimento denso, como um tapete de micélio, sobre os casings que raramente produzem cogumelos.
Ainda mais, primordia formam-se frequentemente pelos rizomorfos orientados de forma frutífera [?] mas raramente entre um micélio algodoado disposto de forma somática. É de interesse mencionar que, sob um microscópio, as hifas de um micélio rizomórfico são mais largas e se dividem menos frequentemente do que a rede micelial algodoada."


Axei essa história de relação entre pH e crescimento rizomórfico bem confusa... afinal ele sugere cabonato ou sultafo de cálcio para tamponar o substrato e manter o pH em 6,5! Mas substâncias com certeza não iriam manter o substrato num pH abaixo de 7... ·¦?/°
 
Axei!

"De acordo com Stoller, o crescimento de setores cobertos de penugem é encorajado pelos núcleos [dos grãos] que foram quebrados e expostos que aumentam a disponibilidade de amido nas sementes [termo de micologia que se refere à um momento específico do cultivo comercial]. Trabalhando com o Agaricus brunnescens, Stoller notou que apesar do crescimento micelial ser rápido em níveis altos de pH (7.5) do que em níveis levemente ácidos de pH (6.5), a setorização é mais frequente. Ele descobriu que setores em grãos podem ser reduzidos evitando-se o uso de grãos "explodidos" [expostos] (uma consequência de água em excesso) e tamponando o pH a 6.5 usando uma combinação de giz (carbonato de cálcio precipitado) e gesso (sulfato de cálcio). Cultivadores comerciais de Agaricus à muito perceberam que o lento micélio algodoado é inferior ao crescimento rápido do micélio rizomórfico. Existe uma aparente correlação entre micélio algodoado no agar e as ocorrência posteriores de "estroma", um crescimento denso, como um tapete de micélio, sobre os casings que raramente produzem cogumelos.
Ainda mais, primordia formam-se frequentemente pelos rizomorfos orientados de forma frutífera [?] mas raramente entre um micélio algodoado disposto de forma somática. É de interesse mencionar que, sob um microscópio, as hifas de um micélio rizomórfico são mais largas e se dividem menos frequentemente do que a rede micelial algodoada."


Axei essa história de relação entre pH e crescimento rizomórfico bem confusa... afinal ele sugere cabonato ou sultafo de cálcio para tamponar o substrato e manter o pH em 6,5! Mas substâncias com certeza não iriam manter o substrato num pH abaixo de 7... ·¦?/°

como citado seria uma combinação dos 2 reguladores de pH

deve haver explicação para tal, o sulfato de cálcio deve agir diferentemente junto ao carbonato de cálcio como por si só
 
No meu primeiro cultivo me deparei apenas com o crescimento algodoado, mas ao ver cultivos como o do shroower, há a presença de crescimento rizomórfico no bolo e no terrário... será que estou fazendo algo de errado?

Fala Zed

Em minhas experiências, pude tirar algumas conclusões que podem lhe ser úteis:
existem variáveis que podem determinar o crescimento do micélio, além, é claro, da genética da strain.
Os ingredientes do substrato, a umidade, compactação, temperatura de incubação, podem interferir no crescimento do micélio. O melhor deles é o de aspecto rizomórfico, que avança mais rapidamente a superfície do substrato.

Agora, quanto a vc estar fazendo algo de errado, acredito que não, se conseguiu o 100% de colonização sem contaminações.

paz e luz
 
Eu não cultivo, eu apenas ouço falar do assunto numas festas por ai ...

Mas é só ler o fórum, muita gente já testou técnicas interessantes por aqui ...

Calimba disse:
Para cremogema um conhecido usa uma colher de café rasa para 450ml de trigo.

Boca disse:
Um amigo usa café puro mesmo, seco como ingrediente na mistura do substrato, e a receita ele mandou passar(eu confio hein!:pos:)
medida em copos de uísque:
(ingredientes preferencialmente adicionados nesta ordem)

3 copos vermiculita seca
1 1/2 (um copo e meio) de FAI (farinha de arroz integral)
1 copo e meio de AGUA
(homogeinize a mistura com um garfo até ficar bem soltinha)
2 colheres de chá de CREMOGEMA
2 colheres de chá de CAFÈ PILAO A VACUO FRESCO TORRADO E MOIDO
1 colher de chá de CALCAREO AGRICOLA(gesso, giz, ou qualquer outro corretor de ph)
(homogeinize a mistura com um garfo pra ficar bem soltinha)

rende 4 copos de uísque.

Beijos
 
Muito bem lembrado Emanuelle!!!

O uso de cremogema dá um plus no cultivo.

Particularmente, gostei muito de utilizar o cremogema em substrato a base de grãos de trigo e vermiculita. Os grãos são grandes, promovem bastante aeração, e os frutos crescem na lateral do bolo.

Muito bom!!!

paz e muita luz!:pos:
 
É verdade, esses algodões são dureza de frutificar.
Meu primeiro casing ficou cheio dessas nuvens que foram condensando mais e mais, até quase dar overlay. Não chegou a amarelar o mic, os frutos foram poucos e pequenos.
 
Recentemente, em minhas conversas com um user pelo MSN, apareceram algumas dúvidas.

Será que a aparição e predominância de um micélio se dá apenas por seleção? Por que não por indução?

Certo, em algumas situações, a condição do substrato parece realmente excluir um certo tipo de micélio: um substrato compacto vai dar vantagem ao algodoado, que precisa de menos espaço do que o rizomórfico. Uma camada de casing vai dar mais chance ao rizomórfico, que vai chegar primeiro.

Mas quando se fala em regulação de pH para predominância de micelio rizomórfico (Paul Stamets) e uso de cremogema (tão usado aqui no cm.org), como essas técnicas podem desencadear a seleção do micélio rizomórfico (ou a exclusão do micélio algodoado)? Não seria uma indução ao micélio algodoado TORNAR-SE rizomórfico?

Acho que o que falta muito na nossa "cultura" de cultivo de micélio é o setoriamento em ágar... isso faz com que a seleção genética não seja muito boa e que ainda tenhamos micélio algodoado em algumas substrains vindas de famílias pouco alteradas geneticamente.

Alguém já testou isolar micélio algodoado em cremogema, pra ver se nasce rizomórfico? ·¦?)·
 
Back
Top