Cacto, você chegou a fazer o download do arquivo que eu upei no meu último post? Então cara, relaxa. Lá, o Nichols coloca a palavra alucinógeno como sinônimo de psicodélico. Portanto, a escolha de qual palavra utilizar fica ao gosto de freguês, uma vez que ambas estão corretas por significarem a mesma coisa. No próprio artigo que você linkou, da wikipedia em espanhol, há o seguinte trecho: "Muchos autores (Ott, Escohotado) rechazan los términos psicodélico y psiquedélico por estar en exceso asociados con el uso de drogas visionarias en los años sesentas y setentas.". Compreende que vai depender da opinião do autor a palavra melhor a utilizar? Eu utilizei "alucinógenos" pois é mais comum no meio em que circulo, não por preciosismo de mestre (aff, eu poderia ter dormido sem essa, viu?). No fim das contas, nem eu estou errada nem você, estamos ambos corretos.
Quanto ao seu último post, a classificação do Delay não serve para essa nossa discussão específica, pelo seguinte: Dentro da classe dos modificadores teremos vários tipos diferentes de substâncias, e essa classificação une no mesmo saco os alucinógenos (ou psicodélicos, como queira) e os delirantes, por exemplo. Estimulantes compreendem anfetaminas, cocaína, etc. Nos depressores teremos opiáceos, benzodiazepínicos, etc. Uma vez que essa é uma classificação abrangente demais, acaba por ser desconsiderada quando queremos analisar uma classe separadamente, sacou? Ela tem um propósito, mas que não se aplica à esta discussão específica.
Bom... mal entendido desfeito, agora seja legal e faça as pazes com o Ecuador... hauauahuahuahau
Abraços!
Bele Naive, eu e o Ecuador não se grila não, até que em um ínfimo momento, logo no início a gente até que gosta de uma briga, mas depois volta tudo ao normal, kkkk, no final vai virando mais passa tempo, bom, pelo menos da minha parte.
Mas gosto dos teus posts e assim que gosto da discussão, com base, então é isso naive, estes termos estão surrados e para nós que gostamos das pesquisas (experiências), findamos carregando o fardo nas costas - este é o foco do que eu tentei passar - enfim, não curto o termo enteógeno, pq é tendencioso ao misticismo, alucinógenos, pq finda sendo confundido com meio mundo de coisas (vide bulas de medicamentos, como o próprio benflogim - tá lá nos efeitos colaterais, tátátátátás, causa
alucinação), também não curto o termo psicodélico, pq ficou marcado com o advento da geração hippie, paz e amor, enfim, a gente finda usando horas um, oras outro termo, pela falta mesmo de um que não estigmatize e que se contextualize com a discussão que esteja se desenrolando. Mas não curto nenhuma das classificações quando o assunto é pisilocibina, mescalina e dmt, discordo na hora, sempre, pena que não sou um Dr. para poder propor um e mesmo que o fosse, não ousaria.
As substâncias com ação mais específica nos receptores 5HT2 (parece-me que mais especificamente no 2A, mas tem novos sendo pesquisados né) não são especificamente alucinógenas (podem até provocar este estado em doses maiores), mas na verdade elas modificam os sistemas de percepção, não dá para dizer que nestes níveis (nas doses mais convencionais) o que percebemos seja irreal, pelo contrário, às vezes é até mais real, útil, prático e aplicável, pelo menos comigo, já cheguei inclusive a salvar vidas utilizando-me destes estados alterados de percepção, então como vou dizer que alucinógeno seja um termo convincente, mesmo em doses fortes, houveram percepções tão afinadas, tão precisas, que me serviram para obter resultados fantásticos nas mais diversas atividades acadêmicas, como também em concursos, como posso dizer que tais substâncias me deixaram vendo coisa que não existe?
Agora Naive, aproveitando que você já pesquisou a nível científico e voltando ao tema dos danos. Eu ando pesquisando a plasticidade neuronal, up-regulation, dawn-regulation (que tratam especificamente na variação da concentração de receptores na membrana sináptica). O que eu tento entender é se há riscos de desenvolvermos depressão, apatia, entre outros problemas, mas confesso que é um tema muito vasto e que no nosso dia-a-dia não acadêmico fica mesmo difícil. O que você sabe sobre isso? Será que estamos mesmos tão seguros? Mesmo pq, estes seriam danos reversíveis, mas a coisa não é tão simples, só pq é reversível, (concorda?), depressão é coisa muito ruim.
Ainda não baixei a monografia não, vou baixar agora, mas acho que já há li, antes de entrar para o fórum, vou baixar para conferir.
Grande abraço, há sim, gostei mesmo de você ter voltado a postar, era você que eu estava aguardando, afinal, não é todo dia que esbarramos com um Mestre nesta área, inda mais falando português, bele.