Olá a todos do CM
Estou iniciando agora o diário do meu 7º cultivo.
Falo 7º com cara de 1º por que os seis anteriores não deram muito certo. Descrevo abaixo as falhas em todos.
No 1º (PESA e Thai) os milhos do fundo queimaram e o restou ficou muito seco; tentei injetar água esterilizada mas acabou contaminando.
Segue link dos diarios de cultivo acima.
https://teonanacatl.org/threads/pesa-e-tai-koh-samui-1º-cultivo.2671/
No 2º (PESA e Thai) consegui passar da fase do spawn e usei a técnica do balde; o PESA não deu certo e o Thai deu uma meia duzia de cogus, conforme foto anexa. Especulo que foi devido à temperatura (moro em Belém do Pará; a temperatura dentro da minha casa fica em cerca de 30 graus durante o dia e chega a uns 28 à noite).
No 3º (PESA) tentei usar a técnica do cesto de roupa suja que vi em um video gringo achando que poderia vencer a questão da temperatura; o problema foi que usei pouco spawn e acabou contaminando.
Cabe ressaltar que no segundo usei uma quantidade pequena de palha de milho; já no terceiro usei praticamente só palha de milho misturada com um pouco de esterco. Foi bom pq o micelio aparentemente gosta da palha e avança rapidamente sobre ela. O problema é que é meio trabalhoso o processo de tratar e cortar a palha.
No 4º, 5º e 6º tive problemas ainda na fase de spawn devido a uma cultura liquida que ganhei de um amigo que estava contaminada com trichoderma.
Durante essas tentativas usei diversos spawns: milho, trigo, trigo com alpiste. Não gostei muito do milho pois parece que aquela peliculazinha que o envolve atrasa um pouco o avanço do micelio. Preferi o trigo pois ele fica bem mole e sua pelicula é mais fina, além de muitos grãos se romperem durante a preparação, expondo seu interior.
Esse meu 7º por outro lado, está aparentemente caminhando bem.
15/07/08 - Preparei duas seringas de 20ml com um big carimbo; guardei uma seringa na geladeira. A partir do segundo cultivo comecei a usar 4 potes de vidro com tampa de Polipropileno no lugar dos copos de uísque. Achei melhor pois não carecia de diversos lacres de papel aluminio. Fazia apenas um furo na tampa levemente enrroscada e colocava um lacre solto em cima da tampa e mandava pra panela de pressão.
Contudo, neste último cultivo resolvi fazer um teste: aumentei o buraco da tampa para um pouco mais que o diametro de uma caneta bic e tapei 2 com lã acrilica e 2 com micropore. O spawn utilizado foi trigo integral e um pouco de alpiste que tinha por aqui.
Ocorreu um problema. Dois potes, um com lã a crilica e um com micropore, estouraram durante a esterilização (creio que por terem sido utilizados diversas vezes) sendo que os outros dois trincaram.
16/07/08 - Inoculei à noite; 2,5 ml para cada pote. Guardei o resto da seringa na geladeira. O micropore do pote ficou um pouco úmido ao sair da panela, mas nada que prejudicasse. Após a inoculação, sequei o micropore com um papel levemente umidecido em alcool e coloquei mais 3 camadas de micropore por cima previamente esterilizadas com lsol.
Pelo fato da agulha ser pequena, boa parte dos esporos ficaram na lá acrilica do segundo pote, quando precebi tive que entortar um pouco a agulha para conseguir chegar no spawn.
Fora esses imprevistos; no dia 20 à noite fui verificar e eles estavam com as fotos lá embaixo.
Em apenas 4 dias o micelio tinha tomado quase todo o spawn, conforme as fotos abaixo. A circulação de ar mostrou-se fator essencial no rápido desenvolvimento do micelio. Balancei os potes (com alguma dificuldade pois os grãos estavam bem unidos pelo micelio).
23/07/08 - Pasteurizei o substrato (1 parte de esterco de cabra para uma parte de pó de coco + 1 colher de sopa de pó de concha para cada balde).
24/07/08 - Misturei o spawn ao substrato. Um balde para cada pote. Fechei cada balde com três toucas daquelas de enfermeiro, visando uma melhor areação do substrato.
Essas toucas são feitas de polipropileno. Fiz um teste: coloquei um copo de água em uma delas e pra minha surpresa a água não vazou. creio que pela tensão superficial da água. vamos ver se ela consegue manter o ambiente úmido.
27/07/08 - Fui verificar os baldes e para a minha surpresa (novamente) a superficie estava cem por cento colonizada, em apenas 3 dias.
28/07/08 - Preparei dois tipos de casing: um em proporção de 1:1 de vermiculita e pó de coco e outro de vermiculita e terra vegetal. Acrescentei também em cada um uma colher de chá de café e a mesma quantia de pó de concha. Coloquei um tipo em cada balde.
Novamente esqueci de tirar fotos.
30/07/08 - Já vejo o micélio subir pelo casing bem rizomorfico. Interessante que o micelio que estava em cima do substrato, antes de colocar o casing, era bem algodoado, apresentando rizomas apenas pelas paredes do balde. Creio que deve ter sido efeito do café, que não foi acrescentado ao substrato, mas o foi ao casing.
Mas estou com uma dúvida. dou o cold shock em que momento, quando o micelio tiver tomado 100% do casing ou menos? posso colocar no ar condicionado?? quantas horas são suficiente? 6 ou 12? qual a temperatura ideal do cold shock?
Já agradeço a todos de antemão pelo auxilio que com certeza vou receber durante este cultivo.
Estou iniciando agora o diário do meu 7º cultivo.
Falo 7º com cara de 1º por que os seis anteriores não deram muito certo. Descrevo abaixo as falhas em todos.
No 1º (PESA e Thai) os milhos do fundo queimaram e o restou ficou muito seco; tentei injetar água esterilizada mas acabou contaminando.
Segue link dos diarios de cultivo acima.
https://teonanacatl.org/threads/pesa-e-tai-koh-samui-1º-cultivo.2671/
No 2º (PESA e Thai) consegui passar da fase do spawn e usei a técnica do balde; o PESA não deu certo e o Thai deu uma meia duzia de cogus, conforme foto anexa. Especulo que foi devido à temperatura (moro em Belém do Pará; a temperatura dentro da minha casa fica em cerca de 30 graus durante o dia e chega a uns 28 à noite).
No 3º (PESA) tentei usar a técnica do cesto de roupa suja que vi em um video gringo achando que poderia vencer a questão da temperatura; o problema foi que usei pouco spawn e acabou contaminando.
Cabe ressaltar que no segundo usei uma quantidade pequena de palha de milho; já no terceiro usei praticamente só palha de milho misturada com um pouco de esterco. Foi bom pq o micelio aparentemente gosta da palha e avança rapidamente sobre ela. O problema é que é meio trabalhoso o processo de tratar e cortar a palha.
No 4º, 5º e 6º tive problemas ainda na fase de spawn devido a uma cultura liquida que ganhei de um amigo que estava contaminada com trichoderma.
Durante essas tentativas usei diversos spawns: milho, trigo, trigo com alpiste. Não gostei muito do milho pois parece que aquela peliculazinha que o envolve atrasa um pouco o avanço do micelio. Preferi o trigo pois ele fica bem mole e sua pelicula é mais fina, além de muitos grãos se romperem durante a preparação, expondo seu interior.
Esse meu 7º por outro lado, está aparentemente caminhando bem.
15/07/08 - Preparei duas seringas de 20ml com um big carimbo; guardei uma seringa na geladeira. A partir do segundo cultivo comecei a usar 4 potes de vidro com tampa de Polipropileno no lugar dos copos de uísque. Achei melhor pois não carecia de diversos lacres de papel aluminio. Fazia apenas um furo na tampa levemente enrroscada e colocava um lacre solto em cima da tampa e mandava pra panela de pressão.
Contudo, neste último cultivo resolvi fazer um teste: aumentei o buraco da tampa para um pouco mais que o diametro de uma caneta bic e tapei 2 com lã acrilica e 2 com micropore. O spawn utilizado foi trigo integral e um pouco de alpiste que tinha por aqui.
Ocorreu um problema. Dois potes, um com lã a crilica e um com micropore, estouraram durante a esterilização (creio que por terem sido utilizados diversas vezes) sendo que os outros dois trincaram.
16/07/08 - Inoculei à noite; 2,5 ml para cada pote. Guardei o resto da seringa na geladeira. O micropore do pote ficou um pouco úmido ao sair da panela, mas nada que prejudicasse. Após a inoculação, sequei o micropore com um papel levemente umidecido em alcool e coloquei mais 3 camadas de micropore por cima previamente esterilizadas com lsol.
Pelo fato da agulha ser pequena, boa parte dos esporos ficaram na lá acrilica do segundo pote, quando precebi tive que entortar um pouco a agulha para conseguir chegar no spawn.
Fora esses imprevistos; no dia 20 à noite fui verificar e eles estavam com as fotos lá embaixo.
Em apenas 4 dias o micelio tinha tomado quase todo o spawn, conforme as fotos abaixo. A circulação de ar mostrou-se fator essencial no rápido desenvolvimento do micelio. Balancei os potes (com alguma dificuldade pois os grãos estavam bem unidos pelo micelio).
23/07/08 - Pasteurizei o substrato (1 parte de esterco de cabra para uma parte de pó de coco + 1 colher de sopa de pó de concha para cada balde).
24/07/08 - Misturei o spawn ao substrato. Um balde para cada pote. Fechei cada balde com três toucas daquelas de enfermeiro, visando uma melhor areação do substrato.
Essas toucas são feitas de polipropileno. Fiz um teste: coloquei um copo de água em uma delas e pra minha surpresa a água não vazou. creio que pela tensão superficial da água. vamos ver se ela consegue manter o ambiente úmido.
27/07/08 - Fui verificar os baldes e para a minha surpresa (novamente) a superficie estava cem por cento colonizada, em apenas 3 dias.
28/07/08 - Preparei dois tipos de casing: um em proporção de 1:1 de vermiculita e pó de coco e outro de vermiculita e terra vegetal. Acrescentei também em cada um uma colher de chá de café e a mesma quantia de pó de concha. Coloquei um tipo em cada balde.
Novamente esqueci de tirar fotos.
30/07/08 - Já vejo o micélio subir pelo casing bem rizomorfico. Interessante que o micelio que estava em cima do substrato, antes de colocar o casing, era bem algodoado, apresentando rizomas apenas pelas paredes do balde. Creio que deve ter sido efeito do café, que não foi acrescentado ao substrato, mas o foi ao casing.
Mas estou com uma dúvida. dou o cold shock em que momento, quando o micelio tiver tomado 100% do casing ou menos? posso colocar no ar condicionado?? quantas horas são suficiente? 6 ou 12? qual a temperatura ideal do cold shock?
Já agradeço a todos de antemão pelo auxilio que com certeza vou receber durante este cultivo.