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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Multiplas consciências, metade animal e metade humano e a consciência da Deusa dentro de mim

"E eu pensava que eu estava completamente louca e que nunca mais eu iria voltar ao normal e que eu iria morrer, pois eu tinha estragado meu coração com os cogumelos, e eu pensava que eu não queria morrer".
Procure ficar mais tranquila, Nephts, você sempre vai voltar da trip. Acredito que sua dor no peito foi fruto de sentimentos e angústias guardados e que com os sagrados, sua sensibilidade se aguça e é hora de você respirar e lidar com eles. Adorei seu relato, o misticismo dentro de você foi muito bem descrito e a essência do enteógenos é essa, imaginar, pensar e sentir coisas que jamais aconteceriam em nosso estado normal de consciência.:)
 
Belo relato!!! Mas só pra saber, qual foi a quantidade de cogu que voce ingeriu??
 
Ai foi o começo da bad. Eu tentei não ligar para a dor, continuei com as múltiplas consciências, mas a dor não melhorava e eu comecei a ficar assustada, eu não conseguia entender o porquê daquela dor. E eu pensava que eu estava completamente louca e que nunca mais eu iria voltar ao normal e que eu iria morrer, pois eu tinha estragado meu coração com os cogumelos, e eu pensava que eu não queria morrer.
Olhei no relógio e já eram 23 horas e eu comi os cogus antes das 19 e pensei que naquela altura os efeitos já deveriam ter passado (pois da primeira vez durou apenas 3 horas). Ai eu tirei os fones, e levantei cambaleando, eu estava com muito medo. Foi ai que começou o ataque de pânico..

HAHAHAHA! Nesta parte não me aguentei ...ri muito kkkk

Acho que trip (aprendizado) boa é assim, quando a bussula do barco escapa de nossas mãos e cai no fundo do mar do infinito... e a onda nos leva com força, hora na direção das pedras, hora na direção do mar,.... e agente fica a deriva por conta do cogumelo e suas tempestades de omoção num mar mistico e selvagem, sem saber ao menos o que fazer pra retomar o controle do cérebro e da mente racional... a Magica está nesta parte onde a minutos atraz estavamos confiantes e seguros e agora como um passe de magica estamos sem saber pra onde ir e achando que vamos morrer... é nessas horas que vem a maior parte do aprendizado ....kkkk

A dor física é multiplicada (uma vez senti uma dor tão horrível assombrosa mesmo no ombro inflamado que doia a meses , e nunca mais depois disso meu ombro doeu) entendo isso como um processo de cura físico-espiritual,

Acho que o maior aprendizado vem nessas horas , quando o cogumelo toma o timão da mão do marinheiro, e vira o barco na direção da tempestade onde se esconde nossos medos... ou seja quando o cogumelo toma o controle de nosso cérebro e passamos a não mais controlar a situação (atrip consiente) noto que neste momento o cérebro entra em desespero total como uma criança que faz birra no supermercado pra conseguir o que quer, e a mente racional começa a conspirar contra o cogumelo tentando retomar o controle, e a arma que a mente racional usa é o medo, .....tenta nos jogar contra o cogumelo nos dizendo que vamos morrer, e é dífícil não dar ouvidos uma mente racional que esta conosco falando o que é certo e o que é errado desde o dia em que nascemos neste mundo .


Gostei da parte da lagarta , das crianças e dos animais , também do gordinho do piano rs.... acho que aprendi umas coisinhas só de ler seu relato!
Linda Sua Experiencia !!!

(Se puder me responder 3 perguntinhas agradeço muito )
1) Você saberia dizer a Strain (raça) do cogumelo que vc ingeriu ?
2) Estava seco desidratado ou fresco ?
3) quanto pesava vc se lembra ? ou tantos cogu aproximadamente ingeriu caso nao tenha pesado, sete caso diga erãm grandes médios ou pequenos?
estas questões vão me ajudar a entender uma relação que venho tentando entender sobre dosagens, formas de ingestão e especies.

Mais uma Vez muito Obrigado por compartilhar seu relato conosco!
Foi muito rico pra mim seu relato e só tenho a lhe agradecer !
(reputação positiva pra vc !!! com louvor ! )
 
Última edição por um moderador:
a arma que a mente racional usa é o medo
O cérebro tem apenas duas respostas para a novidade: medo ou excitação. Medo de novidade não é conspiração do ego, "arma da mente racional" ou demais teorias conspiratórias nesse sentido, é só um mecanismo natural de defesa, uma vez que você só pode ter certeza de que o que está acontecendo não ameaça a sua vida depois que aconteceu várias vezes sem causar nada, e neste ponto já deixou de ser novidade e portanto não há medo. A outra opção, excitação com o novo, envolve um tipo de fé ou confiança de que você está seguro e que apesar da adrenalina e descontrole a experiência não causará danos , como se divertir numa montanha russa por exemplo. Quanto mais relaxa e confia que não há perigo real mais fácil transformar um estímulo amedrontador em algo mais divertido.
 
@!XaMaX! e @Visitante3102 eu consumi 3 gramas secos, eu havia só comido um pouco de arroz com tomate no dia, cerca de umas 2 horas antes, e tomei chá de gengibre antes para amenizar o estômago. Comi os cogus secos com um pouco de mel para amenizar o gosto. A strain eu não sei, mas posso tentar descobrir, e ai depois eu falo! Mas eram cogumelos bem pequenos, quase pins ainda.

@Visitante3102 fico feliz em saber que você gostou de meu relato, e aprendeu coisas com ele, muito obrigada pelo seu comentário e pela reputação!! ;)
 
Cogumelos Mágicos preenche requisitos para uma tese de mestrado no campo da psicanálise. Sejam todos à vontade para postar relatos.
 
@Psicogu,

E o quê isso tem a ver com este relato?

Acho que teses de mestrado em psicanálise relacionadas a cogumelos são um bom assunto, mas se quer discutir o tema, abra um tópico sobre.

E todos fiquem sim à vontade para postar relatos, desde que o façam em seus próprios tópicos e fóruns apropriados.

;)
 
A parte científica é muito chata :p Mas o efeito é que tudo no seu cérebro (processos mentais, pensamentos, memórias) se mistura, as barreiras caem (pré-conceitos, noções, princípios) e fica-se num estado muito sugestionável, ligeiramente dissociativo, onde os próprios pensamentos parecem verdades absolutas.

Espiritualmente você interpreta da forma que quiser (ou acontecer). O que se manifesta nas trips é resultado de como você interpreta as suas bases em filosofia, ciência, religiões etc. (ou na falta dessas bases, de seus medos e das coisas que você não entende).

O melhor a meu ver é deixar a ciência um pouco de lado, e partir para a experiência. Tenho a impressão de que quanto mais se conhece e entende o que acontece durante a trip, menos acontece durante ela :D
Basicamente, quanto mais você tiver enchido a sua mente com alguma coisa, maior a chance daquilo se manifestar durante uma trip... E assim voltamos ao eterno assunto do set & setting.


Acho que a questão é sobe o que se acredita realmente (ou até sobre aquilo que se tem dúvida...)

Muita gente acha ou diz que acredita em alguma coisa, mas no fundo não acredita em nada, ou em alguma coisa diferente.

Mas creio que não vai aparecer Buda, nem Maomé, nem o Nagual ( :giggle: ), se você nunca tiver ouvido falar deles (ou não o suficiente). Nesse caso a trip naquele ponto pode ficar sem uma direção... Mas a sensação de conexão, responsabilidade sobre ou de ter criado tudo o que existe é o fator comum, ao que parece.
Eu discordo que quanto mais se conhece sobre uma trip menos se sabe sobre ela, eu só acho que há muita variação e aprendizado de uma trip para outra, isso nos dá uma ilusão de saber menos quanto mais sabemos sobre mais o que tentamos aprender
 
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