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Multiplas consciências, metade animal e metade humano e a consciência da Deusa dentro de mim

Nephtys

Primórdia
Membro Ativo
23/04/2015
80
36
Avalon
Vou contar minha experiência de ontem (05/07/15 - domingo), que é minha segunda vez. Eu estava sozinha em casa e sabia que iria ficar sozinha por muitas horas, e eu esperei escurecer, pq queria ter a experiência no escuro. Passei o dia de jejum, e quando foi umas 17:30 eu comi um pouco de arroz com tomate. Por volta das 18:15, tomei um chá de gengibre com mel, pois tinha lido aqui no fórum que era bom para melhorar o desconforto estomacal, e realmente foi bom, diminuiu as náuseas e eu consegui ficar deitada (na primeira experiência meu estômago doía bastante deitada, e desta vez não). Às 18:30, invoquei a Deusa Néftis e pedi para ela me acompanhar e me guiar e me mostrar as coisas que eu queria/precisava ver, e comi os cogumelos por volta das 18:50, com um pouquinho de mel para disfarçar o gosto horrível. :drepessivo:

Como meus vizinhos são barulhentos, eu fiz uma playlist de Nocturne, do compositor Chopin. e deitei na cama. O efeito bateu bem rápido, parecia que minha cama tinha vida, eu sentia ela se mexer e quando levantei para ir no banheiro, as manchas da parede do banheiro já estavam dançando freneticamente:brincalhao:.
Voltei para a cama e me entreguei à experiência. Era como se a música de Chopin desenhasse a história para mim, era como um imenso jardim, cheio de verde e de flores que iam crescendo e brotando, mudando sempre de forma de acordo com a música. :espiao:

E eu estava sentindo o frio habitual, apesar das duas cobertas sobre mim. E eu comecei a me sentir no útero da minha mãe, não da minha mãe humana, mas sim da Deusa. E eu senti a presença da Deusa, e eu perguntei pra ela o porque de tanto sofrimento... ai eu vi uma lagarta se esconder em um casulo numa árvore e se transformar em uma linda borboleta e ai eu compreendi.
E eu era um bebê, tinha a consciência de um bebê, eu era apenas inocência e não tinha maldade alguma :giggle:. Depois, eu virei uma criança pequena, uma menina de 3 anos, chamada Rebecca e eu tinha uma boneca e um vestido amarelo e eu tinha todo aquele fascínio que as crianças têm pelas coisas do mundo. Depois, eu virei um menino, pequeno também, e eu tinha outro nome, e gostava de outras coisas, gostava dos planetas, mas não me lembro do nome dele. Fiquei bastante tempo sendo criança, mudando de personalidade, de sexo e de idade, uma hora me lembro de me chamar André, um menino de 9 anos que gostava de cavalos.

E fiquei ali, vivendo muitas vidas, muitas consciências... Percebi que eu fui mais vezes homem do que mulher, mas poucas vezes mais. Fui uma índia chamada Jurema, e uma moça católica chamada Cecilia, que era virgem e inocente, também fui uma prostituta e dançarina francesa chamada Satine, que sabia enfeitiçar os homens.
Fui um domador de cavalos chamado Tiago, e fui um homem do deserto que sabia falar com as dunas! Fui um marinheiro, fui um guerreiro que sabia lutar de espada, uma espada curva que parecia de um corsário, e fui um pirata que se chamava Silas, e uma aristocrata loira chamada Silvia.
Eu fui um homem de circo, eu era trapezista e dava mil piruetas no ar.
Também fui uma moça triste de cabelos pretos e longos que vivia presa em uma torre de castelo, minha mãe tinha morrido e eu morava só com meu pai, mas ele quase nunca subia na torre, acho que não gostava de mim, eu era prisioneira. Eu fui um tocador de piano gordinho, e essa parte foi muito engraçada, eu me achava muito engraçado, pois eu tocava em um bordel e era amigo das prostitutas, e eu ria. Eu fui uma sábia velha, eu era muito velha e eu sabia todas as coisas. E fui também um sábio oriental... Nem todas as consciências tinham nome, algumas tinham e eu não lembro, e outras simplesmente não tinham nome, era apenas a identidade, mas eu sabia a cor da minha pele, cabelos e as vezes sabia a região em que eu morava, pois eu via o cenário em que eu estava. :ler: Eu fui o filho de um imperador, e em outra vida fui orfão, minha mãe tinha me abandonado e eu sentia a dor profunda do abandono, em criança e depois em adulto.

Também fui animais, macho e fêmea... Eu fui uma leoa branca e também uma leoa de cor normal, e eu corria e corria pela savana. Eu agitava meus braços no ar e eram minhas patas correndo. Também fui uma puma fêmea, e essa foi a que eu vivi mais tempo, e gostei mais, e eu brandia minhas garras no ar.
Fui um elefante dançarino, todo enfeitado, mas não lembro se era macho ou fêmea. Fui um gato cinza macho, e eu sabia tocar piano. E fui um coelhinho macho, e fiquei mordendo meu dedo para afiar meus dentes. Também fui um outro animal marrom, e fiquei rosnando, mas não me lembro qual era o animal... Fui um tigre macho e depois uma tigresa... inclusive na hora que começou a dor no peito (que eu vou contar mais pra frente), eu era o tigre que tinha sido ferido no peito por lança... eu tbm tive asas e voei bem alto.
Eu fui novamente leoa, e eu sentia toda minha voracidade e meu instinto de proteger meus filhos, e sentia toda a dor de perder estes filhos, eu arranhava minha barriga com as minhas garras, pois era dali que tinham nascido meus filhos.

Eu fui um edifício redondo, todo feito de aço, como um grande estádio.
Eu fui as águas, eu fui as montanhas, eu fui o ar, as algas do oceano... Eu fui a terra viva, eu fui a semente que germina e brota.
Eu fui a árvore da casca mais dura, pois eu era a Mãe e precisava ser forte e sustentar o mundo com meus frutos.
E então, eu encontrei a Deusa, Ela entrou dentro de mim, eu era Ela, eu tinha a consciência dela, ela me possuiu completamente.
Eu era a própria Deusa, eu sentia o meu amor pela humanidade e pela natureza, que era a minha criação. Eu era a Grande Mãe, aquela que sustentava o mundo com meu amor e minha vontade, e eu era forte pois os meus frutos sustentavam a vida no mundo, e eu abri os braços e derrubei minhas sementes para abençoar a terra. Eu estava grávida do mundo, e meu era todo o poder da vida. Eu era arquiteta do universo (me lembro bem desta frase).

Depois, voltando na parte dos animais, teve uma hora que eu senti uma dor muito forte no peito, eu achava que meu sutiã estava apertando, eu soltei, mas não adiantou. E ai nesta hora eu era o tigre macho que levou um ferimento de lança no peito e começou a sangrar. Ai eu imaginei que meu coração estava preto e ficando podre e fraco e eu iria morrer. Ai foi o começo da bad. Eu tentei não ligar para a dor, continuei com as múltiplas consciências, mas a dor não melhorava e eu comecei a ficar assustada, eu não conseguia entender o porquê daquela dor. E eu pensava que eu estava completamente louca e que nunca mais eu iria voltar ao normal e que eu iria morrer, pois eu tinha estragado meu coração com os cogumelos, e eu pensava que eu não queria morrer.
Olhei no relógio e já eram 23 horas e eu comi os cogus antes das 19 e pensei que naquela altura os efeitos já deveriam ter passado (pois da primeira vez durou apenas 3 horas). Ai eu tirei os fones, e levantei cambaleando, eu estava com muito medo. Foi ai que começou o ataque de pânico.

Eu queria pedir ajuda, vim aqui no fórum, mas eu não conseguia abrir um tópico novo, pois eu não sabia mais! :eba: Ai postei no tópico que tinha feito aquele dia, dizendo da dor e que eu estava com medo:
https://teonanacatl.org/threads/em-busca-de-respostas.11233/#post-162328

Chamei meu amigo que me acompanhou da outra vez no face, mas ele não respondeu. Fui lá fora, estava frio, mas eu estava com calor, pq estava passando mal, pensei que fosse desmaiar. Eu não tinha pra quem ligar, liguei pro meu ex-namorado (que ainda ficamos de vez em quando - e tínhamos ficado no dia anterior). Ele foi super grosso comigo, era melhor ter ligado pro capeta(n) pq ele é totalmente contra os cogumelos, ele acha que é droga e não entende o sentido místico, xamânico e de cura dos sagrados. Fiquei um tempo sentada no degrau das escadas, passando mal, o corpo todo formigando, e tentando atinar o que eu iria fazer da minha vida para não morrer, pq eu não podia contar pro meu pai o que eu tinha feito, eu fiquei tentando me acalmar e pensando que um dia isso ia passar.

Ai voltei para casa, e o @Salaam`aleik falou comigo no tópico e me tranquilizou. E meu amigo que me acompanhou da outra vez me ligou e ficou conversando comigo, e eu comecei a falar e contar as coisas que eu tinha visto desesperadamente. A dor ainda estava forte, mas eu estava voltando à consciência normal.
Por volta das 00:30, meu pai chegou em casa e eu tinha que fingir que estava normal né, mas ai eu já estava melhor, apesar da dor no peito (que inclusive ainda está doendo, mais de 24 horas depois). Fiquei por bastante tempo na internet, comi arroz e tomate de novo, e depois quando finalmente deitei, as imagens das personalidades voltaram, mas com menos intensidade, então eu coloquei a música de novo, e fiquei em um estado onírico, meio de sonho acordada, mas não me lembro de nada. Mas eu percebi que a música acelerava muito o meu coração, então achei melhor parar, só que isso já eram 04 da manhã e eu finalmente fui dormir.

Eu não sei se estas vidas que eu vivi foram lembranças de outra vida, pode ser que sim e pode ser que não. Assim como os animais que eu vivi, que não sei se eram partes do meu animal guardião, apesar de ele ter se mostrado como urso para mim, desta vez não fui um urso.
Mas eu entendi a onipotência e a onipresença da Deusa, entendi como ela consegue ser tríplice, jovem, mãe e avó. Entendi como ela pode ter mil nomes e mil rostos e ainda assim ser apenas uma, pois eu vivi isso. Para mim, a Deusa entrou em mim, com todo o seu poder, e eu fui Una com a consciência Dela, pois naquela hora que eu relatei, meus pensamentos e sentimentos, eram os sentimentos e palavras Dela. Foi uma fusão total de consciência, de alma e de espírito, foi lindo e foi intenso.
 
Última edição:
Nossa, que experiência incrível! Quanta coisa, quantas consciências você foi.

Essas vidas, essas lembranças, coisas e animais, são aquilo em que você acredita, aquilo que faz parte de você, antes, agora e depois.

Parece que encontrou as respostas que procurava, né? Você e sua Deusa, uma só... Enteogenia pura! Parabéns! :)
 
@Salaam`aleik foi incrível mesmo! Eu encontrei algumas respostas que eu procurava, e outras que minha mente consciente nem pensava. Por exemplo, eu sempre fui uma pessoa extremamente carente, e nunca soube de onde vinha essa carência. Eu sempre brincava com a minha mãe, dizendo que eu tinha sido abandonada na vida anterior e ela ria e dizia que se eu fui abandonada, não tinha sido ela quem abandonou. Eu tive a melhor mãe do mundo por 22 anos, fazem 7 anos que ela faleceu, que sempre me deu todo o amor e carinho imensos. Mas mesmo assim, eu sempre tive essa carência absurda, essa sensação de ter sido abandonada.

E durante uma dessas vidas que eu vivi na trip eu fui um garoto que morava num orfanato, que nunca tinha conhecido minha mãe, pq ela havia me abandonado. E eu senti muito profunda esta dor do abandono e de não saber quem era minha mãe, e passei de garoto a homem e a dor era a mesma. E eu só me lembrei deste fato hoje, na hora que eu estava escrevendo o relato e ai lembrei desta cena. Acredito que isso pode ser uma memória da vida passada, o que explicaria muito da minha vida atual.

Em relação à Deusa, foi a coisa mais incrível que já aconteceu. Li em um relato seu que você viveu algo parecido, que também compartilhou a consciência de Deus, que vc percebeu que vc era Deus, então vc deve entender o que eu senti! :love::cry:
 
Em relação à Deusa, foi a coisa mais incrível que já aconteceu. Li em um relato seu que você viveu algo parecido, que também compartilhou a consciência de Deus, que vc percebeu que vc era Deus, então vc deve entender o que eu senti! :love::cry:
Sim, compreendo perfeitamente! :love:

Para mim este é o ápice da experiência enteógena... A separação e por fim religação com a existência superior e consigo mesma. E por fim a clareza com que vêm as respostas sobre essas questões internas que passamos, através de analogias.

Espero que te ajude a entender e a lidar com a sua perda, e quaisquer outras questões. Paz, e muita luz!
 
Uauuu!!! Show de bola hein @Nephtys ?!! Uma pena essa dor no coração ter atrapalhado sua trip... Mas pelo menos vc não morreu!!! Hehehehe.

Mto legal ler outros relatos sobre este tipo de expansão da consciência... Coloquei meu nick como gênio da lâmpada por este mesmo motivo, na minha primeira viagem com ayahuasca descobri, quando já estava bem perto do auge da experiência, que eu era meu amigo, e minha amiga, e eu podia ir intercalando e sentindo eles, e então passei a controlar o ambiente, e resolvi aumentar o meu tamanho e a intensidade das sensações... Me dei conta que eu era a pessoa que desejava, e era a consciência que concedia os desejos... Eu era o gênio da lâmpada!!!! Não tinha mais o que desejar, tudo estava ao meu alcance, eu era tudo, tinha realização total... Pouco depois disso recolhi tudo o que existia e comecei o universo do zero, simplifiquei e uni todas as coisas, passou a existir somente uma bola de luz que representava o amor e a gratidão dentro do espaço ilimitado e comecei a me expandir infinitamente num êxtase maravilhoso... Tudo isso vocalizado em alto e bom som pra sala inteira ouvir hahaha. Concordo plenamente com o @Salaam`aleik , pra mim este é o ápice da experiência enteógena! Meus parabéns!!! Nada como ter uma boa educação/filosofia para poder atingir tudo o que os enteógenos podem nos proporcionar!!!

A propósito, existe desperdício de cogumelos??? :)
 
@Genio_Lampada sim, que bom que não morri! HAUSHUASHAUSHASUA
que legal sua experiência, em alguns aspectos é bem parecida com a minha, e eu entendo perfeitamente a sua trip!
e a próposito: adorei seu nick! Eu AMO o gênio, e deve ter sido mto legal se sentir como um! :giggle:
E quanto ao desperdício de cogumelos, é que como eu não estava muito bem emocionalmente, fiquei com medo de "desperdiçar os cogumelos", na verdade seria desperdiçar a experiência, pois eu pensei que talvez não fosse bom fazer sendo que eu não estava em paz.

@Salaam`aleik sim, foi realmente o ápice, não houve na minha vida bruxesca nenhuma outra experiência, seja meditação, seja ritual com círculo mágico que me aproximasse tanto da Deusa assim a ponto de ser UNA com Ela!
Em relação as respostas (sobre aquele outro tópico Em Buscas de Respostas), sim eu consegui chegar a grandes conclusões e principalmente conseguir enxergar as coisas de uma forma muito mais pacífica e menos caótica. Na verdade, eu encontrei um ponto de paz no meio do caos. :musica:

Ah, e uma coisa que eu esqueci de contar, e me lembrei só hoje: eu também fui o Fauno, do Labirinto do Fauno!
ahsuashauhas
 
Última edição por um moderador:
Relato muito interessante, Nephtys. A energia de Néftis, irmã de Ísis, esposa de Seth, nos leva a vivenciar o mais profundo. Teu relato me fez lembrar do conceito xamânico de ponto de aglutinação (uma espécie de "dial" da percepção) apresentado pelo escritor Carlos Castaneda, onde cada personalidade que você vivenciou pode expressar uma determinada posição do ponto de aglutinação. _/\_.
 
Muito interessante @Sidarta !! Pode me recomendar algum livro que trate deste assunto??

Sim, eu adoro a energia de Néftis, tenho muita afinidade com Ela! :love: E Ela sempre me ajuda quando eu mais preciso... amo-a demais!
 
Sim, estes são os livros de Carlos Castaneda, ele fala mais sobre o ponto de aglutinação no Fogo Interior, mas para ter um entendimento completo é aconselhável lê-los na ordem, a seguir:

01 - Os ensinamentos de Don Juan
02 - Uma estranha realidade
03 - Viagem a Ixtlan
04 - Porta para o infinito
05 - O segundo círculo do poder
06 - O Presente da Águia
07 - O Fogo Interior
08 - O Poder do Silêncio
09 - Arte do Sonhar
10 - Roda do Tempo
11 - Passes Mágicos
12 - O Lado Ativo do Infinito

http://www.4shared.com/folder/bBLmPV4F/Carlos_Castaneda.html

obs: se tiver afinidade com o caminho que ele apresenta nos livros a leitura atenta destes livros por si só pode produzir uma mudança significativa na percepção ;-) Boa leitura!
 
Última edição:
Obrigada! Vou baixar todos!!
Ps: Carlos Castaneda era um ocultista? :huh:
 
Ps: Carlos Castaneda era um ocultista?

Depende.

Sugiro que busque Castaneda no Search ou Buscar do fórum.

E veja outras fontes. No youtube, procure por exemplo carlos castaneda bbc documentary.
 
@Nephtys e @Salaam`aleik

ao ler a conversa de vocês, sobre a consciência de Deusa, me fez lembrar de uma experiência que tive e nunca entendi muito bem o que ela significou. vou ser bem curto para não desvirtuar o post principal, porém gostaria da ajuda de vcs :facepalm:

é o seguinte: durante uma trip eu olhava para o céu, as nuvens, enfim, a paisagem toda e me sentia muito orgulhoso de tudo aquilo, e muito emocionado, como se eu tivesse algum mérito sobre aquilo, sei lá, como se eu que tivesse criado tudo. vocês acham que tem algo a ver, assim como a Nephtys sentiu a consciência da Deusa? grande abraço e desculpem por me estender demais
 
é o seguinte: durante uma trip eu olhava para o céu, as nuvens, enfim, a paisagem toda e me sentia muito orgulhoso de tudo aquilo, e muito emocionado, como se eu tivesse algum mérito sobre aquilo, sei lá, como se eu que tivesse criado tudo.
Sim, é bem por aí... Se sentir orgulhoso ou emocionado foi apenas a sua reação, mas o princípio é esse mesmo, a sensação de conexão com o todo, de ser o todo, de criar o todo.

A interpretação de cada um varia, mas parece que você quase tocou o divino. Quando, durante esse tipo de experiência, um se torna completamente consciente do fato, a enteogenia acontece. Você pode sentir deus, ser deus, criar (destruir) deus, ou alguma outra manifestação daquilo que há dentro de você. Ali você descobre em quê você acredita.



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é o seguinte: durante uma trip eu olhava para o céu, as nuvens, enfim, a paisagem toda e me sentia muito orgulhoso de tudo aquilo, e muito emocionado, como se eu tivesse algum mérito sobre aquilo, sei lá, como se eu que tivesse criado tudo. vocês acham que tem algo a ver, assim como a Nephtys sentiu a consciência da Deusa?

@Gui
SIIM, com toda a certeza! Na minha primeira experiência: https://teonanacatl.org/threads/exp...-com-os-deuses-a-natureza-e-o-universo.11119/ tbm tive uma conexão muito forte com algo superior, mas era uma energia muito velha e sábia, que não tinha rosto nem nome, e nem sexo, não era nem o Deus nem a Deusa, mas sim uma junção dos dois, era o que se chama universo, a fonte, a origem.

Eu gostaria muito de entender, científica e espiritualmente, o que os cogumelos tem que faz esta ponte entre os mundos, que nos faz acessar o divino.
E eu acredito que a forma de que o divino chega até vc, depende daquilo que vc acredita e depende daquilo que vc necessita.
Não vai te aparecer Buda se vc acredita em Maomé :contente:
Mas este divino sempre chega, de uma forma ou de outra, mesmo pq como eu aprendi em As Brumas de Avalon: "Todos os Deuses são apenas um Deus, e todas as Deusas são apenas uma Deusa". Por isso, para mim os cogumelos são sagrados. Pois eles trazem o sagrado até vc da forma mais simples e direta. E eles sabem exatamente aquilo que você necessita para seu crescimento e evolução.

Eu acho que de alguma forma, vc tocou essa consciência universal, criadora de todas as coisas e se fundiu com ela. Assim como eu me fundi com a Deusa. Para mim, não existe uma experiência mais profunda do que esta, que palavras humanas são reles para descrever.

@Genio_Lampada pq infelizmente? o_O

Ali você descobre em quê você acredita.

Ou quando vc já sabe no que acredita, como foi meu caso, você tem a prova de que aquilo que vc crê é real, que é vivo, pois vc está ali cara e cara com aquela verdade. :cry:


ps: aah desculpa moderação, esqueci de editar no mesmo post, desculpa mesmo.
 
Última edição por um moderador:
Eu gostaria muito de entender, científica e espiritualmente, o que os cogumelos tem que faz esta ponte entre os mundos, que nos faz acessar o divino.
A parte científica é muito chata :p Mas o efeito é que tudo no seu cérebro (processos mentais, pensamentos, memórias) se mistura, as barreiras caem (pré-conceitos, noções, princípios) e fica-se num estado muito sugestionável, ligeiramente dissociativo, onde os próprios pensamentos parecem verdades absolutas.

Espiritualmente você interpreta da forma que quiser (ou acontecer). O que se manifesta nas trips é resultado de como você interpreta as suas bases em filosofia, ciência, religiões etc. (ou na falta dessas bases, de seus medos e das coisas que você não entende).

O melhor a meu ver é deixar a ciência um pouco de lado, e partir para a experiência. Tenho a impressão de que quanto mais se conhece e entende o que acontece durante a trip, menos acontece durante ela :D
Basicamente, quanto mais você tiver enchido a sua mente com alguma coisa, maior a chance daquilo se manifestar durante uma trip... E assim voltamos ao eterno assunto do set & setting.

Não conte muito com isso.
Acho que a questão é sobe o que se acredita realmente (ou até sobre aquilo que se tem dúvida...)

Muita gente acha ou diz que acredita em alguma coisa, mas no fundo não acredita em nada, ou em alguma coisa diferente.

Mas creio que não vai aparecer Buda, nem Maomé, nem o Nagual ( :giggle: ), se você nunca tiver ouvido falar deles (ou não o suficiente). Nesse caso a trip naquele ponto pode ficar sem uma direção... Mas a sensação de conexão, responsabilidade sobre ou de ter criado tudo o que existe é o fator comum, ao que parece.
 
Porque as evidências apresentadas no documentário são contrárias à história do Castañeda.

Mas creio que não vai aparecer Buda, nem Maomé, nem o Nagual ( :giggle: ), se você nunca tiver ouvido falar deles
Na minha primeira trip eu vi um índio velho (uma imagem estática) que aparecia para mim como o topo da espiritualidade, como o "é isso aqui o que todos nós precisamos nos tornar", mas eu nunca estive envolvido com índios, xamanismo nem nada. Refletindo melhor sobre a experiência posteriormente entendi que ele era um excelente símbolo de todo o aprendizado que eu estava recebendo, era em uma única imagem, um montão de significados. Então às vezes podemos acabar criando algo que representa os ensinamentos e não necessariamente estas figuras conhecidas, mesmo se nós escolhemos conscientemente acreditar nelas. Minha trip mostrou-me meus valores profundos que eu próprio desconhecia, e eles fizeram muito sentido pra mim. Acho que esta é uma das grandes utilidades dos psicodélicos, revelar a nossa própria mente, amplificar aquilo que já existe dentro de nós para que possamos percebê-lo. Mesmo se depois descobrirmos que os pensamentos e reflexões feitos na trip são incorretos, pelos menos teremos oportunidade de corrigir algo que até então nem sabíamos que existia dentro de nós!
 
Muito legal sua experiência, eu tive uma experiência parecida, mas ao invés de ter me conectado com a mente de uma deusa/deus, eu me conectei com espíritos da floresta, fadas, gnomos, duendes, elementais e na parte mais intensa e que também foi a parte que foi uma espécie de cura, eu me conectei com seres extra terrestres
 
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