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Completo Meu tio Romero

Diário de cultivo completo.

Cygnus X 1

Cogumelo maduro
Cultivador confiável
21/01/2005
270
76
Este tópico é para discussão geral do diário "Meu tio Romero". Por favor, participe da discussão aqui.
 
Última edição por um moderador:
Perguntas

Mentor disse:
Esse é o primeiro flush? Quanto tempo demorou a colonização dos bolos? AH.... Alguma técnica usado alem da tradicional PF, tipo.. dunk, shock? O que você poderia contar para nos sobre a raça matias romero(é recomendado para aqueles que estão apenas inciando ao hobby?)?

Bem o Matias não apresentou até agora qualquer dificuldade no cultivo, o tempo de colonização de uma inoculação multi-esporos foi similar ao tempo do equador e gt, nada de especial nisto, o rizomorfismo nos impressionou, se isto repetir mais vezes então definitivamente é uma característica da raça, o flush (sim, foi o primeiro flush) tbm parece ser da mesma equivalência q os outros flushes de outras raças nas mesmas condições. Talvez possa ser enquadrado como uma raça boa para iniciantes pois não é muito fresca...

Os copos colonizaram em aproximadamente 2 semanas...

A única coisa q fazemos é realmente o cold shocking, nada mais...

A colheita foi farta e isto nos deixou bem felizes, esta é minha conclusão sobre o matias. :eek::

eveready 010 y colheita1.jpgeveready 011 colheita final.jpg

Mentor disse:
Bom saber que são facíl de serem cultivados e que possa ser uma ótima escolha para iniciantes.. vendo as últimas fotos bateu mais umas dúvidas cruel :D, quanto bolos foram feitos. Vc mencionou acima que
....inoculação 'multi-esporos'....
, não entendi bem o que vc quizer dizer com isso, poderia explicar com mais detalhes?

Bem, existem, agora no meu esquema, dois tipos de inoculação, de tecido de micélio vivo ou de esporos, a inoculação de esporos é o q os gringos chamam, com muita razão, de multi spore innoculation, o q quer dizer simplesmente o q o nome implica, uma inoculação q usa inúmeros esporos como veículo...

A diferenciação é importante por causa daquela conversa do post "o mito sobre linhagens e híbridos", dando uma lida lá dá pra entender bem o q quis dizer sobre variabilidade de produção de frutos...
 
Continuando com o post, um update... só q sem fotos...

os bolos já deram segundo flush... apenas alguns dos bolos de matias efetivamente deram cogumelos até agora, portanto estamos em um drama de não ter feito spore prints, normalmente são catados bem antes de esporularem ou abrirem o chapéu, mas sem problemas já q todos estes bolos (e vários outros potes prontos) foram inoculados com apenas metade de um print pequeno, original da fsre.


Neste ponto vou fazer um parentese para falar sobre uma idéia q estamos desenvolvendo, fazer spore prints em pedaços de latinha de refri ou cerva, vc corta os pedaços de latinha (as paredes ao redor da latinha, não o fundo), conforme o tamanho do print q quer, pressiona ele por um bom tempo para q fique retinho e depois vc faz o print diretamente em cima do metal ou em um papel alumínio colocado em cima do metal, isto facilita muito o processo de raspagem do print na hora de fazer as seringas de esporos, certos prints de alumínio ficam com os esporos muito grudados e de difícil raspagem ainda mais em um momento crucial como o de fazer seringas.

Então, uns três bolos (os menos rizomórficos, menos "cabeludos") parecem ser improdutivos mesmo, pelo menos retardados na produção, um dos cogumelos de um deles não esporulou muito o q nos leva à diversas conclusões: linhagem realmente improdutiva, raça de esporos descendente de clones, raça antiga demais, possíveis contaminações (não parece ser mas não sai da lista mesmo assim), e assim vai...
 
Mentor disse:
Neste ponto vou fazer um parentese para falar sobre uma idéia q estamos desenvolvendo, fazer spore prints em pedaços de latinha de refri ou cerva, vc corta os pedaços de latinha (as paredes ao redor da latinha, não o fundo), conforme o tamanho do print q quer, pressiona ele por um bom tempo para q fique retinho e depois vc faz o print diretamente em cima do metal ou em um papel alumínio colocado em cima do metal, isto facilita muito o processo de raspagem do print na hora de fazer as seringas de esporos, certos prints de alumínio ficam com os esporos muito grudados e de difícil raspagem ainda mais em um momento crucial como o de fazer seringas.

Parece ser uma ótima ideia essa de fazer os esporos em pedaços de latinhas, nunca tive a oportunidade de experimentar os esporos em alumínio mas sim aqueles que em papeis brancos, e tambem achei que os esporos ficam muito grudados e de difícil raspagem.

Si possível gostaria de ver algunas fotos de como ficam os esporos nos pedaços da latinha e qual cuidados, todos processo engiehnico que utilizou na preparação de tudo isso.

abraços

Dandy disse:
Cygnus, fizeste clones dos cogus dos bolos hiper rizomórficos? As fotos são mesmo :eek: Excelentes! Micélio com rastas hehehe

Já agora... quais as temperaturas do terrário? E qual o método de humidificação utilizado? (humidificador presumo)

Sim, fiz um clone do cabelo do matias sim, mas ainda não inoculamos ele...

O terrário fica no 25 Celsius até uns 30 celsius, por aí, não tenho termometro nem higrometro... para regular a umidade o esquema está nos períodos de umidificação conforme o timer ligado ao umidificador, quanto mais programas ou quanto mais tempo os programas permitirem maior a umidade... a condensação nos cabelos dos matias por exemplo é um bom indicador de umidade, como dá para ver pelas fotos rolam inúmeras gotículas pelo cabelo do bicho, no entanto não rolam poças ou qualquer umidade demasiada, note também q não usamos muita vermiculita nos bolos, apenas um pouco (digo isso pq vi no terrário do dandy q ele usa muita vermi ao redor e em cima dos bolos) para fazer o double ended casing (e fazemos isso durante o preparo do substrato tbm) ultimamente andamos na busca pela umidade mais apropriada para casings já q os bolos já foram gastos. Outro assunto pesquisado é qual o fluxo de umidade mais apropriado de acordo com o estágio do bolo, durante os flushs (pins já grandes) a gente bomba mais na umidificação e nos entreflushs diminuimos um pouco, iremos tentar o oposto tbm, assim como baixar a umidade geral e/ou aumentá-la. A troca de ar naquele terrário é constante pois tem um cano com um filtro nele usado como exaustor (tem umas telinhas verdes e de vez em quando um pano desses de limpeza como filtro, lembro-lhes q isto não é tão crucial assim, é bom se tiver muita umidade no ambiente pq aí escapa o excesso). O umidificador permite uma regulagem tanto de intensidade do ar como da umidade, então programamos ele para ficar definitivamente no ponto em q quase não vemos o vapor de água mas se colocarmos a mão sentimos o frio da condensação... acho q é tipo isso... são mundos e fundos o assunto de ajuste do umidificador.

Depois eu faço uma contribuição ao FAQ sobre o papo da latinha...

Lupa disse:
Cygnus, acho que terá melhores resultados alternando o método de humidificação (como disse que fará futuramente), aumentando a humidade nos entre flushes... pois é nesse momente que o micélio nessessita de mais água (acho eu), pois sua massa irá aumentar bastante (flushe), e como 90% da massa do micélio é água... chega-se à conclusão que os entre flushes são os momentos cruciais para à alta umidade.. pois nesse momento haverá um futuro aumento de massa significativo..
acho que um higrômetro irá ajuda-lo bastante no controle da humidade.. pois assim terá números.. fica algo mais exato.. inclusive para seus experimentos com umidade..

acho meio difícil toda a conversa de umidade pq eu já tive ótimos resultados justamente com baixa humidade nos entreflushes e alta durante os flushes...

posso argumentar sobre isso q os cogumelos chupam muita umidade do ar por si só, outra questão de extrema importância é q os pins não se formam em locais q foram "manchados" por excesso de água, então aumentar a dosagem de umidade iria formar mais condensação em prováveis spots de nascimento de primordia.

Meus experimentos com umidade TEM números, é o tempo regulado no timer... um higrometro só seria jogo se tivesse vários outros esquemas como memória de máx/min e o mesmo para temperatura

Dandy disse:
Cygnus, se puderes faz um post com uma foto do teu humidificador (se já a tiveres publicado indica-me a link).
Não tou a ter mta facilidade a encontrar humidificadores em portugal... ainda não procurei exaustivamente, mas os que vi são com vapor quente.. Tinhas-me falado num da Vicks, mas a vicks não tem humidificadores no mercado portugues (pelo menos segundo o que me consta).

Dandy, procure pelo vick's cool mist vaporizer, certamente existe em portugal, se não, não acho q terás problema em encomendar um de outro país europeu (tem Ebay na europa tbm né? então...).
 
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