Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.
Entendeu ou vai querer fazer auditoria da trip dos outros?
Mas voltando aos sacrifícios humanos, são uma face complexa e trágica das sociedades.
Eu vejo o sacrifício humano com uma variação da mesma opressão econômica que limita o nível de vida dos oprimidos e leva também ao aumento da mortalidade. Mas por outro lado é um ângulo bem diferente dessa opressão.
A própria democracia precisou de avanços sociais e econômicos antes de ser viável.
É de certa maneira um Estilo de Vida Profissional e/ou Coletiva que
pode nos inspirar a ver e praticar as coisas de outra maneira.
A humanização das pessoas
1) Já vai pra 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.
Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.
Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a
idéia seja brilhante e simples.
É regra.
Então, nos processos globais, causa em nós aflitos por resultados
imediatos, brasileiros, americanos, australianos, asiáticos, uma
ansiedade generalizada... porém, nosso senso de urgência não surte
qualquer efeito neste prazo...os suecos discutem, discutem, fazem "n"
reuniões, ponderações...
E trabalham num esquema bem mais "slow down"...
O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo
deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se
perde aqui...
E vejo assim:
1. o pais é do tamanho de São Paulo;
2. o pais tem 2 milhões de habitantes;
3. sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com
Curitiba que somos 2 milhões);
4. empresas de capital sueco: Volvo Scania, Ericsson, Electrolux, ABB,
Nokia, Nobel Biocare,... Nada mal, não?
Pra ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os
foguetes da NASA... Digo para os demais nestes nossos grupos globais:
os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos
salários...
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo,
que tenha mais cultura coletiva do que eles...
Vou contar para vocês uma breve só pra dar noção...
A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava
no hotel toda manhã. Era setembro, frio, leve nevasca. Chegávamos cedo
na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são
2000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no
segundo, no terceiro... depois, com um pouco mais de intimidade, numa
manhã perguntei: "vocês tem lugar demarcado para estacionar aqui?
Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro
lá no final..."
e ele me respondeu simples assim:
"é que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais
tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta.
Você não acha?"
Olha a minha cara!!! Ainda bem que só estávamos nós dois e deu para
entender que deveria rever meus conceitos antes de cometer outra gafe.
E vai por ai...
santa reviravolta, batman!Cada país tem o governante que merece (isso me parece cada vez mais verdade, porém cada vez menos importante).
santa reviravolta, batman!
o que nos ensinaram estava errado. Precisamos de menos e muito menos materialmente. Precisamos ser grandes e fortes só filosoficamente e espiritualmente falando.
Precisamos também voltar ao tempo em que se tinha mais tempo: quando se ia MAIS DEVAGAR.
que se dane o sistema. temos que nos resolver à sós. Cada um consigo mesmo. A maior guerra que se trava é aqui - na minha mente. Como posso adicionar algo de bom à chamada "sociedade" (hipocirisia se todos os seu membros não tiverem um objetivo, uma visão em comum) se dentro de mim mesmo existem os mais diversos conflitos, complexos, trauma, rancores? Como poderei ser isento pra contribuir (mesmo que a simples raiva e discordância já possa ser uma contribuição)?
Então o sistema é algo secundário. É um espelho, a sociedade é um espelho de todos e cada um.
Cada país tem o governante que merece (isso me parece cada vez mais verdade, porém cada vez menos importante).