- 23/01/2005
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Qual o real poder dos enteógenos? Até onde eles podem nos levar?
Essas questões provavelmente já povoaram a mente de muitos por aqui.
Ao ingerirmos tais substâncias naturalmente adotamos, totalmente ou pela maioria do tempo da viagem, uma atitude passiva. Deixamos que os fluxos passem por nossas mentes e corpos enquanto nossa mente racional, quando ainda presente, tenta alocar, organizar e gerenciar aquele fluxo (soou um tanto empresarial, mas vamos lá).
E se ao invés de ficarmos passivos passássemos a adotar uma atitude ativa durante a experiência?
E se a raíz do esquecimento pós-trip não estiver na nossa passividade? Pois a passividade nos deixa totalmente imersos no caos de pensamentos e sensações os quais nossa mente racional não consegue reter.
E se, sob os estados alterados, canalizássemos ativamente a nossa atenção sobre determinadas sensações, sobrenaturalidades, características, objetos etc.? O que aprenderíamos sobre nós mesmos e sobre o universo que nos circunda?
Atuar ativamente sob estado enteógeno não é assim tão fácil, na maioria das vezes exige uma força de vontade tremenda e uma luta constante para manter a concentração/atenção. É como andar na água, qualquer hora você pode afundar. As dosagens baixas são ideais para se começar a treinar a atenção.
O experimentalismo enteógeno pode acontecer da observação pelo indivíduo de alguma característica sua que esteja aumentada e de a partir daí focalizar sua atenção nessa característica. Por exemplo, ao focalizar a atenção sobre o aumento da destreza que ocorre em algumas pessoas nas experiências, pode-se descobrir ou compreender o que faz aumentar a coordenação motora e a visão espacial do corpo humano sob aquele estado, ou ainda aqueles sons que parecem surgir do nada e acompanham toda a viagem... o que são esses sons, a que eles podem nos levar ou o que podem revelar? Podemos ouvi-lo durante toda a experiência passivamente, mas podemos segui-lo e saber mais de sua natureza. O experimentalismo enteógeno pode surgir também de algum elemento que a pessoa traga para a experiência, seja um pensamento, um conhecimento ou qualquer outra coisa.
Por exemplo: na minha última experiência decidi descompromissadamente (ou talvez intuitivamente) entoar o mantra OM. Impressionante a sintonização que a mente entrou com o ambiente! A sensação do Todo/Uno é sentida quando se entoa o mantra. Tudo ao redor parece vibrar na mesma frequência do OM.
Acredito firmemente que a simples entoação do OM (AUM) acabe com qualquer bad trip. Acredito também que acabe com o caos instalado na mente, sobretudo no pico da viagem, trazendo o silêncio, a unicidade e a serenidade. Entoá-lo pode servir para se retomar a concentração caso a perca. Quem tiver a oportunidade faça o teste.
Na enteogenia temos muitas respostas sobre nós mesmos, mas existe um multiverso a ser vivido e descoberto.
A enteogenia abre campos inimagináveis para a experimentação da vida. A passividade é o não movimento, é a própria morte.
Essas questões provavelmente já povoaram a mente de muitos por aqui.
Ao ingerirmos tais substâncias naturalmente adotamos, totalmente ou pela maioria do tempo da viagem, uma atitude passiva. Deixamos que os fluxos passem por nossas mentes e corpos enquanto nossa mente racional, quando ainda presente, tenta alocar, organizar e gerenciar aquele fluxo (soou um tanto empresarial, mas vamos lá).
E se ao invés de ficarmos passivos passássemos a adotar uma atitude ativa durante a experiência?
E se a raíz do esquecimento pós-trip não estiver na nossa passividade? Pois a passividade nos deixa totalmente imersos no caos de pensamentos e sensações os quais nossa mente racional não consegue reter.
E se, sob os estados alterados, canalizássemos ativamente a nossa atenção sobre determinadas sensações, sobrenaturalidades, características, objetos etc.? O que aprenderíamos sobre nós mesmos e sobre o universo que nos circunda?
Atuar ativamente sob estado enteógeno não é assim tão fácil, na maioria das vezes exige uma força de vontade tremenda e uma luta constante para manter a concentração/atenção. É como andar na água, qualquer hora você pode afundar. As dosagens baixas são ideais para se começar a treinar a atenção.
O experimentalismo enteógeno pode acontecer da observação pelo indivíduo de alguma característica sua que esteja aumentada e de a partir daí focalizar sua atenção nessa característica. Por exemplo, ao focalizar a atenção sobre o aumento da destreza que ocorre em algumas pessoas nas experiências, pode-se descobrir ou compreender o que faz aumentar a coordenação motora e a visão espacial do corpo humano sob aquele estado, ou ainda aqueles sons que parecem surgir do nada e acompanham toda a viagem... o que são esses sons, a que eles podem nos levar ou o que podem revelar? Podemos ouvi-lo durante toda a experiência passivamente, mas podemos segui-lo e saber mais de sua natureza. O experimentalismo enteógeno pode surgir também de algum elemento que a pessoa traga para a experiência, seja um pensamento, um conhecimento ou qualquer outra coisa.
Por exemplo: na minha última experiência decidi descompromissadamente (ou talvez intuitivamente) entoar o mantra OM. Impressionante a sintonização que a mente entrou com o ambiente! A sensação do Todo/Uno é sentida quando se entoa o mantra. Tudo ao redor parece vibrar na mesma frequência do OM.
Acredito firmemente que a simples entoação do OM (AUM) acabe com qualquer bad trip. Acredito também que acabe com o caos instalado na mente, sobretudo no pico da viagem, trazendo o silêncio, a unicidade e a serenidade. Entoá-lo pode servir para se retomar a concentração caso a perca. Quem tiver a oportunidade faça o teste.
Na enteogenia temos muitas respostas sobre nós mesmos, mas existe um multiverso a ser vivido e descoberto.
A enteogenia abre campos inimagináveis para a experimentação da vida. A passividade é o não movimento, é a própria morte.