Seu comentário anterior deu a entender que você não afirmou que possa ter um uso espiritual (porém também não negou), parece que se esquivou... Não pareceu muito proposital na verdade. Me interessei em tirar a prova. Só queria saber se você acredita que, por exemplo, "ser possível utilizá-los como um indutor de um caminho espiritual para o indivíduo", independente de seus efeitos como "remédio mental-emocional".
É que o próprio termo espiritualidade já foi corrompido pelo uso da linguagem. Acaba se tornando complicado tratar do assunto.
Mas de modo geral e resumido, sempre digo que depende.
Em certo nível, eu acredito que talvez sim, os cogumelos e experiências alucinógenas possam ser usados no caminho espiritual. Como auxiliares no caminho, não como resultado final, assim como a meditação etc.
Mas no meu caso, os considero(os alucinógenos) mais como remédios mentais-emocionais mesmo, não como fonte de refúgio (do ponto de vista espiritual).
Até porque, eu estaria tomando refúgio no que exatamente? No cogumelo em si? Mas existem vários tipos de cogumelos, e a maioria nem é psicoativa.Talvez então seja na substância, ou talvez na experiência. Mas perai, a experiência é dependente, tem um início, meio e fim, ou seja é impermanente. Voltamos ao fato de não ser uma fonte digna de refúgio.
Mas nada disso quer dizer que cogumelos e experiências alucinógenas não sejam úteis em algum nível. Eu apenas prefiro não confundir as coisas.
Até porque o nível de auto engano e materialismo espiritual é alto nesses casos.
Ou seja, para mim não vejo como algo espiritual em um sentido verdadeiramente transcendental, que esteja de fato além daquilo que é composto, transitório e dependente.
Para mim, isso à que estou comparando é outra coisa.
Para outras pessoas, talvez não, então depende. E depende principalmente daquilo que cada um vê e considera ser "espiritual" e qual o objetivo desse caminho e resultado espiritual.
Acredito que o mais importante, é o indivíduo fazer a sua própria auto análise de tempos em tempos, e utilizar de honestidade para consigo mesmo e com aquilo que considera ter valor.