Finalmente resolvi mudar um pouco meus cultivos, mas desta vez pra reduzir ainda mais a complexidade do mesmo. E nada melhor pra isso do que entrar de cara na chamada Neglect Tek (técnica negligente) ou In Vitro Tek (técnica in vitro), em que se corta a fase do terrário, com a frutificação diretamente nos recipientes em que foram feitas as colonizações.
Foi a primeira vez em mais de um ano desde que me registrei que fui buscar informações fora do CM sobre cultivo. Quem sabe ao fim dos meus experimentos neste e nos próximos cultivos in vitro possa trazer aqui pra comunidade um novo tutorial completo sobre este tipo de cultura, que possui muitas informações detalhadas por aí.
Antes de iniciar a descrição do cultivo, vou colar aqui um trecho do texto "Cronologia dos Métodos de Cultivo" referente à primeira manifestação sobre cultivo in vitro por seu primeiro desenvolvedor, que a chamava de Mycro-tek:
Por última ressalva, espero me tornar o cultivador mais preguiçoso dessa nossa geração e chegar assim numa simplificação ainda maior, se isso for possível.
Agora ao cultivo...
Preparo do Substrato
Substrato padrão PF 2 volumes de vermiculita para 1 volume de água mineral e um volume de farinha de arroz integral (FAI). Primeiro se mistura a vermiculita com a água, e depois se adiciona a FAI. Depois preenchem-se os potes.
Potes utilizados daqueles de palmito, que possuem 500 ml de volume interno, deixando a metade ou um pouco mais de espaço livre após uma fina camada de vermiculita.
Esterilização em Panela de Pressão dois potes por PP, por 50 minutos após começar a apitar.
--> os quatro potes antes de irem pra PP. Na foto da direita, a fina camada de vermiculita que foi feita fina pra não prejudicar a pinagem.
--> manda pra PP. Dois potes pra cada PP, devido a serem leves e o nível da água não poder ficar muito alto, já que não tenho nada que adapte como suporte pra usar nas PP.
Inoculação
Local na boca do fogão.
Data 16/06/2016.
Strain Mexican Dutch King (MDK).
Seringa a mesma do Cultivo da Esperança #2, agora contando com 9 meses de vida. Foi totalmente utilizada.
--> todo o material que foi utilizado...
... com exceção do álcool 70% com que umedeci o pano que se passa na PP antes de abri-la, longe da boca do fogão, claro.
Tendo em vista o furo central nas tampas dos potes, utilizei-o para inocular:
--> no detalhe das fotos se vê o líquido da seringa descer pela beira do substrato. Em casos de furo central, basta inclinar a seringa e a pressão projetará a água em direção à parede dos potes. Em cultivo futuros pretendo pressionar a seringa enquanto giro o pote, para acelerar ainda mais a colonização.
--> os potes inoculados. Coloquei uma quantidade de micropore na lateral de cada um para diferenciá-los de 1 a 4. O furo central ficou tapado apenas com um micropore de textura mais de pano, menos plástico - o que acho que é a melhor opção quando se usa micropore para respiro.
--> finalmente pra incubadora com o resto da galera do cultivo anterior (Diário Completo #1), ainda em andamento.
Colonização
Como esperado destes MDK envenenados, a colonização se deu muito rapidamente. Eis como estavam apenas 5 dias depois:
E na data de 03/07/2016, apenas 18 dias depois, já tinham todos alcançado os 100% e alguns já quase consolidavam:
Retirada da Incubadora
Deixei mais 3 dias, e em 06/07/2016 dois dos potes já tinham pinado. O problema é que a luz da incubadora vem debaixo, então eles cresceram pra baixo. Meu plano era incentivar a frutificação pra cima, escurecendo os lados, o que inclusive não faz parte da In Vitro Tek original. De certa forma, isso me deixou feliz, porque então eu iria ter em dois potes a total experiência negligente do inventor da In Vitro Tek. Com isto, resolvi que dois dos potes ficariam sem qualquer escurecimento nas laterais, enquanto os outros dois teriam as laterais escurecidas pra incentivar a pinagem apenas por cima:
--> na esquerda os que pinaram na incubadora e ficarão sem escurecimento das laterais até o fim. Na direita, os que escureci as laterais.
--> os quatro potes após saíram da incubadora.
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E assim finalizou a primeira fase do cultivo negligente.
Como podem ver, as diferenças para a PF Tek são apenas duas até este momento:
Bem, a primeira colheita já ocorreu, e vou publicar na próxima postagem, em alguns minutos, o que se pode chamar de "linchamento de bolos" que pinaram contra o vidro e pra baixo...
Foi a primeira vez em mais de um ano desde que me registrei que fui buscar informações fora do CM sobre cultivo. Quem sabe ao fim dos meus experimentos neste e nos próximos cultivos in vitro possa trazer aqui pra comunidade um novo tutorial completo sobre este tipo de cultura, que possui muitas informações detalhadas por aí.
Antes de iniciar a descrição do cultivo, vou colar aqui um trecho do texto "Cronologia dos Métodos de Cultivo" referente à primeira manifestação sobre cultivo in vitro por seu primeiro desenvolvedor, que a chamava de Mycro-tek:
Eu descobri que é possível conseguir colheitas decentes de cogumelos de alta potência sem terrário, sem perlita, sem borrifar, sem ventilação, nada. “O que é mycro-tek?”, você pergunta. É essencialmente PF TEK pela metade. Bolos são feitos e inoculados como na PF TEK. Ao invés de incubar/colonizar no escuro, os frascos são expostos a luz durante todo o processo de colonização. Isto estimula a pinagem in vitro, normalmente quando o fresco já está completamente colonizado. Não existe o “aniversário”. Ao invés de ser aniversariado, e frutificado em terrário úmidos, os bolos são deixados nos frascos, expostos à luz, e mantidos aquecidos. Os pins continuarão a crescer tomando o formato do frasco. O fruto consegue crescer até que os chapéus comecem a abrir ou até que apareça algum sinal de danos aos pins. Então a tampa é removida, o bolo sacudido para fora, pins/cogumelos colhidos e os bolos retornam para os frascos para flushes adicionais. [http://mycotopia.net/archives/discus/messages/5/11718.html]
Por última ressalva, espero me tornar o cultivador mais preguiçoso dessa nossa geração e chegar assim numa simplificação ainda maior, se isso for possível.
Agora ao cultivo...
Preparo do Substrato
Substrato padrão PF 2 volumes de vermiculita para 1 volume de água mineral e um volume de farinha de arroz integral (FAI). Primeiro se mistura a vermiculita com a água, e depois se adiciona a FAI. Depois preenchem-se os potes.
Potes utilizados daqueles de palmito, que possuem 500 ml de volume interno, deixando a metade ou um pouco mais de espaço livre após uma fina camada de vermiculita.
Esterilização em Panela de Pressão dois potes por PP, por 50 minutos após começar a apitar.
--> os quatro potes antes de irem pra PP. Na foto da direita, a fina camada de vermiculita que foi feita fina pra não prejudicar a pinagem.
--> manda pra PP. Dois potes pra cada PP, devido a serem leves e o nível da água não poder ficar muito alto, já que não tenho nada que adapte como suporte pra usar nas PP.
Inoculação
Local na boca do fogão.
Data 16/06/2016.
Strain Mexican Dutch King (MDK).
Seringa a mesma do Cultivo da Esperança #2, agora contando com 9 meses de vida. Foi totalmente utilizada.
--> todo o material que foi utilizado...
... com exceção do álcool 70% com que umedeci o pano que se passa na PP antes de abri-la, longe da boca do fogão, claro.
Tendo em vista o furo central nas tampas dos potes, utilizei-o para inocular:
--> no detalhe das fotos se vê o líquido da seringa descer pela beira do substrato. Em casos de furo central, basta inclinar a seringa e a pressão projetará a água em direção à parede dos potes. Em cultivo futuros pretendo pressionar a seringa enquanto giro o pote, para acelerar ainda mais a colonização.
--> os potes inoculados. Coloquei uma quantidade de micropore na lateral de cada um para diferenciá-los de 1 a 4. O furo central ficou tapado apenas com um micropore de textura mais de pano, menos plástico - o que acho que é a melhor opção quando se usa micropore para respiro.
--> finalmente pra incubadora com o resto da galera do cultivo anterior (Diário Completo #1), ainda em andamento.
Colonização
Como esperado destes MDK envenenados, a colonização se deu muito rapidamente. Eis como estavam apenas 5 dias depois:
E na data de 03/07/2016, apenas 18 dias depois, já tinham todos alcançado os 100% e alguns já quase consolidavam:
Retirada da Incubadora
Deixei mais 3 dias, e em 06/07/2016 dois dos potes já tinham pinado. O problema é que a luz da incubadora vem debaixo, então eles cresceram pra baixo. Meu plano era incentivar a frutificação pra cima, escurecendo os lados, o que inclusive não faz parte da In Vitro Tek original. De certa forma, isso me deixou feliz, porque então eu iria ter em dois potes a total experiência negligente do inventor da In Vitro Tek. Com isto, resolvi que dois dos potes ficariam sem qualquer escurecimento nas laterais, enquanto os outros dois teriam as laterais escurecidas pra incentivar a pinagem apenas por cima:
--> na esquerda os que pinaram na incubadora e ficarão sem escurecimento das laterais até o fim. Na direita, os que escureci as laterais.
--> os quatro potes após saíram da incubadora.
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E assim finalizou a primeira fase do cultivo negligente.
Como podem ver, as diferenças para a PF Tek são apenas duas até este momento:
- Deixar um bom espaço no pote acima do nível do substrato pra dar espaço pros cogumelos - este é um adendo à Mycro-tek (a primeira Tek In Vitro), pois nesta os cogumelos crescem apertados entre o substrato e a parede do pote;
- Os bolos não são aniversariados após o fim da colonização, pois frutificação dentro dos potes.
Bem, a primeira colheita já ocorreu, e vou publicar na próxima postagem, em alguns minutos, o que se pode chamar de "linchamento de bolos" que pinaram contra o vidro e pra baixo...
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