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Completo Cultivo, do cultivador - 2ª temporada - carimbo próprio (B+), CL, milho, G2G, o terrário é o limite

Diário de cultivo completo.
Namastê :)

Iniciando hoje a 2ª temporada do Cultivo do Cultivador, a sua série favorita de cultivo! Onde o objetivo é errar, e os cogumelos são conseqüência :D

Dando continuidade à primeira temporada de cultivo, nesta vou usar um ou mais carimbos de produção própria, retirado(s) do meu cultivo anterior. Assim provando se estão viáveis e limpos, tornando o cultivo sustentável. E por enquanto mantendo a mesma strain (B+), afim de comparar os resultados obtidos.

O objetivo é pôr à prova as técnicas já utilizadas (seringa > PF > confecção de carimbo), além de acrescentar técnicas novas:
  • Novas receitas de bolos PF
  • Cultura líquida
  • Casing
  • G2G
  • Bulk, monotub e o que mais der (ou não)
A princípio, usei 1 dos meus carimbos, de 5 meses, para fazer 3 seringas e 1 copo de CL. Então usei 2 das seringas, para inocular outros 2 copos de solução para CL (os pequenos, abaixo).
CL_1019.jpg

Preparei 3 bolos PF, que serão inoculados com as seringas de esporos. Os bolos seguem a receita e medidas anteriores (padrão PF), com a única diferença de além de arroz, terem também a adição de Cremogema, 2 colheres de sopa para 1 copo de arroz. Mais tarde irei preparar outros bolos, que serão inoculados com a CL.

Também estou tindalizando milho, para o qual farei transferência de grãos, a partir de milho que já tenho colonizado, do primeiro cultivo.

Longa vida ao micélio! :D
 
Em incubação:

colonizando_404.jpg

- 3 PFs de arroz integral inteiro (receita padrão);
- 3 potes de milho inoculados através das CLs preparadas anteriormente:
  • Tindalização: 3 fervuras em intervalos de aproximadamente 24 horas. O milho foi colocado numa panela e coberto com água (da torneira mesmo), levado ao fogo até ferver. Assim que começou a ferver desliguei o fogo e deixei o milho de molho na panela com tampa, até o dia seguinte, trocando a água antes de ferver novamente.
  • Após as 3 fervuras, o milho foi retirado da panela, escorrido e colocado na geladeira para secar por 1 a 2 dias.
  • O milho seco foi colocado em potes e esterilizado na PP normalmente por 1 hora. Os potes foram inoculados com seringas de CL imediatamente após serem retirados da panela, já frios.
  • Em 2 potes usei as próprias tampas dos potes PP, e em outro fiz tampas de folha de alumínio, para comparar a vedação das tampas e a quantidade de água dentro dos potes após a esterilização em PP. O resultado foi similar.
  • Em 3 dias os potes já apresentam sinais do micélio nos grãos.
- 1 pote e 1 copo com receita PF de arroz + milho:
  • Após preencher os 3 potes PP de 500 ml, sobrou aprox. 100 ml de milho tindalizado e seco. Com 100 ml de arroz integral preparei uma receita PF padrão vermiculita + água + arroz (inteiro) na proporção 2:1:1 e acrescentei o milho. Após misturado e aerado foi o suficiente para preencher mais um pote de 500 ml e 1 copo de 250 ml, que foram esterilizados em PP por 1 hora.
  • O pote foi inoculado a partir de CL, e o copo com o restante de uma seringa de esporos já testada nos primeiros bolos.
 
Vamos ver o que temos aqui, hmm?

3 bolos PF no ponto...
3bolos_418.jpg

2 bolos de PF com milho indo bem...
2bolos_418.jpg

2 potes de milho ficando branquinhos...
2milhos_418.jpg

...apesar do começo da colonização, logo onde foi inoculado, ter ficado meio estranho, pois o milho escureceu...
2milhos_inoc_418.jpg

... e uma parte ainda não coberta de milho está meio verde, como se fosse brotar, apesar da esterilização...
milho_contraste_418.jpg
ou: -> :alien:
(nessa foto também é possível ver o contraste entre milho, micélio no milho claro e micélio no milho escuro)

O aspecto do milho parece ser devido aos potes terem ficado "molhados", apesar da secagem e da vermiculita no fundo...
PP_agua.jpg
Não descobri porquê, já que sequei o milho na geladeira, usei potes com tampa de PP e alumínio, com e sem suporte dentro da panela, com mais e com menos água. Todos os potes PP ficaram assim, principalmente depois que o micélio começou a "espremer" o milho. E a água não escorre bem para o fundo, como acontece nos vidros.

E um dos potes -> :alien:
verticillium.jpg
Verticillium spp. E o cubensis que acordou ali para lutar.
Foi inoculado a partir das mesmas CLs dos outos potes, mas com menos cuidado na tindalização do milho. (digamos que houve um pequeno acidente :huh: )

E por fim, brinquedo novo...
petri.jpg
Ho ho ho. Hora de aprender a fazer BDA :D
 
Eu tive ele nos bolos que frutificaram, e a minha teoria é que estava numa das seringas que usei. Ou estava no ambiente (e agora está, com certeza).

Como sempre vou observar como o cubensis se sai em território inimigo. Mas esse pote vai virar adubo, no máximo...
 
Namastê!

Nós vamos bem, obrigado :D
20150509_203940.jpg

Três bolos já até passaram da hora de aniversariar. Ainda não dei a luz a eles porque estou montando um terrário novo, maior e com ventilação automática e aquecimento, que está começando a ser necessário (com a chegada do inverno). Outros dois bolos acabaram de completar 1 mês, então todos devem ir para o terrário juntos.

E tem este aqui que está quase 100%:
20150509_204042.jpg
Branco e rosa, igual um doce de mocotó.

Não comecei com as placas de petri, porque ainda não consegui comprar ágar-ágar, para fazer o BDA.

Fora isso tenho CLs e seringas na geladeira, um estoque razoável de grãos (incluindo lentilha e alpiste), e estou coletando alguns materiais para substrato bulk. Mas antes de mudar o substrato ou o método, quero frutificar PFs, casings, e tentar trabalhar um isolamento.

Rumo ao 1 kg de cogumelo :D
 
Casa nova, mais espaço e conforto para a família! Amplo salão (0,2 m²) com bastante iluminação natural, ventilação, piscina com hidromassagem, e excelente vista para a área de serviço... :p

terrario_606.jpg

Bolos aniversariados após um dunk de +/- 16 horas, com e sem cold shock (2 sim 2 não).

O terrário é uma caixa de isopor 60 l, e tem 6 furos tampados com lâ acrílica, 2 maiores nos lados menores e em cima, e 4 menores nos lados maiores e embaixo. Na falta de uma tampa de vidro ou policarbonato, usei filme de polipropileno para churrasco, e fixei com fita crepe, porque ainda não fiz um buraco na tampa de isopor.

Está ligado com bombinha de ar, mas a pressão positiva não sai pela tampa de filme, dá para sentir o cheiro de cubensis pelos furos. Vou acompanhar os bolos, para ver se é necessário colocar argila expandida na caixa, ou se só a pedra de aquário no pote com água dá conta da umidade.
 
Muito bom Salaame' ahlelek, ficaram parecendo kibe crú! :troll::fome:
Qual a temperatura por ai? vai controlar de qual maneira?
 
Está por volta dos 25 °C, então não acho necessário controlar. Mas vou colocar um aquecedor de aquário com termostato, dentro de uma garrafa d'água, para o caso da temperatura cair muito (já que o inverno está chegando).

No começo parece kibe cru, depois vira "shimeji" ;):fome::eba:
 
Dois bolos pinaram, mas meio esquisito...

Ainda não acertei a mão no terrário novo. No começo deixei só com a bombinha de ar ligada 24 horas, num pote d'água. O terrário parecia úmido mas os bolos ficavam secos, então eu borrifava eles manualmente. Então percebi que o bolos não drenavam, ficaram encharcados. Tirei o pote d'água e deixei só a pedra no ar, e o terrário ficou úmido, com água no fundo porém os bolos secos novamente, o microclima não estava funcionando.

Eventualmente os bolos pinaram, mas os pins praticamente não cresciam, e quase abortaram. Quase.
Os chapéus chegaram até a começar a ficarem pretos. Coloquei argila expandida no fundo do terrário, parei de borrifar, e desliguei a bomba de ar. Deixei a coisa acontecer sozinha, como no terrário antigo. Os pins sobreviveram, mas começaram a crescer lateralmente ("engordar") e ficaram deformados, ainda com um aspecto de que poderiam abortar a qualquer momento.
bolo1_628.jpg

O outro bolo entretanto eu suspeitei que estivesse contaminado (achei que estivesse rosado demais) então deixei isolado no terrário antigo. Hoje não apresenta contaminação visível, embora o cheiro do terrário não esteja normal. Os cogumelos estão crescendo no ritmo normal, mas ficaram um tanto escuros.
bolo2_629.jpg

No terrário novo passei a usar a bomba de ar apenas 2 vezes ao dia, por 1 hora contínua, e no intervalo abano os terrários manualmente. Com o novo regime, parece que os cogumelos deformados ganharam vitalidade novamente... Os novos pins que estavam surgindo (mais embaixo no bolo), também parecem estar crescendo saudáveis e num ritmo normal.
bolo1_629_1.jpg
O intervalo de tempo entre esta foto e a outra, é de cerca de 30 horas. De ontem para hoje, ficaram ainda mais grossos. Parecem casinhas de Smurf :)

Enquanto isso, dos outros potes... O que estava contaminado, joguei fora com pote e tudo. Os demais viraram 2 bulks, um casing, e um PF casing. Devo aniversariá-los logo, e atualizo novamente em breve.
 

Anexos

  • bolo1_628_2.jpg
    bolo1_628_2.jpg
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Here's the story...

Com os potes colonizados, fiz casing.

Para o substrato usei pó de fibra de côco e terra vegetal com húmus, na proporção 1:1. Acrescentei água até o ponto padrão (fazer "shwish" ao apertar, sem cair água) e tamponei com 20 gramas de farinha de casca de ovo, misturando bem. Pasteurizei no microondas, aquecendo até cerca de 70 °C por 10 minutos, e aguardei resfriar.
substrato_bulk.jpg

O bolo PF de arroz + milho, colonizado em pote PP de 500 ml, virou um PF Casing. Coloquei o bolo inteiro dentro de um saco suportado por um pote (vaso), cobri com o substrato pasteurizado e fechei o saco. Deixei colonizar por 20 dias.
pppf_609.jpg pppf_609_2.jpg pppf_609_3.jpg

O milho colonizado eu separei em grãos, e enchi um outro saco + vaso com camadas alternadas de grãos e substrato, seguindo o mesmo processo.
bulk_609.jpg bulk_621_2.jpg

E com o que sobrou de spawn, fiz um casing simples, substrato + grãos + substrato.
becel_621.jpg
Porque faz bem para o coração.

Após 20 dias:

pppf_703.jpg
PF casing colonizado, então umedeci e comecei a fazer trocas de ar. Ainda não pinou.

O outro pote colonizou bem uniforme, parecia promissor. Ao aniversariar até adicionei uma camada bem fina de vermiculita, para umedecer e ver se incentivava a pinagem.
bulk1_703.jpg bulk1_703_verm.jpg
Mas, em 4 dias... :alien:
bulk1_cont.jpg bulk1_cont_zoom.jpg

Pela primeira vez, vi de perto o Trichoderma. Então me desfiz imediatamente do saco, que foi para o lixo, fora de casa. :cry:

Aniversariei também o pequeno casing, que já tinha até um cogumelo crescendo quando abri, assim:
becel_704.jpg

E hoje este mesmo cogumelo está se desenvolvendo. Por enquanto há pelo menos mais 2 pins (um no canto inferior direito, e outro rente embaixo, no centro), e talvez uma ou outra primórdia.
becel_707.jpg


Então ontem preparei mais 4 CLs, estou esterilizando e inoculando mais 6 potes de milho, e também vou fazer mais alguns bolos PF de arroz, mas com fibra de coco no lugar de vermiculita. Stay tuned! :D
 

Anexos

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O pote/saco com PF casing não deu certo... Mas foi bem além disso!

Não parecia contaminado, embora eu estivesse há uns dias começando a achar estranho haver sempre "terra" no saco plástico, mesmo depois de borrifar e aparentemente sem o saco tocar no substrato.

Achei que estava muito úmido. Então deixei o saco aberto por algumas horas (de um dia para o outro), coberto com uma touca cirúrgica.

Não deu outra... Quando vi, a tal "terra" (na verdade uma "areia", com tom entre rosa e marrom claro) havia se espalhado por tudo o que havia ao redor - o vaso, a touca, o terrário/caixa plástica que o vaso estava em cima, e até mesmo com compressor de ar e mangueiras que estavam próximos. :cartaovermelho: Estava até adentrando o terrário que estava embaixo, onde há apenas 1 dos bolos isolado.

Achei estranho, entretanto, os "grãos" de areia espalhados sem uma continuidade física, além claro do fato de serem grãos e não uma poeira fina. Algum tipo de colônias de leveduras ou bactérias, pensei. Também pensei, é claro: f*eu, contaminou a casa inteira...

Então comecei a limpar tudo, antes de arriscar abrir o terrário principal. O terrário secundário (a caixa plástica), que já havia sido visivelmente invadida ("esporos" pelo lado de dentro da tampa), foi uma das primeiras coisas. Mas havia contaminante só na tampa, e não nas paredes, bolo, etc. Mais estranho ainda, pensei. Será porque as paredes estão cobertas de água, talvez hipoclorito? Porque o contaminante ainda não fez base jump no bolo?

Aí fui limpar o compressor de ar... E notei que os grãos... andam??? É óbvio, não são fungos ou bactérias... São insetos!! (na verdade não exatamente insetos, mas animais, como eu viria a concluiir).

Saquei o microscópio e tirei essa foto. O zoom aí é de aproximadamente 200x.
acaros.jpg
São realmente muito pequenos, e andam "rápido", mas é quase impossível de perceber a olho nu, a não ser que olhe atentamente.

Não consegui identificar a espécie exata, por não conseguir tirar umas fotos melhores (e sem a luz forte). Mas reconheci como ácaros, pois vendo eles andar sob o microscópio, contei 8 patas (ácaros são aracnídeos). Não o mesmo ácaro que temos na pele e causa rinite, mas um parente maior, se alimenta de fungos.

Não sei se fiquei aliviado por não serem fungos... Pelo menos, é um contaminante mais "visível". Por outro lado descobri que são resistentes a álcool, cloro, e inseticida, que não os matam. E não se limitaram à area dos terrários - se espalharam pela cozinha inteira, particularmente por sobre um filtro de barro, onde naturalmente crescem fungos / líquens.

Hoje após limpeza, e passados 4 dias, está tudo normal com ambos os terrários.

Então aí vai uma foto que resume a próxima história:

becel_711.jpg
 
Atualizando!

1) BDA
Fiz uma primeira tentativa de receita de BDA, principalmente para testar o ágar que tenho aqui.
bda_707.jpg petri_707.jpg
Receita: 80 g de batata picada / 16 g de dextrose (em xarope) / 6 g de ágar em pó. Batatas fervidas por 20 min em água e caldo separado, acrescentei dextrose e o ágar, mexendo até dissolver. Água q.s.p 400 ml.
Ainda quente disitribui parte em 10 placas (variando quantidades) e o restante guardei num pote PP5. Depois de frio parece que ficou consistente, mas no pote há acúmulo de sólidos no fundo (do ágar ou batata). Quando puder irei decantar a mistura, e da próxima vez tentar filtrar o caldo de batata ou diluir o ágar e dextrose separadamente em uma quantidade maior de água antes de misturar ao caldo.

As placas ainda não foram inoculadas.

2) Incrementos no terrário
Aquecedor com termostato (100 W), e termômetro.
aquecedor.jpg Termometro.jpg
O aquecedor dessa vez preferi não colocar diretamente em contato com a água no fundo do terrário (no meio da argila), para evitar que quebre ou o cloro da água corroa. Até porque não tem água suficiente no fundo do terrário para cobri-lo (deixei apenas 1 dedo de água em uma camada simples de argila).

Mas em vez de colocar dentro de uma garrafa plástica fechada (pouca eficiência térmica), preferi colocar dentro de uma forma de vidro cheia d'água, essa sim em contato com a água do terrário.
O vidro transfere melhor o calor entre a água do recipiente e a do terrário (comprovado sentindo a temperatura) e o recipiente aberto faz evaporar ainda mais água dentro do terrário, garantindo umidade 100% em pouco tempo. Então fez-se uma bela chuva :contente:
chuva.jpg tampa.jpg

O termostato está regulado entre 24 e 25 °C. Como terrário é de isopor e a água quente, a temperatura no terrário fica basicamente a mesma regulada no termostato, ou a ambiente, se esta for maior. Num dia de calor o termostato não liga, mas a umidade continua alta pela evaporação natural da argila. E se a temperatura cair durante a noite, o aquecedor segura.

Com a umidade mais alta, e recuperando rápido, posso aumentar as trocas de ar, manuais e automáticas (ligando a bomba de ar por mais tempo). Ainda não tentei deixar a bomba novamente 24 horas, mas ela liga 2 vezes por dia durante cerca de 2 horas, e nos intervalos eu abano o terrário manualmente (mais 2 ou 3 vezes por dia).

3) Evolução do casing
O casing quando aniversariei estava muito seco (não fiz dunk). O que parecia ser o primeiro flush tinha apenas 3 cogumelos mirrados, então fui fazer um dunk no bolo (o casing virou bolo :p ) e descobri que estava infestado de pins (pinfestado? :roflmao: ) e cogumelos "esmagados", na lateral e parte de baixo. ;)
casing_713.jpg casing_715.jpg
Dunkei por pouco tempo, só enquanto eu arrumava o terrário (instalando os apetrechos), e virei o bolo numa quentinha. Os cogumelos por fim cresceram bastante, mas ficaram fininhos - mesmo fornecendo umidade eles já vinham crescendo secos, ao ponto que ficaram todos tortos e com rachaduras na estipe.

A maioria dos cogumelos "esmagados" não cresceu, mas também não abortaram, então deixei eles lá, até que se resolvam.

Enquanto isso fiz um "dunk ao vivo" no bolo, fornecendo bastante água com ele ainda no terrário, durante 2 ou 3 dias, até encharcar. Depois suspendi a água e baixei a umidade no terrário, fazendo mais trocas de ar. Com isso alguns pins (novos ou que já estavam lá, não sei ao certo) começaram a crescer no ritmo e forma normais. E hoje estamos indo para o (segundo?) flush:
casing_720_1.jpg casing_720_2.jpg

Se tudo der certo, acho que esse casing/bolo ainda rende mais 2 ou 3 colheitas.

Todo caso, estou preparando mais milho, mais CLs, mais bolos... E ainda tem o isolamento. Esse cultivo só acaba ano que vem :D
 
E fomos surpreendidos novamente...

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17 horas depois:
casing_721_1.jpg casing_721_2.jpg

Mais que dobraram de tamanho, abriram o chapéu e esporularam, tudo em menos de 24 horas... Nunca vi crescerem tão rápido! Esses estavam com pressa!
 
Excelente descrição, ótimas fotos, muita criatividade, parabéns. Lindos frutos, belo cultivo!

Eu tbem borrifei cloro em um bulk que eu fiz hahaha os cogumelos azularam na hora, muito foda essa situação, os bolos ficaram bem machucados, mas ainda frutificou bem.

Ainda não testou a cremogema? Não coloca muito não .... depois me conta.
 
Os bolos com cremogema foram os que borrifei o cloro em cima :unsure:
Naqueles bolos não percebi muita diferença em relação ao arroz apenas, a não ser pela pinagem rápida (que eu atribuí a outros fatores).

Estou preparando mais alguns bolos, dessa vez com fibra de coco... e já que deu a idéia, coloquei cremogema em um deles.

Da outra vez tinha usado 2 colheres de sopa para 3 bolos, nesse eu coloquei 1 colher de sopa (3 gramas) em um bolo só... Acho que isso se encaixa em colocar muito :D , mas pelo menos se der certo, o efeito deve ser mais perceptível.

Enquanto isso, o bolo remanescente (arroz + milho) desperta e vem para mais um pequeno flush...
bolo_723_2.jpg
 
O termostato está regulado entre 24 e 25 °C. Como terrário é de isopor e a água quente, a temperatura no terrário fica basicamente a mesma regulada no termostato, ou a ambiente, se esta for maior. Num dia de calor o termostato não liga, mas a umidade continua alta pela evaporação natural da argila. E se a temperatura cair durante a noite, o aquecedor segura.

Esse seu comentário me fez mudar de opinião sobre meu terrário, até então usava de caixa organizadora, agora vai virar glovebox :p

Com a umidade mais alta, e recuperando rápido, posso aumentar as trocas de ar, manuais e automáticas (ligando a bomba de ar por mais tempo). Ainda não tentei deixar a bomba novamente 24 horas, mas ela liga 2 vezes por dia durante cerca de 2 horas, e nos intervalos eu abano o terrário manualmente (mais 2 ou 3 vezes por dia).

Realmente aumenta muito a umidade, não uso água ou argila no fundo do terrário, só o aquecedor em um pote de vidro com água e já umidifica demais, uso dois coolers de pc para ventilação e não dão conta, uma boa dica pra quem ta iniciando que li em um dos posts do forum é dar uma inclinadinha no terrário para a água que condensa no "teto" do terrário não caia nos bolos.. :giggle:

Aah! Parabéns pelo trabalho, muito interessante, divertido, extremamente informativo, usando diversas técnicas, do jeito que gostamos! :D
 
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