BrotheR, te entendo plenamente, você só não devia ter posto o tal do Diazepam (kkkk) no meio da história, pq tem que ter CRM, bele. Contudo você está certo em querer demonstrar uma lista de coisas que se poderia fazer para tentar ajudar alguém que esteja na pior, até pq é isso que todo "mundo" faz, tenta ajudar, veja um exemplo, quando você está na seção do "Vegetal" na UDV, ora, o "mestre" vê que você tá passando "mal" e vai para perto de você e fica fazendo oração, tipo um passe. Nos rituais xamãnicos também, tem deles que apenas o xamã é quem poderá ingerir o enteógeno, o uso não é do nosso modo urbano, os índios do yopo, o toré da jurema, cara, em todo canto que se faz uso de plantas sagradas com respeito e seriedade tem-se um procedimento para as coisas. A porra louquice é coisa nossa, psiconautas modernos, frutos de Huxley, Learry, Mackena e outros poucos. Demais autores contudo são muito mais precavidos e conscientes dos grandes desafios humanos na busca de termos um mundo melhor. Só que:
Espontaneamente ocorrem novos Learrys, Mackenas, etc... Pregam aos quatro ventos que a panacéia psicodélica é fundamental para todos, com pouquíssimas restrições, pregam que todos estão cegos e que irão abrir as portas da percepção e verão, entenderão e, é claro, eles os gurus são maravilhosos, foram os iniciadores, são os caras, a meu ver, trata-se de apropriação indébita, e irresponsável, dos conhecimentos tradicionais. Daí vieram um bando de bunda-moles, playboys, vagabundos, jovens criados presos e ávidos por conhecer o mundo, oportunistas traficantes, etc, etc, e foram se juntando ao caldo lá pelas bandas de 60, 70. A mídia burra divulgando qualquer coisa de qualquer jeito, sensacionalismo. E cada vez mais, cada um que faz a experiência virando um deus, o seu próprio deus, perdidos nos seus próprios conceitos, compartilhando somente com os que dizem: é, massa, legal, Uh, heheheheh, muito massa mermão, como você sabe tudo isso... Enfim, nisso tudo também tem algo de útil, de bacana, é claro, o ser humano é complexo imagina a humanidade como um todo.... Salve toda a forma de cultura e conhecimento.
Permanecerá o dilema, podem ter certeza. Mas, aparentemente chegamos ao limite de expansão através das moléculas. É o que eu acho, tomo todo tipo de coisa e não vejo mais uma novidade, no pico de cogumelo com zabumba, agora vou poder inalar o DMT e no máximo, acho que vou sentir que excedi mais uma vez os limites para o meu corpo e, no mais, vem um redemoinho de cores, factrais, o mundo de caramelo translúcido, coisas se entortando, se esticando, diálogos internos que parecem ser entidades inteligentes. Se a dose for forte mesmo, cairei, perderei a coordenação, ficarei me contorcendo um pouco, até que vou ver, de novo, que não dá para vencer e aquietar, daí viajar, viajar, meu espírito poderá "sair" do corpo, pronto agora eu morri, depois começo a sentir levemente o corpo de novo, vai formigando, prometo que se sair daquela vivo e com o juizo que tinha antes, nunca mais repetirei. Depois ficar contando a história do que fiz para algumas pessoas, depois o tempo passa. Chegamos ao limite sim, não surgirá uma molécula nova e as que surgirem serão apenas, a mesma coisa um pouco diferente.
Então resta o que? resta isso de que o BrotheR tá tentando falar, que moléculas são lugar comum, pessoas é que são importantes. Esta é a minha conclusão também, mas sei que não é fácil chegar até ela. Eu queria poder dizer o que Jonzjonz disse: "se alguém quer ouvir toda a minha história, minha origem para entender", mas não rola mais, pq eu quero mesmo é saber da humanidade, da teia de todas as coisas, o complexo, o impossível, o infinito é o que me atrai e não há nada mais impossível que o próprio ser humano. Quanto mais a gente pensa no nosso estado, mais a gente fica impressionado. É fascinante.
Paz e muita, mas muita saúde para todos.